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domingo, 25 de maio de 2008

A agressividade humana e a sociedade em que vivemos

 Actos de violência, guerras, crueldade, crimes, assaltos, roubos, violações, sequestros, terrorismo, abortos entre muitos outros que infelizmente cada vez mais têm vindo a acontecer e que se repetem cada vez com mais frequência na sociedade em que vivemos, porque será que acontecem, muitas das vezes sem aparente justificação? Quais serão as razões?
 Estas são perguntas que tantas vezes nos colocamos e para as quais não conseguimos encontrar respostas.
 No livro doenças da alma, o Dr Roberto Brólio, capitulo X, pág. 123 que espiritualmente se enquadram como patologias da alma altamente lesivas para o ser humano.
 Este tipo de crimes, causa a dor e o sofrimento físico e moral, não só às vítimas, como às famílias, mas também a um grande número de pessoas que sofrem com tudo isso.
 Mas a que se devem grande parte destes crimes, como a doutrina espirita justifica a que se devem?
GUERRASPredominância da natureza animal sobre a natureza espiritual;
São filhas do egoísmo e da ambição;
Deixarão de existir quando estes desaparecerem.
Existem para alternar as duas posições ainda existentes:
comando – submissão e explorador – explorado

ASSASSÍNIOÉ imposta a interrupção de uma vida em expiação e prova;
O grau de culpabilidade varia de acordo com a intenção com que se cometeu.

Aborto:
Assassinato premeditado e consciente.

Escravidão:
Assassinato lento.

Pena de morte:
Assassinato brusco


CRUELDADEAusência do senso moral; Sobre- excitação dos instintos materiais;
Espíritos ainda em estado embrionário.

PENA DE MORTEÉ contrária à Lei Divina ou Natural;
Nenhum homem tem o direito de tirar a vida a outro homem, independentemente dos motivos.
A sua existência é prova do atraso espiritual dos povos onde existe;
A morte física não livra a sociedade da má influência de ninguém.

