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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Felicidade

Não interessa o que possa ganhar ou perder, mas se em cada momento sentir que pude fazer alguém sentir-se feliz e importante, ainda que nem dê pela minha passagem ou presença, isso será para mim uma grande recompensa.
Importante não é eu sentir-me feliz no imediato, mas sim saber que pude ajudar e levar algum consolo ou felicidade a alguém.
Não sou perfeito, nem tão pouco desejo atingir hoje a perfeição, sei que erro ou falho mais do que qualquer um, mas se um dia após o outro eu conseguir me melhorar e corrigir por bem pouco que seja, isso me fará feliz um dia...
Pedro

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

BELARMINO BICAS

Depois da festa beneficente, em que servíramos justos, Belarmino Bicas, prezado companheiro a que nos afeiçoamos, no Plano Espiritual, chamou-me à parte e falou, decidido:

- Bem, já que estivemos hoje em tarefa de solidariedade, estimaria solicitar um favor...

Ante a surpresa que nos assaltou, Belarmino prosseguiu:

- Soube que você ainda dispões de alguma facilidade para escrever aos companheiros encarnados na Terra e gostaria de confiar-lhe um assunto...

- Que assunto?

- Acontece que desencarnei com cinquenta e oito anos de idade, após vinte de convicção espírita. Abracei os princípios codificados por Allan Kardec, aos trinta e oito, e, como sempre fora irascível por temperamento, organizei, desde os meus primeiros contactos com a Doutrina Consoladora, uma relação diária de todas as minhas exasperaçãoes, apontando-lhes as causas para estudos posteriores... Os meus desconchavos, porém, foram tantos que, apesar dos nobres conhecimentos assimilados, suprimi, inconscientemente, vinte e dois anos da quota de oitenta que me cabia desfrutar no corpo físico, regressando à Pátria Espiritual na condição de suicida indireto... Somente aqui, pude examinar os meus problemas e acomodar-me às desilusões... Quantos tesouros perdidos por bagatelas! Quanta asneira em nome do sentimento!...

E, exibindo curioso papel, Belarmino acrescentava:

- Conte o meu caso para quem esteja ainda carregando a bobagem do azedume! Fale do perigo das zangas sistemáticas, insista na necessidade da tolerância, da paciência, da serenidade, do perdão! Rogue aos nossos companheiros para que não percam a riqueza das horas com suscetibilidades e amuos, explique ao pessoal na Terra que mau-humor também mata!...

Foi então que passei à leitura da interessante estatística de irritações, que não me furto à satisfação de transcrever: Belarmino Bicas – Número de cóleras e mágoas desnecessárias com a especificação das causas respectivas, de 1936 a 1956

1811 em razão de contrariedades em famíla;
906 por indispor-se, dentro de casa, em questão de alimentação e higiene;
1614 por altercações com a esposa, em divergência na conduta doméstica e social;
1801 por motivo de desgostos com os filhos, genros e nora;
11 por descontentamento com os netos;
1015 por entrar em choque com chefes de serviço;
1333 por incompatibilidade no trato com os colegas;
1012 em virtude de reclamações a fornecedores e logistas em casos de pouca monta;
614 por mal-entendidos com vizinhos;
315 por ressentimentos com amigos íntimos;
1089 por melindres ante o descaso de funcionários e empregados de instituições diversas;
615 por aborrecimentos com barbeiros e alfaiates;
777 por desacordos com motoristas e passageiros desconhecidos, em viagem de ônibus, automóveis particulares, bondes e lotações;
419 por desavenças com leiteiros e padeiros;
820 por malquistar-se com garções em retaurantes e cafés;
211 por ofender-se com dificuldades em serviços de telefones;
90 por motivo de controvérsias em casas de diversões;
815 por abespinhar-se com opiniões alheias em matéria religiosa;
217 por incompreensões com irmãos de fé, no templo espírita;
901 por engano ou inquietação, diante de pessoas imaginários ou da perspectiva de acontecimentos desagradáveis que nunca sucederam.
Total: 16.386 exasperações inúteis.

Esse, o apanhado das irritações do prestimoso amigo Bicas: 16.386 dissabores dispensáveis em 7.300 dias de existência, e, isso, por quatro lustros mais belos de sua passagem no mundo, porque iluminados pelos clarões do Evangelho Redivivo. Cumpro-lhe o desejo de tornar conhecida a sua experiência que, a nosso ver, é tão importante quanto as observações que previnem desequilíbrios e enfermidades, embora estejamos certos de que muita gente julgará o balanço de Belarmino por mera invencionice de Espírito loroteiro.





pelo Espírito Irmão X - Do livro: Cartas e Crônicas, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Mantendo a serenidade

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Calma - FEB

Consideremos que existem atitudes e assuntos que preservam o equilíbrio e a serenidade do grupo de criaturas a que pertençamos na Terra, como já se dispõe de vacinas diversas que fazem a defesa da saúde humana.
Sabemos que nada sucede sem permissão da Divina Providência, mas todos somos chamados a cooperar com a Providência Divina que nos consente a liberdade de atuar nos acontecimentos do cotidiano, em nossa condição de espíritos responsáveis.
Saibamos arredar da nossa influência pessoal o que seja claramente desnecessário à sustentação da paz no campo dos outros.
Se ouviste algum apontamento desagradável, ao redor de pessoa determinada, assume a função de extintor do comentário infeliz, porque a transmissão de conhecimento desse naipe não tem qualquer significação construtiva.
Diante de um amigo, que se queixa desse ou daquele parente, não comuniques ao parente acusado o desabafo havido, porque apenas agravarias uma guerra familiar que adia indefinidamente a comunhão daqueles que nascem nos mesmos laços de consanguinidade para o aprendizado da união fraternal.
Não dramatizes os próprios problemas, para não difundir impressões exageradas de temas negativos, capazes de prejudicar a muita gente.
Abstém-te de vaticinar calamidades que provavelmente jamais aconteçam.
Protege-te contra o veneno dos boatos, aprendendo a ouvi-los e esquecê-los.
Se tiveres algum pressentimento ou algum sonho, vislumbrando ocorrências infelizes, silencia e ora pela paz dos que estejam incluídos em tuas impressões, porque a Espiritualidade Maior te permite esses informes imprecisos para que ajudes a atenuar o mal ou extingui-lo e não para que lhe favoreças a expansão.
Recorda: em muitos lances difíceis da vida, a serenidade dos outros depende exclusivamente de nós.

Aflições

Multiplicam-se as aflições no mundo, agigantando os corações humanos.

Algumas invitam à superação, todas, porém, com finalidade depurativa, para quem lhes suporta a presença.

Nem todos os homens, porém, logram entendê-las, a fim de conduzi-las conforme seria o ideal.

Em razão disso, há aflições que anestesiam os sentimentos, como outras que desarticulam o equilíbrio, levando a alucinações e resultados infelizes...

Os aflitos tropeçam nos campos da ação redentora, e porque tresvariados pelo inconformismo e pela rebeldia, agridem e são agredidos.

Não obstante, as aflições atuais têm as suas nascentes nos atos passados, próximos ou remotos de cada ser e da sociedade em geral, que devem ser reparados.

A oportunidade da aflição é bênção, porque objetiva reeducar e propiciar crescimento a quem lhe recebe a injunção.

