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domingo, 15 de maio de 2011

SENHORA DA JUSTIÇA

Parece que se nubla o Sol quando ela chega...

Pode chegar de mansinho, em demorados ensaios, ou chega de modo abrupto, como um felino que salta sobre uma presa. Num ou noutro caso, jamais é bem-vinda.

Pode ser que ela chegue anunciando renovações, liberdade e crescimentos, contudo, na base dessas bênçãos, há sempre amarguras, dor e saudade.

Servidora de Deus em favor da Grande Vida, costuma ser rejeitada, abominada mesmo, e considerada como poderosa e intransigente inimiga, tudo por causa do pouco entendimento quanto a sua grave quão divina missão.

Parece que neve regelante se abate sobre todas as coisas, quando ela se apresenta...

Responsável por larga faixa do progresso do mundo e senhora da impoluta justiça, uma vez que não privilegia condições econômicas, culturais ou sociais, nem se curva a faixas etárias ou a vinculações, quaisquer que sejam, quão poucos já conseguem ter paz perante seus sinais, e pouquíssimos já podem expressar alegrias diante do seu anúncio.

O que lhe confere foros de verdade e caráter de permanência na vida humana é o fato de representar as leis divinas, e as leis de Deus visam sempre ao bem de todas as almas, filhas do Seu amor.

Se tu conheces a Jesus e admites a perfeição da vontade do nosso Criador, segue aprendendo, ainda que aos poucos, a respeitar esse ser, cuja presença tanto assusta e incomoda, desde tempos imemoriais.

Não necessitas prestar-lhe qualquer culto; nem precisas temê-la. Basta que vivas nobremente no mundo, e que ensines aos teus a fazer o mesmo, porque, seja mansamente, como a luz do dia que dilui as sombras da noite, ou rápida e violenta, como o salto de um felino, a morte a todos envolverá com seu véu de narcotizantes essências, a todos transladando dos campos do passageiro aprendizado terrestre, para o Grande Lar da vida imperecível, no seio das estrelas.

Todas as suposições e todos os enganos se desfazem, quando, após superarmos duras pelejas e cumprirmos nossos deveres, saímos do mundo das sensações enganosas e mergulhamos no oceano de realidades que o amortecimento do corpo carnal permite ao Espírito imortal.





pelo Espírito Rosângela C. Lima - Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 17.7.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ. Publicada no Jornal Mundo Espírita de novembro de 2006. Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=61.

A virtude da humildade

Um homem pode ser humilde sem se tornar alvo de humilhações? A humildade deixa as criaturas sem auto-estima?

Por vezes, quando exaltamos a humildade, há pessoas que duvidam da excelência dessa virtude e acreditam que ser humilde é o caminho mais rápido para ser pisoteado pelos orgulhosos e poderosos. Não é exatamente assim.

Quando Jesus nos ensinou sobre a humildade, disse que os pobres de espírito são bem-aventurados porque teriam o Reino dos Céus.

Mas atenção: pobre de espírito não significa, em hipótese alguma, ser pequeno de idéias ou uma pessoa de espírito inferior.

Ao contrário, ser pobre de espírito significa simplesmente ser humilde, carregar dentro do peito um coração capaz de não se envaidecer facilmente.

Ser pobre de espírito representa a conquista de um estado espiritual que não cede espaço para manifestações de egoísmo.

Ser pobre de espírito é buscar um estado espiritual sem orgulho, sem soberba, sem vaidade.

Você já notou que há pessoas que se acham superiores às demais?

Essas acreditam que Deus deveria lhes conceder privilégios e condições especiais.

Esquecem que Deus é Pai de todas as criaturas, que faz nascer o sol sobre bons e maus, e faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.

Somos todos Seus filhos queridos e nenhum de nós se perderá.

O pobre de espírito é aquele que é capaz de olhar para todos os seres humanos como seus irmãos.

É um homem de bem, asserenado pela certeza de que todas as pessoas são profundamente interessantes e dignas de respeito.

A pessoa verdadeiramente humilde não se considera superior, nem inferior a ninguém, pois vê em todos um universo de inteligência e de beleza.

Por isso, o humilde não discrimina, nem maltrata qualquer pessoa. Para ele, ricos e pobres, inteligentes e obtusos, bons e maus são, antes de tudo, filhos de Deus.

As diferenças são decorrentes apenas de seu estágio intelectual e moral.

Um homem assim é sábio e, certamente, vive tranqüilo.

O homem verdadeiramente humilde não se orgulha de seus bens, de sua riqueza, de seu patrimônio intelectual ou de sua boa aparência.

E age assim porque sabe que tudo é passageiro na vida terrena.

