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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ante a morte violenta


Em verdade, no mundo, o túmulo imposto à pressa é daquelas provas terrenas que mais dilaceram o coração.




Diante das vidas nobres que se interrompem, de improviso, dolorosas indagações são endereçadas ao Céu.




Não raro, à frente da morte súbita, outras existências promissoras começam a fenecer.




São almas que ficam na retaguarda, carregando consigo o esquife dos mortos ou algemados ao rochedo da angústia, sem coragem de romper os grilhões que os encarceram no sofrimento.




Muitas vezes, desvairadas, recusam a oração ou renegam a fé. Asseveram-se sozinhas no temporal das próprias lágrimas e, por vezes, descem, desavisadas, nos mais graves desequilíbrios do pensamento.




Entretanto, é preciso que o entendimento que nos caracteriza no mundo se submeta aos juízos soberanos e sábios da morte, para que a nossa temporária permanência no corpo físico não fuja à condição de aprendizado.




Imprescindível lembrar que na engrenagem da civilização de agora, comumente reparamos os próprios erros de ontem.




Entre as máquinas que lhe reduzem as lides e obrigações, muita vez encontra o homem o corretivo e o reajuste, a paz e a liberação da própria alma.




Auxilia aos entes queridos que partiram da Terra, em luta repentina, ofertando-lhes à estrada o bálsamo precioso da consolação e da prece.




Recorda que a Misericórdia Celeste adoça todos os processos da justiça universal e reconforta-te na certeza de que Deus faz sempre o melhor.




Contempla as vítimas dos hábitos infelizes, tantas vezes mergulhadas nas sombras da obsessão.




Observa os que choram nos sepulcros da consciência culpada e que se debatem no inferno do remorso e do arrependimento, sem comiseração para consigo mesmos!




Reflete nos quadros tristes a se erguerem das provas necessárias e conserva contigo a paciência e a esperança de quem recebe na dor inesperada, o socorro oculto da Providência Divina.




Se o gládio da morte violenta te busca o lar, faze silêncio e confia-te ao tempo, o médico invisível que nos restaura as energias do coração.




Não blasfemes, nem desesperes.




Aguarda o Amparo Celestial, mantendo a certeza de que tudo aquilo que hoje ignoras, amanhã saberás.




Emmanuel

Extraído do livro “Mais Perto”

Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

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"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."