Os que, todavia, não lhe aceitam a condição, perdem o ensejo redentor.

Jesus anunciou que são "bem-aventurados os aflitos", não, porém, todos os aflitos, porque somente aqueles que lhe recebem o impulso iluminativo, são os que logram alar-se no rumo dos Altos Cimos.

* * * *

A aflição pode destinar-se ao mister de prova ou de expiação.

A prova avalia, examina, promove.

A expiação trabalha, reeduca, resgata.

A prova não tem, necessariamente, uma causa negativa, porquanto pode também representar um apelo do Espírito para granjear títulos de enobrecimento, depurando-se a pouco e pouco.

A expiação tem a sua gênese no erro, impondo-se como condição fundamental para a quitação de débitos contraídos.

A prova é de escolha pessoal, enquanto a expiação é inevitável e sem consulta prévia.

* * * *

Bendize as tuas provas e elege a ação do bem como técnica de crescimento para si mesmo.

Agradece as expiações, por mais ásperas se te apresentem, porquanto elas te propiciam a conquista do equilíbrio perdido, auxiliando-te a recompor e a reparar.

Seja qual for o capítulo das aflições em que estagies, reconforta-te com a esperança, na certeza de que, suportando-as bem, amanhã elas te constituirão títulos de luz encaminhados à contabilidade divina, que então te alforriará da condição de precito e devedor, conduzindo-te à plenitude da paz, completamente liberado.

Livro: Alegria de Viver
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Nossas almas são borboletas

A psiquiatra suíça Elizabeth Klüber Ross especializou-se no tratamento de pacientes terminais. Passou mais de 30 anos no trato de pessoas na iminência do processo de morte do corpo físico.

Em suas experiências, ela percebeu que crianças portadoras de doenças graves e terminais não apresentavam nenhum tipo de receio da morte, porém, tinham verdadeiro horror de serem enterradas.

Tinham em suas mentes as lembranças dos enterros de que já haviam participado, de algum avô ou outro parente próximo e sentiam medo de ter seus corpos fechados em uma caixa e enterrados, sem a possibilidade de respirar e se movimentar.

Mas ao perguntar-lhes sobre a morte, viam-na com verdadeira naturalidade, sem nenhum tipo de medo.

Assim são as crianças: conseguem ensinar-nos que os processos da vida são naturais e, por conseguinte, não há por que ter medo.

Elas falavam do medo de serem enterradas, do momento do funeral, não conseguindo dissociar morte e enterro, confundindo-se entre aquilo que sobrevivia e o que verdadeiramente acabava, no momento da morte.

Conta-se que, quando as tropas aliadas invadiram os campos de concentração na Alemanha e Polônia, encontraram algo que lhes chamou a atenção, nos barracões designados às crianças.

Nesses diferentes campos de concentração havia, por todas as paredes, nos barracões onde essas crianças passaram sua última noite, desenhos de borboletas.

Eram desenhos arranhados à unha, feitos com pedras ou pedaços de tijolos.

Essas crianças, em meio à miséria, fome e dor, apartados de seus afetos, conseguem nos dar a explicação maior da vida.

As borboletas que desenhavam era aquilo que intuitivamente percebiam ser a morte: a liberdade de um casulo pesado.

* * *

Ao morrer, somos todos borboletas a sair de seu próprio casulo, para conseguir alçar voos maiores.

No enterro, apenas o casulo permanece encerrado no cofre fúnebre enquanto a alma, a borboleta, tem a possibilidade de, liberada, alçar voos em céus de liberdade e de felicidade.

Quando entendermos a morte como processo de libertação do casulo e que a vida continua pujante e real, ela deixará de ser momento de conclusão da vida, como muitos pensamos, para ser momento de transformação, de continuidade em diferente etapa.

* * *

Ao deparar-nos com a morte de alguém que amamos, lembremos que o corpo que vemos é apenas o casulo que lhe foi emprestado, para as experiências necessárias.

E pensemos na borboleta que se liberta, para poder alçar voos, sob os desígnios amorosos de Deus.


Redação do Momento Espírita.

Dinâmica da Ação Positiva

As dores que atualmente experimentas, poderias tê-las evitado.

A carga de amargura que agora te pesa em demasia, deverias tê-la impedido no começo.

O ônus de inquietação ora volumoso resulta da invigilância a que te permitiste.

Os problemas complexos deste momento estariam em outra expressão, quase nula, se houvesse refletido antes.

A enfermidade constritora agasalhou-se a pouco e pouco, graças à tua negligência.

O desalinho íntimo não irrompeu de surpresa, mesmo assim permitiste que ele se assenhoreasse das tuas forças.

* * *

Naturalmente se fazem mister novos investimentos de energia edificante e renovador entusiasmo para que consigas desalojar esses hóspedes, malgrado os benefícios que podem propiciar-te, se te resolveres aceitá-los com a necessária lucidez mental e equilíbrio emocional.

Qualquer mal aparente que nos atormenta, podemos transformá-lo em bem atuante, se o quisermos.

A moeda que corrompe é a mesma que conduz vidas, conforme a direção que lhe seja dada.

O cautério que salva o órgão afetado danifica e mata as células que atinge.

Todas as coisas que nos acontecem podem mudar de rumo conforme a receptividade que lhes propiciemos.

* * *

Assim, não te detenhas no "muro das lamentações" inconseqüentes ou no peitoril da janela, em contemplação parasitária das ocorrências da vida.

O dinamismo do Evangelho é convite a reajustamento imediato de atitudes e renovação sadia de hábitos.

Recorda a expressão do leproso aflito que buscou Jesus: "Senhor, - dissera - se quiseres..." E como o Rabi o quis, restituiu-lhe a saúde e ensejou-lhe paz.

Esforça-te e, animado pelo enobrecido espírito do querer, supera óbices e constrições, começando ou recomeçando as lutas em que te encontras empenhado no sentido de lograres a felicidade intransferível que te espera.

Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Consciência e Caráter

A eleição dos valores ético-morais e a identificação dos objetivos da vida, bem como a seleção das qualidades que estabelecem os critérios formadores do ser, caracterizam o surgimento da consciência. A sua vigência e desenvolvimento decorrem dos episódios que se repetem, produzindo a fixação das conquistas encarregadas de incrementar o progresso do espírito, sem demorados estágios nas províncias do sofrimento, que é legado da ignorância.

Toda realização pensada, sentida e cultivada, dá surgimento à memória, que imprime as impressões mais fortemente experimentadas.

A criatura humana deve preocupar-se, no bom sentido, com as emoções e acontecimentos positivos, de forma a guardar memórias que contribuam, por estímulos, para o próprio engrandecimento, para a harmonia pessoal.

Acossada, porém, pelo medo e pelo costumeiro pessimismo, que se atribui contínuas desventuras, passa com ligeireza emocional pelas alegrias, enquanto se detém nos desencantos.

Convidada aos padrões de bem-estar, busca com sofreguidão o autoflagelo, utilizando-se de mecanismos masoquistas para inspirar compaixão, quando possui equipamentos preciosos que fomentam e despertam o amor.

Nega-se, por sistemática ausência de consciência, a empolgar-se com a luz, a beleza, o sentido da vida, entregando-se aos caprichos da rebeldia, filha dileta do egoísmo insatisfeito.

