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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A SUBSTITUTA

A jovem foi atraída por um anúncio pedindo uma diretora de programação de eventos para uma determinada empresa.
Apresentou-se e conseguiu a vaga. O primeiro dia foi aterrador.
Logo que chegou ao escritório, a funcionária da recepção a saudou com:
Você é a sucessora de Helena? Vai ser difícil chegar à altura dela. Ela era um fenômeno.
Logo adiante, no corredor, outra pessoa lhe disse:
Sinto pena de você. Não existe ninguém no Mundo como Helena!
A terceira pessoa que encontrou, a recebeu com votos de boas-vindas, afirmando que a empresa era um ótimo lugar para se trabalhar, mas completou, entristecida:
No entanto, é claro que as coisas nunca serão as mesmas sem Helena!
A jovem estava a ponto de dar meia volta e largar tudo. Como ela poderia competir com aquela pessoa que todos mencionavam?
Finalmente, indicaram a sala onde ela deveria trabalhar. A mesma sala em que trabalhara Helena, tão mencionada, que ela estava substituindo.
O que viu foi uma montanha de cartas, memorandos, folhetos, recortes de jornal, tudo sobre a mesa de trabalho.
Uma montanha de quase um metro de altura.
Bem, falou a diretora de pessoal, Helena era brilhante, criativa, extraordinária, mas um pouco... desorganizada.
A novata mal sentou-se à mesa, olhando ainda apavorada para aquela montanha de papéis que deveria ler, selecionar, arquivar, jogar fora, quando a porta se abriu:
Olá, disse uma voz cordial. Seja bem-vinda. Helena trabalhou aqui 28 anos. Você acha que vai durar tanto assim?
Era o fim. Ela tomou o telefone, discou para uma amiga, quase aos prantos e disse do seu grande erro.
Estou me demitindo, vou embora daqui! Não vou conseguir competir com o espectro de alguém tão bom em tudo que fazia.
Rose, a amiga, falou-lhe com firmeza:
Epa! Espere aí! Onde está aquela minha amiga com desejo de crescer, de progredir?
Onde está a pessoa que conheço, sempre pronta a enfrentar desafios e alcançar vitória?
A propósito, você lembra de seu nome?
Surpresa, a jovem chorosa respondeu:
Que pergunta estranha! Claro que sei o meu nome: Rosa.
Isso mesmo, você é Rosa, não é Helena. Não pode e nem deve ser igual à Helena.
Mostre a sua capacidade de trabalho, a sua criatividade, a sua forma de trabalhar, o seu potencial.
Você é Rosa. Não esqueça disso. Não deseje ser igual a ninguém. Não imite ninguém.
O maravilhoso, neste imenso Universo de Deus, é que cada pessoa é inigualável. Por isso, você nunca deverá querer ser igual a Helena.
Seja você mesma. E conquiste suas colegas, sua chefia, os clientes por suas próprias qualidades.
Rosa ficou no emprego. Alcançou um grande sucesso na carreira.
E, por ter tido oportunidade de entrar em constante contato com autores célebres, ganhou inspiração e estímulo para escrever seu próprio livro.
Diga-se: um grande sucesso!
* * *
Deus criou os espíritos simples e ignorantes.
Conferiu-lhes a imensa possibilidade de progredirem.
Cada qual utiliza essa possibilidade como melhor lhe apraz.
Por isso, cada um tem seus méritos, suas qualidades inigualáveis.
E ninguém deve almejar ser exatamente igual ao outro. Seguem-se exemplos, mas não se reprisam os mesmos atos.
Observam-se experiências, mas não se reproduzem posturas.
Cada um de nós, espírito imortal, é único em seu potencial de Ser inteligente.
Pense nisso!

(Redação do Momento Espírita, com base nas págs. 51 a 55 do livro Pequenos milagres, de Yitta Jalberstam e Judith Leventhal, 4. ed., ed. Sextante. - www.momento.com.br)

Ajude Sempre

Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.
*
Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.
*
No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.
*
Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.
*
Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.
*
Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.
*
Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.
*
Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante.
*
Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.
*
É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.Ditado pelo Espírito André Luiz.Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A DIFERENÇA

A reunião alcançava a parte final. E, na organização mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.

O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:

— Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. Estou cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me freqüentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos?

O venerável orientador espiritual respondeu, sereno:

— Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão...

— Como assim? — revidou o consulente agitado.

— Perfeitamente — concluiu Bezerra, sem alterar-se. — Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas...

E, sorrindo:

— Como vê, há muita diferença.





pelo Espírito Irmão X - Do livro Momentos de Ouro. Psicografia de Frâncico Cândido Xavier

Anjos Guardiães

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.
Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.
Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.
Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.
São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.
Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.
Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.
*
Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.
Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.
Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.
O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.
Imana-te a ele.
Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.
Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1994.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Acordemos

É sempre fácilexaminar as consciências alheias,identificar os erros do próximo,opinar em questões que não nos dizem respeito,indicar as fraquezas dos semelhantes,educar os filhos dos vizinhos,reprovar as deficiências dos companheiros,corrigir os defeitos dos outros,aconselhar o caminho reto a quem passa,receitar paciência a quem sofree retificar as más qualidades de quem segue conosco...

Mas enquanto nos distraimos,em tais incursões a distância de nós mesmos,não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.

Enquanto nos ausentamosdo estudo de nossas próprias necessidades,olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva,somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva...

Despertemos, a nós mesmos,acordemos nossas energias mais profundaspara que o ensinamento do Cristonão seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida,porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eternaé aquele que nos infelicita quando a graça do Altopassa por nós em vão!...


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.Ditado pelo Espírito André Luiz.Araras, SP: IDE, 1978.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

EM MATÉRIA AFECTIVA

Sempre é forçoso muito cuidado no trato com os problemas afetivos dos outros, porque muitas vezes os outros, nem de leve, pensam naquilo que possamos pensar.

Os Espíritos adultos sabem que, por enquanto, na Terra, ninguém pode, em sã consciência, traçar a fronteira entre normalidade e anormalidade, nas questões afetivas de sentido profundo.

Os pregadores de moral rigorista, em assuntos de amor, raramente não caem nas situações que condenam.

Toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria.

Respeite as ligações e as separações, entre as pessoas do seu mundo particular, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.

As suas necessidades de alma, na essência, são muito diversas das necessidades alheias.

No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.

Jamais brinque com os sentimentos do próximo.

Não assuma deveres afetivos que você não possa ou não queira sustentar.

Amor, em sua existência, será aquilo que você fizer dele.

Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que nos rege os destinos.

Ante os erros do amor, se você nunca errou por emoção, imaginação, intenção ou ação, atire a primeira pedra, conforme recomenda Jesus.





Francisco Cândido Xavier. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz

OS VERDADEIROS HERÓIS

Segundo o dicionário, herói é o homem notável por suas qualidades extraordinárias.

Em todas as épocas, a Humanidade elegeu e aclamou heróis.

Entre eles, contam-se governantes iluminados pelo amor ao seu país e ao seu povo.

Também se enumeram filósofos e pensadores de grande talento.

Líderes de resistência contra governos despóticos e cientistas dedicados, igualmente figuram no panteão dos heróis.

Esses homens sempre foram considerados modelos a serem seguidos, por suas excepcionais virtudes.

Atualmente, a Humanidade vive uma fase de turbulenta transição.

Antigos padrões de comportamento são revistos.

Valores consolidados são questionados ou rejeitados, sem muita análise.

O relevante parece ser ousar e inovar, ainda que sem grande critério.

A liberdade é valorizada ao extremo, embora não haja preocupação com a responsabilidade, sua natural contraparte.

Nesse contexto de valores ambíguos, carentes de reflexão e consolidação, surgem novos padrões de conduta.

Personagens exóticas são facilmente alçadas à condição de heróis.

Os passos dessas figuras inquietas são seguidos pela mídia.

Uma multidão fascinada e irrefletida os observa com êxtase e comenta e copia suas palavras e atos.

O novo panteão de heróis é formado por um grupo de criaturas de origem e personalidades variadas.

Há participantes de shows que pretendem imitar a realidade da vida.

Inexplicavelmente, intrigas e brigas que promovem em recinto fechado, mas mostrado pela televisão, os endeusam perante o imaginário popular.

Expectadores ávidos de baixezas acompanham o desempenho desses ídolos.

Há também artistas muito belos, mas desequilibrados, pelos quais as massas se apaixonam.

Muitos deles se deixam fotografar e filmar em cenas despudoradas.

De outro lado, não faltam atletas regiamente remunerados, mas com padrão de comportamento pouco elogiável.

Os novos heróis produzem escândalos, iniciam e terminam relações afetivas com rapidez vertiginosa.

Mas a multidão os acompanha, subjugada por sua juventude, seu brilho, sua beleza e sua arrogância.

Entretanto, o que há de nobre e aprazível no comportamento de tais pessoas?

Uma ligeira reflexão permite concluir que o heroísmo não se expressa mediante comportamentos exóticos.

O genuíno herói há de ser alguém que contribui para a construção de um mundo melhor.

Nessa linha, há inúmeros heróis anônimos, cujo comportamento merece ser admirado e copiado.

Por exemplo, o jovem que diz não às drogas e à promiscuidade.

O estudante atento a seus deveres e que não cola, mesmo tendo oportunidade.

O filho que cuida dos pais idosos ou enfermos.

O professor que leciona com dedicação e competência, mesmo quando mal remunerado.

Os pais que gastam tempo orientando seus filhos, a fim de que não se percam nas ilusões do mundo.

O empresário honesto, que não sonega tributos e nem lesa seus clientes.

Onde quer que haja alguém preocupado em ser honesto e solidário, em construir um Mundo melhor, aí se tem um herói.

Ao eleger seus ídolos e modelos, pense nisso.





Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXIX, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

ORAÇÃO POR HUMILDADE

Deus da Misericórdia!...
Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te.
Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz.
Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.
Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.
Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.
Na alegria, induz-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para frente.
Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz.
E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construíste no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota d'água, se sente tranqüila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação.
(Francisco Cândido Xavier por Meimei. In: Amizade)

IMAGENS

Egoísmo, gás mortífero, tende sempre a ocupar todo o espaço que se lhe oferece.

Intoxica e faz sofrer.

Lisonja, beberagem da invigilância, adapta-se ao recipiente da intenção que a conserva.

Embriaga e cria a frustração.

Sinceridade, aço moral, demonstra forma determinada e resistência própria.

Útil às construções duradouras.

Construções materiais - tatuagens efêmeras na crosta ciclópica do Planeta.

Construções espirituais - duradouros aperfeiçoamentos na estrutura íntima do Espírito.

Da semente brota a haste da planta.

Do ovo nasce o corpo do animal.

Da consciência desabrocha a diretriz do destino.

Bem, calor da Vida.

Há bons e maus condutores de calor.

A condutibilidade do bem, entre os homens, demonstra o valor de cada um.

Virtudes aparentes - metais comuns no homem, que se alteram ante a ventania das ilusões terrenas.

Virtudes reais - metais preciosos no Espírito, que não se corrompem ante as lufadas das tentações humanas, sustentando a vida eterna.





pelo Espírito André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier - Do livro "Estude e Viva".

