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domingo, 27 de março de 2011

Diante da Terra

Livro: Roteiro
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier



Diante da luta humana, o espírito que amadureceu e despertou o coração, sente-se cada vez mais só, mais desajustado e menos compreendido.

Por vagas crescentes de renovação, gerações diferentes surgem no caminho, impondo-lhe conflitos sentimentais e lutas acerbas.

Estranha sede de harmonia invade-lhe a alma.

Habitualmente, identifica-se por estrangeiro na esfera da própria família.

Ilhado pela corrente escura das desilusões, a se sucederem, ininterruptas, confia-se ao tédio infinito, guardando enrijecido o coração.

Essa, porém, não é a hora da desistência ou do desânimo.

O fruto amadurecido é a riqueza do futuro.

Quem se equilibra no conhecimento é o apoio daquele que oscila na ignorância.

Quem será da escola quando o aluno, guindado à condição de mestre, fugir do educandário, a pretexto de não suportar a insipiência, e a rudeza dos novos aprendizes? e quem estará assim tão habilitado, perante o Infinito, ao ponto de menoscabar a oportunidade de prosseguir na aquisição da Sabedoria? A Terra é a venerável instituição onde encontramos os recursos indispensáveis para atender ao nosso próprio burilamento.

Milhões de vidas formam o pedestal em que nos erigimos e, alcançando o grande entendimento, cabe-nos auxiliar as vidas iniciantes, por nossa vez.

Por isso, na plenitude do discernimento, reclamamos uma fé que nos reaqueça e alma e nos soerga a visão, a fim de que a madureza de espírito seja reconhecida por nós como o mais belo e o mais valioso período de nossa romagem no mundo, ensinando-nos a agir sem apego e a servir sem recompensa.

Situados no cimo da grande compreensão, não prescindimos da grande serenidade.

Se, som o decurso do tempo, registamos o nosso isolamento íntimo, quando alimentados pelo ideal superior, depressa observamos a nossa profunda ligação com a Humanidade inteira.

Informamo-nos, pouco a pouco, de que ninguém é tão indigente que não possa concorrer para o progresso comum e tomamos, com firmeza, o lugar que nos compete no edifício da harmonia geral, distribuindo fragmentos de nós mesmos, no culto da fraternidade bem vivida.

Valendo-nos da ressurreição de hoje para combater a morte de ontem, encontramos na luta o esmeril que polirá o espelho de nossa consciência, a fim de nos convertermos em fiéis refletores da beleza divina.

O mundo, por mais áspero, representará para o nosso espírito a escola da perfeição, cujos instrumentos corretivos bendiremos, um dia. Os companheiros de jornada que o habitam, conosco, por mais ingratos e impassíveis, sãos as nossas oportunidades de materializações do bem, recursos de nossa melhoria e de nossa redenção, e que, bem aproveitados por nosso esforço, podem transformar-nos em heróis.

Não há medida para o homem, fora da sociedade em que ele vive. Se é indubitável que somente o nosso trabalho coletivo pode engrandecer ou destruir o organismo social, só o organismo social pode tornar-nos individualmente grandes ou miseráveis.

A comunidade julgar-nos-á sempre pela nossa atitude dentro dela, conduzindo-nos ao altar do reconhecimento, ao tribunal da justiça ou à sombra do esquecimento.

O Espiritismo, sob a luz do Cristianismo, vem ao mundo para acordar- nos.

A terra é o nosso temporário domicílio.

A Humanidade é a nossa família real.

Todos estamos destinados por Deus a gloriosa destinação.

Em razão disso, Jesus, o Divino Emissário do Amor para todos os séculos, proclamou com a realidade irretorquível: - "Das ovelhas que o Pai me confiou nenhuma se perderá."

Refugia-te em paz

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Fonte Viva - FEB



"Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer." - Marcos, 6: 31.