Acreditando tudo merecer, atribui-se méritos que não possui e recusa-se a conquistá-los.

Compara-se com aqueloutros que vê sem diferentes patamares, sem dar-se ao cuidado de examinar os sacrifícios que foram investidos, ou que sentem, quem lá se encontra, estabelecendo conceitos de felicidade, conforme pensa que as outras usufruem.

Este é um estágio que remanesce do primitivismo do instinto, antes da fixação da consciência.

Aprisiona-se aos atavismos dos quais se deveria libertar, e cerra as possibilidades que lhe facultam os vôos mais altos do sentimento e da razão. A alternativa da desdita e a perturbação da consciência tornam-se inevitáveis, gerando um comportamento que conduz à alienação.

A consciência é uma conquista iluminativa. A sua preservação resulta do esforço que estabelece o caráter do ser.

Todos os seres passam pelos mesmos caminhos e experimentam equivalentes desafios. O comportamento, em cada teste, oferece a promoção ou o estacionamento indispensável à fixação da aprendizagem. A conquista, portanto, do progresso, é pessoal e intransferível, o que é lei de justiça e de equanimidade.

Cada um ascende através dos impulsos sacrificiais que desenvolva.

Fixa, nos painéis da memória, os teus momentos de júbilo, por mais insignificantes sejam. A sucessão deles dar-te-á uma vasta cópia de emoções estimuladoras para o bem.

Esquece os insucessos, após considerares os resultados proveitosos que podes haurir.

Quando algo de bom, de positivo te aconteça, comenta sem estardalhaço, revive e deixa-te penetrar pelo seu significado edificante.

Quando fores visitado pela amargura, o desencanto, a dor ou a decepção, procura superar a vicissitude e avança na busca de novos relacionamentos, evitando conservar ressentimentos e detalhes infelizes.

Não persistas nos comentários desagradáveis, que sempre ressumam infelicidade.

Por hábito doentio, as pessoas se fixam nas ocorrências malsãs, abandonando as lembranças saudáveis. Perdem, assim, as memórias superiores e acumulam as reminiscências perturbadoras, que ocupam os espaços mentais e emocionais, bloqueando as amplas áreas de desenvolvimento da consciência.

Os episódios de consciência, de pequeno ou grande porte, formam o caráter que é a linha mestra de conduta para a vida.

A consciência consegue descobrir os valores mais insignificantes e torná-los estímulos positivos para outras conquistas.

A decisão e o esforço empregados para alcançar novas metas evolutivas desenvolvem o caráter moral, sem o qual falham os mais bem elaborados planos de triunfo.

O caráter saudável, disciplinado e responsável define o homem de bem, verdadeiro protótipo, que não se detém nem desiste quando lhe surgem obstáculos tentando dificultar-lhe o avanço.

Necessitas levar adiante os planos bons, de desenvolvimento moral e espiritual, já registrados pela tua consciência.

Não dês trégua à indolência, nem te apóies em evasivas ou justificativas irrelevantes.

Identificado o dever, acorre a ele e executa-o.

Realmente preocupado com o progresso do espírito, Allan Kardec indagou aos Mentores Elevados, segundo consta da questão n° 674 de O Livro dos Espíritos:

-A necessidade do trabalho é lei da natureza?
-O trabalho é lei da natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidade e os gozos.



Muita Paz

Livro: Momentos de Consciência
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Aspectos da Dor

Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz aos planos do Céu.

A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.


As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. Nenhuma existe destituída de significação.


Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.


A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.


Se você pretende vencer, não menospreza a possibilidade de amargar, algumas vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.


Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores da experiência permaneceriam ignorados.


A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem a sofre.



André Luiz
(Do livro “Estude e Viva” - Chico Xavier & Waldo Vieira)

Cartões de paz

Cada espírito é um canal de bênçãos, em se mantendo ligado às Leis do Criador. Lembre-se: você pode espalhar compreensão e otimismo...

Contemple a fonte ao dissipar as formações de lama que se lhe atira à corrente. Não se detenha em pessimismo e azedume...

Qualquer tristeza manifestada impulsiona os tristes a ficarem mais tristes. Fraqueza à mostra enfraquece os fracos ainda mais...

Encoraje o próximo com o seu sorriso, entregando suas mágoas a Deus. Não se sabe de benefício algum que o desânimo tenha realizado...

Siga em frente, criando simpatia e amizade, esperança e cooperação. Felicidade é um fruto que se colhe da felicidade que se semeia.

Plante amor e paz e a vida lhe trará farta colheita de paz e amor...

Quando a provação lhe apareça, terá surgido o seu momento mais importante para comunicar fé e coragem aos companheiros.

Quando o sofrimento desponte na estrada de alguém, estará você obtendo o instante dourado de auxiliar.

Haja o que houver, distribua confiança e bom ânimo, porque a alegria é talvez a única dádiva que você é capaz de ofertar sem possuir.

Evite amargura e desespero, porque todos estamos seguindo ao encontro do júbilo imperecível.

Se você não acredita que Deus é plenitude de paz e amor, alegria e luz, pense que a Terra poderá envolver-se nas sombras da noite, mas haverá sempre no Céu a fatalidade do alvorecer...

André Luiz
(Do livro “Buscas e Acharás” – Chico Xavier)

Opiniões Alheias

Se trazes a consciência tranquila, porque te impacientares tanto com as opiniões alheias, desfavoráveis?

Cada pessoa fala daquilo que conhece oferecendo o que seja ou o que tenha.

A suposição dos companheiros, a nosso respeito, nasce daquilo que eles estimariam ou estimam fazer.

Cada qual de nós está no centro das próprias experiências.

Os irmãos que nos cercam são livres para pensarem a nosso respeito, da mesma forma que somos livres para anotar-lhes o comportamento.

Ninguém consegue obrigar determinada pessoa a raciocinar com outro cérebro, a não ser aquele que lhe pertence.

Se um a pessoa se irrita contra nós sem razão, isso não é motivo para que venhamos a comprar uma rixa desnecessária.

Você está diante de uma pessoa encolerizada da mesma forma que você se encontra perante um doente: preste auxílio.

Toleremos os outros, para que os outros nos tolerem.

Hoje, alguém terá perdido a serenidade, à nossa frente; amanhã, possivelmente, seremos nós, em situação igual diante deles.

Emmanuel
(Do livro “Calma” – Chico Xavier)

Sobre o adultério e a prostituição

Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus. Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. Do item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

É curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença: “aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Dir-se-ia que no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados “erros do amor”.

Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências. Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.

Desses embates multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos. Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida.

Note-se que o lenocínio de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel. Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos – que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.

Evidentemente, o mundo avança para mais elevadas condições de existência. Fenômenos de transição explodem aqui e ali, comunicando renovação. E, com semelhantes ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a licenciosidade. Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.

Do livro “Vida e Sexo” - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia: Chico Xavier

PERDÃO

– Perdoar e não perdoar significa absolver e condenar?

Emmanuel - Nas mais expressivas lições de Jesus, não existem, propriamente, as condenações implícitas ao sofrimento eterno, como quiseram os inventores de um inferno mitológico.

Os ensinos evangélicos referem-se ao perdão ou à sua ausência.

Que se faz ao mal devedor a quem já se tolerou muitas vezes? Não havendo mais solução para as dívidas que se multiplicam, esse homem é obrigado a pagar.

