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domingo, 6 de janeiro de 2008

ESTEJAMOS ATENTOS

J. GARCELAN

jgarcelan@uol.com.br





A Revista Época em seu número 424 de 3 de julho de 2006 traz como reportagem principal uma matéria sobre a Doutrina Espírita. Na capa uma chamada equivocada “O NOVO ESPIRITISMO”, completando “a face oculta da doutrina fundada por Allan Kardec – que se expande entre a classe média e se irradia para o mundo a partir do Brasil”. São oito páginas escritas usando-se informações corretas e outras incorretas. Como tive a oportunidade de escrever em outros artigos, as informações estão ao alcance de qualquer pessoa que realmente se interesse pelo assunto e em particular Religiões. Mas, com a Graça de Deus, nosso Pai, sempre há pessoas vigilantes que não deixam a “peteca cair”. Assim, uma jornalista espírita da USE (União das Sociedades Espíritas) Regional de Araçatuba, Eliana Thomé, conhecedora profunda da Doutrina, em Carta Aberta dirigida a responsável pela reportagem, coloca, com a devida diplomacia espírita, o que é realmente o Espiritismo, deixando claro que não existe um “NOVO” e muito menos um FUNDADOR e ainda uma “face oculta”!!!

Eliana, nossa querida irmãzinha de Araçatuba, vai página por página esclarecendo a outra nossa irmã da Revista Época o que é realmente o Espiritismo, esclarecendo inclusive que a Moral Cristã é á base de tudo, além da Ciência e Filosofia. Este último esclarecimento quando em cinco colunas a jornalista especifica em subtítulos Espiritismo, Cristianismo, Judaísmo, Budismo e Islamismo, aliás, especificações estas já usadas em outras reportagens. A palavra suposto(a) é usada praticamente em todo o texto quando se menciona os fenômenos mediúnicos, notando-se ai que não houve uma pesquisa mais profunda sobre o assunto.

Entretanto, na Revista ISTOÉ, número 1918, de 26 de julho, publica-se uma outra reportagem denominada “Falando com o Além”, onde vários jornalistas falam sobre a psicografia, transcomunicação e biopsicocibernética, cujo laboratório existente na Europa é totalmente dedicado ao exame e análise científicos de fenômenos paranormais. Nessa reportagem houve pesquisa, entrevistas com pessoas conhecedoras do assunto e nota-se muita seriedade e responsabilidade.

Mas vamos ficar por aqui, pois como pudemos verificar há muitos encontros e desencontros na mídia e, por essa razão, nós Espíritas devemos estar atentos e, sempre que surgir oportunidade, esclarecer os neófitos e outros que se interessarem pela Doutrina.



CINEMA E TELEVISÃO



Como diz o título deste artigo “Estejamos atentos”, vamos abordar também a face positiva da mídia nos meios de comunicação de massa quando se trata de Espiritismo e vida após a morte, aliás, me faz lembrar do livro que li recentemente “A Morte não é o Fim”; excelente. Recomendo como leitura altamente didática e recreativa.

Na televisão, instrumento poderoso de comunicação, vez ou outra é exibido alguma reportagem ou entrevista sobre a doutrina. Em algumas, quando o entrevistado é espírita, as informações são corretas sem deturpações. Mas quando se trata de reportagens ou documentários o “modus operandi” modifica-se e nota-se algo estranho manuseando os bastidores do programa. Confundem-se Espiritismo com outras religiões ou seitas espiritualistas - nada temos contra qualquer tipo de Religião -, mesmo porque o ser humano evolui em qualquer uma delas desde que cumpra os preceitos do amor ao próximo, da caridade, etc., e se mantenha no resguardo de tentações excessivamente materialistas que a Porta Larga mencionada no Evangelho sugere.

Mesmo quando é entrevistado um ou outro policial entre outras pessoas em se tratando de crimes envolvendo ritos religiosos, logo surge à palavra espiritismo, desconhecendo-se totalmente a filosofia codificada por Kardec, tão divulgada nos dias de hoje, graças à farta literatura e médiuns conhecidos em todo o Brasil e no mundo – Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros.

