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sábado, 31 de maio de 2008

Medrado e as visões malucas de alguns

Escrevi sobre a ação do médium baiano José Medrado, que culminou com a Justiça tirando de circulação o livro "Sim sim, não não", de autoria do inquisidor padre Jonas Abib, em um processo que poderá até culminar em prisão do referido sacerdote católico, o que não acontecerá porque, como todo mundo sabe, rico não fica preso no Brasil.

A grande maioria dos meus leitores aprovou a ação de Medrado, mas alguns, sem se darem ao trabalho de analisarem profundamente os fatos, já vieram condenando o médium, acusando-o de praticante da censura e cerceamento do direito de expressão. Por este motivo, tenho que escrever mais sobre o assunto.



Conforme eu disse no artigo inicial, o médium José Alberto Lima Medrado, de Salvador, Bahia, terminou virando celebridade. Ele atrai público gigantesco em todos os lugares por onde se apresenta, seja no Brasil ou no exterior, mexe com o coração das pessoas, sempre convidando todos a reflexões no comportamental do dia-a-dia, sem se apresentar como "bonzinho", "humildezinho" e cheio de "caridades", muito pelo contrário, não medindo palavras ao dizer para muita gente: "você está sofrendo porque é besta mesmo".

Para muitas mulheres que, costumeiramente, se queixam dos seus maridos como a pior coisa do mundo ele sempre diz: "Será que a culpa é só dele mesmo? E você, é uma santinha? Você já se olhou num espelho, com toda sinceridade?".

Gente! Mais uma vez eu vou usar uma expressão aqui que alguns espíritas carolas e envoltos na máscara da pseudo-bondade não gostam: Medrado faz um Espiritismo sem frescura, conforme dizia o notável doutor Antonio Carlos Costardi.

Ele não adota essa mania de se fingir de bom, de humilde e de evoluído espiritualmente (apenas fingir) sob a argumentação de que "o médium tem que manter a sua postura", porque é consciente de que a verdadeira expressão de moralidade está bem distante de qualquer expressão de fingimento.

Medrado sempre é ele mesmo, nunca um boneco plastificado para impressionar platéias.

Por exemplo: Se você o convida para almoçar em sua casa e serve feijão sem sal, ele vai dizer: "menina, que diabo de feijão sem sal é esse? Eu não sou hipertenso não, me dá aí um pouquinho de sal", tudo numa boa, sorrindo e com todo o carinho que você, como pessoa amiga, merece e sem aquela frescura de ficar dizendo que a comida está deliciosa, como muitos fazem: "Amei, o seu feijão" não é com ele.

Acontece que a sinceridade e a autenticidade de muitas pessoas têm um preço muito alto. Aqueles que "não se garantem" geralmente se incomodam demais com os verdadeiros qualificativos nobres dos outros e, por não conseguirem alcançar o mesmo nível de segurança comportamental, tudo fazem para apagar a luz daqueles que brilham.

É o que muitos tentam fazer, há muitos anos, com esse cidadão notável que tem proporcionado tanta alegria e reforma íntima em muita gente.

Vocês não têm idéia das campanhas de boicotes e sabotagens ao nome de Medrado que existe nesse movimento espírita, sempre recheado das piores calúnias, difamações e invenções das coisas mais absurdas acerca da conduta moral do médium. Quero afirmar aqui, porque não consigo ser espírita omisso e, por não ser covarde, jamais me coloco em cima de muro, esperando o que "a maioria" vai achar: Medrado é pessoa honesta e digna, não existe em toda a sua vida um momento sequer de fazer algo para prejudicar quem quer que seja, o máximo que tem ele feito é exercer o seu direito de defesa.


Não digo isto como idólatra de médium, já que a tietagem no meio espírita é fato também, digo porque eu o conheço, já comi feijão na casa dele, conheço os seus dois enormes cachorros, (só não fui lambido por nenhum deles, já que adoro ser lambido por cachorro), convivi com ele um certo tempo, fiz vários programas de televisão com ele e sei de quem estou falando.

Do mesmo jeito que eu defendi o meu outro querido amigo Divaldo contra a insanidade de alguns espíritas perturbados, faço também a veemente defesa dele.

O grande problema é que o sucesso dele, cada vez maior, incomoda cada vez mais a muita gente que nunca conseguiu e tenho certeza que jamais vai conseguir ser aplaudido de pé ao final de uma palestra. Eu sei de coisas de arrepiar cabelos de carecas.




Os julgamentos precipitados e irresponsáveis



Este meu escrito aqui vai somente para o público espírita, como ocorre com todas as minhas matérias que trazem essa foto do Kardec sorrindo acima. As que são dirigidas ao público em geral, onde o meu universo de leitores é muito grande, sempre trazem a foto do escritor, para diferenciar bem. Portanto, não estou aqui expondo as mazelas do movimento espírita para o grande público.

Mas gente, o que existe de espírita chato e até sem vergonha ao extremo, é algo impressionante.

Recebi vários e-mails de alguns, protestando veementemente contra a ação de Medrado, (e contra a minha também) acusando-o de fazer aos outros aquilo que os espíritas não querem que façam com eles, ou seja, tentar cercear o direito sagrado de expressão, já que "todo mundo tem o direito de discordar", "todo mundo tem o direito de se expressar da forma como quiser"... etc...

Quando eu respondo o e-mail perguntando:

"Me diga uma coisa, meu irmão, você leu o livro do Padre Jonas Abib? Por acaso, você leu os termos da ação movida por Medrado?"

A pessoa me responde que não leu e que nem tem o menor interesse em ler essas coisas, porque não se interessa por polêmicas e muito menos por coisas que vêm de Medrado. Tem isso também, uns pseudo-elites do movimento espírita que não quer saber de coisas que vêm de Medrado, que vêm de Alamar, que vêm de Fulano e de Cicrano, como se fossem o máximo em termos de expressão espírita.

"Uai, e como é que se acha no direito de dar opinião e até estabelecer julgamentos sobre fatos que não conhece?"

Invariavelmente ficam com raiva de mim, porque eu cutuco mesmo, eu vou na ferida, pra ver se procuram pelo menos tomar simancol ou... tomar vergonha na cara mesmo e parar com essa palhaçada de julgar por julgar.

Geralmente são pessoas que recebem minhas matérias retransmitidas por outros.



Medrado nunca foi adepto de censura

Exerce a sua liberdade a todo vapor e sempre respeita a dos outros.



Medrado não recorreu à Justiça protestando contra um livro de alguém que apenas escreveu dizendo não gostar do Espiritismo, ser contra o Espiritismo, não recomendar o Espiritismo e até recorrer a interpretações bíblicas para, sob a sua ótica, não querer aceitar o Espiritismo.

Ele é consciente de que todo mundo tem direito de não aceitar, de recusar a idéia da reencarnação, a mediunidade e as idéias espíritas em geral, buscando os argumentos que quiser buscar.

Eu entendo isto e ele entende também.

O que Medrado protestou, eu protesto e qualquer espírita não omisso também protesta é contra alguém que escreve um livro afirmando mentiras e calúnias, difamando o Espiritismo dizendo dele o que ele não é, afirmando que ele pratica o que não pratica, qualificando-o como imoral quando, pelo contrário, todo o seu fundamento é baseado exatamente em moralidade, e sobretudo incitando, sutilmente, para que os seus adeptos destruam as instituições espíritas e aos próprios espíritas, num discurso explicitamente nazista e inquisidor.

É totalmente diferente do que, precipitada e irresponsavelmente, analisam alguns espíritas.

Avaliem vocês:

Se alguns racistas escrevem um livro sugerindo que devemos assassinar os negros, você acha que uma ação judicial e policial para impedir que esse livro circule é cerceamento do direito de expressão?

Ação policial enérgica em cima de bandidos que saem pelas ruas a agredirem homossexuais, prostitutas, negros e até mendigos é ação violenta?

Gente: O livro do Padre Jonas Abib manda que o seu público destrua os espíritas! Não é apenas um livro que discorda do Espiritismo não, é um livro que fala em destruição, em massacre mesmo dos espíritas, assim como o livro "Caboclos, Guias e Orixás", do Edir Macedo, que já vendeu mais de um milhão de exemplares, diz que "os espíritas devem ser exterminados".

Qualquer cidadão brasileiro, seja ele espírita ou não, que se vê diante de desejos de práticas nazistas, inquisitoriais ou de qualquer modelo de extermínio de pessoas e fica calado, achando que simplesmente devemos ter "caridade" para com essas pessoas, limitando-se a achá-las nada mais que espíritos atrasados, sem tomar qualquer providência, não é uma criatura boa e elevada não, é uma criatura irresponsável, inconseqüente, omissa e extremamente besta nas suas convicções.

Se por acaso você, homem espírita, que me manda um e-mail condenando o Medrado sob a alegação de estar ele faltando com a "caridade" para com o padre Jonas, de repente se visse, por exemplo, num quadro com 3 bandidos armados de revólveres dentro da sua casa, estuprando a sua esposa e filha menor, diante dos seus olhos amarrado numa cadeira, iria simplesmente achar tudo aquilo muito natural, trataria os malfeitores com todo o carinho do mundo, avisando-lhe que depois do ato seria servido um gostoso café com leite e bolachas, seguindo de uma leitura do evangelho, sob a argumentação de que simplesmente são almas problemáticas?

Dispensaria polícia e justiça, tudo isso em nome da "caridade"?

Está na hora de muitos espíritas pararem de frescura (é este termo mesmo que eu quero usar) e deixarem de palhaçada no trato com o Espiritismo que é uma doutrina de gente que raciocina e não de bobos e idiotas.

Vamos reler o Evangelho e prestarmos mais atenção no ensinamento do "amar o nosso próximo", onde veremos que nada tem a ver com bondadezinhas de araque.

Vou colocar aqui algumas passagens do livro em questão, para que você, que não leu (não perdeu nada), tenha uma idéia.



"Você sabe como o espiritismo tem desencaminhado a muitos. Quantos foram criados dentro de uma cultura espírita. Hoje o Brasil vive uma mentalidade espírita. A reencarnação tornou-se algo normal, plenamente aceitável, uma teoria até mesmo bonita como explicação." Página 10 do livro.



"Acabe com tudo: tire as imagens de Iemanjá (que na verdade são um disfarce: uma imitação de Nossa Senhora). Acabe com tudo! Mesmo que seja uma estátua preciosa, mesmo que seja objeto de ouro, não conserve nada. Isso é maldição para você; maldição para sua casa e para sua família. Isso é maldição que o impede de caminhar: " Página 15.



"A doutrina espírita é maligna, vem do maligno. Ela nega as principais verdades da fé, a partir da negação da Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, e acaba com o que temos de mais lindo: a ressurreição dos mortos." Páginas 15 e 16.



"O espiritismo é como uma epidemia e como tal deve ser combatido: é um foco de morte. O Espiritismo precisa ser desterrado da nossa vida." Página 17.



"Uma pequena porção de leite azedo no fundo da panela azeda o resto do leite. Sou obrigado a afirmar que muita gente não tem progredido na vida cristã por causa dos resquícios espíritas que carregam. Limpe-se totalmente!" Página 17.



"Eu renuncio a tudo. Rejeito a doutrina espírita, a cultura espírita, a mentalidade espírita e aceito toda verdade da fé católica." Página 20.



"(...) Liberta-me da mentalidade espírita, da doutrina espírita, da cultura espírita. De toda prática espírita, liberta-se, purifica-me, Senhor. (...)." Página 20



"Vivemos no Brasil o mesmo que aconteceu no tempo de Gedeão. Por que as finanças do Brasil vão mal? Por que há tanta corrupção, tanta depravação? Por que se corrompem as filhas lindas e os filhos maravilhosos do povo brasileiro? Porque infelizmente nossa nação continua insistindo nas misturas: no sincretismo. O Deus que purificou Gedeão quer nos purificar. Mesmo que fiquemos com apenas trezentos. Será o 1% fiel que vai salvar a nação. Para a libertação do povo brasileiro não podemos admitir misturas." Página 46.