O convite do Mestre, para que os discípulos procurem lugar à parte, a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno.
Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vem, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual. Inúmeras pessoas atravessam a senda, famintas de ouro, e voltam carregadas de desilusões. Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor.
Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade e jamais apareceu tamanho volume de desencanto nas almas.
A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos, como nunca: no entanto, em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade.
As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia, as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico.
Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário.
Aprimoraram-se as teorias de solidariedade e nunca houve tanta discórdia.
Como acontecia nos tempos de permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero.
Ó meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses de tua alma.
É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia, penetra o santuário, dentro de ti mesmo.
Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando, em teu íntimo, o fluxo e o refluxo da multidão. Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam do cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à luz espiritual. São os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e de felicidade que o plano da carne te impôs. Em certas circunstâncias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto, não vivas exclusivamente ao lado deles. Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal.
Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou

segunda-feira, 7 de março de 2011

RESPOSTAS DE DEUS


Eis algumas das respostas de Deus, nos fundamentos da vida, através da Misericórdia Perfeita:

o bem ao mal; o amor ao ódio;
luz às trevas; equilíbrio à perturbação; socorro à necessidade;
trabalho à inércia; alegria à tristeza;
esquecimento às ofensas;
coragem ao desânimo;
fé à descrença;
paz à discórdia;
renovação ao desgaste;
esperança ao desalento;
recomeço ao fracasso;
consolo ao sofrimento; justiça à crueldade;
reparação aos erros; conhecimento à ignorância;
bênção à maldição;
amparo ao desvalimento;
verdade à ilusão; silêncio aos agravos;
companhia à solidão; remédio à enfermidade;
e sempre mais vida nos processos da morte.

Efetivamente, podemos afirmar que Deus está sempre ao nosso lado, mas pelas respostas de Deus, no campo da vida, ser-nos-á possível medir sempre as dimensões de nossa permanência pessoal ao lado de Deus.





pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Respostas da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Esperança Constante


Livro: Atenção
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier




O Pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impões, induzindo-nos à aflição inútil.

Atenção, sim.

Derrotismo, não.

Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é aconselhável desfixar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.

* * *

Para que se sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e transitórias dificuldades.

É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre; contudo, existem admiráveis multidões de criaturas, e cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.

As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a imunização e com as providências adequadas.

Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.

Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.

Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino ao Planeta, guardando-se na condição de mães admiráveis no devotamento ao grupo doméstico.

Os processos de violência aumenta, quase que em toda parte; ampliam-se, porém as frentes de amor ao próximo que os extinguem.

* * *

Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Físico, não digas que o mundo está perdido.

Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.

E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.

SAÚDE


Estás mergulhado psiquicamente, na Mente Universal e Divina.
Seguindo a diretriz ética do equilíbrio e da ordem, que fluem e refluem em toda parte, respiras em clima de saúde e de paz. Quando te desconectas do complexo mantenedor da harmonia que te envolve, desconcertam-se as peças da maquinaria física, face às vibrações violentas da mente, favorecendo a instalação das doenças.
A enfermidade, geralmente, procede do ser espiritual, resultante do seu passado, que encontra ressonância no psiquismo atual, gerando o campo propício à instalação da desordem. Durante o dia, muitos fatores conspiram contra a tua harmonia mental, não te cabendo agasalhá-los. Resolve, assim, cada situação, com calma e segurança, não guardando resíduos mentais negativos. Fato consumado, mente liberada, em programação de novo cometimento superior. A tua saúde depende sempre do teu comportamento moral e espiritual. E, não obstante, se a enfermidade encontrar guarida no teu organismo recorre à oração e resgata a tua dívida com alegria, em pleno processo de libertação total.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO - JOANNA DE ÂNGELIS

Auto-Estima


Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco


Como a criança não sabe o que é felicidade, facilmente identifica-a no divertimento, aquilo que a agrada e a distrai, os jogos que lhe povoam a imaginação.

É na infancia que se fixam em profundidade os acontecimentos, aliás, desde antes, na vida intra- uterina, quando o ser faz-se participante do futuro grupo familiar no qual renascerá. As impressões de aceitação como de rejeição se lhe insculpirão em profundidade, abençoando-o com amor e a segurança ou dilacerando-lhe o sistema emocional, que passará a sofrer os efeitos inconsciente da animosidade de que foi objeto.

Da mesma forma, os acontecimentos à sua volta, direcionados ou não à sua pessoa, exercerão prepon- derante influência na formação da sua personalidade, tornando-a jovial, extrovertida ou conflitada, depressi- va, insegura, em razão do ambiente que lhe plasmou o comportamento.

Essas marcas acompanhá-la-ão até a idade adulta, definindo-lhe a maneira de viver. Tornam-se feridas, quando de natureza pertubadora, que mesmo ao serem cicatrizadas, deixam sinais que somente uma terapia muito cuidadosa consegue anular.