 Podemos afirmar que a causa da grande maioria deste tipo de crimes reside fundamentalmente no pensamento.
 As almas evoluídas têm pensamentos elevados, altruístas, cheios de bondade, solidariedade humana e caridade.
 No entanto as almas que ainda se encontram em fases atrasadas de evolução, têm pensamentos negativistas e materialistas.
 Estes pensamentos negativistas geram acções votadas para o mal, para a dor e para o sofrimento.
 Allan Kardec, no livro dos Espíritos, pág. 341 íten 142, diz-nos que a crueldade humana “resulta sempre de uma natureza má”
 Na mesma página, no iten 753, podemos ler também que “os povos de desenvolvimento imperfeito, encontram-se sob o império de espíritos imperfeitos”.
 Sabemos também que na sociedade humana, existem almas com graus de evolução diferentes, e isso podemos facilmente concluir, se lermos o livro dos espíritos pág. 342, iten 755, em que nos é dito o seguinte:
 “Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar entre almas mais adiantadas, na esperança de que possam aprender e evoluírem, adiantando-se também.
 No entanto, estes espíritos, servem também de prova para outros com maior evolução, pois que lhes irão provocar sofrimentos, originando muitas vezes que espíritos mais evoluídos, quando sujeitos a provas mais pesadas e nas quais teriam que dar mostras da sua evolução, acabe por predominar a sua natureza primitiva, justificando-nos porque é que nas colectividades humanas existe tanta maldade e sofrimento, devido a acções directamente relacionadas com seres de baixo desenvolvimento espiritual.
 Mas o que é que isto significa?
 No iten 756 da pág. 342 do livro dos espiritos, Allan Kardec diz-nos:
 “ A humanidade progride. Os homens em quem o espirito do mal é ainda dominante e que se encontram deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente, tal como o joio se separa do trigo, quando está a ser peneirado. Tudo é uma questão de tempo, a humanidade caminha para a perfeição e para a sua elevação espiritual.
 Toda a agressividade, mesmo que passe impune através da justiça humana, será gravada e julgada pelo tribunal da justiça divina e poderá ter o seu retorno sob forma equivalente ou de doença cármica numa encarnação futura.”
 Conclui-se então que a evolução só será alcançada através do sofrimento ou do amor, transformando os seres humanos em seres bons que saberão amar-se e respeitar-se reciprocamente.
 A vida obriga-nos a uma renovação constante, nem sempre fácil através de acções voltadas para o bem, para a paz, para o progresso e para o amor entre todos os homens.
 Enquanto Sociedade não podemos manter-nos na situação de pretendermos resolver o problema da agressividade humana, simplesmente através de prisões, onde com toda a certeza não estamos a instruir os espiritos atrasados, devemos sim preocupar-nos em saber quais as causas que levam determinada pessoa a cometer o ou os crimes, tentando abordar a questão de fundo, assim como deveremos preocupar-nos em procurar novos recursos que possam ser utilizados para a prevenção dos crimes cometidos por estas pessoas.
 Infelizmente, devido à nossa imperfeição, com a maior das facilidades, somos inclinados a agir com a maior das agressividades em relação a quem vem ter connosco, muitas das vezes pessoas que nos vêm pedir ajuda e solicitar opiniões.
 Este é um defeito que devemos combater com todas as nossas forças, de forma a que nos consigamos emendar.
 Sabemos também que existem certas pessoas, aparentemente tranquilas, mas que no seu interior ocultam sentimentos de violência. Essas pessoas transportam consigo pensamentos imanados de emoções agressivas, raiva, ódio, crueldade, ciúme, vingança, invejas, ressentimentos, entre outros.
 Perante toda esta agressividade, devemos questionar-nos interiormente, porque será que os seres humanos praticam o mal, que só traz como resposta retornos danosos para todos, não se preocupando antes em fazer o bem, que no presente e no futuro nos traria alegrias a todos.
 Mais uma vez, recorreremos ao livro de Allan Kardec “o Céu e o Inferno”, que na pág. 88, iten 6 afirma o seguinte:
 “O bem e o mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma imperfeição.
 Se toda a imperfeição é fonte de sofrimento, o espirito deve sofrer não sómente pelo mal que fez, mas também pelo bem que deixou de fazer na vida terrestre”.
 A vida é uma constante oportunidade para praticarmos o bem, que deverá ter por base pensamentos de amor e solidariedade em relação a todas as criaturas, nunca esperando benefícios financeiros e terrenos por esse mesmo bem que hajamos praticado.
 O homem que se esforça seriamente por se melhorar assegura para si a felicidade, já nesta vida. Além da satisfação que proporciona à sua consciência, ele se isenta das misérias materiais e morais, que são a consequência inevitável das suas imperfeições. Terá calma, porque as vicissitudes só de leve o roçarão. Gozará de saúde, porque não estragará o seu corpo com os excessos. Será rico, porque rico é sempre todo aquele que sabe contentar-se com o necessário. Terá a paz do espírito, porque não experimentará necessidades fictícias, nem será atormentado pela sede das honrarias e do supérfluo, pela febre da ambição, da inveja e do ciúme. Indulgente para com as imperfeições alheias, menos sofrimentos lhe causarão elas, que, antes, lhe inspirarão piedade e não cólera. Evitando tudo o que possa prejudicar o seu próximo, por palavras e por actos, procurando, ao invés, fazer tudo o que possa ser útil e agradável aos outros, ninguém sofrerá com o seu contacto.