COMPANHEIROS DE JORNADA

Talvez que um dos mais belos espetáculos ante a Espiritualidade Superior, seja o de anotar a persistência dos companheiros enfaixados na Vida Física, sempre que se mostrem decididamente empenhados a lutar pela vitória do bem.
Companheiros que, em muitas ocasiões comparecem nas tarefas do bem, vergados ao peso do sofrimento; que se reconhecem constantemente visitados por forças contrárias aos compromissos que abraçam a lhes testarem a resistência; que, não raro, suportam tempestades ocultas na própria alma: que, às vezes, se sentem espancados por injúrias nascidas de muitos daqueles aos quais se afeiçoaram com os mais altos valores da própria vida e, que, no entanto, renovam as próprias forças na oração, através da qual confiam em Deus e em si mesmos, prosseguindo adiante nos encargos construtivos que lhes dizem respeito.
Em outras circunstâncias, eles próprios caem no erro, sempre natural naqueles que ainda caminham sob os véus da existência física, mas sabem reerguer-se, de imediato, com suficiente humildade para o recomeço da marcha.
E trabalham. E se esfalfam na própria melhoria, respeitando a estrada dos outros, da qual recolhem exemplos edificantes, sem procurarem qualquer motivação à censura, evitando congelar a seara alheia.
*
Se te propões a colaborar no levantamento do bem de todos, não desistas de agir e servir.
Momentos sobrevirão em que o teu campo de atividades parecerá coberto de sombras e sentirás talvez o coração trânsido de lágrimas.
Ainda assim, não te marginalizes.
Chora, mas prossegue lutando e trabalhando pelo bem comum.
Se tropeças, reajusta-te.
Se cais, levanta-te e continua em serviço.
Se desenganos te requisitam, torna ao replantio de esperanças maiores e segue adiante, amando e auxiliando no melhor a fazer.
Relacionando as dificuldades que todos trazemos, por enquanto, nos recessos do ser, é justo considerar que a vitória em nós e sobre nós ainda nos custará muito esforço de construção e reajuste, entretanto, para altear-nos ao ideal do bem, fixando energias para sustentá-lo, recordemos o Cristo de Deus; regressando, depois da morte, à convivência dos discípulos, Jesus nem de longe lhes assinala as deficiências e as fraquezas e sim lhes reafirma em plenitude de confiança: - "Estarei convosco até o fim dos séculos."

(Francisco Candido Xavier. por Emmanuel. In: Amigo)

ESPIRITISMO E VOCÊ

"Tornar-se espírita é reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana."


Recentemente você teve os primeiros contatos com a Doutrina Espírita e agora se deslumbra com as novas perspectivas espirituais da existência.

Ideais redentores,

Conversações edificantes,

Leitura nobre.

Promissores ensejos de servir à fraternidade.

Recorde, no entanto, os imperativos da disciplina, em todos os empreendimentos, para que a afoiteza não lhe crie frustrações.

Tornar-se espírita não é santificar-se automaticamente, não significa privilégio e nem expressa cárcere interior.

É oportunidade de libertação da alma, com responsabilidades maiores ante as Leis da Criação.

É reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana.

Convicção espírita é galardão abençoado no aprendizado multimilenar da evolução.

Desse modo, nem prevenção nem invigilância constituem caminhos para semelhante conquista.

Urge sustentar perseverança e paciência na execução justa de todos os deveres.

Evite arrancar abruptamente as raízes defeituosas, mas profundas, de suas atividades; empreenda qualquer renovação pouco a pouco.

Contenha os ímpetos de defesa intempestiva das suas idéias novas; sedimente primeiro os próprios conhecimentos.

Espiritismo é Claridade Eterna.

Gradue a intensidade da luz que você vislumbrar para que seus olhos não sejam acometidos pela cegueira do fanatismo.

Muitos irmãos nossos ainda se debatem nas lutas de subnivel, porque não se dispuseram a aceitar a realidade que você está aceitando, mas também, outros muitos palmilharam o lance da experiência que hoje você palmilha e nem por isso alcançaram êxitos maiores na batalha íntima e intransferível que travamos conosco, em vista da negligência a que ainda se afazem.

Crença não nos exime da consciência.

Acertar ou cair são problemas pessoais.

Tudo depende de você.

Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.

Quanto mais se edifica a inteligência, mais se lhe acentua o prazer de servir.

Obedeça, pois, ao chamamento do Senhor, emprestando boa-vontade ao engrandecimentos da redenção humana, através do trabalho ativo e incessante nos diversos setores em que se possa desenvolver a colaboração.

Conserve-se encorajado e confiante.

Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.

Eleve anseios e esperanças, tentando sublimar emoções e cometimentos.

Acima de tudo, consolide no coração a certeza de que a revelação maior é aquela que preceitua o dever de procurar com Jesus a nossa libertação do mal e, em nosso próprio benefício, compreendamos a real posição do Mestre como Excelso Condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.






pelo Espírito André Luiz - psicografia de Chico Xavier, do livro O Espírito da Verdade

PACTO DE AMOR UNIVERSAL

Pede a evolução para que você se faça veterano da experiência terrestre. Não se amedronte diante do erro, mas não caminhe desprevenido.

A estrada humana conserva armadilhas, a cada passo, colhendo almas invigilantes, contudo, só na crosta planetária obterá você as conquistas que lhe melhorem o ser à luz da imortalidade.

Há espíritos que, por muitas vezes, partem da carne através da morte e à carne voltam através de berço, quais estátuas inermes que, depois de enterradas durante séculos, volvem ao exame de outrem, sem qualquer aspecto novo que lhes altere os esgares fixos.

Domine as próprias tendências inferiores que lhe pareçam insubjugáveis.

Você é soberanamente livre na intimidade do próprio espírito.

Apenas você decifrará os enigmas que transporta na consciência.

Somente você destorcerá as meadas de sombra que lhe surjam no pensamento.

Não tente sufocar a sua sede de infinito, porém, não se renda às ilusões da maioria.

Se a taça das espetaculares vitórias humanas quase sempre se destaca repleta de lágrimas alheias, a taça das legítimas vitórias do espírito transborda suor individual.

Você será sempre o principal sobrevivente de seus dias.

A sepultura é o nível das medidas terrenas, mas a vida é multiface, no Mais Além; à vista disso, na realidade substancial as suas atitudes e ações meritórias é que constituem a base de sua felicidade e a sua prédica irresistível.

Cale gemidos e suspiros frustrados, decidindo-se a realmente servir.

O amor puro é a síntese de todas as harmonias conhecidas

A fraternidade é o pacto de Amor Universal entre todas as criaturas perante o Criador.

Nossa alegria somente viceja em conjunto com a alegria de muitos.

De que vale a alguém o título de herói numa tragédia? Onde o benefício de uma santidade que terá brilhado no deserto, sem ser útil a ninguém?

Com o Espiritismo nasceu na Terra a fé raciocinada.

Você, portanto, interiormente está livre para ajudar a você mesmo, consciente qual se encontra de que auxiliar com desinteresse aos outros é interpretar vivamente a filosofia de Cristo e consolidar a segurança do próprio bem.





pelo Espírito André Luiz - do Livro Ideal Espírita - Psicografia Francisco C. Xavier - Espíritos Diversos

ALGUÉM DEVE PLANTAR

"Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus". Paulo (I Corintios, 3:6.)

Nada de personalismo dissolvente na lavoura do Espírito.

Qual ocorre em qualquer campo terrestre, cultivador algum, na gleba da alma, pode jactar-se de tudo fazer nos domínios da sementeira ou da colheita.

Após o esforço de quem plantam, há quem siga o vegetal nascente, quem o auxilie, quem o corrija, quem o proteja.

Pensando, porém, no impositivo da descentralização, no serviço espiritual, muitos companheiros fogem à iniciativa nas construções de ordem moral que nos competem. Muitos deles, convidados a compromissos edificantes, nesse ou naquele setor de trabalho, afirmam-se inaptos para a tarefa, como se nunca devêssemos iniciar o aprendizado do aprimoramento íntimo, enquanto que outros asseveram, quase sempre com ironia, que não nasceram para líderes. Os que assim procedem costumam relegar para DEUS comezinhas obrigações no que tange à elevação, progresso, acrisolamento, ou melhoria, mas as leis do CRIADOR não isentam a criatura do dever de colaborar na edificação do bem e da verdade, em favor de si mesma.

Vejamos a palavra do Apóstolo Paulo, quando já conhecia os problemas do auto-aperfeiçoamento, em nos referindo à evangelização: "Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus".

A necessidade do devotamento individual à causa da verdade transparece, clara, de semelhante conceituação.

Sabemos que a essência de toda atividade, numa lavra agrícola, procede, originariamente, da Providência Divina.

De DEUS vem a semente, o solo, o clima, a seiva e a orientação para o desenvolvimento da árvore, como também dimanam de DEUS a inteligência, a saúde, a coragem e o discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém deve plantar.





Pelo Espírito Emmanuel, do livro Segue-me!... , Francisco Cândido Xavier

A todos os caminheiros...

Amigos e irmãos companheiros de jornada, ao lerem estas linhas, quero deixar a todos uma mensagem de fé, de esperança, de alegria e de muita paz.
Nesta época de consumismo e de corre corre em que vivemos, tenhamos sempre presente o verdadeiro ideal que nos deve fazer mover, nunca esquecendo o amor, a humildade, a caridade e a fraernidade para com todos quantos nos rodeiam.
Nunca nos esqueçamos que todos nós temos nossos problemas diários e nossas provas para ultrapassarmo dia após dia, não desanimemos um a um com fé e com esperança conseguiremos ultrapassá-los apoiando-nos sempre na fé e na ajuda de Deus nosso bondoso pai.
Nunca se esqueçam que é dando que se recebe.
um abraço a todos
Pedro Gonçalves

Afeições

O amor não é cego.
Vê sempre as pessoas queridas
tais quais são
e as conhece, na intimidade,
mais do que os outros.

Exatamente por dedicar-lhes
imenso carinho,
recusa-se a registrar-lhesos possíveis defeitos,
porquanto sabe amá-las
mesmo assim.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.Ditado pelo Espírito Emmanuel.2a edição. Jabaquara, SP: CEU, 1981.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Grande Pergunta

E por que me chamais Senhor,Senhor, e não fazeis o que eu digo?- Jesus. (LUCAS, 6:46)
Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.Ditado pelo Espírito Emmanuel.17a edição. Lição 47. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Parentela Corporal e a Parentela Espiritual

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências (Capitulo IV, no.13).
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.112a edição. Capitulo XIV, no.8. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.
O Porteiro do Prostíbulo Tem título de piada, parece gozação, mas não é. Vale a pena ler.'Não havia no povoado pior ofício do que porteiro do prostíbulo'. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício. Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse: - A partir de hoje, o Senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços. Eu adoraria fazer isso, Senhor - balbuciou - mas eu não sei ler nem escrever! - Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui. - Mas Senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa. - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo Senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora.O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse.Que fazer?Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez.No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:- Venho para perguntar se você tem um martelo para me emprestar.- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que....- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo. - Se é assim, está bom.Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias mula de viagem. - Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias ....aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece? O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora.E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'. Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer a s ferramentas.Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente.Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens.Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc.. E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de Atas desta nova escola. - A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.- O Senhor?!?! - disse o prefeito sem acreditar.O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto: o que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?- Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever ... ainda seria o porteiro do prostíbulo!
Geralmente as mudanças são vistas como adversidades. As adversidades podem ser bênçãos.As crises estão cheias de oportunidades.Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água:'A ÁGUA NUNCA DISCUTE COM SEUS OBSTÁCULOS, MAS OS CONTORNA'

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Duração das penas eternas

Allan Kardec foi um homem genial, porque entre outras coisas, ele conseguiu se colocar acima e adiante de seu tempo. Ele não se prendeu a paradigmas ou preconceitos, mesmo tendo sofrido influência religiosa no berço (família católica) e na escola (protestante), ele não se prendeu a nenhum conceito dessas religiões. Homem de ciência, membro de várias sociedades científicas, também não se prendeu ao academicismo de sua época. Quando ele se debruçou na observação e no estudo dos ensinos dados pelos espíritos, o fez sem amarras e guiado pelo bom senso. Ousou questionar a espiritualidade sobre os pontos mais profundos acerca de Deus, do Universo e do próprio Homem. Sem idéias preconcebidas ele ouviu e observou, comparou e experimentou, aceitando todos os ensinamentos que passavam pelo crivo da lógica e da razão.
O mesmo não tem acontecido conosco, pois permanecemos atados a velhos arquétipos dos quais não conseguimos nos libertar, para realmente podermos aprender em profundidade tudo que o espiritismo tem para nos ensinar. Um assunto que ainda é mal compreendido é a Lei de Ação e Reação, pois ainda a vemos como se estivéssemos vendo a “Pena de Talião” do Velho Testamento, ou seja, o olho por olho e o dente por dente.
Por não se libertarem dos velhos paradigmas, muitas pessoas acreditam que se certo indivíduo ficou cego ou surdo nesta existência, foi porque furou os olhos de alguém ou perfurou os ouvidos de outro, em existências passadas. E o que é pior, acreditam que os homicidas e os suicidas, por exemplo, só resgatarão seus débitos se forem assassinados ou desencarnarem de forma violenta. Não percebem que há variantes e existem várias maneiras para se “pagar uma dívida”. Essas maneiras variam de indivíduo a indivíduo, já que cada um de nós está em pontos diferentes na escalada da evolução. A Pena de Talião teve seu tempo, todavia, já não atende ao bom senso e a lógica que o nosso tempo exige.