Certamente, essa ocorrência tem lugar com aqueles que se vêm impelidos ao renascimento para reparar pesados compromissos infelizes, retornando ao seio das suas anteriores vitímas que agora os rechaçam, o que é injustificável.

A benção de um filho constiui significativa conquista do ser humano, que se deve utilizar do ensejo para crescer e desenvolver os sentimentos superiores da abnegação e do amor.

Na raiz de muitos conflitos e desequilíbrios juvenis, adultos, e até mesmo ressumando na velhice, as distonias tiveram origem - efeito de causa transata - no período da gestação, posteriormente na infância, quando a figura da mãe dominadora e castradora, assim como do pai negligente, indiferente ou violento, frustrou os anseios de liberdade e de felicidade do ser.

Todos nascem para ser livres e felizes. No entanto, pessoas emocionalmente enfermas, ante o próprio fracasso, transferem para os filhos aquilo que gostariam de conseguir, suas culpas e incapacidades, quando não descarregam todo o insucesso ou insegurança naqueles que vivem sob sua dependência.

Esse infeliz recurso fere o cerne da criança, que se faz pusilâmine, a fim de sobreviver ou leva-a a refugiar-se no ensimesmamento, na melancolia,, sentindo-se vazia de afeto e objetivo de vida. Com o tempo, essas feridas purulam, impelindo a atitudes exóticas, a comportamentos instáveis, às fugas para o fumo, a droga, o álcool ou as diversões violentas, mediante as quais extravasam o ressentimento acumulado, ou mergulham no anestésico perigoso da depressão com altos reflexos na conduta sexual, incompleta, insatisfeita, alienadora...

A sociedade terá que atender à infância através de mecanismos próprios, preenchendo os espaços deixados pela ausência do amor na família, na educação es- colar, na convivência do grupo, nas oportunidades de desenvolvimento e de auto-afirmação de cada qual.

Para tal mister, torna-se necessário o equilíbrio do adulto, educador formal, que pode funcionar como psicotera- peuta, orientando-o para a compreesão dos valores existenciais e das finalidades da vida.

A compreensão dos direitos alheios e dos próprios deveres, o contributo da fraternidade, a segurança afetiva, a harmonia interior, a compaixão, a lealdade se instalaram no ser, cicatrizando as feridas, à medida que o meio ambiente se transforme para melhor e o afeto dos outros, sincero quão desinteressado, substitua a indiferença habitual.

Qualquer ferida emocional cicatrizada pode reabrir-se de um para outro momento, porquanto não erradicada a causa desencadeadora, os tecidos psicológicos estarão muito frágeis, rompendo-se com facilidade, pela falta de resistência aos impactos enfrentados.

A questão da felicidade, por isso mesmo, é muito relativa. Se a felicidade são os divertimentos, ou é o prazer, ei-la de fácil aquisição. No entanto, se está radicada na plenitude, muito complexa é a engrenagem que a aciona.

De certo modo, ela somente se expressa em totalidade, quando o artista conclui a obra a que se entrega, o santo ao ministério de amor a que se devota, o cientista realiza a pesquisa exitosa, o pensador atinge com a sua mensagem o mundo que o aguarda, o cidadão comum se sente em paz consigo mesmo... O dar-se, a que se refere o Evangelho, certamente é a melhor metodologia para alcançar-se essa ventura que harmoniza e plenifica.

Toda vez, portanto, que alguém sinta incompletude, insegurança, seja visitado pelos sentimentos inquietadores da insegurança, do medo, da raiva e da inveja injustificáveis, exceção feita aos estados patológicos profundos, as feridas da infância estão ainda abertas ou reabrindo-se, e necessitando com urgência de cicatrização.

LUZ NA LÂMPADA

Não nos achamos a sós, nem relegados às nossas próprias forças. Conosco está o Senhor, como a energia da usina está na lâmpada singela. Trabalhemos, confiantes. Realmente estamos todos, nos círculos doutrinários do Espiritismo Evangélico, assediados pelo tumulto de sombras desencadeadas pela época de transição que o mundo atravessa.

Isso, porém, no domínio das realidades espirituais, é natural como a tormenta no oceano. Impossível sofrear os elementos em desvario, mas justo e necessário que cada embarcação esteja firme sob o leme seguro. Até certo ponto é preciso saibamos ceder ao vento rijo, permitindo que ele passe sobre nós sem que lhe ofereçamos demasiada resistência, a fim de não gastarmos em vão nossos recursos. Mobilizemos trabalho e vigilância, mas também humildade e paciência.