 Como estudiosos do espiritismo e da doutrina espirita, temos ainda maior obrigação de tentarmos combater a nossa agressividade, mostra da nossa ainda pouca evolução e de nunca negarmos ajuda a quem no la solicita, mesmo que para isso tenhamos que fazer um maior esforço, sem no entanto esperarmos uma recompensa, pois essa mesma ser-nos-á dada, na medida em que irá equilibrar o nosso carma, ajudando-nos a evoluir na nossa caminhada.
 Como estudante da doutrina espiríta, devo-vos não só dizer que pratiqueis todo o bem que podereis, mas que me ajudeis também e ao mesmo tempo me chameis à atenção quando eu assim o não fizer, não sirvam estas minhas palavras para vos dizer “fazei o que eu digo, não o que eu faço” mas sirvam sim para nos ajudar a todos a evoluir positivamente e no bem a todos nós, que como seres humanos que somos estamos ainda muito atrasados, tendo ainda muito que aprender.
 Como seres muito imperfeitos que todos nós somos e que ninguém se julgue mais perfeito que ninguém, pois isso só comprova a sua imperfeição, sejamos humildes e aprenda-mos com Deus nosso bondoso pai a ser misericordiosos, pois todos sabemos que se pedirmos perdão ao Pai, Ele na sua infinita misericórdia nos perdoa e nos ajuda a evoluir, façamos pois disso o nosso bastião e a nossa bandeira, aprendendo a perdoar para que possamos ser perdoados e tenhamos sempre presente que ao estarmos a ajudar algum nosso irmão, é a nós próprios que nos estaremos a ajudar nesta nossa caminhada.
 Nunca esqueçamos que a misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso, não poderá ser brando e pacifico.
 Tenhamos sempre presente que a misericórdia consiste no esquecimento e no perdão das ofensas.
 O ódio e o rancor, denotam uma alma sem elevação nem grandeza, o esquecimento das ofensas, é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir.
 Uma é sempre ansiosa, de sombria susceptibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.
 Amar o próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que gostaríamos que os outros fizessem por nós, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.
 Não conseguiremos encontrar guia mais seguro, de que devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem a nós.
 Com que direito poderemos exigir aos nossos irmãos melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para connosco do que os que temos para com eles? A prática dessas máximas, tende à destruição do egoísmo. Quando na realidade forem adoptadas como regra de conduta e para base das instituições, os homens poderão compreender o significado da verdadeira fraternidade e farão com que entre eles reinem a paz e a justiça.
 Não mais haverá ódios, nem dissensões , mas sómente união, concórdia e benevolência mútua.
 Sabemos que existem seres que encontram satisfação na pratica da agressividade mental, de não gostarem de certos tipos de pessoas, que se dedicam a certas seitas ou religiões, estes seres são pessoas que sempre têm motivos para acusarem os seus semelhantes, no entanto, nunca nos esqueçamos que é a Deus que compete o seu julgamento e também não sabemos se nós num passado talvez não muito distante, não teríamos sido algo parecidos com eles, sejamos pois pacientes e misericordiosos, com esses nossos irmãos que só vêem a sua defesa atacando-nos.
 Existem também pessoas qualificadas na sociedade, mesmo entre religiosos, que não ocultam reacções de agressividade aos seus semelhantes e às instituições, a pretexto de defenderem as suas ideias ou as doutrinas que professam.
 Nunca nos esqueçamos que a tolerância, fruto da caridade, que constitui a base da Doutrina Espírita, nos impõe como um dever respeitar todas as crenças. Querendo ser aceites livremente, por convicção e não por constrangimento, proclamando a liberdade de consciência um direito natural imprescritível.
Os males da Humanidade provêm da imperfeição dos homens; pelos seus vícios é que eles se prejudicam uns aos outros. Enquanto forem viciosos, serão infelizes, porque a luta dos interesses gerará constantes misérias.
Por melhor que seja uma instituição social, sendo maus os homens, eles a falsearão e lhe desfigurarão o espírito para a explorarem em proveito próprio. Quando os homens forem bons, organizarão boas instituições, que serão duráveis, porque todos terão interesse em conservá-las.
 Debrucemo-nos no entanto na agressividade e na evolução humana, motivo deste estudo, sendo o ser humano formado por alma e corpo básicamente, este apresenta dois tipos de evolução:
 Evolução anímica
 Evolução corporal.
 Sabemos que a alma é um espirito que foi criado simples e ignorante e tem oportunidade de evoluir e chegar à sua sabedoria e à angelitude.
 O corpo da mesma forma, evoluiu também de espécies diferenciadas, desde os símios primitivos, foi evoluindo até à era actual, em que se encontra altamente aprimorado, distinguindo-se já pela sua beleza, habilidade e perfeição.
 Naturalmente a alma não tem um comportamento independente do corpo, e é a grande obreira pela evolução do corpo, pelo seu aprimoramento e pelo seu estado de saúde.
 A alma actua no corpo como modelo organizador biológico, desde a concepção deste no útero materno.
 No entanto o corpo rege-se por leis biológicas e a alma por por leis espirituais, embora um e outro estejam ligados para a formação do ser humano.
 Um e outro necessitam-se e complementam-se, dado que o corpo necessita da alma para sobreviver e para dirigir os actos da vida e a alma necessita do corpo como um recurso para se manifestar em toda a sua plenitude como ser encarnado.
 Em resumo, toda a conquista humana é uma realização da alma que por intermédio do pensamento dirige todas as acções da vida e à medida que evolui possibilita ao ser humano voltar-se progressivamente para o bem e para as realizações de solidariedade entre os homens.