Eterna evolução
Nós, espíritas, temos como referencial os livros codificados por Allan Kardec, e no livro O Céu e o Inferno nós encontramos a seguinte explicação: A expiação varia segundo a natureza e a gravidade da falta. A mesma falta pode assim provocar expiações diferentes, segundo as circunstâncias atenuantes ou agravantes nas quais ela foi cometida. Com isso percebemos que intenção e situação estabelecem os atenuantes ou agravantes, e estes determinam o tipo e a duração das penas, que não são iguais nem na forma, nem na duração para ninguém. Temos que aprender a sermos flexíveis e deixarmos de generalizar tudo, pois cada caso é um caso, não há copias nem moldes prontos. Se por um lado a vida não se repete, por outro, as leis universais também não, pois são sábias e benevolentes conforme podemos ver em O Livro dos Espíritos onde está escrito: “A lei que rege a duração das penas é portanto eminentemente sábia e benevolente, pois subordina essa duração aos esforços do Espírito”.
Mesmo os ensinamentos dos espíritos sendo tão claros com relação às leis universais e a duração das penas, ainda existe quem acredite que independente do tempo que se tenha durado a pena, ela só será realmente paga quando o infrator a reparar com um tipo de sofrimento, ou dor, igual ao cometido por ele, ou seja, se ele envenenou terá que ser envenenado, se tiver mandando alguém para a fogueira terá que arder, mesmo que seja , através da lepra, e se decapitou alguém terá que perder a cabeça, nem que seja, em um acidente. Será que só nos libertaremos dos equívocos do passado dessa maneira? Será a Justiça Divina menos justa que a nossa? Não, não é isso que ensina a doutrina espírita. Vejamos o que diz a questão 1004 de O Livro dos Espíritos - Allan Kardec pergunta aos amigos espirituais, “O que determina a duração dos sofrimentos do culpado?”. Respondem eles: “O tempo necessário ao seu melhoramento. O estado de sofrimento e de felicidade sendo proporcional ao grau de pureza de Espírito, a duração e a natureza dos seus sofrimentos dependem do tempo que ele precisa para se melhorar. À medida que ele progride e que os seus sentimentos se depuram, seus sofrimentos diminuem e se modificam”. Como vemos, o que determina a duração e a liquidação da pena não é o tipo da expiação, mas sim, o melhoramento da criatura, é a superação de suas imperfeições e a sua volta aos caminhos do bem.
Precisamos seguir a atitude de Allan Kardec, e nos colocarmos acima e adiante de paradigmas e preconceitos, sejam eles religiosos ou não, pois sem isso ficaremos impossibilitados de compreender muitos pontos da doutrina espírita, pontos que nos exigem uma visão mais ampla e um raciocínio mais profundo. Ainda enxergamos pouco, porque não tivemos a coragem de tirar o véu que está sobre nossos olhos, ou seja, os paradigmas, e se nosso raciocínio é superficial é porque não temos o hábito de pensar e refletir com profundidade. Não esqueçamos as palavras do mestre de Lion “O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende porque raciocina”.

Por José Antonio Ferreira da Silva

Desafio

Aceita a estrada que a vida empresta
segue a trilha que o bem convida.
Mesmo quando a lágrima se manifesta
é chuva na alma irrigando a vida.

Apaga da mente a letra do egoísmo
destrói o cárcere que te prende a solidão.
repara a chuva em gotas de altruísmo
descer dos céus para servir o chão.

Segue a frente luminar candeia
depois de magoado tem mais luz o vaga-lume
as pétalas pisadas exalam mais perfume
e ao desafio das trevas a lua se incendeia.
Euzébio.
Psicografia de Alvaro Basile Portughesi.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Agir mais do que falar

A reunião mediúnica transcorria em clima de paz, no concurso fraternal de socorrer e esclarecer os espiritos necessitados, sob a benção da mediunidade com Jesus.
Através de uma das médiuns da equipe, entidade sofredora e infeliz começou a falar:
- Estou sofrendo. Não suporto mais. O que está acontecendo?...
O médium esclarecedor interferiu explicando-lhe:
-Meu irmão, guardemos a confiança em Deus. A imortalidade é a nossa única realidade. O espírito - ser pensante - está fadado à perfeição e necessita trilhar as múltiplas experiências reencarnatórias.
Neste instante, o espírito comunicante redarguiu:
- Mas eu, eu...
O doutrinador, porém, voltou a discursar. Reportou-se à imortalidade da mitologia grega, referiu-se à doutrina socrática, discorreu sobre os pensamentos orientais, exaltou a excelência do cristianismo e, por fim, enalteceu a tarefa magnânima do espiritismo na Terra, como o consolador prometido pelo Cristo.
Encerrando o discurso, dirigiu-se ao comunicante sofredor, indagando:
- Compreendeu, meu irmão?
Depois de ouvir, ouvir e ouvir, o espírito respondeu, desabafando:
- Meu irmão, agradeço-lhe as palavras, mas se eu necessitasse ampliar meus conhecimentos, teri recorrido a uma biblioteca. Estou sofrendo e espero tão somente, uma palavra de auxílio e reconforto.
Surpreso, o médium esclarecedor entendeu o seu grande equivoco: em vez de dialogar ajudando e esclarecendo, ele havia filosofado demais.

Pelo espirito Hilário Silva in "Notas de paz" Luís António Ferraz

Pense nisso...

Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento.

cap. IX, item 5
Evangelho segundo o Espiritismo

FIEL PARA SEMPRE

No embate contínuo das inúmeras paixões para a intransferível sublimação espiritual, o cristão, descontente com as concessões que frui, compreende a necessidade de prosseguir lutando.

O triunfo imediato, as glórias fáceis, as alegrias ligeiras não o fascinam, porque lhes confere a transitoriedade.

Ante os monumentos colossais do passado, agora corroídos pelo tempo, constata a vacuidade dos bens terrenos.

Colunas de mármores raros cinzelados, granitos preciosos ornados de metais que produzem pujança e beleza deslumbrante, ressurgem, frios, tristes, aos seus olhos, narrando a história das mãos escravas que os trabalharam, lavando com suores e lágrimas de sangue a poeira que os instrumentos produziram ao dar-lhes forma arrancando dos minerais brutos a mensagem da beleza.

Museus abarrotados de valores de alto preço, que descrevem conquistas e poder, parecem páginas que choram em esculturas quebradas e ornatos incompletos, preciosidades mortas, fitando homens que a miséria mata desde a orfandade e que, possivelmente, foram os mesmos, que um dia no passado, se banquetearam na abastança da ilusão.

Lajes que suportaram, indiferentes, o tropel de exércitos com os seus animais e carros de guerra, continuam, gastas, suportando máquinas velozes que a técnica constrói...

E as paixões hoje são quase as mesmas de ontem, senão mais açuladas, mais violentas e devastadoras, no homem que prossegue inquieto.

Fala-se muito sobre tais belezas, ora transformadas em mausoléus de lembranças. Sem dúvida, retratam a arte, expressam grandezas espirituais, muitas delas. Fitando-as, todavia, não há como deixar de inquirir: “Se Deus concede ao homem ímpio e infeliz tanta fortuna, que não reservará ao filho generoso e trabalhador que Lhe é fiel?!”

Luta, pois, e sofre, mesmo sozinho.

Desencarcera-te das primitivas manifestações do instinto, por cujos impulsos tens transitado e ascende aos panoramas da emoção superior, buscando com os sentimentos nobres e a inteligência lúcida, a intuição libertadora.

Não te equivoques com o sorriso dos conquistadores iludidos, nem suponhas que, promovendo alaridos, eles hajam encontrado a felicidade. O júbilo que promove balbúrdia é loucura em plena explosão.

A alegria que brota de dentro é como córrego precioso, que nasce discretamente e dessedenta a terra por onde cantam, docemente, suas águas passantes.

A atroada dos infelizes é produzida pela fuga que promovem, aparentando festa interior.

Ei-los que se embriagam por um dia, se entristecem no outro, murcham repentinamente e se desgarram na excentridade das alienações mentais, conquanto aplaudidos por outros enfermos, sumindo pela porta do suicídio direto ou indireto para defrontar a realidade dolorosa, logo depois.

Todo cristão autêntico sofre um “espinho na carne”, que lhe dói e é, também, sua advertência.

O Calvário não é apenas a recordação ou o nome do lugar onde Ele padeceu. É a mensagem eterna da superação do Filho de Deus a todas as contingências, circunstâncias e imposições humanas, falando de amor, coragem, renúncia e fé.

Todos os mártires da fé, os heróis do bem e os santos do amor, caminhando entre os homens, sofriam com alegria o seu calvário, que era o sinal de união contínua com Ele, o Herói Estelar.

Abre, desse modo, os teus braços, submete-te à cruz redentora e avança. Pára a ouvir um pouco as vozes do passado que ensinam experiências e não temas: sê fiel a Jesus até o fim!






pelo Espírito Joanna de Ângelis - Roma-Itália, em 4 de agosto de 1970 - do Livro “Sol de Esperança”, de Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos

Definições

O que sentes
revela o rumo
para onde te diriges.
O que pensas te aponta
o lugar
em que te encontras.

O que falas
indica o que sabes.

O que fazes
mostra quem és.

(Emmanuel/Chico Xavier. Livro: Caminhos)

ESCALADA

A pedra perguntou ao martelo que a espancava: - Por que me quebras assim? O martelo não respondeu, contudo, em breve tempo, o bloco burilado se fez destaque na base de formoso edifício.

O minério indagou do forno superaquecido que o transmutava: - Dize a razão pela qual me enlouqueces de sofrimento? O forno silenciou, no entanto, depois de alguns dias, apareceu na condição de aço em alto preço.

O tronco argumentou com a lâmina que o serrava: - Por que me atormentas? A lâmina permaneceu muda, mas, após algumas semanas, o tronco dividido em folhas diversas, era a estrutura principal de um barco importante.

O barro interrogou ao molde que o constringia: - Por que me oprimes tanto? O molde não formulou resposta alguma, entretanto, além de algum tempo surgiu na loja por vaso raro.

O Homem igualmente, vezes sem conta, interpela Deus: - Senhor, porque me martirizas e me afliges? Deus, porém, não responde.

Acontece que o espírito humano dispõe de livre arbítrio para aceitar ou não a dor que o aperfeiçoa.

Enquanto recalcitra contra as leis do progresso e do aprimoramento próprio, sofre e deblatera, indefinidamente; no entanto, quando se decide a obedecer aos princípios que lhe controlam a escalada para a Grandeza Suprema do Universo, chega sempre o dia no qual vem, a saber, os prodígios de sabedoria e amor, luz e beleza em que Deus o transformará.

Não passes indiferente, diante da dor.

Onde encontres qualquer fagulha de discórdia, auxilia a Extingui-la nas fontes de paciência e da tolerância.





pelo Espírito Meimei - Fonte: Livro Palavras Do Coração – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Pense nisso...