É que se verifica com as almas humanas, cujos débitos, no tribunal da justiça divina, são resgatados nas reencarnações, de cujo círculo vicioso poderão afastar-se, cedo ou tarde, pelo esforço no trabalho e boa-vontade no pagamento.

– Na lei divina, há perdão sem arrependimento?

Emmanuel - A lei divina é uma só, isto é, a do amor que abrange todas as coisas e todas as criaturas do Universo ilimitado.

A concessão paternal de Deus, no que se refere à reencarnação para a sagrada oportunidade de uma nova experiência, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei. Todavia, essa oportunidade só é concedida quando o Espírito deseja regenerar-se e renovar seus valores íntimos pelo esforço nos trabalhos santificantes.

Eis por que a boa-vontade de cada um é sempre o arrependimento que a Providência Divina aproveita em favor do aperfeiçoamento individual e coletivo, na marcha dos seres para as culminâncias da evolução espiritual.

– Antes de perdoarmos a alguém, é conveniente o esclarecimento do erro?

Emmanuel - Quem perdoa sinceramente, fá-lo sem condições e olvida a falta no mais íntimo do coração; todavia, a boa palavra é sempre útil e a ponderação fraterna é sempre um elemento de luz, clarificando o caminho das almas.

– Quando alguém perdoa, deverá mostrar a superioridade de seus sentimentos para que o culpado seja levado a arrepender-se da falta cometida?

Emmanuel - O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza.

– O culpado arrependido pode receber da justiça divina o direito de não passar por determinadas provas?

Emmanuel - A oportunidade de resgatar a culpa já constitui em si mesma, um ato de misericórdia divina, e, daí, o considerarmos o trabalho e o esforço próprio como a luz maravilhosa da vida.

Estendendo, todavia, a questão à generalidade das provas, devemos concluir ainda, com o ensinamento de Jesus, que “o amor cobre a multidão dos pecados”, traçando a linha reta da vida para as criaturas e representando a única força que anula as exigências da lei de talião, dentro do Universo infinito.

– “Concilia-te depressa com o teu adversário” – Essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo como bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?

Emmanuel - Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida. Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui numa chaga viva para quantos o conservam no coração.

– Por que teria Jesus aconselhado perdoar “setenta vezes sete?”.

Emmanuel - A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos, e aquele que se sinta ofendido por alguém, não deve esquecer que ele próprio pode também errar setenta vezes sete.

– Em se falando de perdão, poderemos ser esclarecidos quanto à natureza do ódio?

Emmanuel - O ódio pode traduzir-se nas chamadas aversões instintivas, dentro das quais há muito de animalidade, que cada homem alijará de si, com os valores da auto-educação, a fim de que o seu entendimento seja elevado a uma condição superior.

Todavia, na maior parte das vezes, o ódio é o gérmem do amor que foi sufocado e desvirtuado por um coração sem Evangelho. As grandes expressões afetivas convertidas nas paixões desorientadas, sem compreensão legítima do amor sublime, incendeiam-se no íntimo, por vezes, no instante das tempestades morais da vida, deixando atrás de si as expressões amargas do ódio, como carvões que enegrecem a alma.

Só a evangelização do homem espiritual poderá conduzir as criaturas a um plano superior de compreensão, de modo a que jamais as energias afetivas se convertam em forças destruidoras do coração.

– Perdão e esquecimento devem significar a mesma coisa?

Emmanuel - Para a convenção do mundo, o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o espírito evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos, embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância.

Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada da redenção.

– Os Espíritos de nossa convivência, na Terra, e que partem para o Além, sem experimentar a luz do perdão, podem sofrer com as nossas opiniões acusatórias, relativamente aos atos de sua vida?

Emmanuel - A entidade desencarnada, muito sofre com o juízo ingrato ou precipitado que, a seu respeito, se formula no mundo.

Imaginai-vos recebendo o julgamento de um irmão de humanidade e avaliai como desejaríeis a lembrança daquilo que possuís de bom, a fim de que o mal não prevaleça em vossa estrada, sufocando-vos as melhores esperanças de regeneração.

Em lembrando aquele que vos precedeu no túmulo, tende compaixão dos que erraram e sede fraternos.

Rememorar o bem é dar vida à felicidade. Esquecer o erro é exterminar o mal. Além de tudo, não devemos esquecer de que seremos julgados pela mesma medida com que julgarmos.


Do livro “O Consolador” - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia: Francisco Cândido Xavier (Terceira Parte – Item III – Questões 332 a 341)

Iluminação

– Há alguma diferença entre a crença e a iluminação?
Emmanuel - Todos os homens da Terra, ainda os próprios materialistas, creem em alguma coisa. Todavia, são muito poucos os que se iluminam. O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente. O primeiro depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto da sua crença; o segundo é livre das influências exteriores, porque há bastante luz no seu próprio íntimo, de modo a vencer corajosamente nas provações a que foi conduzido no mundo.
É por essa razão que os espiritistas sinceros devem compreender que não basta acreditar no fenômeno ou na veracidade da comunicação com o Além, para que os seus sagrados deveres estejam totalmente cumpridos, pois a obrigação primordial é o esforço, o amor ao trabalho, a serenidade nas provas da vida, o sacrifício de si mesmo, de modo a entender plenamente a exemplificação de Jesus Cristo, buscando a sua luz divina para a execução de todos os trabalhos que lhes competem no mundo.

– Há outras fontes de conhecimento para a iluminação dos homens, além da constituída pelos ensinamentos divinos do Evangelho?
Emmanuel - O mundo está repleto de elementos educativos, mormente no referente às teorias nobilitantes da vida e do homem, pelo trabalho e pela edificação das faculdades e do caráter.
Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes d’Ele, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.

– Nos trabalhos espiritistas, onde poderemos encontrar a fonte principal de ensino que nos oriente para a iluminação? Poderemos obtê-la com as mensagens de nossos entes queridos, ou apenas com o fato de guardarmos o valor da crença no coração?
Emmanuel - Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.
Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houveram no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livre.

– A análise pela razão pode cooperar, de modo definitivo, no trabalho de nossa iluminação espiritual?
Emmanuel - É certo que o homem não pode dispensar a razão para vencer na tarefa confiada ao seu esforço, no círculo da vida; contudo, faz-se mister considerar que essa razão vem sendo trabalhada, de muitos séculos no planeta, pelos vícios de toda sorte.
Temos plena confirmação deste asserto no ultra-racionalismo europeu, cuja avançada posição evolutiva, ainda agora, não tem vacilado entre a paz e a guerra, entre o direito e a força, entre a ordem e a agressão.
Mais que em toda parte do orbe, a razão humana ali se elevou às mais altas culminâncias de realização e, todavia, desequilibrada pela ausência do sentimento, ressuscita a selvageria e o crime, embora o fausto da civilização.
Reconhecemos, pois, que na atualidade do orbe toda iluminação do homem há de nascer, antes de tudo, do sentimento. O sábio desesperado do mundo deve volver-se para Deus como a criança humilde, para cuidar dos legítimos valores do coração, porque apenas pela reeducação sentimental, nos bastidores do esforço próprio, se poderá esperar a desejada reforma das criaturas.