Formas de agressividade

 Podemos afirmar que existem que existem duas formas de agressividade:
 Uma que se mantém oculta no intimo de cada ser humano.
 Outra que se manifesta através de acções agressivas de pessoas, esta manifesta-se através da realização de maus actos, neste mundo ostensivamente agressivo e brutal.
 Encontra-se agressividade no uso de palavras ásperas ou até mesmo em palavras suaves que possam insinuar alguma violência.
 Quando nos afirmamos espiritas, católicos, protestantes, budistas ou de qualquer outra crença, não significa que sejamos menos agressivos.
 Quando nos sentimos separados de outras pessoas pelos preconceitos, pela religião, situação económica ou social, demonstramos inconscientemente uma forma de agressividade.
 Quantas vezes não ficamos comovidos com as agressões que acontecem aos nossos semelhantes e no entanto nos alegramos no nosso intimo porque os agressores foram posteriormente barbaramente punidos, revelamos assim que somos também igualmente agressores.

Mas como poderemos diminuir a nossa agressividade?
 A forma para minorar as nossas tendências agressivas, é simples, mas difícil de cumprir, consiste em procurar a vivência de pensamentos de paz, que são a maior aquisição do ser humano.
 Só conseguimos isto através da verdadeira valorização da educação espiritual, reconhecendo a nossa situação de filhos de Deus ao qual estamos vinculados pela lei do amor.
 A educação espiritual, tem por objectivo a educação da alma e promover a reforma intima de cada ser humano.
 Tem também por objectivo despertar as pessoas para a realidade da alma, mostrando-lhes a sua natureza divina, mostrando-lhes que são criaturas de Deus que têm responsabilidades consigo mesmas e com os seus semelhantes.
 Os pensamentos de ódio, de vingança, de raiva, de violência, de ciúme, de desonestidade, que nós enquanto ser humano consciente ou inconscientemente possamos albergar constituem por si mesmas agressões à lei divina e formam um depósito mórbido que se fixa na nossa estrutura peri- espiritual, como uma carga insidiosa e tóxica que mais cedo ou mais tarde se pode manifestar sob a forma de diferentes modalidades que constituem males decorrentes de imperfeições espirituais dos seres humanos.
 Dessas mesmas acções resultarão distúrbios da sociedade e consequentes sofrimentos de imensas pessoas.
 A doutrina espirita valoriza o desenvolvimento espiritual como o responsável pela conduta humana.
 Compete pois à sociedade humana empenhar-se no desenvolvimento das almas humanas, através da educação espiritual, actuando desde os primeiros anos de vida em todas as idades para criar uma consciência de bondade e de solidariedade entre os homens.

Quais os males da agressividade?
 As acções agressivas aos semelhantes constituem males que se expandem por todas as regiões da terra, males que afligem a humanidade e a sociedade em geral.
 A causa fundamental, encontra-se directamente relacionada com a imperfeição humana, como nos ensina Allan Kardec no livro “O Céu e o Inferno” pág. 87 iten 3º “não há uma única imperfeição da alma que não impede funestas e inevitáveis consequências como também não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo” .
 Devido há agressividade, as pessoas vivem atormentadas pelo medo de assaltos, roubos, sequestros, violações, enfim medo do próprio homem que pode originar pânico e desespero.