É preciso dizer não a toda forma de sincretismo. Precisamos salvar todos os nossos irmãos que vivem na ignorância; os que trouxeram essa cultura afro de seus ancestrais.". Página 46.



"O que ficou para trás ficou. Depois de 1.500 anos de descoberta, depois de tantos anos de escravatura, Deus quer que hoje o povo brasileiro, negros e brancos conheçam a verdade. Somos homens e mulheres livres, porque "se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres". Páginas 46 e 47.



"Não estamos condenando os espíritas, mas o ESPIRITISMO. Estamos denunciando a obra covarde, suja, desleal que o inimigo tem feito, enganando muita gente, retirando os filhos de Deus da salvação de Jesus, arrancando os filhos de Deus dos braços de Jesus e os jogando nas garras do lobo." Página 50.



"Portanto, é preciso desmascarar essas obras estéreis das trevas e condená-las abertamente, porque não são de Deus! Deus nos proíbe de participar de toda e qualquer prática de espiritismo porque ama o Seu povo." Página 51.



"Quando um médico é obrigado a fazer uma cirurgia e arrancar os nódulos cancerosos, procurando todos os gânglios, exterminando-os e acabando com todas as suas ramificações, é para o bem do doente e não para o seu mal. É isso que o Senhor quer fazer: extirpar este câncer e tudo o que acabou se ramificando na vida das pessoas por meio da doutrina e das práticas espíritas. O Senhor precisa erradicar: arrancar pela raiz. (...)." Página 53.



Era exatamente isso que o "Santo Ofício" pregava.

Estou com Medrado e quero dar uma sugestão, mais uma vez, a todos os meus leitores espíritas:

Não quero pedir que massacremos os tiranos do movimento espírita não, apenas quero sugerir, pela décima vez, o seguinte:

Toda vez que um idiota desse abrir a boca para falar mal de um confrade espírita, desafie-o de preferência na frente de todo mundo:

- "Ô seu fulano, o senhor poderia escrever e assinar todas essas acusações que está fazendo sobre Cicrano, para dar respaldo jurídico e assumir responsabilidade sobre o que está dizendo?"

"A senhora poderia assinar esta afirmação que está dizendo que fulano deu golpe nos outros, que ludibriou e que prejudicou pessoas? Teria condições de relacionar quais foram as pessoas?"

Se não quiser escrever e assinar, o que certamente não vai fazer mesmo, peça pelo menos permissão para filmar ele ou dela dizendo as coisas.

Duvido que vão aceitar.

Geralmente, para se saírem "de fininho" dizem: "Não devemos entrar em polêmicas", "isto não vai levar a nada", "não vem ao caso", "eu só falei por falar, mas nada tenho contra o companheiro", "devemos orar muito por ele", "foram fontes fidedignas que disseram"... e outras saídas do gênero. Sempre tem as tais fontes "fidedignas" na língua venenosa de um canalha espírita.

Ah, sem vergonha, por que não pensou nisso antes de semear o seu veneno?



Abração a todos.





Alamar Régis Carvalho

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Ação de Medrado tira livro de circulação

Justiça manda recolher livro do padre Jonas Abib



Agindo com absoluta coerência, dentro da lei, da ética, destemidamente e sem qualquer contaminação pela doença da falsa humildade, o médium e conferencista espírita baiano José Medrado entrou com ação na Justiça contra o livro "Sim sim, não não", de autoria do Padre Jonas Abib, por se tratar de uma obra de discriminação e perseguição religiosa. A Justiça acatou a ação e determinou que o livro fosse retirado de circulação.



Eu já conhecia esse livro, que me foi enviado há mais ou menos uns 5 anos, pelo meu querido amigo escritor José Reis Chaves, de Belo Horizonte, teólogo católico que hoje é espírita, autor de livros notáveis, como "Reencarnação à Luz da Bíblia e da Ciência", "Face Oculta das Religiões" e outros (escritorchaves@globo.com).

Eu fiquei tão indignado com os absurdos colocados no livro que comecei escrever um livro intitulado "Não não, sim sim", em resposta a ele, livro este que está 90% pronto mas que ainda não publiquei, embora o outro escritor especializado em debates religiosos, Paulo Neto, também mineiro e meu amigo, autor de "A Bíblia Moda da Casa", tenha insistido muito para que eu o publique. (pauloneto@ghnet.com.br).

Para quem não conhece, o Padre Jonas Abib é aquele padre de cabeça branca, riquíssimo, dono da poderosa Rede Canção Nova de Televisão, sem dúvida uma das maiores competências em termos de empreendimento, já que a sua rede alcança o Brasil inteiro, via satélite, está presente em muitas TVs a cabo, possui retransmissoras em várias cidades brasileiras e tem presença até em muitos países. Ele de fato é competente, porque não é qualquer um que tem capacidade de construir o que ele construiu.

Todavia o diabo do homem é uma praga, em termos espirituais, porque é um inquisidor de marca maior, tem um verdadeiro ódio do Espiritismo, das religiões afros e de toda e qualquer crença que não seja a católica. Ele não é apenas contra, o que seria um direito inquestionável, já que ninguém tem obrigação de concordar com tudo, mas leva o seu ódio a tal ponto de incitar os seus seguidores a massacrarem os espíritas e destruírem tudo o que for de Espiritismo, Umbanda, etc...

É o que ele ensina em seu livro, "Sim sim, não não" em várias passagens que eu tenho inclusive anotadas mas não quero fazer este e-mail ficar maior do que aquilo que normalmente escrevo, citando-as.

Felizmente o público Católico de hoje já não é tão besta como o de alguns séculos atrás, para engolir tudo o que vem dos padres; prefere apenas freqüentar a sua igreja como obrigação religiosa de ir à missa, de batizar os seus filhos e de se casar na igreja, sem dar muita bola para as imposições arcaicas que ela mantém, como a proibição de sexo fora do casamento, a prática do sexo só para procriação, a proibição do uso dos contraceptivos e várias outras proibições que ela insiste em impor. Por incrível que pareça, o maior índice de pessoas que defendem o aborto é católico. Ninguém, entre os adeptos da Canção Nova, obedeceu a orientação sutil do seu líder, já que não consta, ainda, nenhuma prática de violência contra o Espiritismo e contra a Umbanda, por parte de membros daquele segmento católico carismático, como há por iniciativa de alguns segmentos protestantes pentecostais.

Mas vamos ao que interessa nesta matéria.



Medrado tirou o livro do padre de circulação.



O meu amigo José Medrado, médium notável de Salvador, um dos conferencistas espíritas que mais atrai atenção do público onde chega, pela excelência do seu estilo de comunicação simples e descontraída, (Na última vez que visitou o Centro Espírita Perseverança, em São Paulo, o maior centro espírita do mundo, falou para um público de quase 15 mil pessoas, o que só falta matar de inveja inúmeros dirigentes espíritas... e de raiva também), entrou com uma ação na Justiça, na capital baiana, muito bem embasada, pedindo providências contra aquela obra que vai de encontro à Constituição Brasileira, porque desrespeita o direito de crença das pessoas, é mentirosa quanto a conceituação das outras crenças, já que diz coisas do Espiritismo que ele não pratica, não faz e nem nunca fez, e ainda por cima incita, sutilmente, a guerra religiosa.

Medrado é muito bom nisso, viu gente? Ele é funcionário público concursado, diretor do Tribunal do Trabalho da Bahia e sabe muito bem onde se mete.

A Justiça não teve dúvidas, acatou o pedido.

O promotor Almiro Sena, competente e decente até onde não pode mais, que não tem medo de cara feia, diz que o padre Jonas faz no livro "afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto".

A ação cita trechos do livro que, na avaliação da Promotoria, trazem ofensas ao espiritismo e às religiões afro-americanas: "O demônio, dizem muitos, 'não é nada criativo'. (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde nos rituais e nas práticas do espiritismo, da umbanda, do candomblé", diz o padre Jonas Abib na sua obra.

Mas é muito sem vergonha, né?

O juiz Ricardo Schmitt, que é outro magistrado da mais alta dignidade na Bahia, acatou a denúncia contra o padre e mandou intimá-lo a comparecer a audiência de interrogatório, em dia a ser definido. A pena prevista neste caso é de um a três anos de prisão, e multa.

Para o Ministério Público baiano, que pediu o recolhimento do livro "Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação", da editora Canção Nova, o padre cometeu o crime de "prática e incitação de discriminação ou preconceito religioso", previsto na lei 7.716, de 1989.



Deixe eu dizer quem é Medrado



Obviamente, para quem ainda não o conhece.


José Medrado é um médium extraordinário, de Salvador, Bahia, hoje conhecido no Brasil inteiro e também no exterior, já que várias vezes no ano viaja para diversos países, principalmente para a Europa, convidado para proferir palestras não apenas em instituições espíritas mas em Universidades, Centros de Pesquisas e até em igrejas de outras visões religiosas. Médium também de psicopictografia já teve os seus quadros, pintados mediunicamente, avaliados por centros científicos da França a fim compararem os traços e os estilos dos artistas Renoir, Monet, Manet, Modigliani e vários outros, espíritos, com as obras reconhecidas como originais dos mesmos artistas quando em "vida", com resultados tão positivos que levaram uma revista famosa, (uma espécie de "Caras" francesa), a publicar, mais de uma vez, capas com suas pinturas.


Apresenta o programa "Visão Social", na TV Bandeirantes da Bahia, todos os sábados, há quase 15 anos, programa este que é líder de audiência durante todo o período. Apresenta também um programa todo início de tarde na Rádio Metrópole FM de Salvador, também líder de audiência e escreve uma coluna toda as quartas-feiras, no Jornal A TARDE, que é o maior jornal do Norte e Nordeste do País. Por sinal esta coluna fui eu quem a iniciou em Salvador e hoje sinto-me honrado em vê-la continuar pelo estilo de comunicação fácil e agradável de um amigo tão querido.

O homem tem um prestígio impressionante junto às autoridades constituídas da Bahia e também todo o mundo artístico, já que é querido por todos. É comum os eventos realizados por ele terem as presenças do governador do Estado, do Prefeito, das primeiras damas etc... Jorge Amado gostava muito dele e sua esposa, Zélia Gatai, que desencarnou esta semana, fez questão de falar sobre ele em sua mais recente obra.

É muito comum Medrado receber telefonemas em seu programa de artistas famosos como Ivete Sangalo e todo aquele estrelato baiano que o Brasil todo conhece, saudando-o com todo carinho.

Mas, Alamar... e como espírita, como ele é?

Muitos espíritas, principalmente os mais carrancudos, poderiam talvez perguntar isto e eu já vou adiantando aqui:

Conforme os meus leitores já devem imaginar, Medrado não enfrenta moleza na língua dos espíritas não, já que em se falando de movimento espírita é absolutamente proibido que algum espírita se destaque em alguma coisa. Invariavelmente sofre retaliações terríveis, perseguições, boicotes e calúnias de toda ordem. Sempre foi assim, desde os tempos de Kardec. Com ele não é diferente. Eu escreveria páginas e páginas aqui para relatar o que sei de safadezas e sujeiras que já fizeram com ele, mas não vem ao caso neste momento.

Então é possível que alguns, no costumeiro ato do pré-julgamento, já comecem a formar frases assim:

- "Quando fica muito famoso assim, envolvido com artistas e com celebridades, envolvido com autoridades e famosos, certamente deve estar com a vaidade exacerbada e a invigilância deve ter tomado conta. Imagino como deve ser esse espiritismo que ele faz".