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral.

cap. IX, item 8Evangelho segundo o espiritismo

Passagens do evangelho

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se.

cap. IX, item 6

DOAÇÃO DE CARROS PELA ABIN

A ABIN está renovando sua frota de carros e vai doar os antigos, que estão em bom estado de conservação, para entidades reconhecidamente voltadas aos trabalhos comunitários (asilos, creches e outros).

Para tanto deverá ser feito contato com Capitão Adailton, tel. 34458459.

Noticias das associações espiritas de Portugal

LOURES: ASSOCIAÇÃO DE CULTURA ESPÍRITA FERNANDO DE LACERDA


A Associação de Cultura Espírita Fernando de Lacerda, sita na Rua da República, 116, 2670-471 Loures, vai levar a efeito uma palestra pública, pelas 20H30 do próximo dia 20 de Fevereiro, quarta-feira.
A palestra, subordinada ao tema: “Pestalozzi (Mestre de Allan Kardec)”, estará a cargo de João Ascenso

Contactos pelos telefones 219844127 e 911009524

Fonte: Liliana Cardoso

2 - RIO TINTO: PALESTRAS NA ACE


A ACE – Associação Cultural Espírita Fernando de Lacerda, com sede na Rua da Ferraria, 615, 4435 – 250 Rio Tinto, informa de que, nas próximas quintas-feiras do mês de Fevereiro, pelas 21H00, terão lugar as seguintes palestras espíritas:

Dia 21 – José Fernandes, expositor do CEC - Tema livre
Dia 28 – Xavier de Almeida, expositor da ACE – Tema: “Oração e Psicologia”

Entretanto, no passado dia 7 e no dia 14, realizaram-se duas palestras, respectivamente por Valdemar Teixeira e Olga Santos, ambos expositores da ACE

Fonte: T. Martins (terrosomartins@clix.pt)

BRAGA: CONFERÊNCIA ESPÍRITA NA ASEB


Na sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 21H00, vai decorrer uma conferência subordinada ao tema “Jesus – O Ensino do Amor”.

O evento terá lugar na sede da ASEB - Associação Sociocultural Espírita de Braga, na Rua do Espírito Santo nº 38, em Braga.
Este centro tem página na Internet em www.aseb.com.pt e e-mail info@aseb.com.pt

As entradas são livres e gratuitas.

Fonte: ASEB (Tel: 967026217 - Paulo)


CALDAS DA RAINHA: CONFERÊNCIA SOBRE: ESPIRITISMO: VIDA E SEXO


Na sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 21H00, vai decorrer uma conferência subordinada ao tema “Vida e Sexo”, à luz da Doutrina Espírita.
Sendo um tema pertinente nos dias que correm, face à ligeireza com que se vê a sexualidade humana, a Doutrina Espírita vem apontar caminhos que contribuem para o equilíbrio bio-psico-social do ser humano, no que concerne a esta temática.

O evento terá lugar na sede do Centro de Cultura Espírita, no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c.
Este centro tem página na Internet em www.caldasrainha.net/cce e e-mail cce@caldasrainha.net

As entradas são livres e gratuitas.

Fonte: Centro de Cultura Espírita (Caldas da Rainha)

Seminário - A Saúde Emocional do Trabalhador Espírita.

Caros Irmãos,





Relembro a todos da realização do seminário promovido pela Coordenação de Apoio Psicológico (COAP) da Diretoria de Atendimento Fraterno (DAFA) que será realizado no sábado, 23/02/2008, no Ceal em período integral (pela manhã e à tarde), conforme programação divulgada na casa e no site Ceal.



O palestrante convidado será o conhecido autor do livro "O Passe", editado pela FEB e muito utilizado na nossa casa, JACOB MELO.

O seminário terá como tema central : A Saúde Emocional do Trabalhador Espírita.



Mas estaremos com Jacob mais cedo, já na sexta (amanhã), onde ele estará abrilhantando nossa noite com palestra relativa ao assunto, no salão André Luiz do Ceal, preparando ainda mais o grande encontro de sábado.



É importante destacar que a Diretoria de Assistência Espiritual está apoiando a COAP/DAFA na divulgação de tão significativo evento desde que a idéia foi lançada. Parabéns à Karine, Roberto Silveira e Luiz Reis e equipe pelo esforço na vinda do companheiro citado.

Temos a certeza de que o assunto abordado será de grande valia para médiuns e colaboradores da DAE e de toda casa, pelo fato de facilitar o alcance às causas verdadeiras das nossas dificuldades, estimulando-nos à melhoria constante.



Contamos com a participação de todos.



Divulguem nas suas salas!!



Abraço,





Renato.


CEAL - SEMINÁRIO DIA 22 DE FEVEREIRO (SEXTA-FEIRA)

ITEM
COAP
COEV
MOCIDADE
OBSERVAÇÕES



RECEPÇÃO DO PALESTRANTE
Karine e sua equipe.


A Equipe da Karine vai buscar e trazer o palestrante





RECEPÇÃO DOS SEMINARISTAS

Sexta:19:00 – Maria Bonfim, Dayse,Márcia





Lista De Presença (da márcia )

Informações Sobre os Cursos:Relações afetivas e Projeto Semear

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO

ORIENTAÇÃO AOS SEMINARISTAS

Sexta:19:00 – Naor, George


Orientar para os seminaristas dirigirem-se à sala Maria Celeste

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



APOIO EXTERNO Márcia e Carlos Roberto

Imprevistos e Suporte, monitoria dos banheiros, etc.

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



APOIO INTERNO

Cornélio, José Luiz, Jorge Monfort, Tarcísio e Fernando

Som, telão 1 (salão), Telão 2 (Maria Celeste), violão para o palestrante (do Jorge Luiz), e água para o palestrante.

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO

INSCRIÇÃO E VENDA DO ALMOÇO

Andressa e Fernanda
Será feita na recepção, na sexta à noite e no sábado pela manhã.

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO

PREPARO DE AMBIENTE

Sexta:19:00 às 19:45

Giselle

O Palestrante usará um violão durante a palestra e o Seminário.

O Jorge Luiz emprestará um violão para ficar à disposição do palestrante.



COMPOSIÇÃO DA MESA

Abertura dos trabalhos: 19:30

Direção da mesa: Deleuse (também dará os avisos)

Composição da mesa: presidente, vice, diretores, palestrante

Leitura do ESSE: Júlia (DECAJ)

Prece início:Renato (DIAE)

Prece Final:seu Vilela



VENDA DE LIVROS/CD
Rogério, Dinorá, Adriana
Dorinha e Edilene

Marlene da tesouraria já fez os pedidos

Será montado mesa na entrada do CEAL.

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



AUTÓGRAFOS

O Palestrante dará autógrafos das 21:30 às 22:00.

ORGANIZAÇÃO SALÃO ANDRÉ LUIZ

TELÃO: Jorge Monfort e Jose Luiz

Som e Microfone: Tarcisio e Cornélio

Providenciar 1 Telão para sala Maria Celeste e alguém pra monitorar: José Luiz

CHEGAR ÀS 19:00 PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



DECORAÇÃO SALÃO ANDRÉ LUIZ Karine e Márcia Franco

Maria Lúcia e Dilma, Madalena, Ana Maria e Silvinha
Toalha branca e arranjo natural de flores que será feito pela Dilma.

NÃO PRECISA DE CRACHÁ

MONTAGEM DA SALA MARIA CELESTE

Marcelo
Ana Catarina

Maria de Jesus

Na sexta-feira à tarde.

Para 100 pessoas.

Terá 1 telão e uma pessoa para monitorar.



NÃO PRECISA DE CRACHÁ



LIMPEZA DO SALÃO E DA MARIA CELESTE





Será realizada pelos trabalhadores do CEAL.

Deleuse vai escalar .

NÃO PRECISA DE CRACHÁ



DECORAÇÃO DO SALÃO-REFEITÓRIO
Dilma, Lúcia, Alex, Carlos Roberto, Ana, Madalena, Silvinha,
Letícia
NA SEXTA À TARDE: 14:00

Karine: entregar mesas às 14:00 para o pessoal fazer a decoração.

NÃO PRECISA DE CRACHÁ

LAVAGEM DE PRATOS, TALHERES, BANDEIJAS E DA CUIA

Carlos Roberto, Alex e Marcelo
Hélio

Deverá ser realizada na sexta à tarde

NÃO PRECISA DE CRACHÁ
CEAL - SEMINÁRIO DIA 23 DE FEVEREIRO (SÁBADO)

ÍTEM
COAP
COEV
MOCIDADE
OBSERVAÇÕES



RECEPÇÃO DO PALESTRANTE
Karine e sua equipe.
A Equipe da Karine vai buscar e trazer o palestrante

RECEPÇÃO DOS SEMINARISTAS
Sábado: 07:00 – Márcia, Dinorá, Silvia

Favor pedir aos colaboradores para devolverem os crachás.

Lista De Presença (márcia)

Informações sobre os cursos:Relações Afetivas e Projeto Semear.

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



APOIO EXTERNO
Márcia e Carlos Roberto

Imprevistos e Suporte, monitoria dos banheiros, etc.

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
APOIO INTERNO

Cornélio, José Luiz, Jorge Monfort, Tarcísio e Fernando

Som, telão 1 (salão), Telão 2 (Maria Celeste), violão para o palestrante (do Jorge Luiz), e água para o palestrante.

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
ORIENTAÇÃO AOS SEMINARISTAS

Sexta:07:00 –

Naor, George
Orientar para os seminaristas dirigirem-se à sala Maria Celeste

CHEGAR ÀS 19:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
INSCRIÇÃO E VENDA DO ALMOÇO
Andressa e Fernanda
Será feita na recepção, no sábado pela manhã.

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
VENDA DE LIVROS/CD
Rogério, Dinorá, Adriana
Dorinha e Edilene
Marlene da tesouraria já fez os pedidos

Será montado mesa na entrada do CEAL.

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO

AUTÓGRAFOS

O Palestrante dará autógrafos das 17:30 às 18:00.
ORGANIZAÇÃO SALÃO ANDRÉ LUIZ

TELÃO: Jorge Monfort e Jose Luiz

Som e Microfone: Tarcisio e Cornélio

Providenciar 1 Telão para sala Maria Celeste e alguém pra monitorar: José Luiz

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO



DECORAÇÃO SALÃO ANDRÉ LUIZ


Karine e Márcia Franco


Maria Lúcia e Dilma, Madalena, Ana Maria e Silvinha



Toalha branca e arranjo natural de flores que será feito pela Dilma.



CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
MONTAGEM DA SALA MARIA CELESTE

Verônica

Felipe Valença
Já vai estar montado na sexta-feira

Para 100 pessoas.

Terá 1 telão e uma pessoa para monitorar.



CHEGAR ÀS 07:00
MONTAGEM DA SALA DO LANCHE
Marcelo
Higor Arraes

Ludmila
Já vai estar montado na sexta-feira

Para 100 pessoas.

Terá 1 telão e uma pessoa para monitorar.

CHEGAR ÀS 07:00
PREPARO DE AMBIENTE
Sábado: 08:00 às 08:30

Sílvia/Jorge
O palestrante usará um violão durante a palestra e o seminário.

O Jorge Luiz emprestará um violão para ficar à disposição do palestrante.
COMPOSIÇÃO DA MESA
Abertura dos trabalhos: 08:30

Direção da mesa: Deleuse (também dará os avisos)

Composição da mesa:

Leitura do ESSE: Elisângela (COAP)

prece de início:pérola

prece Final:Luiz Reis

agradecimentos : Luiz Reis



DECORAÇÃO DO SALÃO-REFEITÓRIO
Maria Lúcia e Dilma

SERÁ INICIADA NA SEXTA-FEIRA.

Salão Refeitório: violetas ou kalanchoe e toalhas brancas para 80 mesas
FAZER O LANCHE
Paixão e Severina
Dilma

Manhã: estar pronto às 09:00.