Como podemos controlar a agressividade?
 A possibilidade de evitar qualquer forma de agressividade, consiste em actuar nas suas primeiras manifestações, no pensamento das pessoas, através da educação espiritual, pelo exemplo e pela pratica das boas acções.
 Nunca nos esqueçamos que Nosso Mestre e Irmão Maior Jesus ao ser agredido pelos malfeitores pediu a Deus nosso Bondoso Pai “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”
 Nesse sentido as palavras “não sabem” significam imaturidade espiritual e não propriamente ignorância pela falta de escolaridade.
 Isso mostra que muitas pessoas sem nenhuma escolaridade podem ter sabedoria como os sábios.
 O verdadeiro caminho, deve começar no intimo de cada um, procurando dominar o egoísmo que escraviza a alma aos bens materiais.
 Reconhecemos que a educação é uma força primorosa, que pode transformar as pessoas através do esclarecimento que proporciona ao ser humano e que funciona como um recurso para abrir-lhe o entendimento para as verdadeiras belezas da vida.
 No entanto, a escolaridade, por si só, não promove as pessoas, que podem passar pelas escolas sem alcançarem o aprimoramento que as eleva a um plano de universalidade.
 Isto conclui-se facilmente ao constatarmos que pessoas de elevados níveis de escolaridade, e que ocupam altos cargos na sociedade, podem comportar-se agressivamente, procurando prejudicar os semelhantes.
 No evangelho encontramos especificamente os recursos disponíveis aos seres humanos para construírem um mundo melhor, cheio de paz e solidariedade entre todos.
 Encontramos o caminho para alcançar a realidade fraternal do amor fraterno em toda a sua plenitude se seguirmos verdadeiramente os exemplos de Jesus e Maria de Nazaré.

Qual a influência espiritual na agressividade humana?
 Sabemos que os espíritos exercem influencias sobre os seres humanos.
 Sabemos também que essas influências são relativas, e que não chegam a comprometer o livre- arbítrio de cada um.
 Allan Kardec no Livro dos Espirítos, na pág. 217 iten459, levanta a questão seguinte:
 “Os espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas acções?”
 E a resposta diz:
 “Nesse sentido a sua influência é muito maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.”
 No íten 460 da pág 218 do mesmo livro, Allan Kardec questiona também:
 “Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?”
 Os espiritos nos respondem de forma clara e concisa, como poderemos facilmente concluir através da resposta:
 “ Vossa alma é um Espírito que pensa, não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem, nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos (dos espíritos), é isso que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.
 “Como distinguir os nossos verdadeiros pensamentos e os que nos são sugeridos?” Pergunta Allan Kardec no iten 461 na mesma página do mesmo livro, ao que estes respondem perentóriamente:
 “ Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os vossos próprios pensamentos são em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso...” ao que acrescentam “não há grande interesse para vós nessa distinção, e é frequentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente, se decidir pelo bem, fá-lo-á de melhor vontade, se tomar o mau caminho a sua responsabilidade será ainda maior.”
 Estas afirmações podem justificar as acções agressivas perpetradas pelas pessoas, que julgam acobertar-se na influência dos espíritos, para desculparem-se de suas faltas, mas nunca vos esqueçais do livre- arbítrio.
 Por outro lado a influência dos espíritos é na maioria das vezes benéfica, como Allan Kardec deixa transparecer no livro O Céu e o Inferno, no iten 20, quando afirma: “todos têm o seu anjo da guarda (guia) que por eles vela, na persuasão de suscitar-lhes bons pensamentos, desejos de progredir e, bem assim, de espreitar-lhes os movimentos da alma, com o que se esforçam por repararem em uma nova existência o mal que praticaram. Contudo essa interferência faz-se quase sempre ocultamente e de forma a não haver pressão, uma vez que o espirito deve progredir por impulso de sua própria vontade e nunca por qualquer sujeição”.
 Desta maneira, para que exista qualquer influência espiritual, é necessário que haja aceitação implícita da pessoa, pela identificação vibratória dos pensamentos das duas partes, como se pode deduzir da afirmação de Allan Kardec no livro O Céu e o Inferno, Iten 19 “o espirito tem sempre o livre arbítrio”. É isso que nos faculta a liberdade de dirigirmos a nossa vida “
 No entanto a influência estranha pode acontecer, mesmo entre os seres humanos , pela actuação dos pensamentos de outras pessoas, quando encontram ambiente mental da mesma sintonia vibratória.
 No entanto para conseguirmos afastar a influência malfazeja, de espíritos pouco evoluídos ou dos seres humanos, devemo-nos manter sempre vigilantes, sob a protecção da prece, como recomenda Jesus Nosso Irmão Maior: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” Mat 26, 41
 A prece juntamente com pensamentos positivos, forma em volta dos seres humanos um campo vibratório de forças criadoras do bem, forças essas capazes de afastar as influências negativas e sintonizar-se com as energias positivas, tanto de seres encarnados como dos desencarnados, que se identificam pela sua semelhança de propósitos.