Ao deixarmos esse mundo, ficarão para trás todos os bens materiais, o corpo físico.

Além disso, bem antes da morte, a vida já vai nos mostrando que estamos em um mundo onde as coisas são profundamente transitórias.

Para quem é belo e jovem, vale lembrar que o corpo envelhece.

Para os que têm saúde, é sábio recordar que as doenças podem vir a qualquer momento.

Os que se orgulham de riquezas e de uma boa posição social devem observar que tudo isso lhes pode ser retirado a qualquer momento.

Os que têm trabalho ou ocupam altas funções também devem ter em mente que podem perder tais cargos a qualquer momento.

Por isso, vale a pena, em qualquer situação, oferecer o melhor de si a todos, indiscriminadamente.

O homem humilde é o mesmo em todas as ocasiões. Se está em situação desfavorável, conserva-se tranqüilo e não se sente inferiorizado, pois conhece suas potencialidades.

Se vive em condições confortáveis, busca vivenciar a solidariedade, a alegria, o bom humor e a tolerância.

É assim que se constrói um futuro de alegria e realização.

Texto da Redação do Momento Espírita

ORAÇÃO NOSSA

Senhor, ensina-nos:

a orar sem esquecer o trabalho;
a dar sem olhar a quem;
a servir sem perguntar até quando;
a sofrer sem magoar seja a quem for;
a progredir sem perder a simplicidade;
a semear o bem sem pensar nos resultados;
a desculpar sem condições;
a marchar para a frente sem contar os obstáculos;
a ver sem malícia;
a escutar sem corromper os assuntos;
a falar sem ferir;
a compreender o próximo sem exigir entendimento;
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração;
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento;

Senhor fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades;

Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir-Te os desígnios onde e como queiras, hoje, agora e sempre.





pelo Espírito Emmanuel - Do livro: À Luz da Oração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

O Fim do Mundo em 1911 (e 2011)

Allan Kardec
Revista Espírita, Abril de 1868

[...] Com efeito, lembra-se que o fim do mundo também tinha sido predito para o ano de 1840, (e agora, para 21 de maio de 2011 o adendo é nosso); acreditavam com tanta certeza, que tinha sido pregado nas igrejas, e vimos anunciado em certos catecismos de Paris às crianças da primeira comunhão, o que não deixou de impressionar desagradavelmente alguns cérebros jovens. Como o melhor meio de salvar sua alma sempre foi dar dinheiro, despojar-se dos bens deste mundo, que são uma causa de perdição, foram feitos pedidos e provocadas doações com este objetivo. Mas o Espírito do mal se mete por toda a parte neste século de racionalistas e impele aos piores pensamentos [...]
[...] Mas eis que esses ruídos se precisam, que esses terrores, que parecem quiméricos, tomam consistência e se formulam nitidamente. O fim do mundo se aproxima, gritam de todos os lados! Na Europa, nos países católicos, recordam-se as velhas profecias que, todas, anunciam esse grande acontecimento para a nossa época...
Não são os espiritos batedores que dão alarme.
Abri O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec e lêde à primeira página, nos prolegômenos, as palavras seguintes: "Os Espíritos anunciam que os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal estão chegados, e que sendo os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, sua missão é instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da humanidade

Observação: (de Kardec) Não vemos que anunciar a regeneração da humanidade seja anunciar o seu fim. Estas duas idéias se contradizem. Em lugar de dar o alarme, os Espíritos vem trazer a esperança.

"E para começar diz-nos o profeta Joel: "Naqueles tempos a magia cobrirá toda a Terra, e ver-se-ão até as crianças de peito fazer coisas extraordinárias, e falar como pessoas grandes."
"O Espiritismo, esta magia do século dezenove, invadiu o mundo. Há apenas alguns anos, na América, na Inglaterra, na França, fenômenos surpreendentes, incríveis excitaram a curiosidade geral. Móveis inertes, animando-se à vontade dos operadores, entregavam-se às mais fantásticas evoluções, e respondiam sem hesitação às perguntas que lhes dirigiam. Buscou-se qual podia ser a causa inteligente desses efeitos inteligentes. As mesas responderama: São os Espíritos, as almas dos homens que a morte levou, que vem comunicar-se com os vivos. Novos fenômenos se produziram. Ouviram-se como que golpes batidos nos móveis, nas paredes das casas; viram-se objetos, movendo-se espontâneamente; ouviam-se vozes, sinfonias; viram-se mesmo aparições de pessoas mortas há muito tempo. Os prodígios se multiplicavam. Era preciso querer para ver; era preciso ver para ficar convencido.
"Em breve uma nova religião se organizou. Interrogados os próprios Espíritos redigiram o código de sua nova doutrina. Foi, há que confessar, um sistema filosófico admiravelmente bem combinado sob todos os aspectos. Jamais o mais hábil sofista soube tão bem disfarçar a mentira e o paradoxo. Não podendo, sem desvendar sua origem e despertar suspeitas, quebrar de um golpe as idéias de Deus e de virtude, os Espíritos começam reconhecendo altamente a existência de Deus, a necessidade desta virtude; mas fazem tão pouca diferença entre a sorte dos justos e a dos maus, que se é, forçosamente, levado por essas crenças, a satisfazer todas as suas paixões e a buscar na morte um refúgio contra a infelicidade. O crime e o suicídio são as duas consequências fatais desses princípios, que parecem, à primeira vista, marcados por uma moral tão bela e tão pura.
"Para explicar a anomalia dessas comunicações de além túmulo, os Espíritos não puderam deixar se anunciar, como vimos, que os tempos marcados pela Providência estavam chegados; mas não querendo falar do fim do mundo, o que absolutamente não entrava em seu sistema, acrescentaram: "para a regeneração universal da humanidade."[...]