Sempre há quem ache isto, já que para ser espírita bem espírita tem que ser pobre, ou pelo menos fingir-se de pobre, apresentar-se como humilde... apenas apresentar-se, não necessariamente ser... e fazer um esforço enorme pra falar como Chico Xavier.

Medrado é ao contrário dessas coisas. Pra começar, ele não apenas vive ao lado das celebridades não, ele é também uma celebridade porque o povo fez isso dele, mas sem necessariamente ser metido a besta e sem comprometer-se como espírita. Não tem nada de fingimento não, ele é ele e não admite qualquer espécie de máscara.

O detalhe é que ele não se limita ao "Espiritismo congelado" como muitos fazem, e atende à recomendação doutrinária que sugere que o Espiritismo deve acompanhar a evolução científica e atualizar-se sempre, obviamente sem comprometer a sua base moral.

Ele não admite que o Espiritismo seja doutrina de apologia ao masoquismo e a tristeza porque não consegue conceber um centro espírita como uma sala de velório. Por este motivo, não admite a "seriedade" de fachada e imprime alegria total em suas palestras, canta, brinca com a platéia, faz uma comunicação altamente contagiante que mexe com todo mundo.


Na tentativa de apagarem o seu nome inventaram até que Divaldo Franco o detesta. Como é que pode algum espírita que raciocina imaginar que o meu querido amigo Divaldo é capaz de odiar alguém, sobretudo um companheiro tão querido. Estive com os dois juntos, por diversas vezes, inclusive tive a participação dos dois ao mesmo tempo em meu programa de televisão e o tratamento, recíproco, é carregado de muito afeto, carinho e admiração um pelo outro.


Vou parar, por enquanto, de falar de Medrado aqui, pra não ficar muito grande o e-mail; quem não o conhece ainda e quer conhecê-lo, sugiro entrar na página da sua grande obra, a "Cidade da Luz", www.cidadedaluz.com.br onde pode, inclusive, mandar um e-mail pra ele.

Para sintetizar quero dizer apenas que ele é queridíssimo por milhares de pessoas mas, para variar, tem muita gente, principalmente muitas das mais "conservadoras" lideranças espíritas, que fazem de tudo para apagar o seu nome, assim como fazem para apagar o meu.



Voltando ao caso do livro do padre



Medrado está corretíssimo na sua ação de recorrer à Justiça contra o mau caratismo religioso, como certo está todo aquele que recorre contra qualquer tipo de mau caratismo. O que é errado é a omissão espírita, a pseudo-bondade muito utilizada para fingir que não viu as perversidades praticadas por pessoas contra o seu próximo ou contra a doutrina.

É por causa dessa omissão que os tiranos continuam a agir, os caluniadores continuam a caluniar, os difamadores continuam a difamar e os sabotadores continuam a sabotar em nosso movimento, porque sabem que certamente a maioria dos espíritas não vai faltar com a "caridade" em reagir contra eles.

Pronto. Já existe jurisprudência. Sugiro aos confrades, advogados e magistrados espíritas, nas diversas cidades brasileiras... data vênia, companheiros... que fiquem de olho a qualquer agressão ao Espiritismo, pelo rádio, pela televisão, pelos livros ou pelo meio que for, para que ajam também.

Viva Medrado! Parabéns a Medrado e todo o nosso carinho para Medrado!



Abração a todos.





Alamar Régis Carvalho

www.alamar.biz

www.redelivros.net

orkut "alamarregis"

Pessoas extremistas

Artigo de Alamar Régis Carvalho

Novidade: Conforme sabem muitos amigos, estou participando do sistema Central de Rádios Brasil, que é um sistema que tem base em Brasília, que fornece programas jornalísticos, de alta qualidade, para mais de duzentas emissoras de rádios AM e FM, em todo o Brasil. Inclusive se não tiver sendo veiculado na sua cidade, qualquer emissora poderá participar, bastando que entre em contato com o e-mail centralderadio@uol.com.br que o meu amigo Gilmar vai atender muito bem. O Gilmar resolveu fazer de mim uma espécie de Arnaldo Jabor (que eu também sou fã) e a coisa tem dado certo, porque felizmente o público tem gostado. Só que alguns amigos, que não tem estes comentários em rádios das suas cidades, me consultaram sobre a possibilidade de mandá-los anexados pelo e-mail. Pronto, está aí o teste. Veja o que você acha. Ouça o comentário clicando nesta linha

Sobre os macetes pra fazer a internet mais rápida

Semana passada eu enviei umas informações para fazer a sua navegação de internet ficar mais rápida. Pra quem utiliza o Firefox não teve problema porque, segundo relatam, tudo ficou bem rápido mesmo, mas para muitas pessoas que utilizam o Internet Explorer não funcionou porque elas não encontraram os arquivos que eu indiquei aqui.

Ao pesquisar o porquê de não ter dado certo para alguns, percebi que, conforme as atualizações do sistema operacional Windows XP que cada um faz, o diretório internet settings é modificado e, de fato, as pessoas não encontram lá os arquivos que eu mostrei abaixo, que existe na maioria dos computadores.

Então, nesses casos, a instrução é a seguinte:

Mude o número para 10 e a base para DECIMAL, nos seguintes arquivos: EnableHttp1_1, EnableNegotiate e PrivacyAdvanced. Você vai ver que fica bem mais rápido e é bem interessante.

Mas me diga se funcionou.



Segue aqui, novamente, a instrução da semana passada, pra quem não recebeu.

A sua navegação na internet está lenta? Pode ser do provedor, mas pode ser também do seu navegador.

Vou passar uns macetes aqui, pra você fazer agora mesmo com o seu navegador:



1 - Se você usa o Internet Explorer. A grande maioria das pessoas.

Vá em Iniciar, depois Executar e escreva o comando REGEDIT.

Vai aparecer uma tela onde, entre várias opções você vai ler HKEY_CURRENT_USER.

Ali você vai escolher o diretório software/microsoft/windows/Current Version/internet settings.

Pronto. Chegando lá você vai dar um DUPLO CLICK na opção MaxConnectionsPerl1.OServer e alterar o número que tem lá para o número 10 e mudar a opção para DECIMAL.

Faça a mesma coisa na opção MasConnectionsPerServer, mudando o número para 10 e a opção para decimal.

Depois é só fechar o I. Explorer e abrir de novo. Você vai ver a diferença de velocidade.



2 - Se você usar o Firefox.

No browser escreva: about:config e enter.

Vai abrir uma tela. Em Filder ou Localizar Nome coloque = Network.

Procure e dê um duplo click na opção network.http.pipelining, para ele virar TRUE.

Depois faça a mesma coisa a opção network.http.pipelining.maxrequests, mudando o valor para 10.

Pronto. Feche o browser, abre novamente e veja a diferença de velocidade.















As pessoas extremistas

Oito ou oitenta



Eu escrevi sobre os diversos tipos de visão, mas o tema requer mais detalhes e se faz necessário que observemos determinados comportamentos.



Os maiores problemas da vida do homem são causados pelo próprio homem. Ninguém e nenhum animal é mais inimigo do ser humano do que ele mesmo, que tudo faz para não se deixar alcançar a felicidade, em que pese, ao mesmo tempo, existirem alguns exemplares em constantes esforços para que a vida transcorra sem problemas, ou com o mínimo possível, e que tenhamos conforto e bem estar.

No universo dos maiores problemas causados pelo próprio homem estão a ignorância e a estupidez de muitos, que fazem com que várias lágrimas sejam derramadas.

Destacamos, neste artigo, um tipo de pessoa que sempre está presente, muito próxima de nós, causando-nos problemas enormes, prejudicando principalmente aqueles que conseguiram adquirir uma visão mais ampla do que a dela.

Comecei a falar sobre modelos de pessoas no artigo "Os diversos níveis de visão" e quero, aqui, falar um pouco mais, apresentando vários exemplos de criaturas de visões limitadas que, no extremo do abuso e da arrogância, despem-se do bom senso (se é que tem algum) para criarem problemas aos outros.

Volto a lembrar aquele exemplo que citei no artigo anterior, quando existe aquela reunião da diretoria que resolve fazer nova pintura nas paredes e portas do prédio, tradicionalmente na cor branca, quando você questiona:

- "Mas por que tem que ser sempre na cor branca? Por que não pintar de outra cor?"

É aí que aparece aquela criatura, atrofiada mental, lhe contestando, alegando que você quer, então, que pintem o prédio de preto.

É o cúmulo do absurdo esse tipo de comportamento de gente que não tem meio termo e vive eternamente exposta ao ridículo do seu radicalismo, sem a menor coerência em discernir que entre o branco e o preto existem milhões de cores.

É gente de estupidez ilimitada.



Quero apresentar aqui alguns outros exemplos, certo de que muita gente vai dizer: "minha mãe é exatamente assim", "meu marido é assim", "minha irmã é isso aí", "você retratou o meu chefe, direitinho", "minha... é assim", "meu... age exatamente desse jeito".



Dentro de casa



Quando você, na hora do almoço, reclama que a comida está sem sal, o que faz a sensata dona da casa, que fez o almoço?

Pega uma colher enorme de sal e enfia na comida, ou diz pra você:

- "Tome aqui a vasilha de sal e derrame todinha dentro do seu prato". Geralmente não lhe passa a vasilha, empurra a vasilha em sua direção com violência.



No local de trabalho



De repente o chefe chama a atenção do funcionário, numa empresa, porque o mesmo não fez um determinado serviço bem feito e dentro do que era esperado.

Como reage o funcionário numa situação desta?

- "Aqui nesta empresa ninguém reconhece NADA que a gente faz. Botam defeito em tudo e não valorizam ninguém".

Mentira, não é nada disto; o chefe fez referência apenas àquele serviço que ele fez e não a todos os serviços que ele normalmente faz na empresa.

Quando este vai à "justiça" do trabalho reclamar os seus "direitos", sempre aparece um advogado para colocar nos autos do processo que aquele pobre "trabalhador brasileiro" sempre foi humilhado na empresa onde nunca foi reconhecido por um chefe ou patrão que deve ser visto pelo juiz como um bandido e explorador da pior espécie. E os juízes ainda acreditam.



Desacato a autoridade



Muita gente já deve ter ouvido esta frase:

- "Você está preso, por desacato à autoridade".

Isto é muito praticado por policiais irresponsáveis e insensatos. Mentira. Na maioria das vezes o cidadão não faltou com nenhum respeito, apenas contestou e exerceu o seu direito de discordar do ponto de vista policial, muitas vezes equivocado sim, sem se intimidar diante dele.

Há gente que desrespeita a autoridade, sim, mas a maioria dos casos não é assim.

Se o cidadão insiste em discordar do policial e insiste em contestar o seu abuso, o que faz ele? Coloca drogas no seu bolso, leva-o para a delegacia e, na sua raiva e incompetência de argumentação, faz tudo para complicar a sua vida, lavrando um flagrante delito que nunca aconteceu. E o delegado, mais idiota ainda, termina por ir na onda.



Reuniões de condomínio e outras



Você está numa reunião de condomínio, de centro comunitário, de grupo religioso, diretoria de clube ou de empresa e, em determinado momento, começa a discordar de alguma idéia ou proposta apresentada pela diretoria ou coordenação do evento. O que fazem?

Dizem que você está a fim de tumultuar o ambiente, está querendo monopolizar a palavra e está querendo bagunçar...

- "Nós não vamos admitir indisciplina aqui. Você tem que respeitar, porque esta casa tem uma diretoria!!! Não pense que aqui você vai fazer o que quer, porque não vai fazer não."

Na realidade você está apenas contestando um ponto entre os diversos debatidos e apresentados naquele momento, não está faltando com respeito a ninguém e não tem o menor interesse em bagunçar nada.