Tarde: estar pronto às 15:00.
MONTAR O LANCHE
Paixão e Severina
Dilma e Lúcia
Será nas ante-salas do físico-espiritual.

Deverá ser montado no sábado às 08:00, pois que o físico funciona na sexta à noite

CHEGAR ÀS 08:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
PREPARO DA GALINHADA
Cozinha: Senna

COAP vai providenciar guardanapos, sobremesa, refrigerante, água.
APRESENTAÇÃO MUSICAL/ALMOÇO
Sábado: 12:00 às 13:30
Jorge Luiz (instrumental)
Durante todo o almoço.
RECEPÇÃO E COLETA DOS TIKETS DO ALMOÇO
Paola e Márcia
André
Laysla
Ficarão logo na porta do salão-refeitório recebendo os tikets.
CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
BUFFET
Carlos Roberto, Alex
André Luiz


(Dilma da Coev vai doar 20 toucas e 20 pares de luvas))

Ver mais 10 toucas para a cozinha.

CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
SERVIR GALINHADA
Patrícia, Jucylene, Eliana, Elisângela, Valdinéia e Kelly
Rosemary
CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
REPOR GALINHADA
Soraya eÚrsula

Leonardo

Felipe

Henrique

Pedro Ribeiro
CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
SERVIR SALADA
Toninho
Luiza Arraes
CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
REPOR SALADA
Raquel e Denise
micke
CHEGAR ÀS 11:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
CAIXA
(venda de refrigerante e sobremesa)
Urbana
Rosália, Mariana
COEV vai providenciar fichar de 1,00 e de 0,50 com a Marlene
Marlene vai indicar as pessoas para o caixa.
Caixa ficará na sala do AF aos fundos do salão-refeitório.
Fazer cartazes.
CHEGAR ÀS 11:00
PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
SERVIR REFRIGERANTE
Alex, Ítalo, Taís, Júnior, Joyce, Bruno, Vivian, Camila
Eurico e Cláudio
Montar estrutura no salão-refeitório
Eurico/ Mauro Assis/Cláudio
O refrigerante e a sobremesa serão servidos na mesa
CHEGAR ÀS 11:00
PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
PREPARAR REFRIGERANTE
Eurico, Cláudio e Mauro Assis
Montar estrutura no salão-refeitório
CHEGAR ÀS 11:00
PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
SERVIR
SOBREMESA
Cássia
Juliana Neves
Lídia
Lorena
Montar estrutura no salão-refeitório
O refrigerante e a sobremesa serão servidos na mesa
CHEGAR ÀS 11:00
PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
ORGANIZAÇÃO
Ana Maria, Dilma, Lúcia e Madalena
Das mesas de saladas, pratos, talheres, etc.
DIVULGAÇÃO NO CEAL
Salas: Alex
Salão: Madalena, Dorinha e Ana
DIVULGAÇÃO EXTERNA
Karine
Mandar e-Mail para as casas espíritas
CARTAZES
1 pessoa
CAIXA / REFRIGERANTE / SORVETE

Valores: refrigerante R$ 1,00 e sobremesa R$ 1,50
INSCRIÇÕES PARA O SEMINÁRIO
1 pessoa
Na entrada do CEAL e também na livraria

CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES
Ana Maria
Todos os trabalhadores serão identificados e deverão apanhar seu crachá na recepção, quando for trabalhar. Deverão chegar uma hora antes do início de sua tarefa.
IMPREVISTOS
Paola e Roberto
Stephane, Raquel
Juliana, Paula
CHEGAR ÀS 07:00

PEGAR CRACHÁ NA RECEPÇÃO

LIMPEZA DOS SALÕES E DESMONTAGEM
Todos
2 funcionários do CEAL, que estiverem de serviço .
Observações:* Todos os colaboradores deverão estar no CEAL com antecedência de 60 minutos do início do evento.

* Na sexta-feira somente estarão trabalhando as equipes da coordenação geral da COAP e da COEV, da recepção, do apoio interno e externo, da inscrição, da venda de almoço, da venda de livros e CDs, da limpeza, da decoração do salão André Luiz e da apresentação musical. No sábado todas as equipes montadas estarão trabalhando.

* Haverá entrega de crachás para todos os colaboradores na entrada do CEAL, por favor, não deixem de apanhá-los. Os chefes de cada equipe poderão supervisionar se seus componentes estão com o crachá. AGRADECEMOS A DEUS E EM ESPECIAL A CADA UM DAQUELES QUE COLABORARAM DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA A REALIZAÇÃO DESTE EVENTO EM NOSSA CASA.

NÃO NOS PREOCUPEMOS MUITO COM AS FALHAS OU CONTRATEMPOS QUE POR VENTURA ACONTEÇAM. É NORMAL EM TODOS OS PROJETOS EMPENHADOS. OS ERROS DE AGORA, CERTAMENTE SERVIRÃO PARA O APERFEIÇOAMENTO DE AMANHÃ. QUE ESTEJAMOS IMBUÍDOS DE MUITA CALMA, FORÇA DE VONTADE, TOLERÂNCIA E AMOR!

Anote Hoje

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.
No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.
No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.
Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.
Estimule o serviço com expressões de louvor.
Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.
Em qualquer lugar, pratique a boa influência.
Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.
Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.
Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.
Evite gritar para não chocar a quem ouve.
Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.
Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Amanhece.Ditado pelo Espírito André Luiz.GEEM.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O QUE O ESPIRITA KARDECISTA DEVE TENTAR SER...

Muitos são os irmãos que não sabem o que é ser espirita kardecista e muitos são por vezes aqueles que sem nunca terem ouvido falar do espiritismo têm comportamentos muito mais espiritas do que muitos que por vezes se afirmam espiritas.
Muitos são os que confundem espiritismo kardecista com o cadomblé e com o Ubanda, convém aqui que esclareçamos que o espiritismo kardecista surge como doutrina em França em 1857 enquanto que as outras citadas, são de origem africana.
Para o espirita kardecista é importante respeitar todas as crenças e todos os crédos, respeitando acima de tudo a vida, pois acreditando na reencarnação, sabemos que temos variadas passagens pela Terra, vestindo o corpo carnal, tese esta que cada vez mais tem sido provada pela ciência, ainda que por vezes existam crenças ou pessoas que tenham um ponto de vista diferente, mas cada dia que passa, se torna um facto mais que provado,quando assistimos a variadissimos tratamentos de pessoas que descobrem que seus problemas decorrem de muito antes do que a criação do próprio fecto.
Muitos são por outro lado os que defendem a tese de que o espiritismo fala com os espiritos, fazendo bruxarias, com sessões de mediunidade, bom, convém aqui salientar, de que os que tal afirmam, têm um total desconhecimento do que é verdadeiramente o espiritismo, pois que muitos são os que têm mediunidade e a desconhecem totalmente, outros se aproveitam desta para seu próprio benefício a todos que dela se socorrem, obtendo respostas nem sempre correctas,como se de adivinhações se tratasse.
O desenvolvimento da mediunidade é mais uma das disciplinas do espiritismo e que acontece em alguns centros espiritas, não necessáriamente em todos, pois que o realmente importante para o espirita é o esforço por se renovar e esforçar consecutivamente em melhorar e acima de tudo praticar o que o Evangelho que Jesus Cristo nos ensinou, colocando consecutivamente em pratica o amor fraterno e a caridade que alienados com o perdão e a humildade podem levar a felicidade a muitos irmãos e a a nós mesmos, pois é dando aos outros que nós próprios conseguiremos receber.
Não receberemos em bens materiais, nem tão pouco estejamos desejosos da recompensa, pois essa mesma chegará até nós na hora exacta e necessária.
Em suma, convém informar e divulgar a todos que o espiritismo kardecista, acredita e segue o cristianismo, sendo seu guia o evangelho que Jesus nos deixou, todo aquele que procurar ajuda num centro espirita kardecista, encontrará amor, fraternidade, alguém que escute seus problemas e que lhe possa dar indicações a seguir, e poderá encontrar no estudo das obras básicas do kardecismo respostas para muitas das questões que se lhe colocam diáriamente e que muitas das vezes tantos problemas nos parecem trazer.
Pedro Gonçalves

Visitas

Caros amigos
Na caminhada que vamos seguindo, fomos mais uma vez recebidos pelos nossos bons amigos e companheiros de caminhada e de ideal os nossos irmãos de Viseu, onde pudémos acompanhar o andamento da grandiosa obra e instituição que vêm desenvolvendo em relação aos mais carenciados.
Púdemos também conversar com o nosso bom amigo o sr. presidente da federação espirita portuguesa o sr. Coronel Costeira que mais uma vez fez questão de nos acompanhar e mostrar as obras que têm sido feitas e em simultâneo nos deu mais um impulso nos trabalhos que temos vindo a desenvolver e em novos projectos que se avizinham.
A todos os irmãos que sempre nos ajudam e apoiam o nosso obrigado
Pedro

Amor Fraternal

"Permaneça o amor fraternal."Paulo (Hebreus, 13:1)

As afeições familiares, os laços consangüíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.
O equilíbrio é a posição ideal.
Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.
Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.
Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.
O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.
A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.
O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.
Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.
Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso.Ditado pelo Espírito Emmanuel.17a edição. Lição 141. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A Lei de Amor (Allan Kardec)

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A Idade do Espírito e sua Importância na Vida social (Raul Franzolin Neto)