[...] Será o fim do mundo da superstição, do despotismo, dos abusos mantido pela ignorância, pela malevolência e pela hipocrisia; será o fim do mundo egoísta e orgulhoso, do pauperismo, de tudo o que é vil e rebaixa o homem; numa palavra, de todos os sentimentos baixos e cúpidos, que são o triste apanágio do vosso mundo.
Esse fim do mundo, essa grande catástrofe, que todas as religiões concordam em prever, é o que elas entendem? Ao contrário, não se deve ver a realização dos altos destino da humanidade? Se refletirmos em tudo o que se passa em volta de nós, esses sinais precursores não serão o sinal do começo de um outro mundo, quero dizer de um outro mundo moral, antes que o da destruição do mundo material?
Sim, enhores, um período de depuração terrestre termina neste momento; um outro vai começar... Tudo concorre para o fim do velho mundo, e os que se esforçam por sustê-lo, trabalham energicamente, sem o querer, para a sua destruição. Sim, o fim do mundo está próximo para eles; eles o pressentem e se apavoram, crêde bem, mais que do fim do mundo terrestre, porque é o fim de sua dominação, de sua preponderância, a que se apegam mais do que a qualquer outra coisa; e isto, em relação a eles, não será a vingança de Deus, pois Deus não se vinga, mas a justa recompensa de seus atos.
Como vós, os Espíritos são filhos de suas obras; se forem bons, é porque trabalharam para o ser; se forem maus, não é porque tenham trabalhado para o ser, mas porque não trabalharam para se tornarem bons.
Amigos, o fim do mundo está próximo e vos convido vivamente a tomar boa nota desta previsão; ele está tanto mais próximo quanto já se trabalha na sua reconstrução. A sábia providência daquele a quem nada escapa, quer que tudo se construa antes que tudo se destrua; e quando o edifício novo for coroado, quando a cumeeira estiver coberta, então é que desabará o antigo; cairá por si mesmo; de sorte que, entre o velho mundo e o novo não haverá solução de continuidade.
É assim que se deve entender o fim do mundo, que já pressagiam tantos precursores. E quais serão os mais poderosos obreiros para esta grande transformação? Sois vós, senhoras; sois vós, senhoritas, com o auxílio da dupla alavanca da instrução e do Espiritismo. Na mulher na qual o Espiritismo penetrou, há um trablhador espiritual. Nesse estado, tudo trabalhando por ela, a mulher trabalha ainda mais que o homem na edificação do momento; porque, quando ela conhecer todos os recursos do Espiritismo e deles souber servir-se, a maior parte da obra por ela estará feita. Amamentando o corpo de seu filho, também poderá alimentar o seu espírito. E que melhor ferreiro do que o filho de um ferreiro, aprendiz de seu pai? Assim o menino sugará, ao crescer, o leite da espiritualidade e quando tiverdes Espíritas, filhos de Espíritas e pais Espíritas, o fim do mundo, tal qual o compreendemos, não estará realizado? Admirai-vos então, depois disto, que o Espiritismo seja um espantalho para tudo o que se apega ao velho mundo, e do encarniçamento com que procuram abafá-lo em seu berço. - Jobar

Para um estudo ainda mais detalhado, sugerimos aos nossos internaútas ver o livro: O Fim do Mundo, de Camillo Flamarion, da Federação Espirita Brasileira

NA SENDA REDENTORA

Minha amiga,

Jesus nos agasalhe em seu manto de amor e luz.

O pranto é a água lustral da purificação.