Esse negócio de "você me faltou com respeito" é de um nível de chantagem sem tamanho. Muitos neuroticozinhos adoram dizer que as pessoas que discordam do que elas querem estão lhe faltando com o respeito.



No universo religioso



No campo das visões religiosas a prática desses extremismos chega a um nível de estupidez sem tamanho.

Veja só:

Se você, adepto de uma determinada vertente religiosa, não pensa exatamente como pensa a igreja do tipo A ou B, o que passam a dizer:

Que você é inimigo de Jesus, que está a serviço de satanás, que está perdido e condenado. Por mais que a sua vida seja pautada nos ensinamentos de Jesus, que tenha Jesus como o seu leme de direção, não importa. O fato de não pensar exatamente como pensa a criatura A ou B, afirmam que NADA em você tem a ver com Jesus. Você pode viver costumeiramente sem a prática de julgar ninguém, não ferindo ninguém pra não ser ferido, não apontando o dedo pra ninguém, amando o seu próximo com todo carinho, desenvolvendo atividades de caridade e amor, fazendo o que gostaria que os outros lhe fizessem..., enfim, vivendo a base dos ensinamentos de Jesus, mas não importa, NADA em você tem a ver com Jesus.

No passado, milhares de pessoas foram torturadas e queimadas vivas, por causa disto.

O Thomas de Torquemada e todos os praticantes da inquisição eram pessoas de visões super estreitas e sempre achavam que todos que não pensassem como eles eram inimigos de Jesus.

O padre Jonas Abib, da TV Canção Nova, escreveu um livro onde sugere aos seus seguidores exterminarem pessoas que não pensam como ele.

Ainda no campo religioso encontramos pessoas generalizando todos os pastores protestantes e todas as denominações Evangélicas como mercantilistas, só porque existem algumas que realmente são, uma vez que pregam o amor a JE$U$. Tremenda injustiça, já que existem inúmeros pastores decentes, íntegros, honestos e compromissados com o verdadeiro Jesus.



Pessoal de direita e de esquerda



No tempo do Regime Militar no Brasil, período pós 1964, muitas pessoas foram presas por exercerem os seus direitos de expressão e de discordarem das arbitrariedades de alguns, o que de fato aconteceu.

O que fazia o segmento militar mais extremista?

Qualificava todas aquelas pessoas como necessariamente comunistas, e por aí começava a supor que eram adeptas da luta armada, da indisciplina, da desordem e de práticas semelhantes àquelas que foram feitas pelos assassinos da intentona comunista de 1935.

Na verdade, muitas pessoas que nada tinham a ver com comunismo, com desejo de pegarem em armas e nem de praticarem violência nenhuma foram presas e sofreram amargamente.

Por outro lado, encontramos esse mesmo extremismo também em pessoas rotuladas como de esquerda, que acham que todos os militares são arbitrários, torturadores, violentos e arrogantes. Alguns chegam a odiar o Exército Brasileiro, instituição que nada tem a ver com as arbitrariedades e as prepotências de alguns dos seus membros.

Existem homens de esquerda maravilhosos da mesma forma que existem inúmeros militares do mais elevado nível moral, humano e de dignidade. Aqui mesmo, no meu universo de leitores, tenho inúmeros amigos Generais do Exército, Almirantes e Brigadeiros que viveram a época, homens de alto nível humano e que não concordam com qualquer atitude radical e extrema, principalmente que culmine em violência.



Aos que fazem o bem



Se você resolve tomar iniciativa de realizar uma caravana para levar alimentos a pessoas pobres, mendigos, etc... sempre aparecerá um idiota pra dizer algo mais ou menos assim:

- "Ponha o pé no chão, rapaz, acorde, você não ta vendo que não tem como você acabar com a fome no mundo?"

Gente, sinceramente, já que não somos falsos bonzinhos e evoluidinhos espiritualmente de fachada, o que dá vontade de dizer pra um animal desse?

Eu não tenho a proposta de acabar com a fome no mundo não, imbecil, porque sei que não tenho poderes para tal, apenas quero fazer a minha parte, tentando pelo menos aliviar a fome de algumas dezenas ou talvez centenas de pessoas, porque sei que isto é possível.

Um idiota desse, ao criticar a Madre Tereza de Calcutá, pelo seu trabalho diário de alimentar necessitados na Índia, a chamou atenção em praça pública:

- "O que a senhora está fazendo, está errado. Ninguém deve dar o peixe, o certo é ensinar a pescar".

E ela, na sua grandeza espiritual, lhe disse:

- "Que bom, então vamos trabalhar juntos. Enquanto eu vou distribuindo a comida para os que estão com fome agora, você vai ensinando estas pessoas a pescar, venha, vamos começar agora!"

O idiota foi? Claro que não. O crítico só critica, mas nunca se dispõe a fazer nada de concreto.



Na relação a dois



Se um homem diz para uma mulher que ela está linda, elegante e com o corpo muito bonito; conforme o nível de imbecilidade dela, ele pode ser acusado de assédio sexual e, se for nos Estados Unidos, vai preso. Ainda mais se ele olhar para os seus seios.

Em um casal de namorados, basta um deles deixar de dar um telefonema para o outro no dia seguinte, para esse outro dizer:

- "Você não tem a menor consideração por mim. Pra você eu não significo nada". Pronto, inicia-se uma indisposição terrível, mau humor e sempre termina em briga.



Outros exemplos



O professor que contesta, em colégios e universidades, na visão do idiota sempre está querendo jogar todos os outros professores contra a direção.

Em determinados locais, se um homem e uma mulher se beijam na boca, sempre aparece um imbecil pra dizer: "Isto aqui é lugar de respeito, vocês não vão querer fazer deste local um motel, não é? Acho bom parar com essa imoralidade aqui dentro".

É ou não é assim? Um beijo é visto como uma relação sexual explícita e como imoralidade.

Quando um filho ou uma filha diz algo que não agrada a mãe ou quando contesta alguma coisa que ela diz (de fato, têm muitos pais que não pensam duas vezes antes de abrirem a boca e descambam por falar besteiras), veja o que a mãe diz:

- "Você quer é me matar. Você quer acabar comigo".

Agora veja só que absurdo. Será que todos os filhos são assassinos como a Suzana Von Richthofen?

Você não pode abrir a boca para falar nada, dentro de casa, no trabalho, na comunidade e em canto nenhum que sempre aparecer alguém pra dizer:

"Você reclama de tudo. Você adora criar caso".

Você não está reclamando de nada, apenas está fazendo observações e citando.

Em qualquer meio onde você conviva, tente ser diferente das pessoas comuns, aquelas que ficam caladas, que não dizem nada e que dizem amém pra tudo e verá o que dirão sempre a seu respeito:

"Nunca está satisfeito com nada, só sabe criticar, acha que todo mundo ta errado, so ele está certo, adora criar confusão, parece que sente prazer em tumultuar o ambiente...".

É sempre assim.

Será que o fato de uma pessoa falar ou escrever contestando alguma coisa implica em que ela ache que TODO MUNDO esteja errado e SOMENTE ela está certa NO MUNDO?

Não é nem em sua casa ou em sua rua, é NO MUNDO.

De vez em quando eu recebo algum e-mail de alguém com esse tipo de argumentação, alegando que eu estou me achando o único certo no mundo e que em determinado artigo estou chamando todo mundo de burro ou de imbecil.

Pode, uma coisa dessa?



Conclusão



Será que já não é hora de revermos esses nossos comportamentos?

Não é hora de começarmos a agir com mais energia em relação a esse universo de imbecilidade de muita gente? Temos que ter postura enérgica, sim, pra ver se as pessoas adeptas desse tipo de coisa parem com essas manias ridículas que não cabem mais nos dias de hoje. Está na hora de todos nos convencermos de que nem todo mundo é bobo, como muitos pensam.





Abração a todos.



Alamar Régis Carvalho

Analista de Sistemas e Escritor
www.redelivros.net --- www.redevisao.net --- www.alamar.biz

Esclarecimentos

Muitos companheiros solicitam orientação do Céu para a vitória nas provas da Terra, mas, em verdade, não necessitamos tanto de novos roteiros esclarecedores e sim de ação mais intensiva na obra edificante do bem.
O caminho é o mundo ...
Mundo-escola e mundo-oficina, em que valiosas oportunidades felicitam a alma, fielmente interessada na própria elevação.
Não nos detenhamos na expectativa dos que adoram o Senhor, sem qualquer esforço para servi-lo. Ele próprio legou-nos, com a Boa Nova, o mapa luminoso para a romagem na Terra.
Libertemos a claridade que jaz enclausurada em nosso corações e sigamos adiante.
Há espinhos reclamando extinção.
Feridas que pedem bálsamo.
Aflições mendigando paz.
Pedras à espera de braços amigos que as utilizem.
Há mentes encarceradas na sombra rogando luz.
Há crianças abandonadas, implorando socorro para consolidar as bases em que recomeçam a vida nova.
Quem estiver procurando a inspiração dos Anjos, não se esqueça dos lugares onde os Anjos colaboram com o Céu, diminuindo o sofrimento e a ignorância na Terra.
Agir no bem é buscar a simpatia dos Espíritos Sábios e Benevolentes, encontrando-a.
Se Jesus não parou em contemplação inoperante, transitando no serviço ao próximo, da Manjedoura até a Cruz, ninguém, aguarde a visitação dos Mensageiros Divinos, paralisando as mãos na esperança sem trabalho e na fé sem obras.
O aprimoramento da mediunidade e a espiritualização renovadora são problemas de boa vontade na decisão de trabalhar e na cooperação, porque somente buscando trazer o Céu ao mundo, pela nossa aplicação ao bem, é que descobriremos a estrada verdadeira que nos conduzirá efetivamente para os Céus.

Livro: Mediunidade e Sintonia
Emmanuel & Chico Xavier

sexta-feira, 30 de maio de 2008

“Venham as crises e as dificuldades que vierem,resguarda-te na tolerância e espera”
Emmanuel.

(Do livro “Gotas de paz”, psicografia de Chico Xavier, ed. CEU, pp.42).

quinta-feira, 29 de maio de 2008

SALDOS EXTRAS

O homem comum. Em todas as latitudes da Terra, guarda, habitualmente, o mesmo padrão de atividade normal.

Alimenta-se.
Veste-se.
Descansa.
Dorme.
Pensa.
Fala.
Grita.
Procria.
Indaga.
Pede.
Reclama.
Agita-se.

Em suma, consome e, muitas vezes, usurpa a vitalidade dos reinos que se lhe revelam inferiores.

É o serviço da evolução.

Para isso, concede-lhe o Senhor grande cota de tempo.

Cada semana de serviço útil, considerada em seis dias ativos, é constituída de 144 horas, das quais as criaturas mais excepcionalmente consagradas à responsabilidade gastam 48 em trabalho regular.

Nessa curiosa balança, a mente encarnada recebe um saldo de 96 horas, em seis dias, relativamente ao qual raríssimas pessoas guardam noção de consciência.

Por semelhante motivo, a sementeira, gratuita da fraternidade e da luz se reveste de especial significação para o servidor do Cristo.

Enorme saldo de tempo, exige avultado serviço extra.

Em razão disso, às portas da Vida Eterna, quando a alma do aprendiz, no exame de aproveitamento além, da morte, alega cansaço e se reporta aos trabalhos triviais que se desenvolveu no mundo, a palavra do Senhor sempre interrogará. Inquebrantável e firme:

- “Que fizeste de mais?”

Ofensas e injúrias? Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.





Do livro: “Endereços da Paz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz

quarta-feira, 28 de maio de 2008

QUESTÃO DE SINTONIA

O fascínio que Jesus exercia sobre todos que O defrontavam, derivava da sua superioridade espiritual.