O espiritismo como doutrina filosófica só tem sentido de existir para gerar grandes avanços na reforma íntima dos indivíduos e, conseqüentemente, na melhor convivência dos homens em sociedade.
O homem para viver melhor certamente deve buscar os conhecimentos necessários que envolvem a vida como um todo. Para se jogar bem xadrez, por exemplo, devemos primeiramente conhecer as suas regras e em seguida aprender a jogar e com o exercício da prática ir melhorando a cada nova jogada. O estudo é essencial para traçar as estratégias imediatas, raciocinando a cada nova jogada. Grandes lances são feitos em uma jogada onde várias outras possibilidades futuras já foram planejadas. Um deslize com uma jogada precipitada e mal planejada, pode significar enorme esforço do jogador para corrigir o erro e colocar-se em vantagem novamente.
Muitas vezes a partida pode ter sido definida numa jogada não raciocinada. Evidentemente um leigo que desejasse jogar com um profissional não teria a menor chance de vencê-lo. Mas se essa for a vontade dele, começará a seguir as etapas iniciais e passando a praticar com intensidade, após muito planejamento e raciocínio, ele mesmo poderá jogar de igual para igual com aquela mesma pessoa ou mesmo vencê-la. Tudo depende da dedicação e do esforço de cada um na arte de cumprir uma tarefa.
Conhecendo que a evolução espiritual é eterna e perfeita como todas as Leis Divinas, nada é impossível. Não importa se uma determinada tarefa foge da nossa capacidade de solucioná-la no momento, pois poderemos fazê-la ainda melhor no futuro, mas outras estão disponíveis ao nosso alcance. Somente com o conhecimento das regras a que estamos sujeitos é possível desenvolver uma vida mais saudável e harmoniosa. Para isso é fundamental o desenvolvimento criterioso da razão, sem cautelas, preconceitos e fanatismo. O espiritismo é capaz de nos colocar no caminho do raciocínio constante, em cada passo que damos na vida, e aprender com os exemplos do dia a dia com base nos ensinamentos que adquirimos do plano espiritual. O fundamental de tudo é ter confiança no futuro de que a vida é eterna e continuamente fruto do trabalho constante através das reencarnações e aprimoramento espiritual.
Uma das regras fundamentais da evolução espiritual que cada um deve ter consciência é o respeito entre as pessoas, ou melhor, respeito ao Espírito. Quando falamos pessoas, imediatamente, distribuímos diferenças existentes entre elas, sejam pelas classes sociais, raciais, locais de residências regionais, idades (crianças, jovens, adultos, velhos, etc.) e outras. Mas se falarmos em espírito, não poderemos identificar essas diferenças observadas no momento, pois envolve várias reencarnações e outras formas de vida que ele pode ter passado.
Hábitos de convivências em família, sociedades, países, etc são difíceis de serem analisados, pois os espíritos estão fortemente sujeitos às suas influências. Porém tudo isso também faz parte do estado natural das coisas. As evoluções dos espíritos são independentes e sempre existirão espíritos que não concordam com o tipo de vida que levam nas sociedades. Conflitos são observados de todos os tipos e diferentes maneiras.
A relação de respeito entre as pessoas promove marcas duradouras no espírito. Uma das fases marcantes na vida do espírito encarnado é a fase que chamamos de adaptação do espírito reencarnante no planeta, ou seja, a fase da infância. As crianças muitas vezes são tratadas com total desrespeito pelos jovens, adultos e velhos e negligenciadas como se fossem pessoas isentas de direitos morais na sociedade. É comum verificarmos o desprezo da sociedade como um todo pelas crianças em qualquer atividade que ela possa desenvolver. Quando uma criança, por exemplo, entra numa casa comercial para comprar uma mercadoria, embora esteja com pouca idade de vida e mesmo com o dinheiro suficiente fornecido pelos pais, via de regra, o atendente não lhe dá atenção e é comum vermos as outras pessoas passarem na sua frente no caso de uma fila. Muitos ainda dizem: “sai para lá garoto!”. Certamente se os pais virem a cena não irão gostar, pois aprendem a amar seus filhos e vêem o grande potencial que existe dentro deles. Outro caso é o desprezo que ocorre com os velhos e muito embora muitas pessoas dizem respeitá-los, não é isso que muitas vezes ocorre. No fundo o adulto se julga o auge da evolução do espírito. A inocência da criança e a falta de agilidade do velho são desconsideradas.
Estamos falando em vida em sociedade e isso não ocorre com muitas pessoas, pois sabemos que isso depende do grau de evolução de cada um. Não podemos de maneira alguma conhecer a real idade de cada espírito encarnado, pois desconhecemos a suas várias reencarnações anteriores e o tempo vivido no próprio plano espiritual. Podemos sim perceber pelos indicativos de evolução espiritual o possível ponto evolutivo da criança. Dessa forma, a criança de agora poderá ser muito mais velha em idade real que um velho agora e ser muito mais evoluída. Isso é apenas uma questão da necessidade reencarnatória individual e, portanto, de quanto tempo e quando se vai reencarnar. A idade do indivíduo de hoje fica assim, completamente desnecessária e inútil em se tratando da importância para a vida real. Cada um deverá sentir o seu melhor desempenho com o avanço de sua idade terrena. Uns gostam e relembram com saudades o seu tempo bem vivido na infância, ou na adolescência, na fase adulta. Muita gente tem pavor do envelhecimento e tudo fazem para manter-se na idade que mais apreciam. Inegavelmente todas as fases são importantes para o espírito encarnado e a cada uma delas as dificuldades devem ser superadas da melhor maneira possível. Na Terra é assim, em outros planetas as características da reencarnação podem ser completamente diferentes.
Em cada fase de nossa vida marcamos os sentimentos positivos e negativos vividos. O desrespeito é um dos sentimentos mais marcantes. Já mesmo encarnados é possível com pequeno esforço mental lembrar-se de fatos negativos marcantes em nossa infância e o causador do desrespeito está em nossa mente e é um problema evolutivo a ser solucionado. A vaidade está também ligada ao desrespeito e a todos os outros sentimentos negativos do homem. Às vezes uma professora ou professor, por exemplo, não trabalha com os sentimentos nobres de amor, respeito, paciência, etc. A criança passa por traumas e não se sente feliz, quando por ventura torna-se famosa, a professora diz com orgulho: “Eu fui sua professora, lembra-se?”.
É preciso definitivamente compreender que cada ser tem suas características evolutivas marcantes que formam a sua personalidade ao longo do tempo. Não há explicação coerente e racional na formação de dois indivíduos nascidos e criados na mesma família, portanto, no mesmo ambiente, obtendo dos pais os mesmos tratamentos e amor, e serem completamente diferentes em personalidades. A assimilação pela criança dos conceitos oferecidos pelos pais ou por qualquer pessoa depende inexoravelmente do seu grau evolutivo.
Afinidades, antipatias ou nenhum desses são importantes na aceitação ou na negação naturais das práticas do comportamento humano. Aceitação ou negação naturais significam não aquelas em que são impostas pela força e desarmonia. Vamos burilando nosso espírito, ou nossa personalidade, lentamente, dia após dia, encarnação após encarnação e devemos ter isso em mente para podermos compreender as relações humanas. Que maravilha é a felicidade de uma mãe ou pai ao ter uma grande afinidade com seu filho ou filha! Há uma compaixão e compreensão mútua, crescimento, progresso e alegrias. Mas o grande desafio se faz em desenvolver uma vida produtiva em relações de antipatias ou baixas afinidades.
Não estamos no momento discutindo sobre a melhor maneira de educar os filhos. Essa é uma área de grande interesse e deve ser estudada com muita dedicação e seriedade tendo em vista todas as características envolvidas no processo da reencarnação e da evolução espiritual. Mas o respeito à vida individual de cada ser em todas as suas fases do desenvolvimento deve ser o nosso objetivo primordial rumo a felicidade eterna.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A FILOSOFIA E O ESPIRITISMO KARDECISTA

Antes de falarmos da Filosofia e o espiritismo, devemos saber o que é a Filosofia, para podermos compreender melhor o aspecto filosófico do Espiritismo.
O que é Filosofia? Eis a pergunta que se faz, naturalmente, quando se iniciam estudos desta natureza. Tendo o Espiritismo, como se sabe, uma parte filosófica, é natural que procuremos ter, como base de conhecimentos gerais, pelo menos alguma noção do assunto. Filosofia – diz-se – é a Ciência dos porquês, justamente porque trata do porquê das coisas, isto é, explica a origem, a causa das coisas. Isto, porém, é a Filosofia no sentido clássico. Modernamente, com o desenvolvimento das pesquisas científicas, a Filosofia é a actividade que consiste na coordenação dos factos da Ciência, para que se encontre uma causa geral. É a Filosofia aplicada à Ciência. Filosofia é também concepção da vida e do universo. No sentido amplo, porém, Filosofia quer dizer: explicação das causas, do porquê das coisas. Daí chamar-se “a Ciência das primeiras e últimas causas” segundo uma definição clássica. Resumo do assunto: a Ciência examina a coisa, como ela é, de que se compõe, etc.; a Filosofia diz porque a coisa existe, qual a sua causa. Como se vê, a Ciência trata do conhecido, a Filosofia trata do desconhecido. Estas noções, como todas as outras deste estudo, são muito primárias, e por isso não passam de simples embocadura do assunto. Temos, portanto, no Espiritismo, também uma parte filosófica, porque:
a) – A parte científica trata do fenómeno, suas características, a lei que o rege, o mecanismo do fenómeno;
b) – A parte filosófica explica a origem do fenómeno, isto é, porque existe espírito, a sua natureza, e para que fim se dá o fenómeno.
Temos aí, bem definidos, dois campos no Espiritismo kardekiano: o científico e
o filosófico.
FILOSOFIA e CIÊNCIA – O Espiritismo tem uma parte científica e outra filosófica, como já vimos. (Oportunamente trataremos da parte moral, ou religiosa, baseada no Evangelho). Há distinção entre Ciência e Filosofia. A Ciência trata do concreto, enquanto a Filosofia trata do abstracto. A palavra Filosofia quer dizer amor à sabedoria.
Diz a tradição que foi Pitágoras, sábio da antiguidade, quem propôs o uso da palavra filósofo para substituir o qualificativo de sábio, usado entre os antigos.
Realmente filósofo (amigo do saber ou da Ciência) é o que procura a verdade, a razão de ser das coisas, a causa primária do universo e da vida, de acordo com a formação da palavra (Philos–amigo e Sophia–sabedoria, Ciência), ao passo que o
qualificativo de sábio parece arrogante, porque dá ideia de saber tudo, não ignorar coisa alguma. Naturalmente Pitágoras achou a designação de filósofo mais modesta do que a de sábio.
O papel da Ciência, que não é moral nem imoral, não é religioso nem ateu, é examinar, experimentar, comparar, estudar os fenómenos e as suas leis para dizer, no fim de tudo, se uma coisa é ou não é; o papel da Filosofia é dizer porque é que a coisa existe e para que existe. Exemplo: a Ciência estuda o fenómeno, procura a lei do fenómeno, diz qual o agente do fenómeno (espírito, por exemplo) e conclui a sua tarefa, afirmando ou negando; a Filosofia trata da causa que produz a lei, vai buscar a origem do espírito que deu causa ao fenómeno. Temos, pois, no conhecimento humano, três departamentos:
a) A Ciência, que se preocupa com os factos para verificar se é verdadeiro ou falso aquilo que se afirma.
b) A Filosofia, que se preocupa com a origem de tudo o que existe, a causa inteligente que produz o espírito, etc.
c) A Moral, que se preocupa com a aplicação, o fim útil que devem ter as coisas.
Estes departamentos correspondem à seguinte escala:
Ver (Ciência);
Raciocinar (filosofia);
Praticar (moral;
Em suma, A Ciência diz É ou não É; a Filosofia diz PORQUÊ; a Moral diz COMO devemos proceder em face do que aprendemos, qual o uso que devemos fazer do conhecimento.

