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domingo, 25 de maio de 2008

Como é morrer?

Será que existe um programa no processo da morte?

E depois da morte o que será que acontece?

Será que o espirito atravessa os planos materiais para se fixar nalgum lugar?

Onde fica esse lugar?

Quais os factores que têm influência na adaptação à nova vida depois deste desencarnar?

Experiências quase de Morte (EQM) o que são? Como acontecem? O que realmente acontece?

São estas e outras questões que tentaremos explicar de forma sucinta e simples nesta palestra, pois são temas que por mais que queiramos, nos tocam a todos de uma forma ou de outra e assuntos aos quais nós não conseguimos passar de lado, por mais que lhes queiramos por vezes fugir.

Tentaremos que a palestra em si não seja por demais pesada, mas sim tão simples e abrangente quanto possível.

A morte é um estágio final na evolução nesta vida. Não hà morte total. Só o corpo morre. O eu ou espirito ou seja como for que se deseje rotulá-lo, é imortal.(Elisabeth Kubler- Ross)

Quase todos nós já ouvimos falar sobre experiências de quase morte (EQM), quantos não foram já os que ouviram falar de pessoas, que por qualquer motivo entraram em coma durante algum tempo e de novo regressaram ao mundo dos vivos, regressando à sua vida normal e corrente.

Todas estas pessoas, passaram por experiências de quase morte, umas conseguindo-se relembrar do que lhes aconteceu, outras não.




Mas o que é na realidade uma experiência de quase morte?

Raimond Moody Jr no livro Vida Despues de la Vida, cap.2dá-nos um modelo, afim de que possamos ter uma ideia:

“um homem está a morrer e quando chega ao ponto de maior esgotamento ou dor física, houve o seu médico declará-lo morto.

Começa a escutar um ruído desagradável, um zumbido estridente, e ao mesmo tempo, sente que se move rapidamente por um túnel longo e escuro.

De seguida encontra-se de repente fora do corpo físico, todavia em torno dele, vendo o seu corpo do lado de fora como se fosse um espectador.

Nesta posição privilegiada, observa a tentativa de ressuscitá-lo e encontra-se num estado de excitação nervosa.

Em um momento, fica calmo e começa a acostumar-se à sua estranha condição.

Dá-se conta de que continua tendo um corpo, ainda que seja de uma natureza diferente, com poderes diferentes do corpo físico que deixou para trás.

De seguida algo começa a suceder. Outros vêm recebe-lo e saudá-lo. Vê os espíritos de parentes e amigos que já tinham morrido e aparece diante dele um espirito amoroso e cordial que nunca antes havia visto - um ser luminoso -.

Este ser, sem utilizar a linguagem, pede-lhe que avalie a sua vida e o ajuda, mostrando-lhe uma panorâmica instantânea dos acontecimentos mais importantes.

Em determinado momento, encontra-se aproximando-se de uma espécie de barreira ou fronteira que parece representar o limite entre a vida terrena e a outra.

Descobre então que deve regressar à terra, pois que o momento de sua morte ainda não chegou.

Resiste porque começou a acostumar-se às experiências da outra vida e não quer regressar.

Está inundado de intensos sentimentos de alegria amor e paz. Apesar de sua atitude volta ao seu corpo físico.

Posteriormente, trata de falar com os outros, mas torna-se problemático, já que não encontra palavras humanas para descrever episódios não terrenos.

Por outro lado, muitos são os que fazem piadas com o que lhe aconteceu, por isso deixa de falar-lhes.

No entanto a experiência, afecta definitivamente a sua existência, sobretudo as suas ideias sobre a morte e a sua relação com a vida”

Neste modelo, encontramos os modelos mais comuns que ocorrem nas EQM:

1. Sensação de estar morto;

2. Paz e ausência de dor

3. Experiência fora do corpo

4. Experiência do túnel (entrada na escuridão)

5. Seres da luz (encontro de familiares e amigos)

6. Ser da luz

7. Recapitulação da vida

8. Relutância em voltar

9. Transformação da personalidade.

Segundo os estudos de Moody, não existe uma EQM idêntica à outra, ainda que as semelhanças sejam notáveis.



Quanto ao grau de profundidade da experiência, depende da real ocorrência de uma morte clinica e nesse caso do tempo que o paciente permanece no estado de morte clinica, quanto mais longo esse período, mais profunda será.