Seus silêncios penetravam na alma dos seguidores, que se comoviam, submissos.

As Suas palavras ressoavam demoradamente na acústica dos seres que se deixavam na permear pelo verbo revelador.

Seus atos mudavam o habitual e apresentavam a sua natureza transcendente.

Quantos eram convocados, quase sem raciocinar, tudo abandonavam pelo prazer de O seguir.

Os que debandaram, no momento do testemunho, volveram, de imediato, autodoando-se, mais tarde, em holocausto de amor ou renasceram assinalados pela Sua convocação, seguindo-O com valor e renúncia total.

Ao Seu lado vivia-se o clima da esperança, em perfeita comunhão espiritual com a Vida Maior.

A morte, a ninguém se afigurava como o fim da vida, mas representava uma porta de acesso à Vida...

Faze uma avaliação dos teus atos e considera se estás em condições de partir.

O conhecimento espírita que te reconduz a Cristo, dá dimensão da responsabilidade que te cumpre desenvolver.

De bom alvitre, portanto, que reconsideres atitudes negativas, situações conflitantes e estados de perturbação que te assinalam as horas.

Colocando a vida espiritual em primeiro plano nas tuas atividades e conduta, a vida passará a ter sentido superior.

Sairás da torpe situação em que te debates a lutarás com mais decisão pela conquista de ti mesmo, em conseqüência, da tua paz.

Sintonizando com Jesus, sentir-te-ás fortemente atraído por Ele, e, mediante uma firme resolução, conquistarás, como os Seus primitivos seguidores, a felicidade que ainda não fruíste.





Pelo Espírito Joanna de Ângelis

CONSIDERANDO A MEDIUNIDADE

A mediunidade terá surgido em ti por instrumento de espiritualização.

Procura melhorar o próprio discernimento, para que não hajas recebido, em vão, semelhante empréstimo da Espiritualidade Maior.

Há mediunidades e mediunidades. Em razão disso, temos aquelas que se caracterizam pelas provações regeneradoras que impõem e aquelas outras que se singularizam pelas realizações nobilitantes que podem efetuar.

Todas, porém, se identificam no Bem Eterno, quando se consagram ao bem dos semelhantes.

Em determinados lances da vida, a criatura renasce na terra de alma arraigada à influência de entidades que ela própria desequilibrou, em existências passadas, e sofre longos processos obsessivos nos quais reconquistará a confiança e o amor dos parceiros menos felizes de outrora, ao preço de suas próprias renunciações. Vemos aí nossos irmãos de faculdades cativas a empeços restaurativos em que o médium se recuperará pelo sofrimento, a caminho de apostolados futuros.

Noutros distritos da evolução, anotamos a presença daqueles que se corporificam no mundo para o desempenho de encargos específicos, através dos recursos espirituais em ação. Por intermédio deles, os desencarnados se manifestam, colaborando a benefício dos irmãos encarnados na arena física.

Cada qual, não obstante possua recursos psíquicos indiscriminados, tem a sua esfera particular de serviço.

Na condição de intérpretes dos espíritos, esse fala, aquele coopera no ministério da cura, o outro escreve, aquele outro atende à missão do esclarecimento e do reconforto, entre os companheiros que sofrem no mundo ou fora dele.

Se te reconheces portador de talentos medianímicos, asserena a própria alma e dispõe-te a servir.

Estuda as próprias faculdades e aceita o lugar onde sejas mais útil.

Não disputes primazia, mas, ao invés disso, procura veementemente as oportunidades de ação que te propiciem o prazer de ajudar alguém.

Toda tarefa é importante.

O Sol ilumina a Terra, mas a terra não produz sem a fonte.

Trabalha e trabalha.

Serve e serve.

Os Mensageiros de Deus sabem como destacar os servidores de Deus.





Do livro "No portal da Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel

segunda-feira, 26 de maio de 2008

QUEM

Quem não luta costuma estagnar-se.
Quem pára dorme.
Quem se entrega ao sono da alma, tarde contempla o sublime despertar.
Quem dá recebe.
Quem sofre com a paciência recolhe mais luz.
Quem se sacrifica pelo bem dos outros, espiritualiza a própria existência, colocando-se na subida para os cimos da verdadeira felicidade.
Quem ajuda ampara a si mesmo.
Quem renuncia adquire com mais segurança.
Quem ama pela glória de amar, como Jesus nos amou, cedo conhece a vitória e a ressurreição.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Dicionário da Alma)

NOTAS DE SAÚDE

Menosprezo de alguém?
Trabalhe e esqueça.

Perseguição e discórdia?
Trabalhe e pacifique.

Inveja e ódio?
Trabalhe e ame sempre.

Ofensas no lar?
Trabalhe e abençoe.

Desilusões à frente?
Trabalhe e renove-se.

Censura e crítica?
Trabalhe e agradeça.

Intriga e maledicência?
Trabalhe e silencie.

Golpes e prejuízos?
Trabalhe e siga adiante.

Crueldade e traição?
Trabalhe e desculpe.

Em todas as dificuldades,
Trabalhe, ore e perdoe.

Reconheçamos, porém, que, em qualquer processo de sustentação da saúde, o primeiro passo será sempre "trabalhar".





pelo Espírito André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: " Buscas e Acharás" - EDIÇÃO IDEAL

PACIÊNCIA E VIDA

Estudo necessário da paciência: observar cada um de nós face a própria conduta nas relações humanas e no reduto doméstico.
-o-
Sabemos compreender habitualmente os assaltos morais de inimigo gratuitos, obrigando-nos a refletir quanto à melhor forma de auxiliá-los para que se renovem construtivamente em seus pontos de vista, e, em muitos casos, esbravejamos contra o desagrado de uma criança que a doença incomoda. Aprendemos a suportar com serenidade e entendimento, prejuízos enormes da parte de amigos, nos quais depositávamos confiança e carinho, buscando encontrar o modo mais seguro de ajudá-los para o resgate preciso e, muitas vezes, condenamos asperamente pequenas despesas naturais de entes queridos, credores insofismáveis de nosso reconhecimento e ternura.
-o-
A tolerância para com superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e amigos íntimos é realmente o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento moral. Isso porque, conquanto a beneficência se mostre sempre sublime e respeitável, em todas as suas manifestações e atributos, é sempre muito mais fácil colaborar em campanhas públicas em auxílio da Humanidade ou prestigiar pessoas com as quais não estejamos ligados por vínculos de compromisso e obrigação que tolerar com calma e compreensão, os contratempos mínimos e as diminutas humilhações no ambiente individual.
-o-
Paciência por isso mesmo, em sua luminosa autenticidade há de ser aprendida, sentida, sofrida, exercitada e consolidada junto daqueles que nos povoam as áreas do dia-a-dia, se quisermos esculpi-la por realização imorredoura no mundo da própria alma.
Preguemos e ensinemos quanto nos seja possível os méritos da paciência, no entanto, examinemos as próprias reações da experiência íntima à frente de quantos nos compartilham a luta cotidiana, na condição de sócios da parentela e do trabalho, do ideal e das tarefas de cada dia e, perguntemos com sinceridade a nós próprios se estamos usando de paciência para com eles e para com todos os outros companheiros da Humanidade, assim como estamos incessantemente tolerados e amparados pela paciência de Deus.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Mãos unidas)

O SERVO INSACIÁVEL

Fatigado da imensa luta que sustentava nas esferas inferiores, Belisco Castro rogou ao Senhor a bênção da reencarnação.

Estava cansado, dizia.

E porque chorasse, compungidamente, um Mensageiro Celeste arrebatou-o do império das sombras e o trouxe para a Terra.

Encantado, Belino recebeu honrosa incumbência.

Renasceria para a obra da fraternidade cristã.

Além dos serviços naturais que lhe diziam respeito à própria recuperação diante da Lei, seria prestimoso benfeitor dos doentes. Protegeria os enfermos, distribuiria com eles a coragem e a consolação em nome de Deus.

– Não precisa impressionar-se demasiado com aquisição de elementos materiais para a execução da tarefa – disse-lhe o emissário divino – mantenha as mãos no arado generoso do trabalho e o seu serviço atrairá os recursos de que necessite.

– Mas – ponderou Belino, preocupado –, e quando surgirem dificuldades imprevistas e especiais?

– Utilize a prece e, em seguida, canalize suas forças na direção do objetivo. O suprimemto ser-lhe-á, então, entregue por nós, através de circunstâncias aparentemente casuais, para o serviço que lhe compete.

E Belino tornou ao corpo num lar de excelente fomação evangélica.

Desde cedo, foi instruído para a verdade e para o bem.

Moço ainda, recolhia do Alto o apelo incessante ao ministério que lhe cabia e, por essa razão, costumava dizer :

- Sinto que tenho abençoada missão a realizar, em favor dos enfermos. Muitas vezes, sonho a ver-me ao pé de numerosos doentes, enxugando lágrimas e limpando feridas. Não descansarei, enquanto não puder construir um grande hospital.

Mas Belino condicionava a edificação a certos fatores que considerava essenciais e, por isso, lembrando instintivamente a recomendação do benfeitor divino, movimentava a oração, canalizando as próprias forças.

– Poderia auxiliar os enfermos – dizia –, mas aguardava um emprego vantajoso.

E o emprego vantajoso lhe foi concedido.

– Sim – afirmava –, agora, para adquirir segurança, tenho necessidade de um bom casamento.

E o bom casamento lhe veio ao encontro.

– Devo possuir filhos robustos que me auxiliem ponderou.

E os filhos robustos adornaram-lhe os braços.

– Tudo prossegue regularmente – reconheceu –, mas uma casa própria é indispensável à minha paz.

E a casa própria surgiu, confortável e ampla.

– Para ser útil aos enfermos – ajuntou –, não posso alhear-me dos bons livros.

E preciosa biblioteca enriqueceu-lhe o templo familiar.

– Sem bons negócios, não posso atirar-me à empresa, – considerou.

E os bons negócios vieram auxiliá-lo.

– Um automóvel particular resolveria as minha questões de tempo, alegou.

E, em breve, um carro acolhedor incorporava-se-lhe à propriedade.

– Agora, é imperioso conquistar bons rendimentos – pediu ao Céu, em comovente rogativa.

E bons rendimentos rodearam-lhe o nome.

– Quero mais rendas – insistiu a lamuriar-se,

E mais rendas vieram.

Nessa altura, os filhos já estavam crescidos e Castro implorou vantagens materiais para eles e as vantagens solicitadas apareceram. Em seguida, notando que os rapazes lhe afligiam o pensamento, suplicou a chegada de noras dignas para o ambiente familiar. E as noras chegaram.

Belisco, porém, continuou rogando, rogando, rogando...

Certa feita, quando reclamava favores para os netos, chegou a morte e disse-lhe:

– Meu amigo, o seu tempo esgotou-se.

O interpelado, sob forte susto, clamou de si para consigo.

– Meu Deus! meu Deus!... e a minha tarefa? Não posso deixar a Terra, sem cumpri-la... Ainda não pude sequer visitar um doente!...

A recém-chegada, contudo, deu-lhe apenas alguns instantes para a benção da oração.

Castro, ansioso, tomou o Testamento do Cristo, e, de mãos trêmulas, abriu-o precipitadamente. De olhos esgazeados, esbarrou com estas palavras constantes no versículo vinte, no capítulo doze das anotações de Lucas:

- “...esta noite, exigirão tua alma e o que ajuntaste para quem será?”

Mas, antes que Belino pudesse entregar-se a novas e desesperadas petições, a morte apagou-lhe temporariamente a luz do cérebro e o reconduziu à Vida Espiritual.





Livro Cartas e Crônicas - Espírito Irmão X - Psicografia Francisco C. Xavier

Saindo do poço

Narra uma lenda chinesa que no fundo de um poço pequeno, mas muito fundo, vivia um sapo.

