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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A HORA VAZIA


Quando as mãos repousam, a mente é defrontada pelo problema da hora vazia.

Se você procura a integração com o Divino Mestre, aprenda a utilizá-la.

Pense no irmão enfermo que reclama Socorro espiritual e auxilie-o com as suas vibrações de carinho, se as circunstâncias lhe não favorecem a visita pessoal.

Plante uma árvore benfeitora.

Busque a companhia do livro edificante e tente fixar-lhe as lições.

Tome um lápis e faça anotações que lhe sirvam à memória ou escreva alguma frase consoladora que possa contribuir na sementeira de reconforto e bom ânimo.

Aproveite o ensejo para uma palestra em que você coopere na ressurreição do companheiro que caiu em desalento.

Comente a grandeza do bem, evitando, no entanto, o diapasão do discurso solene, a fim de que você alcance a intimidade dos ouvintes e consiga renová-los.

Medite, à frente da Natureza que oferece espetáculos prodigiosos da Sabedoria Divina, desde a casa minúscula da formiga até o firmamento cravejado de estrelas, recolhendo no imo do ser a essência imperceptível da instrução celestial.

Fixe a atenção em tudo o que seja útil e nobre, bom e belo, e não se desvie, porque no repouso dos braços, quando chega o problema da hora vazia, os semeadores do mal encontram larga oportunidade ao plantio da discórdia e da incompreensão, junto do qual, você, imperceptivelmente, começará perdendo o tempo, complicando as próprias lutas e sombreando o caminho terrestre, para depois perder inutilmente a própria vida.





pelo Espírito André Luiz - do Livro “Irmãos Unidos” - Francisco Cândido Xavier/Autores Diversos

Velhas Recordações, Velhas Doenças


"Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes..."
"... Escutai, pois, essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos; perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos mesmo de vosso amor..." (Cap. X, item 14.)

Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo de nós mesmos, resultado de velhas recordações danosas herdadas das mais variadas épocas, seja na atualidade, seja em outras existências no passado distante.
Essas fontes emitem, através de mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da alma, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha.
Por não recordarmos que o perdão a nós mesmos e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, é que impedimos o passado de fluir, não dando ensejo à renovação, e sim a enfermidade e desalentos.
Tentamos viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões, ou mesmo buscando alívio no trabalho ininterrupto, mas apenas estamos adiando a solução futura da dor, porque essas medidas são temporárias.
É mais fácil dizer que se tem uma úlcera gástrica do que admitir um descontentamento conjugal; é mais fácil também consentir-se portador de uma freqüente cólica intestinal do que aceitar-se como indivíduo colérico e inflexível.
Muitas moléstias antes consideradas como orgânicas estão sendo reconhecidas agora como "psicossomáticas", porque se encontram fatores psicológicos expressivos em sua origem.

As insanidades físicas são quase sempre traduzidas como somatizações das recordações doentias de ódio e vingança que, mantidas a longo prazo, resultam em doenças crônicas. Dessa forma, compreenderás que a gravidade e a duração dos teus sintomas de prostração e abatimento orgânico são diretamente proporcionais à persistência em manteres abertas tuas velhas chagas do passado.
As predisposições físicas das pessoas às enfermidades nada mais são do que as tendências morais da alma, que podem modificar as qualidades do sangue, dando-lhe maior ou menor atividade, provocar secreções ácidas ou hormonais mais ou menos abundantes, ou mesmo perturbar as multiplicações celulares, comprometendo a saúde como um todo. Portanto, as causas das doenças somos nós sobre nós mesmos, e, para que tenhamos equilíbrio fisiológico, é preciso cuidar de nossas atitudes íntimas, conservando a harmonia na alma.

Indulgência se define como sendo a facilidade que se tem para perdoar.
Muitos de nós ficamos constantemente tentando provar que sempre estivemos certos e que tínhamos toda a razão; outros ficam repisando os erros e as faltas alheias. Mas, se quisermos saúde e paz, libertemo-nos desses fardos pesados, que nos impedem de voar mais alto, para as possibilidades do perdão incondicional.
Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente. Por não estarmos, momentaneamente, em completo contato com a intimidade de nossa criação divina, é que todos nós temos, em várias ocasiões, gestos de irreflexão e ações inadequadas.
Das velhas doenças nos libertaremos quando as velhas recordações do "não-perdão" deixarem de comandar o leme de nossas vidas.

( Francisco do Espírito Santo Neto por Hammed. In: Renovando Atitudes)

domingo, 5 de outubro de 2008

PORQUE, SENHOR?