Nesse sentido rogamos aos companheiros de serviço terrestre socorrerem os irmãos transviados nas trevas, sem se deixarem influenciar por eles.

Amparar o doente sem absorver-lhe a enfermidade. Ouvir os infelizes e consolá-los, contudo, entregá-los ao Senhor porque apenas o Senhor possui recursos suficientes para guiá-los e nutri-los, renová-los e restabelecê-los como é preciso.





pelo Espírito Batuira - Do livro: Mais Luz, Médiuns: Francisco Cândido Xavier.

NOS PASSOS DA BOA NOVA

Todos aqueles que se agitam nas experiências terrestres, na busca de harmonia para si mesmos ou lucidez para os próprios raciocínios, encontrarão expressiva ajuda por meio das instruções da Boa Nova.

Todas as pessoas que estejam à procura de caminhos novos para encontrar equilíbrio em seus relacionamentos com afetos íntimos ou na vivência com a sociedade, a fim de obter vitória sobre o temperamento complexo, encontrarão sugestões felizes no seio da Boa Nova.

Quem almeje conquistar robusta fé, enquanto enfrenta os cravos de duras provações, em si ou em redor de si, terá na Boa Nova valioso escrínio de preciosas gemas de paciência e de perseverança, envolvidas no veludo da oração.

Sempre que as refregas terrenas exigirem coragem e decisão superior aos filhos de Deus espalhados pelo mundo, os mais expressivos posicionamentos de resignação diante do irrecorrível, as firmes atitudes perante os próprios deveres, e tudo o mais que enobreça e impulsione para o bem, todos obterão substancial apoio nos exemplos venturosos da Boa Nova.

É por meio da Boa Nova que podemos travar contato com os benditos fatos da vida de Jesus Cristo junto aos Seus amigos mais próximos e com as demais criaturas. Nela é que aprendemos a amar sem pieguismo, a ajudar sem gerar dependência, a socorrer e passar sem quaisquer cobranças, a sermos fiéis ao bem e verdadeiros, a sofrer sem revolta, mantendo sempre a fibra de quem não perde a confiança nem duvida da prevalente ação da Divindade.

Nas páginas da Boa Nova é que deparamos o Rei Solar em ação de humildade como bom professor, como médico de almas ou, ainda como Bom Pastor, sem qualquer exibicionismo ou presunção, à frente daqueles para os quais viera, luminescente.

Nos passos bem dispostos da Boa Nova de Jesus, cada companheiro da lida evolutiva, se não acolher os sentimentos de desalento ou as propostas de desistência do roteiro feliz, conseguirá iluminar-se e elevar-se, de modo a compartilhar os projetos de progresso do mundo que foram traçados pelo Divino Amigo, o Guia Celestial, que é Jesus.

Tratemos, assim, de nos manter atenciosos e vigilantes pelas vias do mundo terreno, sem perdermos o rumo ansiosamente anelado, para construirmos, em definitivo, a ventura pessoal e a paz interior, cooperando com o progresso da Terra. O campo de trabalhos se apresenta em toda parte; cabe-nos desenvolver os olhos de ver, a boa vontade e a disposição para lavrá-lo com entusiasmo.

A Boa Nova do Senhor corresponde a um mapa bem-aventurado, com as localizações exatas dos tesouros espirituais que todos desejamos ardentemente encontrar.





pelo Espírito Maria Ruth Junqueira - Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=280, Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 12.01.2011, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ

Bilhete amigo




Emmauel e Chico Xavier
Do livro: Nosso Livro - LAKE
Meu irmão.
Ninguém espera te transformes num milionário ou num santo para que o bem te ilumine o coração e dirija os passos.
Sublime é a caridade que se transforma em reconforto.
Divina é a caridade que se converte em amor irradiante.
De sementes minúsculas, procedem as árvores gigantescas que sustentam a vida.
Evita falar de ti mesmo.
Cumpre o dever que te cabe, sem intromissão nas tarefas alheias.
Não provoques o elogio no desempenho de tuas obrigações.
Não te prendas a ninharias, quando o benefício geral te reclame a colaboração.
Perdoa sem alarde as ofensas.
Não te encarceres na indisciplina.
Aprende a ouvir com serenidade as palavras ingratas ou contundentes, para que a irritação não perturbe os outros, através de tuas energias descontroladas.
Esquece todo mal.
Procura, cada dia, uma nova oportunidade de ser útil.
Abstém-se das conversações maliciosas ou indignas.
Não partilhes o triste banquete da leviandade ou da calúnia.
Compadece-te dos ausentes e ajuda-os com o verbo cristão.
Escuta com calma quem te procura, trazendo inquietação ou veneno.
Nunca olvides que, se, muitas vezes, nos arrependemos de haver falado, ninguém padece remorso por haver preferido o silêncio.
Ora por quem te persegue ou não compreende.
Emite bons pensamentos para todos os que te cercam.
Não te furtes aos serviços humildes, quais sejam os do copo d’água, da palavra estimulante, do sorriso amigo, da limpeza gratuita, da gentileza anônima, da bondade prestimosa e desconhecida.
Da caridade divina, que exterioriza a claridade santificante do exemplo, pode participar todo irmão de ideal evangélico, ainda mesmo aquele que se declara absolutamente sem tempo e sem dinheiro para o exercício do bem.
Usa, cada hora, o gesto espontâneo da fraternidade imperceptível e os teus singelos depósitos, aparentemente insignificantes, capitalizarão, em teu benefício, um tesouro de glórias no Céu.

SEMANA DA MULHER ESPIRITA

Caridade e Razão


Livro: Encontro Marcado
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier



Indiscutivelmente estamos ainda muito longe da educação racional.

Conquanto necessitados de ponderação, agimos, via de regra, sob o impulso de alavancas emotivas acionadas por sugestões exteriores.

De modo geral, muito antes que nos decidamos a discernir, assimilamos idéias que nos são desfechadas por informações e exibições que nem sempre se vinculam à verdade e passamos a esposar opiniões que, comumente, nos induzem a desastres morais no comboio da existência.

Habitua-te a essa realidade e não te entregues às impressões tumultuárias que porventura te visitem o coração. Com isso, não te queremos pedir para que te transformes em palmatória de corrigenda ou para que apresentes ouvidos de pedra à frente dos semelhantes. Às vezes, há muito mais caridade na atenção que no conselho. Fraternalmente, escuta o que se te diga e observa o que vês, sem escandalizar os interlocutores ou ferir os companheiros de romagem terrestre, opondo-lhes censuras ou contraditas que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Ao invés disso, aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, e esquecendo tudo - mas realmente tudo - o que não nos sirva à construção do melhor.

Conversação, na essência, é permuta de almas. Através da palavra, damos e recebemos. Isso, porém, não se refere a doações e recepções teóricas.

Entendendo-nos uns com os outros, fornecemos e adquirimos determinados recursos de espírito, que influirão em nossa conduta e a nossa conduta forma a corrente de planos, coisas , encontros e realizações que nos determinarão o destino. Escolha de hoje no livre-arbítrio será conseqüência amanhã. Causa de agora será resultado depois.

Cultivemos harmonia, à frente de tudo e de todos; no entanto é preciso que essa atitude de entendimento não exclua de nossa personalidade o otimismo irradiante, a sinceridade construtiva, o reconforto da intimidade e a alegria de viver. Em suma, diante de todos e de tudo, deixemos que a caridade nos ilumine o crivo da razão, a fim de que não venhamos a perder os melhores valores do tempo e da vida, por ausência de equilíbrio ou falta de amor.

sábado, 5 de março de 2011

JESUS E OS MENINOS


O Divino Mestre ama as crianças com especial carinho.

Ele sabe que os meninos e meninas do presente serão pais e mães no futuro. Sabe que todos os pequeninos de hoje serão os administradores, ministros, juizes, professores, médicos, advogados, artistas, escritores, artífices, lavradores, e operários de amanhã e, por isso, simboliza neles a esperança do mundo, onde o reino de Deus será edificado.

Jesus reconhece que, se os meninos de agora quiserem, a Terra do porvir será melhor, mais sábia e mais feliz.