O que ele sabia do mundo era o poço e o pedaço de céu que conseguia ver pela abertura, bem no alto.

Certo dia, um outro sapo se abeirou da boca do poço.

Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui. – Convidou o sapo lá embaixo.

O que tem aí? – perguntou o de cima.

Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, a luz e até objetos voadores que vêm do céu.

O sapo da terra suspirou.

Amigo, você não sabe nada. Você não tem idéia do que é o mundo.

O sapo do poço não gostou daquela observação.

Quer dizer que existe um mundo maior do que o meu? Aqui vemos, sentimos e temos tudo o que existe no mundo.

Aí é que você se engana, falou o outro. Você só está vendo o mundo a partir da abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme.

O sapo do poço ficou muito chateado e foi perguntar a seu pai se aquilo era verdade.

Haveria um mundo maior lá em cima?

O pai confirmou: Sim, havia um outro mundo, com muito mais estrelas do que se podia ver dali debaixo.

Por que nunca me disse? – perguntou o sapinho, desapontado.

Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair.

Eu posso! Eu consigo sair! – falou o sapinho.

E pulou, saltou, se esforçou. O poço era muito fundo, a terra longe demais e ele foi se cansando.

Não adianta, filho. – tornou o pai a dizer. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver sempre infeliz.

Quero sair! Quero ver o mundo lá fora! – chorava o filhote.

E passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. O grande mundo lá em cima era o seu sonho.

* * *

Um pobre camponês de apenas 8 anos de idade não se cansava de ouvir esta lenda dos lábios de seu pai.

Vivendo a época da revolução cultural na China de Mao Tsé Tung, o menino passava fome, frio e toda sorte de privações.

Pai, estamos em um poço? – perguntava.

Depende do ponto de vista. – respondia o pai.

Mais de uma vez o garoto se sentia como o sapo no poço, sem saída.

Mas ele enviava mensagens aos Espíritos. Pedia vida longa e felicidade para sua mãe.

Pedia pela saúde de seu pai mas, mais que tudo, ele pedia para sair do poço escuro e profundo.

Ele sonhava com coisas lindas que não possuía. Pedia comida para sua família.

Pedia que o tirassem do poço para que ele pudesse ajudar seus pais e irmãos.

Ele pedia, e sonhava, e deixava sua imaginação levá-lo para bem longe.

Um dia, a possibilidade mais remota mudou de modo total o curso da sua vida.

Ele foi escolhido entre centenas de camponeses e foi fazer parte de algumas das maiores companhias de balé do Mundo.

Um dia, ele se tornaria amigo do Presidente e da Primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos.

Seria uma estrela: o último bailarino de Mao Tsé Tung.

Li Cunxin saiu do poço.

* * *

Nunca deixe de sonhar! Nunca abandone seus ideais. Mantenha aquecido o seu coração e vivas as suas esperanças.

O amanhã é sempre um dia a ser conquistado!

Pense nisso!



Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 do livro Adeus, China – O último bailarino de Mao, de Li Cunxin, ed. Fundamento.
Em 26.05.2008


Enviado pela amiga Hotmara

VOCÊ É UMA MARAVILHA

Pablo Casals foi um famoso violoncelista, regente e compositor espanhol, que morreu no ano de 1973.

Certa vez, ele escreveu a respeito do momento único do Universo, um momento que jamais vai se repetir.

O momento que estamos com nosso filho.

E o que ensinamos ao nosso filho? – indaga o compositor.

Ensinamos coisas que lhe valerão para a vida, para o mundo das formas em que nos agitamos.

Ensinamos que dois e dois são quatro. Ensinamos que a capital da França é Paris; que a Espanha fica no continente europeu.

Ensinamos sobre relevo, para que ele saiba a diferença entre um planalto, planície, morro, uma montanha.

E onde fica a Cordilheira dos Andes, os Balcãs, o Oceano Atlântico.

Ensinamos que o Sol é uma estrela de quinta grandeza, que a Terra se move ao redor dele, num concerto harmonioso.

Que o Sol viaja pelo espaço, levando consigo a sinfonia dos mundos que o rodeiam. Que a Lua dos enamorados é um satélite da Terra.

Sim, ensinamos muitas coisas.

São coisas importantes. Nosso filho crescerá, se tornará profissional, regerá sua própria vida.

Movimentar-se-á pelas vias do mundo, produzindo, semeando, interferindo em outras vidas com a sua maneira de agir, de ser.

Tudo, graças ao que lhe ensinamos.

Mas, naquele momento único, mágico, em que estivemos com ele, nós lhe dissemos que ele é uma maravilha?

Que não existe sobre a face da Terra nenhum ser igual a ele?

Nós lhe informamos sobre as maravilhas do Mundo Antigo e Moderno e o fizemos se encantar com elas.

Mas, dissemos como ele é especial?

Alguma vez lhe dissemos: Você sabe que é uma pessoa única? Desde o começo do Mundo, nunca houve outra criança como você.

Suas pernas, seus braços, seus dedos, a maneira como você se movimenta, as coisas que diz, os gestos que faz, tudo isso é único, é só seu.

Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven.

Você é capaz de fazer qualquer coisa. E, quando crescer, vai poder ter um filho que será como você, uma maravilha. Sabe?

Isso, com certeza, tornará nosso filho capaz de enfrentar muitos desafios.

Esta mensagem o acompanhará aonde quer que vá. Quando o mundo tentar lhe dizer que ele é um fracasso, ele recordará do nosso recado.

Quando o desapontamento por um revés tentar colocar em seus ombros o manto da tristeza, ele lembrará da nossa mensagem.

Quando o namoro acabar, quando a nota alcançada no concurso não for a esperada, quando o dia se apresentar cinzento, ele recordará...

E, recordando, erguerá a cabeça, ajustará os ombros, e dirá a si mesmo: Posso não ter vencido o concurso, mas eu tentei.

Não consegui o emprego almejado, mas realizo muito bem o meu trabalho.

Não ganho tanto quanto eu desejara, mas tenho certeza de que sou muito bom naquilo que faço.

Eu sou uma maravilha, sou um filho de Deus, especial.

Ninguém, no Mundo, é igual a mim.

E continuará em frente, avante, para o alto.






Redação do Momento Espírita com base em dizeres de Pablo Casals, do livro Histórias para aquecer o coração – Edição de Ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante

Fé...

Se tens fé, não te aflija a noite escura.

Ao coração que a lágrima domina,

Ele estende, amoroso, a mão divina

E abre as portas da paz, risonha e pura.



Alivia a aspereza da amargura,

E sobre as trevas de miséria e ruína

Acende nova estrela matutina,

Na esperança sublime que perdura.



Se a crença viva te dirige os passos,

Sob a carícia de celestes braços

Receberás o pão, a luz, o abrigo...



Ama a cruz que te ampara e regenera

E, envolvendo-te em santa primavera,

O mestre amado seguirá contigo.




(Auta de Souza, psicografia de Francisco Cândido Xavier)

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domingo, 25 de maio de 2008

Quem sou realmente eu? Uma nova visão - Palestra

Quem sou realmente eu? Como poderei evoluir? Qual a verdadeira meta? Qual o objectivo que devo procurar?

 Sou simplesmente um espirito que encarnou iniciando ou reiniciando uma existência corporal.
 Fui criado simples e ignorante. Evoluir, intelectualmente e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde possa gozar de inalterável felicidade, esta deverá ser a minha meta.
 Como Espírito preservarei a minha individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
 O pai faz-nos evoluir, através de várias passagens na terra, intercaladas com passagens no plano espiritual, afinal de contas ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo.
 Em qualquer um dos planos poderemos aprender a evoluir, mas em ambos o objectivo, deverá ser sempre o mesmo, a desmaterialização e o servir os outros para que possamos chegar a Deus nosso Bondoso Pai Celestial.

Perderei a minha família após a desencarnação ou reencarnação?

 Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, antes pelo contrário são fortalecidos e reapertados.
 Eventualmente a reencarnação pode separar-nos momentaneamente, no entanto, quando regressamos à erraticidade, encontrarnos-emos de novo, tal qual como se nos reencontrasse-mos após uma longa viagem, pois os espíritos formam no espaço, grupos ou famílias, que se unem pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações.
 Tenhamos sempre presente que nessas famílias, se uns estão encarnados, presos num corpo carnal e outros não, continuarão sempre unidos pelo seu pensamento.
 Os que estão livres do corpo carnal velam pelos que se encontram cativos, assim como os mais evoluídos procuram ajudar a evoluir os mais retardatários.
 Após cada passagem terrena devemos ter dado mais um passo na evolução para a perfeição, caso contrário, teremos perdido uma oportunidade para avançarmos em direcção Pai.
 Devemos tentar ter cada vez menos apego à matéria, não nos deixemos obscurecer pelo egoísmo nem pelas paixões.
 Nunca deveremos esquecer que as afeições duráveis, são simplesmente as afeições espirituais, pois são as únicas que sobrevivem à destruição do corpo carnal.
 As afeições carnais, extinguem-se com a causa que as provocou.
 Não nos esqueçamos que Deus permite as reencarnações entre espíritos antipáticos ou estranhos nas familias , com dupla finalidade.
1. Servirem de provas para uns e de progresso para outros.
2. os maus se melhoram pouco a pouco, ao contacto com os bons e pelas atenções que estes lhes dão, assim os caracteres dos menos evoluídos.







Que tenho eu realmente de meu?

 Apenas e sómente o direito de minhas escolhas, no entanto o único responsável pelos meus erros, tudo quanto eu fizer de mal, terei que pagar por isso e prestar contas.
 A quem muito foi dado, muito será pedido.
 Quem quer que conheça os preceitos do Cristo, será seguramente o culpado se não os praticar .
 Aos espiritas muito será pedido, porque muito receberam, mas também aos que souberam aproveitar os ensinamentos, muito lhes será dado.
 Foi-me dado um corpo, o qual devo preservar e tratar, pois dele terei que prestar contas ao Pai.
 Se Deus me deu a fortuna, devo pois eu aplicá-la de forma correcta a ajudar a todos e não sómente em meu proveito próprio, devo esforçar-me para que a fortuna que me foi dada possa ser benéfica para todos quantos me rodeiam e não sómente para os meus orgulhos egoístas e materialistas.
 Se Deus me deu o Dom da palavra aplique-a eu então em divulgar a sua verdadeira mensagem para todos quantos a queiram ouvir.
 Se sou empregado, devo esforçar-me para bem de todos, não ir sómente para o emprego para cumprir calendário, mas sim para criar bem para todos, não ver sómente o patrão como aquele que ganha tudo, mas sim como sendo aquele que me dá oportunidade de poder crescer e ganhar o pão de cada dia.
 Da mesma forma se sou patrão, não devo pensar sómente no lucro imediato, mas tenho sim a responsabilidade de gerar o bem estar para todos quantos me rodeiam, de criar postos de trabalho, gerando assim o sustento para outros.
 Sabemos e já observámos isso acontecer, como é a ruína de fortunas que pareciam solidamente estabelecidas, podemos portanto herdar verdadeiras fortunas, no entanto só as conseguiremos preservar se Deus nosso Pai assim o quiser, assim como também podemos observar o pobre pedinte de hoje ser o milionário de amanhã, no entanto a fortuna ser-lhe-á simplesmente emprestada por Deus e retirada quando Deus o julgar conveniente.

Qual será o maior obstáculo ao meu avanço em Direcção ao Pai?