Em geral, as pessoas que estiveram “mortas”, dão um relato mais vivido e completo da experiência do que aquelas que só estiveram próximas da morte.

Podemos então afirmar que uma EQM é um acontecimento lógico e ordenado, que compreende flutuar para fora do corpo , entrar na escuridão e vivenciar uma luz maravilhosa e indiscritível.

Isto tudo leva-nos então à questão inicial, como é morrer?

Podemos concluir que morrer é um processo complexo, embora do ponto de vista físico seja fácil, do ponto de vista da alma é muito mais complexo, pois desencarnar, desprender-se a alma dos laços que a retém ao plano material, é muito mais difícil.

Embora obedeça a leis gerais que tornam a sua desencarnação de forma automática, que para efectivar-se envolve prazos de tempo variáveis, conforme a evolução do espirito que desencarna. (livro dos espíritos cap III).

A extinção da vida orgânica, acarreta a separação da alma em consequência da quebra do laço fluídico que une a alma ao corpo, mas esse rompimento nunca é brusco e só se completa quando não resta mais nenhum átomo do peri- espirito unido a uma molécula do corpo.

O número de pontos de contacto existentes entre o corpo e o peri- espirito é responsável pela maior ou menor dificuldade na separação.

Se a união permanecer, a alma poderá sentir a decomposição do próprio corpo, como frequentemente acontece nos casos dos suicidas.

Na morte natural, resultante da extinção das forças vitais pela velhice ou pela doença, a separação é gradual.

Para aquele que se desmaterializou durante a própria existência, a separação da alma completa-se antes da morte real.

Por outro lado, para o homem materialista e sensual, cujos laços com a matéria são estreitos, torna-se muito difícil, podendo durar algumas vezes dias, semanas e até meses, até que consiga se separar definitivamente.

Na morte violenta, o desprendimento da alma em relação ao corpo, só começa após q morte física se efectivar, e não se completa rapidamente.

(tudo isto pode ser encontrado no livro O Céu e o Inferno- Cap. I segunda parte)

A causa principal da maior ou menor facilidade do desprendimento é o estado moral da alma bem como o seu conhecimento e evolução espiritual.

Estaremos nós preparados para a morte?

Por mais que queiramos, nunca conseguiremos estar preparados para a morte, pois a preparação para a morte, incluiria todo um programa existencial, toda uma fé activa e não passiva, compreensão e aceitação da vontade divina, nos impositivos da nossa existência, desprendimento dos bens terrenos, busca da expansão do amor , na vida diária.


E depois da morte o que será que acontece?

“Agora estou melhor. Morrer é acordar. Ontem foi noite, hoje é um novo dia” (Ilda Mascaro Saullo”

Qual será o destino da alma após a desencarnação?
Qual será o seu destino?

São muitas as perguntas, mas básicamente a resposta é sempre a mesma, tudo depende da sua condição evolutiva, do seu desprendimento dos bens materiais, da sua capacidade de perdoar e pedir perdão, tudo depende da sua capacidade de saber ser caridoso.

Tal como já vimos antes, a ruptura do cordão pode demorar um certo tempo, mas de um modo geral, o desligamento total, acontece entre 50 a 72 horas após a morte física, durante esse período o espirito goza de relativa liberdade para se comunicar.

Vejamos aqui um exemplo recolhido na narração que faz André Luiz no livro “Nos Domínios da Mediunidade” cap XXI

“Elisa agonizava, lentamente, até que a desencarnação se verificou pela contracção das coronárias.

Em breve minuto, reviu apressadamente o passado: todas as cenas da infância, da mocidade e da maturidade, incutindo-lhe escrupuloso exame de consciência.

Os membros inferiores, já estavam rígidos, quando se projectou para o mundo espiritual, mantendo-se unida ao corpo físico pelo cordão prateado.

Concentrou, então, todo o seu poder mental para dizer adeus à última irmã consanguínea que lhe restava na terra .

Afastou-se volitando rumo à cidade onde ela morava, vencendo dezenas de km, instantaneamente.

Assim que lá chegou, o único meio de comunicação que encontrou, foi vibrar algumas pancadas no leito da irmã que acordou de chofre, compreendendo de imediato que Elisa se viera despedir.

A seguir voltou imediatamente para casa, como nos casos comuns de desdobramento astral, mas já não pode assumir o próprio corpo físico, conservando-se ligada a ele pelo cordão prateado.

