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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Partida e Chegada


Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.


O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.


Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remoto e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.


Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “já se foi”.



Terá sumido? Evaporado?



Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.



O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.



Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.



O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.



Mas ele continua o mesmo.



E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”.



Assim é a morte.



Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”.



Terá sumido? Evaporado?



Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.



O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.


Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.



Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.



Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.



E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: “já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: “já está chegando”.



Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.



A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.



Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.



A vida é feita de partidas e chegadas.



De idas e vindas.



Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.



Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.




Pensamentos de Victor Hugo (Espírito)

Do livro “A reencarnação através dos séculos” - Lair Lacerda

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."