 O apego aos bens terrenos é um dos maiores ao nosso adiantamento moral e espiritual.
 A fortuna proporcionará realmente uma felicidade sem manchas?
 Será que mesmo que com os nossos cofres cheios de jóias e de ouro, não continuará a existir um vazio nos nossos corações.
 É justo que aquele homem que conquistou a fortuna, através do seu trabalho árduo e duro, encontre nisso satisfação, mas da satisfação a um apego que absorva os demais sentimentos e os impulsos do coração, existe apenas uma distancia igual à que vai da sórdida avareza à prodigalidade exagerada.
 No entanto Deus colocou-nos à nossa disposição a caridade, que nos deve ensinar a todos a dar-mos sem ostentação para que aquele que a recebe, a receba sem humilhação.
 Provenha a fortuna de onde vier, convém que jamais esqueçamos, que tudo quanto temos nos é concedido pelo Pai e que Ele no-La retirará quando assim achar oportuno.
 Nada nos pertence na Terra, nem sequer o nosso corpo, já que com a morte ficaremos despojados dele.
 Não sejamos hipócritas, somos sómente depositários e não proprietários, daquilo que Deus nos dá e lembremo-nos que a condição que Deus nos impõe para este empréstimo é de que pelo menos o supérfluo possa reverter a favor dos que não têm o necessário.
 Através da riqueza, somos investidos como ministros da caridade, mas não tentemos iludirnos na vida terrena, tentando colorir com o nome de virtude aquilo que simplesmente é egoísmo.

 Não chamemos em vão economia e previdência àquilo que é simples cupidez e avareza.
 Será que quando vivemos já com o supérfluo, será justo pensar-mos em continuar-mos a amealhar, evitando assim de praticar a caridade, desculpando-nos para que chegue para os nossos filhos? Mas será que eles não podem sobreviver com um pouco menos desse supérfluo?
 Acreditemos que não é pela fortuna que recebemos de nossos Pais que gostamos mais deles, assim como não será a fortuna que deixar-mos aos nossos filhos que eles gostarão mais de nós.
 Quando um homem trabalhou bastante, e foi acumulando os seus bens , costuma afirmar que sabe bem quanto custou, já que foi o seu suor, pois bem se esse homem conhece todo o valor do dinheiro, é importante que faça caridade, segundo as suas posses e terá mais mérito do que aquele que nasceu na abundância e que ignora as rudes fadigas do trabalho.
 No entanto se esse homem que enriqueceu através do seu esforço e sacrifício, se fizer egoísta e duro para com os pobres, será muito mais culpado do que os outros, pois quanto mais conhecemos por nós mesmos as dores ocultas da miséria, mais nos devemos interessar pelo socorro aos outros.
 Não deixemos que o orgulho nos ponha uma venda nos olhos e um tampão nos ouvidos, compreenda-mos que mesmo com toda a nossa inteligência e capacidade Deus nos pode derrubar com uma só palavra.
 Aprenda-mos a contentar-nos com pouco.
 Se somos pobres aprenda-mos a contentar-nos com pouco, não invejemos os ricos pois a fortuna não é necessária à felicidade.
 Se somos ricos, nunca nos esqueçamos que os bens nos foram confiados e que devemos justificar o seu emprego, como se de uma prestação de contas se tratasse.
 Assim, todo aquele que recebe o que o mundo terreno chama uma boa fortuna, que diga:
 “Meu Deus, enviaste-me um novo encargo, dai-me força para saber aceitar esta nova responsabilidade, que eu consiga bem administrá-la, ajuda-me a saber administrá-la com sabedoria, não dispondo dela unicamente para nós próprios.
 Nunca nos esqueçamos que severas contas nos serão pedidas acerca do emprego da fortuna, em virtude do nosso livre arbítrio.
 A beneficência é apenas um dos modos de empregarmos a fortuna. Aprenda-mos pois a dar com sabedoria e sem falsas modéstias que em vez de proveitosas podem ser a nossa perdição.
 Afinal de contas o homem nada mais tem do que aquilo que pode levar deste mundo, ou seja o conhecimento.
 O que encontrar-mos ao chegar-mos ou deixarmos ao partir , apenas gozamos durante a nossa presença na terra.
 No entanto, tudo o que se refere ao uso da alma, como sendo a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais, é tudo o que trazemos e tudo o que levamos connosco quando partirmos, que ninguém tem o poder de no-lo tirar e sernos-á ainda mais útil no outro plano do que neste.
 Só a nós compete partir-mos mais ricos do que chegámos, aprovisionando-nos de tudo quanto nos possa ajudar a crescer espiritualmente.
 Sejamos ricos moralmente, de acções de bem, de ajuda ao próximo, de ajuda ao nosso irmão, aquele que vive a nosso lado e precisa, sejamos desprendidos dos bens materiais, não invejemos os mais ricos de bens materiais e então sermos ricos e teremos com toda a certeza amealhado para podermos crescer espiritualmente.
 Podemos ser ricos de bens materiais e possuir palácios e fortunas de bens incalculáveis, mas se houver-mos esquecido a caridade, a humildade a ajuda ao próximo, então seremos pobres e muito ainda temos que aprender para podermos evoluir.
Que Deus nos ajude a todos a sabermos discernir qual o caminho que realmente queremos seguir e quais os verdadeiros passos que deveremos dar para podermos prosseguir em frente.

Palestra proferida por Pedro Gonçalves na Associação de Estudos Psiquico Espirituais de Bragança - Portugal

Como Encarar a Dor e o Sofrimento - Palestra

Introdução:
Cada um sabe a dor que passa e podem-me dizer:
- Você sabe lá o que eu passo em casa; ou - Você não sabe como é o meu dia a dia.

Por isso, a primeira coisa que tratarei de fazer é pedir desculpa a todos os presentes para poder falar sobre um assunto que todos conhecemos muito bem, com excepção de algumas crianças que estão ainda a aguardar passar por obstáculos da vida, todos nós sabemos muito bem o que é a Dor e o Sofrimento.

 A dor pode ter as suas causas em vidas anteriores quando violámos as leis de Deus, ou nesta vida mesmo, quando invigilantemente caímos nas armadilhas da nossa imprevidência, do nosso orgulho ou ambição e, por consequência, sofremos imediatamente ou acumulamos novos débitos para o futuro.

 De uma coisa podemos ter certeza, tudo é gerado pelo nosso mal proceder.

 Todos nós, nalgum momento, nos deparamos com a dor, queiramos ou não exista ou não razão aparente para isso.

 É a dor que, muitas vezes, nos reajusta no caminho, nos aproximando de Deus Nosso Pai.
 Deus, que é soberanamente justo e bom, criou as leis que são perfeitas.

 Quando vivenciamos essas leis, ficamos equilibrados e somos felizes.

 Todas as vezes que violamos essas mesmas leis entramos em desequilíbrio.

 Para nos reequilibrarmos é necessário reajustarmo-nos com as leis de Deus.

 Este reajuste pode-se dar pelo amor ou pela dor.

 Como a nossa capacidade de amar ainda é muito limitada, acabamos por nos reajustar através da dor, pelo que, esta, tem uma função educativa e não punitiva como muitos creem.

Mas será que sabemos realmente encarar a dor?
O Espiritismo é chamado de Consolador. Mas por quê?

O espiritismo mostra-nos uma linha de tempo que para nós tem um início e não tem fim, mais, mostra-nos que nesta linha temporal estamos vivendo apenas um pouquinho dela, ou seja, temos um passado e um futuro através de outras vidas (encarnações).

Mas o que será que isto tem a ver com o adjectivo -Consolador- ?

Bem, se nós temos um passado noutra vida, podemos explicar porque sofremos, porque somos testados ou temos a famosa expiação.

Mas que prova é esta? E o que é esta tal de expiação?

Prova - Na escola temos aquilo a que chamamos de prova ou teste em que se demonstra se aprendemos aquilo que nos foi apresentado em teoria; esta pode ser uma analogia a alguns eventos da nossa vida;

Expiação - Nós podemos tratar aqueles que estão ao nosso lado com carinho ou com desafecto, nós podemos escolher.

Mas se escolhermos o desafecto, Deus, e somente ele, nos pode colocar na posição do ofendido noutra vida (ou na actual) para sentirmos aquilo que o nosso irmão, aquele que estava ao nosso lado sentiu aquando de nosso desafecto.

Bem e Mal Sofrer

Como eu poderia expor algo de uma maneira tão simples quanto aquela que está exposta no Evangelho Segundo o Espiritismo? (Capítulo V Bem- Aventurados os Aflitos)


Pois aí apresento a parte deste livro que tem exactamente este título, Bem e Mal Sofrer, e da qual me permiti fazer, somente alguns comentários, no entanto todos vocês, poderão com uma leitura atenciosa, poderão analisar mais tranquilamente em casa:
Quando Cristo disse: «Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem- aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem aventurados os que padecem de perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus.

Jesus, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que todos quantos se encontram na terra sofrem, quer ocupem tronos, quer durmam sobre a palha.

Mas, Ah! poucos são aqueles que sofrem bem; poucos são aqueles que compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-nos ao reino de Deus.

O desânimo é uma falta.

Deus nos recusa consolações, desde que nos falte coragem.

A prece é um apoio e um consolo para a alma; contudo, não basta:

É preciso que se tenha por base uma fé viva na bondade de Deus.
Ele já muitas vezes nos mostrou que não coloca fardos pesados em ombros fracos.

O fardo é proporcional às forças, como a recompensa também o será à resignação e à coragem.

Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição.

Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma subida de posto lhe faculta.

Sejamos, pois, como o militar e não desejemos um repouso em que o nosso corpo se enervaria e se entorpeceria a nossa alma.

Alegremo-nos, quando Deus nos enviar para a luta.

Lembremo-nos que esta não consiste no fogo da batalha, mas sim nas amarguras da vida, onde, às vezes, por mais coragem que possamos ter perante um combate sangrento, não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral.

Nenhuma recompensa monetária e imediata obtém o homem por esta espécie de coragem; mas, Deus no entanto lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa.
Quando nos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponha- mo- nos a ela, e, quando houvermos conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, digamos, de nós para connosco, cheios de justa satisfação: «Fui o mais forte.»

Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm a ocasião de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. — Lacordaire. (Havre, 1863). Bem e Mal Sofrer (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo V - 18)
"Fórmula mágica"

No Livro dos Espíritos temos um item, que, diferentemente da grande maioria, não é uma questão (junto a sua resposta) que nos traz o que me permiti chamar de "fórmula mágica" e que é "muito, fácil mesmo" de ser aplicada na nossa vida para que não tenhamos mais dor e sofrimento no futuro:

Dome o homem as suas paixões animais, não sinta ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo orgulho e purifique a sua alma pelos bons sentimentos que faça o bem e dê às coisas deste mundo a importância que elas merecem, então, mesmo estando encarnado, já estará depurado, liberto da matéria e quando deixar seu corpo não mais lhe suportará as influências. O Livro dos Espíritos - Parte do Item 257.

A dor é a grande mestra de todos nos, muito mais amiga do que nos imaginamos, muito mais professora do que pensamos.
Pensemos um pouquinho nesta afirmação...

Muitas vezes existe alguém ao nosso lado, mesmo encarnado, que se nós desabafássemos com ele(a) seria para nós de extrema utilidade, mesmo até porque todos nós temos um desejo de ajudar o próximo

E é nessa hora que vemos e sentimos que temos amigos.

Saibamos, que temos amigos, aprendamos a descobri-los só não podemos trancar-nos dentro de quatro paredes e ficarmos a lamentar o nosso sofrimento.

 Lembremo-nos a dor nos reajusta no caminho, nos aproximando do Pai.

 Como a nossa capacidade de amar ainda é muito limitada, acabamos por nos reajustar através da dor, pelo que assim a dor, tem uma função educativa e não punitiva.

Conclusão - Deus
Podemos largar tudo o que cultivamos ao longo dos períodos de felicidade, de sorrisos, de céus azuis e estrelados;
Podemos abandonar toda a leitura que tivemos no decorrer deste período; podemos esquecer que temos amigos ao nosso lado.