DIVISÃO DA FILOSOFIA – Divide-se a Filosofia em quatro partes:
Psicologia (Ciência da alma) que estuda os factos da nossa consciência, as nossas emoções, as nossas reacções, etc.;
Lógica (Ciência do raciocínio) que regula a nossa maneira de pensar, estuda as leis do pensamento;
Ética (para alguns, moral) que trata dos costumes, do procedimento humano em face do conhecimento;
Metafísica (para além do mundo físico, acima da física ) estudo geral do Ser, da essência das coisas, da parte invisível dos objectos, da origem do Universo.
Enquanto a Psicologia quer saber SE pensamos, se, de facto, existe em nós o pensamento, a Lógica procura saber COMO pensamos. A Lógica é indispensável ao estudo da Filosofia. Existe, é verdade, a lógica natural, a chamada lógica do bom senso.
Mas a Lógica é uma Ciência, tem as suas leis, seu método para chegar à verdade. A Psicologia refere-se à existência do pensamento, a Lógica refere-se à legitimidade do pensamento. Não basta pensar, é necessário pensar com acerto. Pensamento legítimo, logicamente falando é aquele que não é incoerente ou contraditório. A Lógica trata, portanto do raciocínio. Qualquer indivíduo, por exemplo, pode defender um ponto de vista contrário ao nosso, mas pode acontecer que o raciocínio seja lógico. Há ocasiões, porém, em que o indivíduo pensa, defende suas ideias, mas não tem lógica. Ilustramos este ponto com dois tipos de raciocínios:
1º tipo Deus não existe, porque nunca o vi.
CRÍTICA – Este raciocínio é o que se chama simplista, porque pretende resolver uma questão de transcendental importância com um argumento muito simples.
2º tipo Há muita coisa que nunca vi, não sei como é, no entanto existe. Logo, não
nego a existência de Deus embora nunca o tenha visto.
CRÍTICA – Este raciocínio é mais lógico do que o outro. Por analogia, não nega a existência de Deus, uma vez que há muita coisa que se não vê, mas existe.
A outra parte da Filosofia é a Moral. Compete a Moral ditar as normas do procedimento humano. Chama-se também ética.
De facto, a Filosofia não nos leva somente à especulação, mas à prática, isto é, a aplicação daquilo que aprendemos para um fim: o bem. A ética, portanto, refere-se aos costumes. Depois da moral, vem, finalmente, a Metafísica.
Que quer dizer Metafísica?
Aquilo que está além ou acima da física. A Ciência, como já vimos, trata do que é concreto, tangível, palpável, visível; a Metafísica trata da essência das coisas, daquilo que se não vê, que se não pode medir. No tempo de Aristóteles (Grécia antiga) a Metafísica era o que se chamava Filosofia primeira. Vamos dar um exemplo, a fim de que fique bem compreendido o que é que se entende por Metafísica. Temos uma fruta na mão, suponhamos. Nesta fruta, considerada sob o ponto de vista puramente físico, o que é real, verdadeiro para nós é somente o que se vê, cheira, apalpa, etc.: cascas, caroço, suco e outros elementos. Mas a fruta existe, porque existe a árvore; a árvore, por sua vez, existe, porque lhe deram elemento de vida. Até aí temos apenas a parte física. E de onde vem a vida da árvore? Da natureza, de um plano da criação universal? Estas indagações não pertencem mais à ciência positiva, mas à Metafísica. Com este exemplo vulgar, pretendemos apenas dar uma ideia muito simples do que é Metafísica, a parte mais transcendental, mas subtil da Filosofia. A Filosofia, em suma, dá-nos a ideia da unidade do conhecimento. Algumas escolas filosóficas negaram a Metafísica. O positivismo, por exemplo, desprezou completamente qualquer indagação no campo metafísico. Daí o nome de positivismo, porque se preocupa exclusivamente com o que é positivo, concreto, com o que está ao alcance dos sentidos humanos. Na opinião de Augusto Comte, o fundador do positivismo, a humanidade caminharia na seguinte ordem, de acordo com o que ele denominou a “Lei dos três estados”:
1º Estado Teológico
No estado teológico (período primário) a humanidade crê em Deus, adora ídolos, tem superstições, etc. É o período da religião.
2º Estado Metafísico
O estado metafísico (período intermediário) a humanidade começa a indagar, analisar para saber. É o período, como se vê, da Filosofia.
3º Estado Positivo
O estado positivo (período superior) é, segundo Comte, o estado em que a humanidade abandona a religião, porque não precisa mais da crença, deixa a pura
especulação e entra no terreno positivo. É o período, finalmente, da Ciência. Temos aí a “lei dos três estados”, segundo Augusto Comte. Por entender assim, o positivismo despreza a Metafísica, isto é, coloca o assunto nos seguintes termos: a inteligência humana é incapaz de chegar a conclusão verdadeira acerca de Deus, da origem do universo, etc. Logo devemos deixar de lado tais questões, que são abstractas, inexplicáveis. O positivismo entende que devemos buscar solução de todos os problemas na Ciência positiva e nunca nas abstracções da Metafísica. As escolas filiadas ao materialismo, fenomenismo, positivismo, evolucionismo, etc. negam valor a Metafísica. Temos, até aqui, algumas noções muito rápidas do que vem a ser Filosofia.