Em suma, da lição de hoje, deveremos concluir que:

 O homem de bem reconhece-se pela sua elevação espiritual.
Conhecer-se a si próprio, ao meio que o rodeia, às leis que regulam o seu relacionamento com esse meio e com os seus semelhantes, aplicando o conhecimento das leis morais a si mesmo, é o que leva o espírito à perfeição – O OBJECTIVO DA SUA EXISTÊNCIA.

A maior virtude é o sacrifício de interesses pessoais em favor de alguém
A caridade é fonte de todas as virtudes

A lei de Justiça consiste em cada homem respeitar os direitos do outro;
Manifesta-se de maneira diferente entre os homens, dependendo do seu estagio evolutivo.
 Apesar de Deus saber os resultados das provas, o homem não fica dispensado delas, pois só passando por elas é que ele poderá lutar ou não, para ter ou não mérito.

Através da Lei de Causa e Efeito, o homem sabe que o futuro é o fruto das suas acções passadas e presentes;

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIAÉ um pensamento íntimo que pertence ao homem e que tem a ver com o modo como ele pensa.
O homem goza de ilimitada liberdade de consciência.
Se a pessoa procede em desacordo com o seu modo de pensar (consciência), é hipócrita.
 Se a pessoa procede em desacordo com o seu modo de pensar (consciência), é hipócrita.

O homem goza de ilimitada liberdade de pensar. Mas, perante a lei Divina ou Natural, o homem é responsável pelo que pensa e pelo fruto do seu pensamento.
O menos evoluído aprende com o mais evoluído;
Desenvolve a solidariedade entre todos;
A vida social (relação da criatura humana com o seu semelhante) é responsável pelo desenvolvimento do psiquismo, que está adaptado para a vida em sociedade.
Nenhum homem é completo; completa-se com os seus semelhantes, na medida em que precisa delesAtravés da prece podemos:Louvar;
Pedir;
Agradecer
Tipos de prece
Individual;
Colectiva.Tipos de adoraçãoINTERIOR
Sente-se, sem necessidade de exteriorizar-se;EXTERIOR
Sente-se, com necessidade de exteriorizar-se.
(Diferente de simulação, fingimento, hipocrisia).
A melhor forma de adorar a Deus é trabalhar a favor da melhoria individual e do grupo em que se vive.
O trabalho é necessário ao homem para desenvolver-se:Intelectualmente e Moralmente.
O homem evoluído faz do trabalho um meio para atingir os seus fins espirituais.GOZO DOS BENS TERRENOSO homem tem necessidades materiais que devem ser satisfeitas, mas não deve esquecer que também tem necessidades espirituais;
O equilíbrio entre umas e outras permitem evitar excessos e abusos.
NECESSÁRIO E SUPÉRFLUOO homem ponderado sabe estabelecer o limite do necessário, sem ter que abusar dos bens à sua disposição;
PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS MORTIFICAÇÕESA privação dos gozos inúteis desprende o homem das suas paixões materiais;Especialmente abdicando dos seus prazeres em favor do seu semelhante.
Quando a finalidade é crescer perante os olhos humanos, é hipocrisia mascarada;
Há privações criadas pelo homem para agradar a Deus, mas são inúteis.
FLAGELOS DESTRUIDORESResultam, em parte, da imprevidência e abuso;
São meios “excepcionais” de aceleração do progresso da humanidade;
Modificação profunda dos usos e costumes, porque há uma renovação do meio, obrigando o homem a exercitar a inteligência e a solidariedade.
São sempre meios de educação porque o espírito não é destruído.
Como regenerar um criminosoReconhecer que:
Possa ter sido relegado ao abandono e à marginalidade na infância;
Poderá existir devido à má distribuição dos bens e da riqueza - desníveis sociais;
O crime poderá surgir por falta de educação e condições sociais mínimas. Deve investir-se neste sector.
“Se educares as crianças, não será necessário castigar os homens”
Qualquer tarefa honesta já constitui uma forma de oração, mas as manifestações de fé e de amor a Deus e ao próximo devem permanecer sempre nos domínios do coração.


Palestra proferida por Pedro Gonçalves na Associação de Estudos Psíquico- Espirituais de Bragança - Portugal

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."