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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Doutrina Espirita...

Apresentada e vivenciada nos parâmetros idealizados
por Allan Kardec, a Doutrina Espírita poderia estar
desempenhando um papel essencial nos caminhos da
juventude.

Não é isso que se constata na representação reencarnada
da Doutrina Espírita, fortemente arraigada a uma cultura
católica e protestante que predominou até a década de
50, onde o ensino da Verdadeira Moral, que é a Lei do
Amor, é trocada por uma listinha de comportamentos de
isso pode e aquilo não pode...

Revive-se o quadro histórico do farisaismo, com a disseminação
de uma moral de superfície, que serve muito bem para
encobrir processos de fuga no sentido psicológico do termo.

Viver a Lei do Amor é um processo educativo e transformador
que exige muita abertura e sinceridade de alma. No lugar
disso cultiva-se a fiscalização de hábitos, muitas vezes os
mesmo hábitos do próprio ser, que em tática inconsciente de
fuga projeta suas fragilidades ou "fragilidades" para o outro
e acredita poder salvar o mundo condenando as fragilidades
ou "fragilidades do outro". Instala-se a temporada de retirada de
argueiros nos olhos do próximo e seguem-se com os próprios
tolhidos por suas traves.

Não há nenhum de nós, exceto se missionários da luz houver
alguns dentre nós reencarnados, que não tenha hábitos a
melhorar, fragilidades a conhecer e a melhor trabalhar. Um
fuma muito, outro come carne excessivamente, outro ainda se
descuida com a quantidade de álcool ingerido, mais alguém
ainda se vê muito preso a impulsos de sexualidade
desprovida de maior inspiração no amor, mais outro gasta
além do orçamento, enquanto mais um tem dificuldade em
cumprir melhor algumas responsabilidades... e por ai vai...

O que fazer? Quando alguém tem amor a si mesmo procura
se conhecer melhor e identificar o que pode melhorar em
si mesmo. E o amor é uma Força abrangente e real, capaz
de pequenas e grandes transformações na alma, ainda que
para tanto seja necessário uma autoceitação não complacente
e ao mesmo tempo não condenatória. A decorrência de um
processo assim é o surgir da possibilidade de compreensão
para consigo mesmo, para quando cair ter inspiração de se
levantar e seguir em frente. E a decorrência disso viria em
maior nivel de compreensão do outro, no que poderia
resultar em processos mútuos de acolhimento e compreensão,
auxílio e força ao próximo também carente de entendimento
e aceitação.

Ah! Mas isso seria um processo de real Transformação. Um
grande desafio. O fácil é cada um cobrir-se da máscara de
santidade e propor-se a salvar o outro pelo discurso, a
mudar o mundo da mesma forma que os antigos fariseus
também o fizeram...

A questão sexual é gritante em todo esse processo de falsa
moral. O demônio ainda está entre nós na figura de uma
sexualidade interpretada como ameaça capaz de levar
ao inferno, quer dizer, às zonas mais terríveis do Umbral...
a reencarnações dolorosas...

E nossas mocidades espíritas vão ficando desertas, porque
nossos filhos adolescentes ficam entre o chamado de
pulsões mais que naturais e a condenação delas por um
discurso mais propício aos seminários católicos...

Também isso não tem problema. Os pais fingem que pregam
a "moral" espírita e que a rebeldia dos filhos é que não
está preparada para entendê-la. E para não criar mais problemas,
mesmo sabendo de tudo que acontece, os pais (homens) lembram
de seu tempo de juventude e se consolam: "Isso passa".

Mas é ai que reside um novo problema: pode ser que não seja
mais tão fácil assim, porque a humanidade vive uma fase de
busca autêntica de transformação ou de fixação nos extremados
desequilíbrios. O jovem que hoje não se sente bem na casa
espírita poderá estar sentindo-se cada vez melhor na companhia
de pessoas e em ambientes onde o apelo excessivo às drogas,
ao sexismo objeto, à fixação no lado exclusivamente superficial
e imediatista da existência física é muito intenso. E para tanto
temos ai a mídia e tudo o mais passando uma imagem de
"felicidade" consumista e materialista na acepção filosófica do
termo.

E se a casa espírita, ao invés de ser um púlpito de exterioridades
chamadas de moral, fosse um lugar de convivência fraternal e
de busca do espiritual desvencilhado do farisaismo?

E se fosse seguida a orientação de André Luiz, em
"Sexo e Destino",
de que a questão sexual seja entregue aos parâmetros da Ciência
(leia-se Psicologia)? Se nossos jovens pudessem estar na Mocidade
Espírita aprendendo sobre Amor? Quando alguém ganha inspiração
no Amor ela pode espraiar-se por todas as manifestações do
ser, sem que seja necessário estarmos batendo nessa ou naquela
tecla...

Paz e Luz,
Edson Nunes

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

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"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."