É por essas razões que o Divino Senhor, se aguarda a compreensão e o concurso dos homens bons, também espera a cooperação das crianças fiéis.





pelo Espírito Veneranda - Do livro: Antologia da Criança, Médium: Francisco Cândido Xavier - Autores Diversos

Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:

1º) Quando entramos na faixa da impaciência;
2º) Quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
3º) Quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
4º) Quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
5º) Quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
6º) Quando reclamamos apreço e reconhecimento;
7º) Quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
8º) Quando passamos o dia a exigir esforço, sem prestar o mais leve serviço;
9º) Quando pretendemos fugir de nós mesmos, através da gota de álcool ou da pitada de entorpecente;
10º) Quando julgamos que o dever é apenas dos outros.
Toda vez que um desses sinais surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da prece ou na luz do discernimento.

Pelo espírito de Scheilla, do livro "Ideal Espírita", psicografia de Chico Xavier.

Sobre a Guerra




Qual a causa que leva o homem à guerra?


— Predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para eles, é um estado normal. A medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque ele evita as suas causas e, quando ela se faz necessária, ele sabe adicionar-lhe humanidade.



A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?


— Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então todos os povos serão irmãos.



Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?


— A liberdade e o progresso.



Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade, como se explica que ela tenha geralmente por fim e por resultado a escravização?


— Escravização momentânea para sovar os povos, a fim de fazê-los andar mais depressa.



Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito?


— Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências (reencarnações) para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.



O homem é culpável pelos assassínios que comete na guerra?


— Não, quando é constrangido pela força; mas é responsável pelas crueldades que comete. Assim, também o seu sentimento de humanidade será levado em conta.


Numa batalha, há Espíritos que a assistem e que amparam cada uma das forças em luta?


— Sim, e que estimulam a sua coragem.



Comentário de Allan Kardec: Assim os antigos nos representavam os deuses tomando partido por este ou aquele povo. Esses deuses nada mais eram do que os Espíritos representados por figuras alegóricas.



Numa guerra, a justiça está sempre de um lado; como os Espíritos tomam partido a favor do errado?


— Sabeis perfeitamente que há Espíritos que só buscam a discórdia e a destruição. Para eles a guerra é a guerra; a justiça da causa pouco lhes importa.



Certos Espíritos podem influenciar o general na concepção dos seus planos de campanha?


— Sem nenhuma dúvida. Os Espíritos podem influenciá-lo nesse sentido, como em todas as concepções.



Os maus Espíritos poderiam suscitar-lhe planos errados, com vistas à derrota?


— Sim, mas não tem ele o seu livre-arbítrio? Se o seu raciocínio não lhe permite distinguir uma idéia certa de uma falsa, terá de sofrer as conseqüências e faria melhor em obedecer do que em comandar.



O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espécie de dupla vista, uma visão intuitiva que lhe mostre por antecipação o resultado dos seus planos?


— É frequentemente o que acontece com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e lhe permite agir com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem e se servem das faculdades de que ele é dotado.



No tumulto do combate, o que acontece aos espíritos dos que sucumbem? Ainda se interessam pela luta, após a morte?


— Alguns continuam a se interessar, outros se afastam.



Comentário de Allan Kardec: Nos combates, acontece o mesmo que se verifica em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreso e como aturdido, não acreditando que está morto; parece-lhe ainda tomar parte na ação. Não é senão pouco a pouco que a realidade se lhe impõe.



Os Espíritos que se combatiam quando vivos, uma vez mortos se reconhecem como inimigos e continuam ainda excitados uns contra os outros?


— Nesses momentos, o Espírito jamais se mostra calmo. No primeiro instante, ele ainda pode odiar seu inimigo e mesmo o perseguir. Mas quando as ideias se lhe acalmarem, verá que a sua animosidade não tem mais razão de ser. Não obstante, poderá ainda conservar resquícios maiores ou menores, de acordo com o seu caráter.



Ouve ainda o fragor da batalha?


— Sim, perfeitamente.



O Espírito que assiste friamente a um combate, como espectador, testemunha a separação entre a alma e o corpo? E como esse fenômeno se apresenta a ele?


— Há poucas mortes realmente instantâneas. Na maioria das vezes, o Espírito cujo corpo foi mortalmente ferido não tem consciência disso no mesmo instante. Quando começa a retomar consciência é que se pode distinguir o Espírito a mover-se ao lado do cadáver. Isso parece tão natural que a vista do corpo morto não produz, nenhum efeito desagradável. Toda a vida tendo sido transportada para o Espírito, somente ele chama a atenção e é com ele que o espectador conversa ou a quem dá ordens.


