Temos uma reunião de desobsessão para resolvermos problemas da casa, dos trabalhadores e dos pacientes. É prudente separar as reuniões em dias específicos só para trabalhadores?
As reuniões de desobsessão têm um objetivo só e todos que precisam dela são necessitados de ajuda, quer sejam trabalhadores ou não. O trabalhador que entra em tratamento, o faz como qualquer paciente e as reuniões são realizadas do mesmo jeito, no mesmo horário, sem que haja necessidade de se ter um dia apenas para atender trabalhadores. Convém recordar aqui que as reuniões de desobsessão são privativas e não devem ter a presença de trabalhadores ou mesmo pacientes obsediados.
Temos uma equipe médica espiritual que em uma sala específica e incorporados atendem aos pacientes com problemas físicos. Em outra sala ou na mesma do atendimento anterior, os pacientes que apresentam problemas obsessivos são orientados a freqüentarem as reuniões de desobsessão, por mais tempo até que obtenham melhora. Algum inconveniente nisso?
Em dias de reunião de desobsessão ou da lida com a mediunidade não deve haver público, nem mesmo trabalhadores perturbados. Os pacientes não devem participar das sessões, mas apenas da reunião de explanação do Evangelho, em dia específico, que não seja o dia da desobsessão.
- Não há necessidade dos médiuns atenderem os pacientes, "incorporados". Esse é um procedimento inadequado e estimula a fantasia nas pessoas atendidas e a vaidade nos médiuns menos vigilantes. É um procedimento que tem origem na Umbanda e foi trazido para as práticas espíritas por quem não tinha conhecimento das orientações de Allan Kardec sobre a mediunidade. Deve ser abolido nas casas espíritas sérias e assistidas por Espíritos superiores. Os passes (comum, desobsessão e cura) devem ser dados de forma simples, por passistas, e mesmo que sejam médiuns ostensivos, não precisam “incorporar”.
Temos uma sala, onde ficam os médiuns de passividade, médiuns de sustentação e doutrinadores para atendimento às pessoas com seus problemas obsessivos. Algum inconveniente?
A reunião de desobsessão deve ser feita em dia específico só para esse fim, sem que os pacientes assistam. É uma reunião reservada, e só as pessoas idôneas e que tenham conhecimento da mediunidade, segundo as instruções de O Livros dos Médiuns, podem participar. “Médiuns de sustentação” é um termo impróprio que Allan Kardec não considera. Os médiuns devem trabalhar no intercâmbio ou nos passes. O que sustenta o trabalho não são os fluidos deste ou daquele médium, mas a força fluídica que decorre do equilíbrio, harmonia e seriedade que existe entre os membros da equipe. Tal conceito é retirado da literatura acessória, não é orientação kardequiana.
No salão público ficam os pacientes, ouvindo um dos palestrantes onde se orienta a todos sobre os trabalhos, e estuda-se vários temas à luz da Doutrina Espírita, com obras subsidiárias de Emmanuel e André Luiz, além de algumas outras que venham a ser necessárias.
Nos estudos públicos deveriam ser feitas palestras sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo, complementadas com orientações de O Livro dos Espíritos. As obras de Allan Kardec devem ser estudadas em dias apropriados para esse fim, com grupos de pessoas que queiram se aprofundar no estudo da Doutrina. A prioridade é a evangelização ou moralização do Espírito. O povo sofredor, aquele que procura o centro por problemas de toda ordem, precisa das lições moralizadoras do Evangelho de Jesus. Os livros da literatura acessória deveriam ser lidos em outras oportunidades.
Em nosso trabalho, os médicos espirituais fornecem remédios aos pacientes com problemas físicos e/ou àqueles que eles vejam a necessidade de algum medicamento. Sendo esses em garrafas de 500ml com água fluidificada. Orientados a tomarem este medicamento em jejum pela manhã e a noite ao deitar-se.
Não se deve prescrever remédios em centros espíritas, mesmo que sejam por orientação de Espíritos. A medicação utilizada deve ser apenas através da fluidoterapia. Necessário fazer uma distinção entre a terapêutica espiritual e a terrena. A água fluidificada que deve ser consumida do jeito que a pessoa quiser, na hora que achar conveniente. Importante evitar fantasias em torno desse simples procedimento. Não é aconselhável a prescrição de medicamentos alopáticos, fitoterápicos ou homeopáticos nas atividades espíritas.
Como proceder no passe em crianças? É bom ter um horário só para atendê-las?
O passe em crianças em nada difere do passe ministrado aos adultos. O procedimento é simples e deve ser feito após as reuniões públicas, juntamente com todos.
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