Mas, não podemos nem devemos esquecer deste nome, Deus, ele é pai e quer sempre o nosso bem, mesmo, e principalmente, durante o nosso sofrimento, pois os nossos olhos não conseguem ver o que vem após a dor ou o que a antecedeu, e Ele sim.

 Tanto a dor física quanto a dor moral objectiva que o homem tenha coragem de suportá-las.
 A dor física pretende despertar a alma para os seus grandes deveres.

 A dor física é fenómeno e a dor moral é essência.

 A primeira vem e passa, mas só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o aperfeiçoamento e redenção.
 Sejamos resignados perante os tormentos da vida.

 Lembrando-nos que ser resignado é ter o entendimento do que se passa connosco numa atitude positiva, de crescimento, o que é contrário ao conformismo.

 Inspiremo- nos sempre no Evangelho de Jesus segundo Allan Kardec, que é um manual de bem viver para crescer.

 Lembremo-nos das palavras que Jesus, nosso mestre amado disse e que já aqui foram ditas: "Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados."


Tenhamos sempre a certeza de que evoluiremos através do sofrimento desde que saibamos sofrer, que é sofrendo resignadamente o que não é sinónimo de sofrer passivamente.

A Doutrina Espírita conduz-nos da melhor forma possível, pois ensina-nos que a fé raciocinada, é o elemento fundamental para sabermos bem sofrer.

Ainda temos uma visão bastante estreita sobre a justiça divina.

Consequentemente, é difícil analisar integralmente a ideia de um homem bom e um homem mau.

Não podemos esquecer que o homem bom de hoje, normalmente, é fruto de um homem que cometeu muitos erros no passado, onde colhe hoje a consequência desses erros, ou seja, o que pode parecer um absurdo dentro das nossas análises é a confirmação da justiça
de Deus que abrange a vida do espírito imortal.

Na pergunta 255 de "O Livro dos Espíritos", questiona Kardec:

"Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento?".

Respondem os Espíritos: "Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos.

". Ainda no "Ensaio teórico da sensação nos Espíritos", questão 257 de “O Livro dos Espíritos "comenta Kardec: "A alma tem a percepção da dor: essa
percepção é o efeito.

A lembrança que da dor a alma conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter acção física.

De facto, nem o frio nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos da alma que não é susceptível de congelar-se nem de queimar-se.".

O nosso entendimento é de que nos encontramos num estado evolutivo muito próximo da matéria onde as reminiscências desta, para o espírito que desencarna, se confundem com a dor física.

Dizemos isto, porque numa sessão de desobsessão, quando o espírito diz "que dói aqui ou ali", não adianta filosofar dizendo que a alma não sente dor, já que para ele é como se fosse uma dor no próprio corpo que ele já não tem mais.

Ainda temos muito a aprender com relação ao nosso pensamento.

O Espiritismo não se baseia na dor para aprender mas, apenas demonstra que esta é uma consequência natural, quando nos desviamos das leis divinas.

A prática do bem não exige diploma de perfeição.

É o estágio de espíritos imperfeitos em que estamos que faz com que flutuemos entre momentos de acção no bem e acção no mal.

A tendência natural é que cheguemos ao estágio do Cristo, que pratica e exemplifica somente o bem.

________________________________________
Que Deus nos envolva sempre num objectivo sublime.

Palestra proferida por Pedro Gonçalves na Associação de Estudos Psiquico Espirituais de Bragança - Portugal

Filhos Especiais - Palestra

Considerações Iniciais:
Filhos especiais, todos podemos nos considerar.
Entretanto, esta noite vamos cuidar especialmente daqueles filhos que recebemos em nossos lares e são um pouco diferentes daqueles que esperávamos.
Uma pequena diferença, marcante entretanto, que caracteriza a bondade Divina no processo de redenção de nossas vidas.
Nem sempre sabemos como lidar com as "pequenas diferenças". Algumas vezes, essas diferenças são determinantes e transformam nossas vidas.
Outras, perturbamo-nos e não nos damos conta que estamos deixando de auxiliar um espírito querido, que volta à carne em busca de socorro do coração.
São os filhos especiais que Deus coloca em nossas vidas para ensinar-nos a amar e doar.
É a Providência Divina em acção.

O espírito imortal que está encarnado numa criança especial encontra-se lúcido - e somente o corpo não responde naturalmente aos estímulos - ou o espírito pode encontrar-se igualmente perturbado?
Falamos dos casos de idiotia.
Na questão 374 de "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec pergunta: "Na condição de Espírito livre, tem o idiota consciência do seu estado mental?".
Os espíritos respondem: "Frequentemente tem.
Compreende que as cadeias que lhe obstam ao voo são prova e expiação".
Dessa forma, percebemos que, ainda quando há o impedimento da manifestação livre do espírito, a condição é contigencial, pois o espírito que é imortal e ali está na sua plena consciência percebe o que ocorre à sua volta.
Não podemos, entretanto, generalizar os "filhos especiais" como sendo apenas excepcionais.
Há algumas outras pequenas diferenças que podem fazê-los diferentes para o mundo, sem que de facto o sejam.
Crianças especiais são sempre espíritos endividados?
Com base na questão 372 de "O Livro dos Espíritos", entendemos que nesses casos há o processo de resgate do espírito.
A figura do endividamento, embora corrente no Movimento Espírita, é muito forte e causa-nos a todos a sensação de incapacidade na solução dos nossos problemas.
Preferimos afirmar que a Providência Divina está actuando e que, em sua justiça, Deus está permitindo o ajuste.
Um mesmo espírito pode reencarnar sucessivamente (2 encarnações) nesta condição, de "especial"?
Sim, pode.
Como entendemos tratar-se de processo de ajuste, a reorganização das estruturas espirituais do companheiro podem necessitar de mais de uma existência para serem levadas a termo.
Entretanto, entendemos também que em sua misericórdia, Deus não proporcionará a nenhum de nós um fardo maior do que o que somos capazes de carregar.
Assim, se após uma encarnação em que o espírito viveu uma condição especial for necessário um tempo para refazimento, a Providência Divina utilizará os meios necessários para que o espírito reencarnante tenha uma existência menos comprometida, sem que isso signifique que está sendo isentado das suas responsabilidades.
Serão utilizados recursos próprios, que propiciem uma aceleração do resgate, sem que haja o comprometimento do corpo físico, por exemplo.
A mediunidade é um óptimo recurso que perfeitamente possibilita a oportunidade do crescimento espiritual e ajuste do passado.
Uma família que recebe um filho especial sempre tem compromisso com este espírito reencarnante?
Os espíritos alertam-nos para as palavras.
Sempre e nunca são palavras muito complicadas.
Não necessariamente tem um compromisso passado com o reencarnante.
Podem, por um dever de caridade, aceitar recebê-lo e encaminhá-lo nesta vida, dando toda a sua assistência e todo o seu carinho. Suprindo suas deficiências e dedicando-se incessantemente. Por amor.
Porquê a necessidade de um espírito vir num corpo que lhe ofereça barreira à manifestação?
Este mesmo espírito, habitando num corpo sadio, não poderia liquidar as suas dívidas, caso as tenha, através do trabalho no bem (trabalho esse que seria muito mais eficiente se seu corpo físico lhe proporcionasse mais liberdade de acção)?
Esse pode ser o problema: a liberdade de acção.
Justamente pelo uso equivocado do livre-arbítrio que eventualmente tenha feito, o espírito comprometeu-se de tal maneira que, como diz Hermínio Correia de Miranda no livro ("Diálogo com as Sombras"), "a lei diz o basta".
É hora de cortar a acção daquele espírito que se está comprometendo não somente a si próprio, mas também a todos aqueles que com ele convivem.
A liberdade de acção, ao invés de auxiliá-lo, nesse caso, somente poderá lhe complicar mais a sua vida.
Do ponto de vista espírita, como se pode entender o autismo?
O autismo é uma limitação imposta ao espírito, objectivando sempre a restrição do seu relacionamento com todos os que o rodeiam.
Isso não impede no entanto que o espírito receba as manifestações de afecto e carinho que a ele sejam endereçadas.
O espírito encarnado na condição de autista sente, vibra.
Somente não se manifesta.
Sugerimos aqui a leitura do depoimento de Charles, um idiota, em "O Céu e o Inferno", de Kardec.
As diferenças entre as patologias dão-se apenas aleatoriamente ou o espírito encarna sofrendo desta ou daquela patologia com um propósito previamente estabelecido?
Os espíritos alertam –nos para o facto de que o acaso não existe.
"(...) tudo serve, tudo se encadeia na Natureza (...)"
Tal como conforme podemos observar na questão 540 de "O Livro dos Espíritos".
Dessa forma, nossas existências obedecerão a um "projecto" do qual participamos, via de regra, antes de reencarnarmos.
Não é um programa, onde tudo está estabelecido.
Mas, antes é um grande roteiro que o espírito estará seguindo e reconstruindo a cada momento de sua existência.
Também a lei de causa e efeito assegura que nada ocorre por acaso no Universo.
"Todo efeito tem uma causa", afirmam os espíritos.
Portanto, não há um aspecto aleatório neste tipo de patologias.
Pode haver em 'filhos especiais', espíritos 'especiais'? Quero dizer, espíritos que são de tamanha luz que vêm para 'resgatar' toda uma gleba de espíritos endividados com a Lei, fazendo com que estes passem a exercitar o amor, devido a condição de 'especial' e de 'espírito de luz' do reencarnante?
Possível é.
Entretanto, entendemos que a contribuição desses espíritos, caso reencarnem entre nós, será muito maior e, consequentemente, maior será sua contribuição para com a comunidade em que esteja inserido, se estiver sem nenhuma restrição a toda a sua manifestação.
Em casos de mães que visam um aborto, valendo-se de drogas (medicamentos) para obterem esse fim. Podemos considerar que tal facto veio a influenciar na concepção de um "filho especial"?
Entendendo, pela Doutrina Espírita, que nada acontece por acaso e que a Justiça Divina se manifesta, a cada instante, a oportunidade não será desperdiçada e um espírito necessitado valer-se-á dela.
Todos, sem excepção, precisaremos dar apoio às futuras mães, demonstrando-lhe que não devem temer o futuro.
Fazendo-lhes perceber a importância do momento por que passam e da responsabilidade que assumem quando engravidam.
Mais ainda, demonstrar-lhes que aquela criança que ali está é a manifestação do amor de Deus em si própria.
Como espíritas, temos um papel fundamental neste processo. Evidentemente, se o desvario da mãe persistir, poderemos ter ali uma criança especial, se ela sobreviver.
Considerações Finais
Paulo afirma: "Se não tiver caridade, nada sou".
Tudo que aqui foi dito hoje, voltado aos "filhos especiais", aplica-se também aos "adultos especiais".
Tudo se aplica às nossas vidas, já que neste planeta somos os agentes de transformação com os quais a Providência Divina conta, para propiciar o progresso da humanidade.
Filhos especiais não são os filhos problema.
Problemas criamos nós, quando não enxergamos a diferença que esse filho pode trazer às nossas vidas, quando Deus nos permite essa oportunidade.
Quando ocorrer de encontramos no caminho um filho especial da criação, possamos nós envolvê-lo com nosso carinho e amor.
Possamos nós vibrar por seus pais e familiares para que saibam como conduzir essa oportunidade única.
Somos todos nós, filhos especiais de Deus.
Necessitando da sua dedicação, tolerância, paciência e principalmente de seu amor.
Que possamos ter esse mesmo amor que o Criador nos dedica, no trato com aqueles que por nossos caminhos passarem.
Que Deus possa envolver a todos.

Palestra proferida por Pedro Gonçalves na Associação de Estudos Psiquico Espirituais de Bragança

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."