– Os guias espirituais têm uma parte ativa na tarefa de nossa iluminação pessoal?
Emmanuel - Essa colaboração apenas se verifica como no caso dos irmãos mais velhos, ou dos amigos mais idosos nas experiências do mundo.
Os mentores do Além poderão apontar-vos os resultados dos seus próprios esforços na Terra, ou, então, aclarar os ensinos que o homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da benevolência dos seus enviados, mas em hipótese alguma poderão afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta permanência das lições do mundo.
Que dizer de um professor que decifrasse os problemas comuns para os alunos?
Além disso, os amigos espirituais não se encontram em estado beatífico. Suas atividades e deveres são maiores que os vossos. Seus problemas novos são inúmeros e cada espírito deve buscar em si mesmo a luz necessária à visão acertada do caminho.
Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do circulo carnal. Esforcemo-nos constantemente.
A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um. Na solução dos nossos problemas, nunca esperemos pelos outros, porque de pensamento voltado para a fonte de sabedoria e misericórdia, que é Deus, não nos faltará, em tempo algum, a divina inspiração de sua bondade infinita.

– Há tempo determinado na vida do homem terrestre para que se possa ele entregar, com mais probabilidades de êxito, ao trabalho de iluminação?
Emmanuel - A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.

– A auto-iluminação pode ser conseguida apenas com a tarefa de uma existência na Terra?
Emmanuel - Uma encarnação é como um dia de trabalho. E para que as experiências se façam acompanhar de resultados positivos e proveitosos na vida, faz-se indispensável que os dias de observação e de esforço se suscedam uns aos outros.
No complexo das vidas diversas, o estudo prepara; todavia, somente a aplicação sincera dos ensinamentos do Cristo pode proporcionar a paz e a sabedoria, inerentes ao estado de plena iluminação dos redimidos.

– As almas desencarnadas continuam igualmente no serviço da iluminação de si próprias?
Emmanuel - Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.

– Para acelerar o esforço de iluminação, a Humanidade necessitará de determinadas inovações religiosas?
Emmanuel - Toda inovação é indispensável, mesmo porque a lição do Senhor ainda não foi compreendida. A cristianização das almas humanas ainda não foi além da primeira etapa.
Alguns séculos antes de Jesus, o plano espiritual, pela boca dos profetas e dos filósofos, exortava o homem do mundo ao conhecimento de si mesmo. O Evangelho é a luz interior dessa edificação. Ora, somente agora a criatura terrestre prepara-se para o conhecimento próprio através da dor; portanto, a evangelização da alma coletiva, para a nova era de concórdia e de fraternidade, somente poderá efetuar-se, de modo geral, no terceiro milênio.
É certo que o planeta já possui as suas expressões isoladas de legítimo evangelismo, raras na verdade, mas consoladoras e luminosas. Essas expressões, porém, são obrigadas às mais altas realizações de renúncia em face da ignorância e da iniquidade do mundo. Esses apóstolos desconhecidos são aquele “sal da Terra” e o seu esforço divino será respeitado pelas gerações vindouras, como os símbolos vivos da iluminação espiritual com Jesus-Cristo, bem-aventurados de seu Reino, no qual souberam perseverar até o fim.

– Como iniciar o trabalho de iluminação da nossa própria alma?
Emmanuel - Esse esforço individual deve começar com o autodomínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões.
Nesse particular, não podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências santificantes – água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.
Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.

Pelo Espírito 'Emmanuel'
Do livro "O Consolador" - Ed. FEB
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Situação do espírita após a morte

Muitos espíritas estão desencarnando em situações deploráveis, recebendo socorro em sanatórios no Plano Maior da Vida em virtude das péssimas condições morais e psíquicas em que se encontram.



Este quadro é descrito com muita propriedade no livro Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco, que traz informações edificantes para nós, espíritas, sobre a importância de um bom desempenho de nossas funções, assumidas ainda no Mundo Espiritual.



O Espírito Manoel Philomeno de Miranda ressalta que as experiências narradas no livro permitem compreender que “a crença é muito importante, no entanto, a vivência dos postulados exarados na Codificação tem regime de urgência e não pode nem deve ser postergada”. E Bezerra de Menezes, logo no início da obra, lembra que “Jesus acentuou que mais se pedirá àquele a quem mais se deu, considerando-se o grau de responsabilidade pessoal, em razão dos fatores predisponentes e preponderantes para a conduta”.



Em adição, em No Mundo de Chico Xavier, consta informação interessante do Espírito Romeu do Amaral Camargo, tempos depois de sua desencarnação, comentando acerca da situação dos espíritas ao adentrar no Mundo Espiritual. Conta Chico Xavier que Romeu do Amaral “prosseguia trabalhando ativamente em organizações espíritas-cristãs do Plano Superior e que nós, os espíritas, carregamos enormes responsabilidades nos ombros, porque recebemos o conhecimento libertador de que as leis de Deus funcionam na consciência de cada um”. E o Espírito complementa que “não havia visto dentre os companheiros já desencarnados com os quais convivia, um só que não se queixasse de condições deficitárias para com a Doutrina Espírita. Tão grandes eram as bênçãos recolhidas, que todos admitiam terem saído da experiência física reconhecendo-se endividados para com o Espiritismo Cristão, pelo qual, segundo opinião deles mesmos, deviam ter trabalhado mais”.



Portanto, percebemos dos ensinamentos dos Espíritos que, embora façam referência mais detida às experiências dos espíritas após a morte, a condição de felicidade ou sofrimento destes guarda estreita relação com a vivência dos ensinamentos morais, e por isso, trata-se de possibilidade que acomete qualquer um que, de posse do conhecimento dos valores da Vida Eterna, estagna-se na marcha do progresso, independente de sua religião.



Neste sentido, Eurípedes Barsanulfo, em palestra educativa narrada por Manoel Philomeno de Miranda, alerta que “todo conhecimento superior que se adquire visa ao desenvolvimento moral e espiritual do ser. No que diz respeito às conquistas imortais, a responsabilidade cresce na razão direta daquilo que se assimila. Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá-la sob o alqueire, quando há o predomínio de sombras solicitando claridade” (Capítulo 22 do livro Tormentos da Obsessão).



A culpa e os pesares da consciência são maiores quanto melhor o homem sabe o que faz. Kardec conclui primorosamente este ensinamento, afirmando que “a responsabilidade é proporcional aos meios de que ele [o homem] dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos” (questão 637 de O Livro dos Espíritos).



Por fim, fiquemos com a exortação de Bezerra de Menezes, orientando para que “cuidemos-nos, todos nós, de nos preservar do mal, suplicando o divino socorro, conforme propôs o incomparável Mestre, na Sua oração dominical, buscando-Lhe o amparo e a inspiração, a fim de podermos transitar com equilíbrio pelos difíceis caminhos da ascensão espiritual” (Capítulo 1 do livro Tormentos da Obsessão).


Fonte: Site OSGEFIC

A Transição

A confiança na existência da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida. Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição. Sofremos ou não nessa passagem? Por isso se inquietam, e com razão, visto que ninguém pode escapar a esse momento. Podemos dispensar-nos de qualquer viagem neste mundo, menos essa. Ricos e pobres, devem todos fazê-la, e, se ela for dolorosa, nem posição nem fortuna poderiam suavizá-la.

Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis da agonia de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas. Quem poderá, no entanto, esclarecer-nos a tal respeito? Quem nos descreverá o fenômeno fisiológico da separação entre a alma e o corpo? Quem nos contará as impressões desse instante supremo, quando a Ciência e a Religião se calam? E calam-se porque lhes falta o conhecimento das leis que regem as relações do Espírito e da matéria, parando uma nos limites da vida espiritual e a outra nos da vida material. O Espiritismo é o traço de união entre as duas, e só ele pode dizer-nos como se opera a transição, quer pelas noções positivas que oferece sobre a natureza da alma, quer pela descrição dada pelos que deixaram este mundo. O conhecimento do laço fluídico que une a alma ao corpo é a chave desse e de muitos outros fenômenos.

A insensibilidade da matéria inerte é um fato positivo. Só a alma experimenta sensações de dor e de prazer. Durante a vida, toda a desagregação material repercute na alma, que por este motivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa. É a alma e não o corpo quem sofre, pois este é apenas o instrumento da dor e a alma é o paciente. Após a morte, estando separada a alma, o corpo pode ser livremente mutilado que nada sentirá. A alma, estando isolada do corpo, nada experimenta da destruição orgânica. A alma tem sensações próprias, cuja fonte não reside na matéria tangível.

O perispírito é o envoltório físico da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte, e com a qual se pode dizer que forma um todo, e não se pode conceber uma sem outro. Durante a vida o fluido perispirítico penetra o corpo, impregnando-o em todas as suas partes, e serve de veículo às sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos. (1)

A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de maneira que a separação só é completa e absoluta quando não reste mais um único átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. A sensação dolorosa que a alma experimenta, por ocasião da morte, está na razão direta da quantidade dos pontos de contato existentes entre o corpo e o perispírito, determinando a maior ou menor dificuldade ou lentidão que apresenta o rompimento. Não é preciso, portanto, dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. Estas circunstâncias é que nos cumpre examinar.


Estabeleçamos, em primeiro lugar, e como princípio, os quatro seguintes casos, que podemos encarar como situações extremas dentro de cujos limites há uma infinidade de variantes:

1° - Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente;

2° - Se nesse momento a união dos dois elementos estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura;

3° - Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo;

4° - Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contato entre o corpo e o perispírito, a alma poderá sentir os efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça.

Daí resulta que o sofrimento que acompanha a morte está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito e que tudo o que puder atenuar essa força, facilitar a diminuição desse estado, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem nenhuma dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável.

Na transição da vida corporal para a espiritual produz-se ainda um outro fenômeno de importância capital – a perturbação. Nesse instante a alma experimenta um entorpecimento que paralisa momentaneamente as suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as suas sensações. É como se ficasse, por assim dizer, em um estado de catalepsia, de modo que a alma quase nunca testemunha conscientemente o derradeiro suspiro. Dizemos quase nunca porque há casos em que a alma pode contemplar conscientemente o desprendimento.

A perturbação pode, pois, ser considerada como um fato normal no instante da morte, podendo perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos. À proporção que se liberta, a alma encontra-se numa situação comparável à de um homem que desperta de um profundo sono: as ideias são confusas, vagas, incertas; a visão apenas distingue como que através de um nevoeiro, mas pouco a pouco se aclara, desperta-se-lhe a memória e o conhecimento de si mesmo. Mas isso de acordo com as situações individuais. Para uns esse despertar é calmo e proporciona uma sensação deliciosa, mas, para outros, é bem diferente, cheio de terror e angústia, semelhante a horrendo pesadelo.

O momento do último suspiro quase nunca é o mais doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em um momento de inconsciência e em geral a alma não chega a percebê-lo. Mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, durante as convulsões da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é generalizado, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se. Há pessoas nas quais a união é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente, sem dificuldades; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule. É o caso das mortes calmas, de pacífico despertar.

A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusiva e unicamente à vida e aos gozos materiais. Ao contrário, nas almas puras, que antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento.

Posto isto, quer como teoria, quer como resultado de observações, resta-nos examinar a influência do gênero de morte sobre as sensações da alma nos últimos transes.


Em se tratando de morte natural, resultante da extinção das forças vitais pela idade ou pela doença, o desprendimento opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam da atração das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o corpo ainda tem vida orgânica, a alma já penetra a vida espiritual, apenas ligada ao corpo por elo tão frágil que se rompe sem dificuldade com a última pancada do coração. Nesta situação o Espírito pode já ter recuperado a sua lucidez, de modo a tornar-se testemunha consciente da extinção da vida do seu corpo, considerando-se feliz por tê-lo deixado. Para esse a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de felicidade e esperança.

No homem materializado e sensual, que mais viveu para o corpo que para o Espírito, e para o qual a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo contribui para estreitar os laços materiais, que ligam a alma à matéria, pois nada contribuiu para os relaxar durante a vida, e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere também gradualmente, demanda contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os elos resistentes, e outras vezes se agarra ao corpo, do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.

Quanto menos vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se apega à vida material, e, assim, sente que ela lhe foge e quer retê-la; e, em vez de se abandonar ao movimento que o arrasta, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias, semanas e meses inteiros.

Certo, nesse momento, o Espírito não possui toda a lucidez, visto que a perturbação há muito tempo se antecipou à morte; mas nem por isso sofre menos, e o estado de vácuo mental em que se encontra, e a incerteza do que lhe sucederá, agravam-lhe as angústias. A morte chega, e nem por isso está tudo terminado; a perturbação continua, ele sente que vive, mas não sabe se essa vida é material ou espiritual; luta, e luta ainda, até que as últimas ligações do perispírito com o corpo se tenham de todo rompido. A morte pôs termo à moléstia que ele sofria, porém, não lhe sustou as consequências, e, enquanto existirem pontos de contato do perispírito com o corpo, o Espírito ressente-se e sofre com as suas impressões.

Quão diversa é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis! Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, rompem-se suavemente; e, além disso, a confiança do futuro, que ele já entrevê mentalmente e às vezes mesmo de maneira real, como sucede algumas vezes, o faz encarar a morte como libertação e as suas consequências como prova, advindo-lhe daí a tranquilidade moral e a resignação que lhe amenizam o sofrimento. Após a morte, tendo sido rompidos os laços de maneira instantânea, nem uma só reação dolorosa o afeta; ao despertar sente-se livre, disposto, aliviado por um grande peso e muito feliz por não estar mais sofrendo.

Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial tendo começado previamente à separação do corpo e do perispírito, a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de surpresa, fica como que aturdido e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado.

Esse estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é um dos mais interessantes para ser estudado, porque apresenta o espetáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando ao mesmo tempo todas as sensações da vida orgânica. Há, além disso, dentro desse caso, uma série infinita de modalidades que variam segundo o caráter, os conhecimentos e progressos morais do Espírito. Para aqueles cuja alma está mais purificada, a situação pouco dura, porque já possuem em si como que um desprendimento antecipado, que a morte, mesmo súbita, não faz senão apressar.

Outros há, para os quais a situação se prolonga por anos inteiros. É uma situação essa muito frequente até nos casos de morte comum, que, nada tendo de penosa para Espíritos adiantados, se torna horrível para os atrasados. No suicida, principalmente, excede a toda expectativa e essa situação se faz ainda mais penosa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes.


O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido: tanto maior é o sofrimento do Espírito quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.