... E Nicodemos, o grande Nicodemos dos dias primeiros do Evangelho, passou a contar-nos;

- Depois da aparição do Senhor aos quinhentos da Galiléia, certo dia, ao entardecer, detive-me à beira do lago de suas pregações, rogando a Ele me dissipasse as dúvidas. Ante os ensinamentos divinos, eu experimentava o entrechoque em torno das ideias de justiça e misericórdia, responsabilidade e perdão... De que maneira conciliar o bem e o mal? como estabelecer a diferença entre prêmio e castigo? Atormentado, perante as exigências da Lei de que eu era intérprete, supliquei-lhe a palavra e eis que, de súbito, o Excelso Benfeitor apareceu junto de mim... Prostrei-me na areia e Jesus, aproximando-se, tocou-me, de leve, a cabeça fatigada, e inquiriu:

- Nicodemos, que pretendes de mim?

- Senhor – expliquei -, tenho o pensamento em fogo, tentando discernir sobre retidão e delinquência, bondade e correção... Porque te banqueteaste com pecadores e tanta vez te referiste, quase rudemente, aos fariseus, leais seguidores de Moisés? Acaso, estão certas as pessoas de vida impura, e erradas aquelas outras que se mostram fiéis à Lei?

Jesus respondeu com inflexão de brandura inesquecível:

- Nunca disse que os pecadores estão no caminho justo, mas afirmei que não vim ao mundo socorrer os sãos, e sim os enfermos. Quanto aos princípios de santidade, que dizer dos bons que detestam os maus, dos felizes que desprezam os infelizes, se todos somos filhos de Deus? de que serve o tesouro enterrado ou o livro escondido no deserto?

- Messias – prosseguiu -, porque dispensaste tanta atenção a Zaqueu, o rico, a ponto de lhe compartilhares a mesa, sem visitar os lares pobres que lhe circundam a moradia?

- Estive com a multidão, desde as notícias iniciais do novo Reino!... Relativamente a Zaqueu, é ele um rico que desejava instruir-se, e furtar a lição, àqueles amigos a quem o mundo apelida de avaros, é o mesmo que recusar remédio ao doente...

- E as meretrizes, Senhor? porque as defendeste?

- Nicodemos, na hora do Juízo Divino, muitas dessas mesmas desventuradas mulheres, que censuras, ressurgirão do lodo da angústia, limpas e brilhantes, lavadas pelo pranto e pelo suor que derramarem, enquanto que aparecerão pejados de sombra e lama aquelas que lhes prostituíram a existência, depois de lhes abusarem da confiança, lançando-as à condenação e à enfermidades.

- Senhor, ouví dizer que deste a Pedro o papel de condutor dos teus discípulos... Porquê? não é ele o colaborador que te negou três vezes?!

- Exatamente por isso... Na dor do remorso pelas próprias fraquezas, Simão ganhará mais força para ser fiel... Mais que os outros companheiros, ele sabe agora quanto custa o sofrimento da deserção...

- Mestre, e os ladrões do último dia? porque te deixaste imolar entre dois malfeitores? e porque asseguraste a um deles o ingresso no paraíso, junto de ti?

- Como podes julgar apressadamente a tragédia de criaturas cuja história não conheces desde o princípio? Não acaberto os que praticam o mal; no entanto, é preciso saber até que ponto terá alguém resistido à tentação e ao infortúnio para que se transformam em vítimas do próprio desequilíbrio e há empreiteiros da fome que responderão pela crueldade com que sonegam o pão... Com referência ao amigo a quem prometi a entrada imediata na Vida Superior, é verdade que assim o fiz, mas não disse para quê... Ele realmente foi conduzido ao Mundo Maior para ser reeducado e atendido em suas necessidades de erguimento e transformação!...

- Senhor – insistiu -, e a responsabilidade com que nos cabe tratar da justiça? porque pediste perdão ao Todo-Poderoso para os próprios carrascos, quando dependurado na cruz do martírio, inocentando os que te espancavam?

- Não anulei a responsabilidade em tempo algum... Roguei, algemado à cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...” Com isso, não asseverei que os nossos adversários gratuitos estivessem fazendo o que deviam fazer... Esclareci, tão-só, que eles não sabiam o que estavam fazendo e, por isso mesmo, se revelavam dignos da maior compaixão!...

Ante as palavras do Senhor – concluiu o antido mestre de Israel -, as lágrimas me subiram das entranhas da lama para os olhos... Nada mais ví que não fosse o véu diáfano do pranto, a refletir as sombras que anunciavam a noite... Ainda assim, ouvi, como se o Senhor me falasse lonfe, muito de longe:

- Misericórdia quero, não sacrifício...

Nesse ponto da narrativa, Nicodemos calou-se. A emoção sufocara a voz do grande instrutor, cuja presença nos honrava a mansão espiritual. E, quanto a nós, velhos julgadores do mundo, que o ouvíramos atentos, entramos todos em meditação e silêncio, de vez que ninguém apareceu em nossa tertúlia íntima com bastante disposição para acrescentar palavra.





do Livro: Estante da Vida – Pelo Espírito “Irmão X” - Psicografia Francisco C. Xavier

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."