Passemos agora à História da Filosofia em linhas gerais.
Noções primárias da História da Filosofia – O berço da Filosofia, como da religião, segundo o que ensinam os autores mais acatados é a Ásia. Justamente por este motivo a História da Filosofia começa pela Filosofia oriental. Entende-se por Filosofia oriental as ideias filosóficas dos países asiáticos (Índia, China, Pérsia) onde realmente despontaram tais ideias. A História da Filosofia dividi-se em quatro períodos:
I – FILOSOFIA ORIENTAL (Antes de Jesus Cristo)
Bramanismo – Budismo - Lao Tse - Confúcio.
II – FILOSOFIA GREGA (Do séc. VII AC ao VI séc. DC)
Pré-socrática - Socrática - Pós-socrática.
III – FILOSOFIA MEDIEVAL (Do séc. IX ao séc. XVII)
Escolástica - Formação, apogeu e decadência
IV – FILOSOFIA MODERNA (Séc. XVII ao séc. XIX)
Racionalismo - Experimentalismo.
V – FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA (Séc. XIX ao séc. atual)
Pragmatismo - Intuicionismo, etc.
Há um período intermediário entre a Filosofia Grega e Medieval ou da idade média: Filosofia Patrística, assim chamada por ter sido a Filosofia dos padres.
Sistematização da Filosofia – Convém notar, desde já, o seguinte: do Oriente veio a Filosofia pura e não a Filosofia sistematizada. Sistematizar quer dizer organizar dividir os assuntos, formar plano de conjunto. Foi isto, precisamente, o que se começou a fazer na Grécia, depois de Sócrates. No Oriente, por exemplo algumas doutrinas filosóficas se confundia, com algumas com as ideias religiosas. Finalmente, a Filosofia Oriental confundiu-se muito com a religião. Há quem diga que não é fácil distinguir, no Oriente, os místicos e os filósofos. É verdade que a Filosofia de Lao Tse não era mística. Mas, no conjunto, os filósofos Orientais parecem muito mais religiosos do que propriamente filósofos, na opinião de alguns críticos e historiadores. Passemos adiante.
De qualquer forma, as ideias filosóficas vieram do Oriente. Os Gregos tiveram, desde o começo, muita preocupação científica. O materialismo e naturalismo, por exemplo, nasceram na Grécia. Enquanto os orientais olhavam muito para cima, isto é, cultivavam a Filosofia pura, abstracta, contemplativa, os gregos procuravam compreender o mundo físico, os fenómenos da natureza sua causa, etc. São da Grécia os três primeiros filósofos clássicos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Estes nomes representam três pilastras de cultura humana tão grande, tão marcante foi a influência de Sócrates na Grécia, que a Filosofia Grega ficou dividida em três fases: antes de Sócrates (pre- socrática), durante Sócrates (socrática), e depois de Sócrates (pós- sócratica). Duas ideias fundamentais do Espiritismo foram aceitas no período, aliás brilhante, da Filosofia Grega: a imortalidade da alma e a reencarnação. (veja-se a introdução de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec). SOCRATES –diz Kardec – foi um precursor do Espiritismo, da ideia imortalista, oposta ao materialismo.
As primeiras manifestações do materialismo, na Grécia, estão na teoria de Demócrito. É a teoria atomística, que considera a alma simplesmente um conjunto de átomos. Houve outra teorias do fundo materialista, ainda na Filosofia Grega. Tratemos, porém, da sistematização. A princípio a Filosofia confundia-se com a Ciência. Os gregos dividiram os dois campos: A Ciência trata dos fatos concretos, da natureza, do mundo sensível, a Filosofia cuida do mundo metafísico, do que é abstracto, em suma. A Ciência estuda o conhecido, a Filosofia estuda o desconhecido. Começou, portanto, com os gregos a sistematização dos conhecimentos humanos. Antes de Sócrates, os primitivos filósofos gregos, devendo-se destacar Tales de Mileto, voltaram-se muito para a Natureza. Surgiu assim, a escola naturalista. Nota-se que esses filósofos, apesar
de serem considerados sábios para a sua época, tiveram algumas concepções absurdas senão infantis para nossa época. Basta dizer que, na Grécia, a água e o fogo chegaram a ser considerados elementos causadores da vida! Era na água – pensavam eles – que estavam a origem do mundo!
O ponto mais luminoso, mais alto da Filosofia Grega é o que começa com Sócrates. Há, porém, diferenças importantes entre os três filósofos clássicos: A Filosofia de Sócrates foi essencialmente moral; a Filosofia de Platão foi mais idealista, preocupou-se mais com a ideia pura; A Filosofia de Aristóteles foi naturalista.
Aristóteles faz a primeira classificação das Ciências, classificação adequada à época, e por isso foi substituída, mais tarde, por outras classificações mais desenvolvidas. Apesar de ser um génio, Aristóteles não ficou e nem podia ficar imune de críticas posteriores.
Rejeitou-se, com o tempo, muita coisa do grande filósofo grego. Mas Aristóteles é precursor da Ciência. A Filosofia Aristótelica predominou, durante séculos, na Filosofia Escolástica. Os doutores da igreja, na idade média, adaptaram a Filosofia de Aristóteles (pagão) à teologia católica. Nada se fazia a não ser dentro do padrão escolástico.
Aristóteles passou a ser, para os escolásticos, uma espécie de tabu, porque fora de
Aristóteles tudo era perigoso, duvidoso... Mais tarde veio a reacção. Surgiu a Filosofia moderna, com Descartes e Bacon, propondo outros processos de raciocínio e observação. Tomas de Aquino, um dos maiores vultos da Filosofia medieval, o doutor angélico, segundo a igreja, formou a sua Suma Teológica baseada na Filosofia de Aristóteles e na teologia católica. Mas o prestígio da Escolástica (Filosofia da Idade Média) entrou em decadência, depois de algum tempo. Aristóteles, o fundador da Lógica, criou a famosa Escola peripátetica, assim denominada porque o filósofo ensinava caminhando no jardim perante os discípulos. Sem dúvida alguma, Aristóteles é uma das glórias da humanidade.
Registra-se ainda na Filosofia Grega a escola dos sofistas. Eram indivíduos que zombavam de tudo, não investigavam, mas pretendiam destruir, por hábeis processos de raciocínio, tudo quanto os outros haviam organizado no domínio da
Filosofia. Terminemos aqui, por não estamos fazendo um curso de História da Filosofia, mas comentando alguns pontos da História das doutrinas filosóficas como introdução indispensável à parte filosófica do Espiritismo.
Não podemos esquecer que os conhecimentos básicos ou fundamentais vieram de Aristóteles: a biologia, a psicologia, a lógica, a história natural. Passemos, porém, à Idade Média.
Filosofia Medieval – Como já vimos no esquema, a Idade Média é o período que vai do século IX ao séc. XVII. Depois do apogeu da Idade Média, veio o movimento chamado Renascença, cuja influência se fez sentir principalmente nas artes, na literatura e até na ciência. A Filosofia da Idade Média chamava-se Escolástica porque era ensinada nas escolas medievais. Uma das maiores figuras da Escolásticas foi Tomas de Aquino, doutor da igreja. A Escolástica teve três períodos: formação, apogeu e decadência. Durante a Escolástica, a Filosofia tomista (assim chamada por ser a Filosofia de Tomas de Aquino) teve grande influência na vida intelectual do mundo. O tomismo formou uma síntese dos conhecimentos humanos na seguinte maneira:
aproveitou, como já vimos a ciência organizada na Grécia e adaptou o pensamento de Aristóteles à Suma Teológica, obra destinada a interpretar o pensamento da igreja em face da Ciência e da teologia, isto é, a Igreja perante o temporal e o espiritual. Mas no seio da Escolástica, entre os próprios doutores da Igreja, houve muita divergência.
Formaram-se duas grandes correntes: tomistas e anti-tomistas. Inegavelmente os três maiores vultos da igreja, nesse período, são Tomas de Aquino, Agostinho e Alberto Magno. Entre Tomas de Aquino e Agostinho há concepções diferentes. A Filosofia agostiniana é mais platónica, isto é, pende mais para as ideias de Platão, enquanto a de Tomas de Aquino é aristotélica, apoia-se na ciência de Aristóteles. (Quando estudamos a Filosofia Grega, verificamos que Aristóteles divergiu de Platão em determinados pontos). A escola franciscana, no período da Escolástica, preferiu seguir a orientação de Agostinho, tendo rejeitado a escola tomista. A discussão entre as duas velhas correntes filosóficas da Igreja não feriu as bases da fé, porque se restringiu, como até hoje, a subtilezas filosóficas. Ainda hoje a divergência entre tomistas e agostinianos é assunto debatido apenas entre as elites da Igreja, nas discussões teológicas. Os simples crentes, os homens de fé, é claro, não entram nestes pontos de pura indagação filosófica, aliás sem consequências práticas na fé.
Depois de muito esplendor, a Escolástica (Filosofia da Idade Média) começou a entrar em decadência. Diversas causas concorreram para o desprestígio da Escolástica: a Renascença, a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, a nova concepção da autoridade dos Reis, cujos poderes deixaram de ser considerados de origem divina. Finalmente depois da Idade Média, período em que predominou o pensamento de Aristóteles, interpretado segundo a filosofia Escolástica, veio o que se chama Filosofia Moderna e, com esta, grande revolução na ciência e na filosofia.
Filosofia Moderna – Chama-se moderna a filosofia do século XVII ao séc. XIX. A Filosofia Moderna tomou duas direcções definidas: o racionalismo e o experimentalismo.
Os dois homens que personificaram a Filosofia Moderna são: René Descartes (Francês) e Francis Bacon (Inglês). Deve-se a Descartes e Bacon um dos períodos mais fecundos e mais brilhantes do pensamento humano. Pode-se dizer que a Filosofia Moderna foi um movimento de reacção à Escolástica: foi, para melhor dizer, uma imposição da própria evolução das ideias. Ao chegar ao século XVII, a humanidade estava saturada dos ensinos escolásticos, queria ideias novas, métodos novos, inteligências mais activas desejavam a renovação. Compreendemos muito bem este fenómeno à luz da doutrina: A renovação das ideias é uma características da evolução. Vamos resumir o mais possível as linhas gerais deste grande período. Houve duas correntes na Filosofia Moderna: o
racionalismo ou cartesianismo, com Descartes; o empirismo ou experimentalismo, com Bacon.
O sistema de Descartes chama-se racionalismo, porque é baseado na supremacia da razão; o sistema de Bacon chama-se empirismo porque é baseado na experiência. (A palavra empirismo significava, naquele tempo, experimentar, submeter o objecto às provas práticas; hoje, porém, diz-se empirismo quando se quer dizer que isto ou aquilo é feito sem os métodos científicos: medicina empírica, isto é, medicina dos curiosos, os que não são formados, etc.). Vamos resumir o assunto: Descartes, o espírito matemático, criou o método racional, isto é, o método que tem por base a razão para aceitar a verdade; Bacon criou o método experimental, o método pelo qual tudo deve ser submetido à experiência para que se possa aceitar a verdade.
Embora seja diferente os dois métodos – o de Descartes e o de Bacon – porque um apela para o primado da razão e o outro apela para o primado da experiência, o que é verdade é que esses dois grandes homens abriram o caminho da investigação científica. Antes deles, aceitava-se muita coisa pela fé; depois deles, como que se emancipou o espírito humano, porque a razão e a experiência passaram a decidir no conhecimento. Francis Bacon é, perante a História, o precursor do método experimental.
Aliás, ainda na idade média, outro Bacon tentou introduzir o método experimental na Ciência, mas não pôde realizar os seus planos. Foi o Frade Rogério Bacon.
Tinham razão os dois: Francis Bacon e René Descartes. Não se pode chegar à verdade sem os dois grandes instrumentos: a razão e a experiência. Mas nem um dos dois, por si só é capaz de nos trazer toda a verdade. Já fizemos, neste centro, uma série de estudos comparativos, justamente para que pudéssemos mostrar a posição do espiritismo entre as doutrinas e métodos filosóficos. Lembram-se bem os confrades da exposição relativa a Filosofia Moderna. Dissemos, naquela ocasião, porque o estudo era comparativo, que a Doutrina Espírita concilia muito bem as duas correntes da Filosofia Moderna, uma vez que reconhece o valor tanto da experiência como da razão. Descartes e Bacon prestaram grande serviço à inteligência. Descartes exaltou a razão contra a supremacia da fé; Bacon também recusou o predomínio da fé, mas o fez com base no método experimental. O fim era o mesmo: negar autoridade à fé para dirigir o conhecimento humano.
Durante o período em que se desenvolveu a Filosofia Moderna, surgiram muitas escolas filosóficas. Não nos é possível tratar, aqui, de todas elas, porque se o fizéssemos, ainda que em linhas gerais, sairíamos do fio destes estudos. Assim, pois, simplesmente a título de informação histórica, vamos indicar as principais correntes filosóficas desse período, um dos mais notáveis da História da Filosofia. De passagem, apontamos as seguintes escolas filosóficas posteriores a Descartes e Bacon:
Idealismo – Os partidários do idealismo, embora exaltem muito a ideia, distanciaram-se do idealismo puro de Platão. Os idealistas consideraram a matéria uma representação da ideia. Esta escola filosófica tanto serviu para reforçar certos princípios espiritualistas como para fortalecer a opinião de alguns partidários do materialismo metafísico. Ponto fundamental: a realidade não é matéria, mas a ideia.
Sensualismo – A escola sensualista caiu no materialismo, porque afirmou o seguinte: o conhecimento vem dos sentidos, nada se pode conhecer sem a sensação.
Consequência: fora daquilo que fere os sentidos humano, tudo é incerto, hipotético. Que é isto, senão materialismo?
Criticismo – Em oposição à escola sensualista, Emanuel Kant, filósofo alemão, lançou a Crítica da Razão Pura, formando o sistema que tomou o nome de Criticismo: “Crítica da Razão Pura” e “Crítica da Razão Prática”, sobre a Filosofia e a Moral. Tema central do Criticismo: Nem todo conhecimento vem dos sentidos materiais, porque existe a razão pura, independente dos sentidos humanos.
Fenomenismo – Os fenomenistas afirmam que tudo se explica pela sucessão de fenómenos no universo. Conclusão: não precisamos apelar para a crença em Deus, porque todo o mecanismo universal depende da sucessão de fenómenos sem qualquer inteligência criadora.
Evolucionismo – Esta escola é quase contemporânea da Codificação de Kardec. Spencer desligou-se em parte, do Positivismo e fundou a escola evolucionista.
Característica da escola spenceriana: embora afirme a evolução do mundo material, considera impossível à inteligência humana compreender o desconhecido. Para Spencer o desconhecido é o absoluto ou o incognoscível. Devemos deixar de lado o absoluto, porque nos é impossível compreendê-lo.
Panteísmo – Como o seu nome esta indicando (pan - tudo e theo - Deus) Panteísmo é a doutrina que admite a presença de Deus em tudo. O Panteísmo é muito antigo; seu chefe, nos tempos modernos, foi Spinoza. Segundo o Panteísmo, existe a alma universal e não a alma individual como afirma o Espiritismo. Esta doutrina anula a responsabilidade do espírito após a morte, porque a alma volta para o todo, isto é, a alma universal. O Espiritismo não aceita a tese panteísta. (Ver “O Livro dos Espíritos” cap. I, 1ª parte, no 14).
Convém notar que a Filosofia Moderna, no século XVIII, teve participação no grande movimento chamado Enciclopedismo, cujo espírito preparou a Revolução
Francesa. Houve ainda outras correntes filosóficas, como, o neo-kantismo, o idealismo renovado, o neo- escolasticismo, etc. Tratemos agora do Positivismo, doutrina fundada pelo filósofo Augusto Comte, francês desencarnado precisamente no ano em que Allan Kardec publicou “O Livro dos Espíritos”: 1857. O Positivismo teve grande influência no Brasil. É interessante observar que, tendo nascido em França e sendo francês o seu fundador , o Positivismo teve mais projeção no Brasil que na terra de origem . O Positivismo influiu muito na propaganda e proclamação da República Brasileira. A divisa da Bandeira Nacional - Ordem e Progresso - é de origem positivista. Depois de sua obra científica, Augusto Comte fundou uma religião sem Deus e sem alma, isto é, a Religião da Humanidade. Sob o ponto de vista humano, puramente humano e não espiritual, esta religião tem pontos de coincidência com o Evangelho. O Positivismo tem a seguinte base, sem aceitar a existência de Deus nem a imortalidade da alma: o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim. Tudo isto, sob outro ponto se vista, pode ser aplicado à doutrina cristã. O Evangelho ensina: amai-vos uns aos outros. O Positivismo ensina: viver para outrem. O Evangelho diz: sim, sim, não, não!
O positivismo predica: viver às claras. Mas o que é verdade é que nós esposamos este princípios em função da crença na vida futura, na imortalidade da alma e na existência de Deus; o Positivismo prega também estes princípios, mas o faz em função apenas do amor à humanidade, para a vida presente, na terra. Na forma, existe certa aproximação entre o Positivismo e o Evangelho; no fundo, porém, a separação é absoluta, porque um tem por base a vida futura, depois da morte, enquanto o outro se apoia no princípio de que a imortalidade é subjectiva, isto é, consiste apenas na lembrança dos mortos, no sentimento de respeito. Para, nós, a imortalidade é objectiva, real, porque já está demonstrada.
O Positivismo dividiu-se em dois grupos: o de Littré, que não aceitou a Religião da Humanidade, tendo preferido ficar apenas com a parte científica da obra de Comte, e o de Pierre Lafite, que aceitou integralmente a doutrina positivista. O 1º grupo chamou-se dissidente, o 2º grupo é chamado ortodoxo, porque defende a aceitação total do pensamento de Comte. Augusto Comte fez a seguinte classificação das Ciências:
Matemática – Astronomia – Física – Química – Biologia – Sociologia – Moral.
Desde Aristóteles, os filósofos, pensadores e experimentadores têm procurado classificar as ciências. Houve, por isso, diversas classificações. Mas a que, até hoje, teve mais aceitação foi a de Comte. Para nós, imortalista, a Psicologia é uma das ciências fundamentais, porque é a ciência da alma. Mas é necessário observar o seguinte: Augusto Comte não considerava a Psicologia ciência autónoma, porque, sendo ele positivista, não admitia a existência da alma independente do corpo. Vemos aí apenas a Biologia (ciência da vida ou dos seres vivos), porque, segundo a classificação de Augusto Comte, a Psicologia está enquadrada na Biologia. Depois de Comte, a Psicologia passou a ser uma ciência como as outras, porque se tornou autónoma.
Tratemos, agora, como encerramento desde período de estudos, da Filosofia contemporânea, embora pouco tenhamos a dizer a tal respeito.
Filosofia Contemporânea – Entende-se por Filosofia Contemporânea o conjunto das correntes filosóficas formadas entre o século passado e os dias actuais.
Parece-nos necessário apenas tratar ligeiramente de duas correntes da Filosofia Contemporânea, porque já passaram para a História, enquanto outras, mais novas, ainda estão sendo discutidas ou observadas. As duas principais doutrinas filosóficas deste período são as seguintes: Pragmatismo, de William James, nos Estados Unidos, e o Intuicionismo, de Henri Bergson, na França. A palavra pragmatismo vem de pragma, que quer dizer acção. Assim, pois, o Pragmatismo é a Filosofia da ação, a Filosofia prática. Os pragmatistas entendem que devemos procurar, em tudo, o lado útil; aquilo que não tem utilidade não deve ser objecto de cogitação: se, por exemplo, a ideia de Deus é útil, devemos cultivá-la mas pela sua utilidade e não pela simples crença. Mas o conceito de utilidade foi mais exagerado na filosofia pragmatismo. Para muita gente, útil é o que é imediato concreto. Em suma, o Pragmatismo, para determinados indivíduos, passou a ser uma filosofia puramente utilitária, a filosofia do interesse.
Todas as escolas filosóficas têm espíritos radicais. O Intuicionismo é uma doutrina que afirma a supremacia da intuição sobre a inteligência. Para Bergson (desencarnado há poucos anos) a inteligência não pode compreender as coisas transcendentais. O problema de Deus, por exemplo, escapa às possibilidades da inteligência. É pela intuição, conhecimento superior, que podemos compreender certas questões, como o destino humano, a justiça divina, etc. A inteligência apenas pode compreender o que é finito, limitado, material. A doutrina de Bergson é muito discutida, até mesmo entre filósofos católicos. Para alguns críticos, Bergson não é , a rigor, um filósofo; na opinião de outros, Bergson pode ser considerado um verdadeiro filósofo. Certos teólogos acham que a teologia de Bergson veio demolir a fé; alguns católicos conciliadores entendem, ao contrário, que o criador do Intuicionismo não ofendeu a fé. Como se vê, a filosofia bergsoniana ainda está sujeita a muitas opiniões divergentes. Aqui termina a exposição, aliás muito sumária, das escolas filosóficas.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."