Bem-aventurados os que conservam a lâmpada sublime da esperança constantemente acesa no coração. A dor há de ser sempre o broquel divino sobre o mármore dos nossos sentimentos e quando nos distanciamos da carne, temporariamente, louvamos as aflições que o mundo nos oferece.

Mais tarde, voltaremos à lide e, quem sabe?

Então, a nossa taça guardará amargoso conteúdo, para que aprendamos, enfim, a trilhar o caminho excelso do bem.

Muitas responsabilidades pesam em nossas vidas. Nossos corações se assemelham ao firmamento pesado de nuvens, que só a tempestade pode aliviar.

Cultive a sua felicidade na fé robusta que lhe fulgura na estrada, porque feliz é o devedor considerado digno do resgate, ainda na Terra.

Os meirinhos da Justiça Celeste não visitam os espíritos endividados, que se mergulhem na covardia ou fraqueza.

Buscam aqueles corações que amadurecem na sublime compreensão, na caridade santificante e na confiança fiel, e então lhes confere a graça da redenção pela dor, que é sempre bendita e luminosa estrela no céu dos nossos destinos.

Avancemos na atualidade, com o madeiro da renunciação sobre os ombros. Cumpramos a determinação evangélica, negando a nós mesmos, tomando a nossa cruz e seguindo, de passo firme na Gólgota de nossa real salvação.

Os amores no santuário domésticos são raízes profundas, inextirpáveis do coração. Não se deixe dominar pela tortura moral que lhes asfixia as fibras mais íntimas. Eleve seu pensamento e o seu coração, acima do abismo em que as aflições e as amarguras incontáveis sufocam o cérebro do homem moderno, vítima das trevas espirituais que ele próprio criou.

Que a claridade santa da fé brilhe em seus passos e que o Senhor nos abençoe.





pelo Espírito Aura Celeste - Do livro: Cartas do Coração, Médium: Francisco Cândido Xavier

Visão de Eurípedes

Hilário Silva e Chico Xavier
Do livro: A Vida Escreve - FEB

Começara Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da mediunidade, em Sacramento, no Estado de Minas Gerais, a observar-se fora do corpo físico, em admirável desdobramento, quando, certa feita, à noite, viu a si próprio em prodigiosa volitação. Embora inquieto, como que arrastado pela vontade de alguém num torvelinho de amor, subia, subia...
Subia sempre.
Queria parar, e descer, reavendo o veículo carnal, mas não conseguia. Braços intangíveis tutelavam-lhe a sublime excursão.
Respirava outro ambiente. Envergava forma leve, respirando num oceano de ar mais leve ainda... Viajou, viajou, à maneira de um pássaro teleguiado, até que se reconheceu em campina verdejante. Reparava na formosa paisagem, quando, não longe, avistou um homem que meditava, envolvido por doce luz.
Como que magnetizado pelo desconhecido, aproximou-se...
Houve, porém, um momento em que estacou, trêmulo.
Algo lhe dizia no íntimo para que não avançasse mais...
E num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se na presença do Cristo.
Baixou a cabeça, esmagado pela honra imprevista e ficou em silêncio, sentindo-se como um intruso, incapaz de voltar ou seguir adiante.
Recordou as lições do Cristianismo, os templos do mundo, as homenagens prestadas ao Senhor, na literatura e nas artes, e a mensagem d'Ele a ecoar entre os homens, no curso de quase vinte séculos...
Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar...
Grossas lágrimas banhanvam-lhe o rosto, quando adquiriu coragem e ergueu os olhos, humilde.
Viu, porém, que Jesus também chorava...
Traspassado de súbito sofrimento, por ver-lhe o pranto, desejou fazer algo que pudesse reconfortar o Amigo Sublime... Afagar-lhe as mãos ou estirar-se à maneira de um cão leal aos seus pés...
Mas estava como que chumbado ao solo estranho...
Recordou, no entanto, os tormentos do Cristo, a se perpetuarem nas criaturas que até hoje, na Terra, lhe atiram incompreensão e sarcasmo...
Nessa linha de pensamento, não se conteve. Abriu a boca e falou, suplicante:
- Senhor, por que choras?

O interpelado não respondeu.
Mas desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou:
- Choras pelos descrentes do mundo?
Enlevado, o missionário de Sacramento notou que o Cristo lhe correspondia agora ao olhar. E, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima:
- Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amor. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...

Eurípedes não saberia descrever o que se passou então.
Como se caísse em profunda sombra, ante a dor que a resposta lhe trouxera, desceu, desceu...
E acordou no corpo de carne.
Era madrugada.
Levantou-se e não mais dormiu.
E desde aquele dia, sem comunicar a ninguém a divina revelação que lhe vibrava na consciência, entregou-se aos necessitados e aos doentes, sem repouso sequer de um dia, servindo até à morte.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."