A desencarnação já se havia consumado.

Quem nos recebe após a desencarnação?

Se existe algo que nos pode reconfortar na desencarnação, é a presença dos seres amados, dos parentes e dos amigos queridos, domiciliados no mundo espiritual, que nos aguardam de braços abertos ao término da nossa jornada terrestre.

Os espíritos esclarecem que o encontro do desencarnado com os amigos e os familiares que o antecederam, se dá imediatamente após a morte, de acordo com as afeições que se votavam reciprocamente, sendo que muitas das vezes são eles mesmos que ajudam o desencarnante a desligar-se das faixas da matéria.
Allan Kardec no “O livro dos espíritos” nº160 e 289 diz-nos:

É uma graça concedida aos bons espíritos o lhes virem ao encontro dos que o amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.

Nunca nos esqueçamos que:
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

Em forma de resumo, lembremos que:

O sofrimento do espírito em relação a morte dependerá das conquistas já realizadas.

Tanto quem "morre", quanto quem fica, temos que exercitar a nossa parcela de fé em Deus e de confiança na justiça divina.

A missão somente pode justificar-se pela obra realizada.

Portanto é possível que nós desencarnemos sem cumprir aquilo que nos coube realizar na obra da criação enquanto espíritos residentes aqui na Terra.

Esforcemo-nos pois por realizar-mos obra e por cumprirmos a nossa missão condignamente, pois nunca sabemos quando a nossa hora chegará, tentemos dentro do possível estarmos preparados.

A questão da morte para nós ainda é, dado o nosso nível de compreensão das questões espirituais, um motivo de dor para os nossos corações, tanto de quem fica, como de quem parte.

Dor esta, principalmente, causada pela ausência física daqueles a quem amamos.
Importa neste momento ressaltarmos o valor da Doutrina Espírita nas nossas vidas que nos permite conhecer de formas tão amplas a vida no mundo espiritual permitindo, assim, que nos preparemos mais diante de situações como estas relatadas no estudo de hoje.

Ressaltemos também a consolação que a Doutrina nos proporciona, principalmente através das comunicações mediúnicas, onde podemos ouvir os relatos tanto dos espíritos superiores quanto de espíritos que desencarnaram de forma súbita; e tenhamos a certeza de que em qualquer circunstância teremos o amparo de Deus através de espíritos familiares e amigos que recebem os desencarnantes e auxiliam os que ficam.

Temos também a noção da continuidade da vida, da imortalidade e individualidade da alma, a certeza absoluta da realização da justiça de Deus; o exercício constante da nossa fé em Deus; e acima de tudo, nos momentos mais difíceis, o recurso da prece como forma de buscar o contacto com fontes superiores e prosseguirmos na luta que nos cabe realizar num mundo de provas e expiações como ainda é a nossa casa Terrena.


Palestra proferida por Pedro Gonçalves na Associação de Estudos Psiquico Espirituais de Bragança

2 comentários:

Anónimo disse...

Tenho tantos pensamentos eu nao sei como e morrer talvez nosso espirito fique na terra esperando por Deus talvez mais e verdade e que ninguem sabe so morrendo ,mais eu acho que morrer e o fim mesma. coisa que antes do começo antes de nascer antes de estar na barriga da mae talves nois desaparecemos tipo a 500 anos atraz voce nao sabe de nada voce nunca existiu ou talvez existiu mais nao lembra e isso nao sei o procedimento quando estamps morrendo mais eu acho que e mesma coisa de vc nao te nascido nois so tem essa vida que nois levamos e pronto intao curta vida que e so uma que talvez nois nao temos outra

Bebiano Silva disse...

Imagine um cão ou uma formiga, é possivel ensinar Nietzsche para ambos?

- Provavelmente está seja a mesma proporção do homem terrestre com o entendimento das leis da energia.

É comum ao ser de matéria humana, acreditar estar no topo da evolução,no achismo, que seu cerebro tem capacidade para processar qualquer informação sobre a vida.

É fato existir muita coisa alem do que sabemos. Pois nossa capacidade de entendimento ainda é limitada.

Retornando ao exemplo do cachorro, nunca o levei para passear de carro, ele simplesmente me ve entrando em meu veiculo pela manha e retornando do trabalho no periodo da tarde. O que será que ele pensa? -Ele não sabe o que é trabalhar! E eu e você não sabemos como é a morte!

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."