Fonte: O Livro dos Espíritos (Allan Kardec) / Parte 2 / Cap. 9 / Item X

ESPIRITISMO


Guardemos o Espiritismo
Na Terra e no mais Além,
Por norma constante e viva
De nossas lições no bem,

Espiritismo é doutrina
Tanto acolá quanto aqui,
Em que a pessoa obedece
Às leis de Deus dentro de si.

A quantos, pois, nos indaguem:
-"Espiritismo que é?"
Mostremos o Espiritismo
no campo da própria fé.

Espiritismo na rua,
Espiritismo no lar,
Espiritismo no verbo,
Espiritismo no olhar,

Espiritismo em trabalho,
Espiritismo no amor,
Espiritismo na festa,
Espiritismo na dor,

Espiritismo em família,
Espiritismo ao servir,
Espiritismo ao presente,
Espiritismo ao porvir.

Para isso, comecemos
A cultivar, meus irmãos,
Espiritismo na bolsa,
Espiritismo nas mãos.





pelo Espírito Juvenal Galeno - Do livro: Doutrina e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier - Autores Diversos.

Regras de Ajudar


Neio Lúcio e Chico Xavier
Do livro: Luz no Lar - FEB


João, no auge da curiosidade juvenil, compreendendo que se achava à frente de novos métodos de viver, tal a grandeza com que o Evangelho transparecia dos ensinamentos do Senhor, perguntou a Jesus qual a maneira mais digna de se portar o aprendiz, diante do próximo, no sentido de ajudar aos semelhantes, ao que o Amigo Divino respondeu, com voz clara e firme:
- João, se procuras uma regra de auxiliar os outros, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o companheiro de jornada terrestre, tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele.

A pretexto de cultivar a verdade, não transformes a própria existência numa batalha em que teus pés atravessem o mundo, qual furioso combatente no deserto; recorda que a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhes é própria, reclamando amizade e entendimento, acima da medicação.

Lembra-te de que não há corações na Terra, sem problemas difíceis a resolver; em razão disso, aprende a cortesia fraternal para com todos.

Acolhe o irmão do caminho, não somente com a saudação recomendada pelos imperativos da polidez, mas também com o calor do teu sincero propósito de servir.

Fixa nos olhos as pessoas que te dirigirem a palavra, testemunhando-lhes carinhoso interesse, e guarda sempre a posição de ouvinte delicado e atencioso; não levantes demasiadamente a voz, porque a segurança e a serenidade com que os mais graves assuntos devem ser tratados não dependem de ruído.

Abstém-te das conversações improfícuas; o comentário menos digno é sempre invasão delituosa em questões pessoais.

Louva quem trabalha e, ainda mesmo diante dos maus e dos ociosos, procura exaltar o bem que são suscetíveis de produzir.

Foge ao pessimismo, guardando embora a prudência indispensável perante as criaturas arrojadas em negócios respeitáveis, mas passageiros, do mundo; a tristeza improdutiva, que apenas sabe lastimar-se, nunca foi útil à Humanidade, necessitada de bom ânimo.

Usa, cotidianamente, a chave luminosa do sorriso fraterno; com o gesto espontâneo de bondade, podemos sustar muitos crimes e apagar muitos males.

Faze o possível por ser pontual; não deixes o companheiro à tua espera, a fim de que te não seja atribuída uma falsa importância.

Agradece todos os benefícios da estrada, respeitando os grandes e os pequenos; se o Sol aquece a vida, é a semente de trigo que fornece o pão.

Deixa que as águas vivas e invisíveis do Amor, que procedem de Deus, Nosso Pai, atravessem o teu coração, em favor do círculo de luta em que vives; o Amor é a força divina que engrandece a vida e confere poder.

Façamos, sobretudo, o melhor que pudermos, na felicidade e na elevação de todos os que nos cercam, não somente aqui, mas em qualquer parte, não apenas hoje, mas sempre.

Silenciou o Cristo e, assinalando a beleza do programa exposto, o jovem apóstolo inquiriu respeitosamente:

- Senhor, como conseguirei executar tão expressivos ensinamentos? O Mestre respondeu, resoluto:

- A boa-vontade é nosso recurso de cada hora.

E, afagando os cabelos do discípulo inquieto, encerrou as preces da noite.

Apoio Espiritual


Livro: Alma e Coração
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier


Compartilhamos, em nome da beneficência, de recursos vários, como sejam — a moeda e o agasalho, o teto e a mesa. Uma dádiva, porém, existe de que todos necessitamos no câmbio da fraternidade: a dádiva do encorajamento.