Mas há também as novelas espíritas. Uma em especial, reprisada recentemente, denominada “A Viagem”, que alcançou índices de audiência elevados e que mostra a realidade da Doutrina e que transformou atores em espíritas e provavelmente muitas outras pessoas. O Teatro Espírita tem contribuído muito para a divulgação da Codificação e o cinema, a partir de “Ghost”, mesmo havendo um pouco de fantasia na história, contribuiu para o avanço ou pelo menos a curiosidade de conhecer os fenômenos espíritas.

Em 2002, surge um filme estrelado por Kevin Kostner, chamado o “Mistério da Libélula” em inglês “Dragonfly” (libélula) – disponível em DVD -. Não me recordo do nome do autor da história, o roteirista, etc.; mas fiquei impressionado com a precisão espiritualista da história. A dificuldade de uma desencarnada de se comunicar com seu esposo (Kevin Kostner) para relatar um fato muito importante. A luta do protagonista em acreditar nos fenômenos que o rodeiam e de se fazer acreditar por outras pessoas quando ele começa a sentir a realidade. Agênere, recados transmitidos por crianças que passaram pelo transe de quase morte, até a tentativa de usar o órgão da fala de um cadáver, além de o espírito perturbado e desesperado tentar usar uma arara de estimação, em que ela havia ensinado duas palavras quando ainda encarnada, são mostrados nesse filme. Como sempre, há os que são afastados compulsoriamente de suas atividades por estarem próximos da verdade em suas pesquisas da vida após a morte, em particular uma freira que fica limitada a um convento, proibida de falar sobre o assunto. Felizmente, as sociedades médico-espíritas proliferam, fato este apenas divulgado pela imprensa espírita ou pelos próprios médicos quando entrevistados ocasionalmente.



Leon Denis já nos disse que “O Espiritismo será aquilo que o homem dele fizer”.

Evidentemente, é norma de nossa Doutrina não usar o proselitismo para fazer divulgação, pois como Ciência, Filosofia e Religião, o Espírito de Verdade veio nos esclarecer ou colocar os ensinamentos de Jesus em seu lugar. Devido à ganância produzida pelo materialismo, a Boa Nova foi largamente deturpada para se atingir o poder momentâneo que a carne ansiosa desejava (o ópio da vaidade). Mas, não nos esqueçamos que é dever de cada espírita vigiar e defender a Doutrina, usando-se o Amor, a tolerância, estudo e muito esforço na luta cotidiana contra nossos defeitos morais e materiais. O Espiritismo não “se enfia goela abaixo”; ele é assimilado, compreendido e aceito com carinho e muito amor quando cada indivíduo entende que deve fazer uma reforma íntima e que amar o próximo é amar a Deus.

E, para terminar este artigo sito aqui parte de um diálogo inserido no livro “A Esquina de Pedra”, de Wallace Leal V. Rodrigues – 9ª. Edição-Casa Editora O Clarim – És meu irmão Flávio, pois não? – Sim. E para onde vai a tua família? – Para Nicéia na Bitínia. Ali se reunirão todos os bispos cristãos para um concílio. Vais também? – Não. Mas assistirás a um fato muito importante. Veras o Cristianismo desaparecer e ceder lugar a uma nova doutrina...

Esse pequenino trecho do livro de Wallace faz parte da história; basta pesquisá-la e encontrarão tudo o que aconteceu nesse Concílio e as centenas de anos que dele nos separam. Daí o título deste artigo “Estejamos Atentos”.

Não fazemos proselitismo, mas podemos como nossa irmã de Araçatuba, entre outros, esclarecer com amor os equívocos que se cometem contra o Espiritismo e não ficar calados diante dos que querem a transformação da Doutrina dos Espíritos, ou simplesmente destruí-la ou transformá-la como no “Concílio de Nicéia”.





Publicado na Revista O CLARIM – 15 de setembro de 2006. Página 5

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."