Para que cada qual trabalhe na sua própria purificação, reprimindo as más tendências e dominando as paixões, preciso se faz que abdique das vantagens imediatas em prol do futuro, visto como, para identificar-se com a vida espiritual, encaminhando para ela todas as aspirações e preferindo-a à vida terrena, não basta crer, mas é preciso compreender.

Devemos considerar essa vida debaixo de um ponto de vista que satisfaça ao mesmo tempo à razão, à lógica, ao bom senso e ao conceito em que temos a grandeza, a bondade e a justiça de Deus.

Considerado deste ponto de vista, o Espiritismo é, de todas as doutrinas filosóficas que conhecemos, a que exerce mais poderosa influência, pela fé inabalável que proporciona.

O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina; a vida futura é uma realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos; uma realidade que ele toca e vê, por assim dizer, a todos os instantes e de modo que a dúvida não pode penetrar na sua mente, ou ter guarida em sua alma. A vida corporal, tão limitada, se apaga diante da vida espiritual, que se apresenta como a verdadeira vida.

Que lhe importam os incidentes da jornada, se ele compreende a causa e utilidade das vicissitudes humanas, quando suportadas com resignação? As relações diretas que mantém com o mundo invisível elevam-lhe a alma. Os laços fluídicos que o ligam à matéria se enfraquecem. E é assim que vai se operando por antecipação o desprendimento parcial que facilita a passagem desta para a outra vida. A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado o passo, para logo se reconhece, nada estranhando, antes compreendendo, a sua nova situação.

Com certeza não é só o Espiritismo que nos assegura esse resultado, nem ele tem a pretensão de ser o meio exclusivo, a garantia única de salvação para as almas. Porém, pelos conhecimentos que fornece, pelos sentimentos que inspira, como pelas disposições em que coloca o Espírito, fazendo-o compreender a necessidade de melhorar-se, facilita enormemente a salvação. Ele dá a mais, e a cada um, os meios de auxiliar o desprendimento doutros Espíritos ao deixarem o invólucro material, abreviando-lhes a perturbação pela evocação e pela prece.

Pela prece sincera, que é uma forma de magnetização espiritual, provoca-se a desagregação mais rápida do fluido perispiritual; pela evocação conduzida com sabedoria e prudência, com palavras de benevolência e conforto, combate-se o entorpecimento do Espírito, ajudando-o a reconhecer-se mais cedo, e, se é sofredor, incute-se-lhe o arrependimento - único meio de abreviar seus sofrimentos.

- Texto retirado do livro “O Céu e o Inferno” - Allan Kardec / 2ª Parte - Cap. I
- Nota do blog Espírita na Net – Edição realizada dos textos retirados do livro “O Céu e o Inferno”, das editoras FEB (40ª Edição) e LAKE (12ª Edição - Com tradução de J. Herculano Pires).

Na esfera do reajuste

“Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo."

Jesus (João, 3:7)



Empeços e provações serão talvez os marcos que te assinalem a estrada hoje.


Diligenciemos, porém, com a reencarnação a retificar os erros e a ressarcir os débitos de ontem, para que a luz da verdade e o apoio da harmonia nos felicitem o caminho, amanhã...


A questão intrincada que te apoquenta agora, quase sempre, é o problema que abandonaste sem solução entre os amigos que, em outro tempo, se rendiam, confiantes, ao teu arbítrio.


O parente complicado que julgas carregar, por espírito de heroísmo, via de regra, é a mesma criatura que, em outra época, arrojaste ao desespero e à perturbação.


Ideais nobilitantes pelos quais toleras agressões e zombarias, considerando-te incompreendido seareiro do progresso, em muitas ocasiões, são aqueles mesmos princípios que outrora espezinhaste, insultando a sinceridade dos companheiros que a eles se associavam.


Calúnias que arrostas, crendo-te guindado aos píncaros da virtude pela paciência que evidencias, habitualmente nada mais são que o retorno das injúrias que assacaste, noutras eras, contra irmãos indefesos.


Falhas do passado procuram-te responsável, no corpo, na família, na sociedade ou na profissão, pedindo-te reajuste.


"Necessário vos é nascer de novo" – disse-nos Jesus.


Bendizendo, pois, a reencarnação, empenhemo-nos a trabalhar e aprender, de novo, com atenção e sinceridade, para que venhamos a construir e acertar em definitivo.



Emmanuel

(Do Livro “Palavras de Vida Eterna” - Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CAMPANHA AMIGA

Senhora.

Decididamente, o seu convite é uma honra.

A sua bondade me fala em conjugarmos esforços no apoio aos companheiros marginalizados pelo desgaste físico.

Sem dúvida, não é justo empregar a palavra “velhice” a fim de nos reportarmos a esses irmãos valorosos que souberam atravessar as barreiras do cotidiano, na Terra, sem recorrerem à fuga ou ao suicídio.

Que são heróis já se vê.

Formaram famílias robustas. Doaram-se a filhos e netos. Ergueram lar seguro para os descendentes. Trabalharam com fidelidade extrema aos próprios deveres.

E agora muitos deles se espalham por aí, largados a si mesmos ou afetuosamente detidos nos chamados “refúgios geriátricos”, sentenciados à tristeza, como se exílio fosse prêmio à dedicação.

Compreendemos que essa campanha em auxílio aos super-idosos não inclui qualquer gênero de crítica aos grupos sociais.

No crepúsculo da reencarnação os companheiros da estrada humana, quase sempre, estão cansados, qual se não tivessem tido tempo para socorrer aos próprios nervos, senão quando a aposentadoria.

E estamos convencidos de que a maioria deles se recolhe a pensionatos de tratamento a descanso atendendo a decisão voluntária. Sentem-se esses nossos irmãos incompatibilizados com as extravagâncias de determinados descendentes, declaram não suportar os costumes dos bisnetos, nem a algazarra das crianças. E retiram-se para as casas de repouso, no ilusório tentame de esquecer. Entretanto, a família lhes palpita nos recessos da alma. Começam a viver de recordações, imobilizados no tempo, com as lágrimas penduradas nos olhos, esperando que o carinho de alguém lhes reaqueça os corações.

Temos tantos casos desses, sob nossa observação que só nos resta formular os melhores votos pelo êxito do empreendimento que se reveste de tamanha oportunidade.

E se você, coração amigo, se você nos pode emprestar os ouvidos, escute o nosso apelo.

Se possível, adote uma criatura super-idosa por parente, sem afastá-la da paisagem na qual se encontre. Você surpreenderá o seu tutelado tanto em algum recanto esquecido, onde a penúria fornece lições de humildade e fé em Deus, quanto em algum pouso aristocrático, no qual a saudade leciona paciência e conformação.

Se é carência de ordem material o problema de seu protegido, recorde a importância de que o alimento e o agasalho se revestem para ele, e se é pesar pela ausência da família, conceda-lhe alguns minutos de conversação por semana.Meia hora de entendimento, um livro reconfortante, algum tópico ,ais expressivo da imprensa, essa ou aquela página de carinho ou um simples bilhete que demonstre atenção, constituem ingredientes de que se lhes entreteça o reconforto.

Mas por obséquio, não chame os seus protegidos por “vovô” ou por “vovó”, porque esses titulações pertencem aos pais de seus pais e, quando atiradas a outrem, podem ser pontas de sarcasmo que humilham ou depreciam aqueles que a recolhem.