Admitamos, de modo geral, que os únicos irmãos baldos de força são aqueles que tropeçam nas veredas da extrema penúria física; no entanto, em matéria de abatimento moral, surpreendemos, em cada lance da estrada, legiões de companheiros em cujos corações a esperança bruxuleia qual chama prestes a extinguir-se, ao sopro da adversidade.

Um possui créditos valiosos nos círculos da finança, mas carrega o peso de escabrosas desilusões; exorna-se aquele com títulos de cultura e competência, todavia traz o espírito curvado sob constrangimentos e desgostos de toda espécie, como se arrastasse fardos ocultos; outro dispõe de autoridade e influência, na orientação de vasta comunidade, e tem o peito semi-sufocado de aflição à face das dores desconhecidas que lhe gravam as horas; outro, ainda, exibe-se por modelo de higidez nas vitrina da saúde corpórea e transporta consigo um poço de lágrimas represadas, em vista das provações que lhe oneram a vida.

Detém-te em semelhantes realidades e não recuses o donativo da coragem para toda criatura irmã do caminho.

Se alguém errou, fala-lhe das lições novas que o tempo nos traz a todos; se caiu, estende-lhe os braços com a fé renovadora que nos repõe nas trilhas de elevação; se entrou em desespero, dá-lhe a bênção da paz; se tombou em tristeza, oferece-lhe a mensagem do bom ânimo...

Ninguém há que prescinda de apoio espiritual.

Agora, muitos de nós precisamos da coragem de aprender, de servir, de compreender, de esperar... E, provavelmente, mais tarde, em trechos mais difíceis da viagem humana, todos necessitaremos da coragem de sofrer e abençoar, suportar e viver.

Muita Paz

INTROSPECÇÃO E REENCARNAÇÃO


“O estudo da reencarnação não interessa unicamente ao exame do passado, às demonstrações do renascimento da alma na ascenção evolutiva; fala, mais profundamente, ao reequilíbrio de nós mesmos”.

Não precisamos exumar personalidades que já desapareceram na ronda inflexível do tempo, a fim de nos certificarmos quanto à realidade dos princípios reencarnacionistas.

Recorramos à introspecção.

Pausemos na atividade cotidiana de quando em quando para observar-nos, no âmago do ser, e constataremos a expressão multiface de nosso espírito.

Aí, na solidão do plano íntimo, em análise correta e desapaixonada, surpreenderemo-nos tais quais somos e, confrontando os impulsos que nos caracterizam a índole com os conhecimentos superiores que vamos adquirindo, esbarramos, de chofre, com as individualidades que vivemos em muitas existências.

Depois de semelhante auto-auscultação, vejamos o próprio comportamento na vida exterior.

Encontraremos, então, o traço dominante de nossa natureza múltipla no trato com pessoas e situações pelas reações que elas nos causam.

O que mais nos assombra é o desnível de nosso senso de amor e justiça, de vez que há circunstâncias em que pleiteamos tolerância e desculpa, quando por dentro estamos plenamente convencidos de que somos responsáveis e puníveis por faltas graves e, há criaturas que nos merecem o máximo apreço, sem que sintamos por elas nada mais que aversão e vice-versa.

Determinemos, por nós mesmos, as oportunidades que falamos disso ou daquilo, escondendo cautelosamente a opinião verdadeira que alimentamos no assunto, atendendo à nossa arte de despistar quando os nossos interesses estejam em jogo e verificaremos que a cortesia, em certas ocasiões, não passa de capa atraente que nos guarnece a astúcia, no encalço de certos fins.

Não nos propomos ao comentário no intuito de arrasar-nos ou deprimirmo-nos. Longe disso, sugerimos o tema com o objetivo de fomentar a pesquisa clara e benéfica da reencarnação, em nós mesmos, sem necessidade de quaisquer recursos à revelações outras, ao modo de pessoa que acende um luz para conhecer os escaninhos da própria casa.

Estudemos a lei dos renascimentos na vida física, dentro de nós.

Não nos poupemos, diante da verdade, para que a verdade nos corrija.

"Não basta que o discípulo tenha um mestre digno para senhorear disciplina determinada. É necessário que ele se informe quanto às lições e se aplique a elas."






pelo Espírito André Luiz - Do livro: Sol nas Almas, Médium: Waldo Vieira.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."