Trate com gentileza o companheiro ou a irmã aos quais você se proponha auxiliar, como se estivesse à frente de um amigo e hóspede de Jesus.

E lembre-se de que se você não desencarnar na mocidade ou nas primeiras faixas de idade adulta, igualmente passará pela obrigação de tolerar o “tempo do desgaste” e, com toda a certeza, embora as plásticas regeneradoras em larga usança no mundo de hoje, você também andará de corpo abatido a inclinar-se para o chão até cair...





pelo Espírito Augusto Cezar Netto - Do livro: Augusto Vive, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Decisão nas Trevas

Ver o livro: Contos Desta e Doutra Vida/Chico Xavier e Irmão X - FEB, lições: Festas, T.B.C. e Decisão nas Trevas



A Reunião das Trevas

O Chefe dos Espíritos das Trevas convocou uma Convenção Mundial de obsessores.
Em seu discurso de abertura, ele disse:
"Não podemos impedir os cristãos de irem aos seus templos."
"Não podemos impedi-los de ler os livros e conhecerem a verdade."
"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com os Espíritos Elevados e Jesus.

“E, uma vez que eles ganham essa conexão com os Espíritos Elevados e Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.”






"Então vamos deixá-los ir para seus Centros Espíritas e suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que neles organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento elevado". "O que quero que vocês façam é o seguinte"- disse o obsessor-chefe:
"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se de Jesus e dos espíritos superiores."
- Como vamos fazer isto? Gritaram os seus asseclas.






Respondeu-lhes:
"Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes."
"Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado..."






"Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios."
"Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos."






"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".
"Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos".
"Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".






"Bombardeiem as suas mentes com noticias, negativas: crimes, violência, sexo, drogas, desemprego, o fim do mundo, vai faltar água, vai faltar ar para respirarem 24 horas por dia".
"Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos, falarem de acidentes".
"Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".






"Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que os maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas"...
"Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começarão a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias mais rapidamente."





"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal." "Dê-lhes muitos presentes no Dia das Mães, dos Pais".
"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e a Sua mensagem sobre o pecado e a morte."
"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".





"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro banais, apresentações artísticas mundanas e à TV entorpecedora. Mantenha-os ocupados, ocupados."
"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, principalmente fofocas, para que, ao saírem, o façam com as consciências comprometidas".





"Encham as vidas de todos eles

com tantas causas supostamente

importantes a serem defendidas

que não tenham nenhum tempo para buscarem a espiritualidade e Jesus".

Muito em breve, eles estarão buscando, em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."
Ah!... diga-lhes ainda que o hábito da oração em família é fanatismo. Que é balela a ínformação que diz que o lar que ora os Espíritos Benfeitores estarão montando um sistema de proteção 24 horas/dia. Que isso possa evitar enfermidades, acidentes, desentendimentos familiares. Etc e etc....
Que continui a exigir que nas "Escolas" seus filhos, definitivamente, não possam e nem devam rezar juntos aos Professores ao iniciarem-se as aulas. Que cultivem a infeliz idéia de que rezar coletivamente, não agrada ao Pai, porque cada um tem uma religião diferente. Que o "Pai Nosso" não nos foi ensinado por Jesus Cristo e, muito menos que se se trate de um modelo de oração do Amor do Criador!...






-"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os espíritos trevosos ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para

suas famílias.

Não tendo nenhum tempo para contar
a outros sobre a sublimidade e o poder do Evangelho de Jesus para transformar suas vidas. E que continueem acreditando em "milagres", sem mesmo que haja, por parte deles, a necessidade de algo de bom realizarem.
Em tempo: Inspire-lhes, insistentemente, a responderem, sempre que indagados: - "Tudo bem?" - "Como vai?" - "Como está?"
- "Tudo mal"
-"Tô péssimo"
- "Tô igualzinho prego na areia!..."





Creio que a pergunta é:

Teve o Obsessor-chefe sucesso nas suas maquinações?

Por favor, passe isto adiante, se você não estiver muito OCUPADO!

A MELHOR CHAVE

Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não se esperam, tribulações que nos espancam mentalmente de imprevisto, sofrimentos que se instalam conosco sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.

Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.

Tens contigo uma chave bendita, -A chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência. Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança a que se pretendes chegar.

Nada perderás, deixando fale alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em coisa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não sofrerás prejuízo em te calando nesta ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígios ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, a benefício dos outros.

Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através de pequenos gestos de tolerância e bondade e o programa de trabalho a que a vida nos indique ganhará absoluta eficiência de execução.

Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira do ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues à irritação.

Tenta a humildade.


Nota: Desconheço os autores

RESGUARDAR-SE

Resguarde-se:

dos tentáculos do desânimo, com a prece sincera;
das arremetidas da sombra, com a vigilância efetiva;
dos ataques do medo, com a luz da meditação;
dos miasmas do tédio, com o serviço incessante;
das nuvens da ignorância,com a bênção do estudo;
das labaredas da revolta, com a fonte da confiança;
das armadilhas do fanatismo, com a fé raciocinada;
das águas mortas do estacionamento, com o trabalho constante e desinteressado no bem.

Cada espírito traz em si as forças ofensivas do mal e os recursos defensivos do bem, na marcha da evolução.

A vitória do bem, conquanto seja fatal, depende, pois do livre arbítrio de cada um.

Assim sendo, para a sua felicidade, resguarde-se de toda contemporização com os enganos que nascem de você mesmo.





pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médium: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

Alma e corpo

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Neste Instante - CEU

Não nos esqueçamos de que o corpo na Terra é o filtro vivo de nossa alma.
Nossos pensamentos expressar-se-ão, segundo sentimos, tanto quanto nossos atos serão exteriorizados, conforme pensamos.
Todos os processos emocionais do coração atingem o cérebro, de onde se irradiam para o campo das manifestações e das formas.
Sensações e atitudes mais íntimas se nos mostram, invariavelmente, na vida de relação.
A gula produz a deformidade física.
O orgulho estabelece a irritação sistemática.
A vaidade conduz à perturbação.
A cólera dá origem a graves desequilíbrios.
O ciúme leva ao ridículo.
A maldade se transforma em delito.
O desânimo alimenta o caruncho da inutilidade.
A ignorância faz a penúria.
A tristeza improdutiva cria moléstias fantasmas.
Os hábitos indesejáveis trazem a antipatia em torno de quantos a eles se afeiçoam.
A paixão, não raro, conduz à morte.
Cada sentimento emite raios e forças intangíveis que lhe serão característicos.
Cultivemos a bondade, a compreensão e a alegria, porquanto nelas possuímos o manancial das energias de soerguimento e elevação da alma para Deus, nosso Pai e Misericordioso Senhor.
Nem corpo inteiramente mergulhado na Terra, nem espírito integralmente absorvido na contemplação do firmamento.
A árvore produz para o mundo, sustentando a vida, de raízes imersas no solo e de copa florida a espraiar-se em pleno Céu.
Aprendamos com a natureza.
A situação ideal será sempre a do equilíbrio com a vigilância concentrada por dentro. Por isso mesmo há muitos séculos, já nos afirmava a profecia: Guardai com carinho e cuidado o coração porque realmente dele é que procedem as correntes da vida

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."