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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

POEMA DE GRATIDÃO

Obrigado Senhor, pelo que tu me deste e pelo que tu me dás.
Obrigado pelo pão, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza, que meus olhos vêem no altar da Natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar.
Que acompanham a ave ligeira, que voa fagueira pelo céu anil
e se detém na terra verde salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor, porque eu posso ver meu amor.
Diante da minha visão eu faço uma prece pelos cegos,
que se debatem na multidão, que andam na solidão, que tropeçam na escuridão.
Por eles eu oro e a ti eu imploro, comiseração...

Muito obrigado pelos ouvidos meus, que foram dados por Deus.
A música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia do boiadeiro, pela música, que não tem par.
Muito obrigado Senhor, porque eu posso escutar.
E diante da minha prece eu rogo pelos surdos que não podem escutar,
mas que do Teu reino, podem desfrutar.

Obrigado pela minha voz.
Pela voz que canta, que ama, que declama, que ensina, que alfabetiza, que ilumina.
Pela voz que flauteia uma canção e o Teu nome profere com sentida emoção.
Diante da minha melodia eu quero rogar pelos que sofrem de afasia.

Muito obrigado pelas minhas mãos.
Mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de amor, que limpam feridas, enxugam as lágrimas e as dores da via.
Mãos que apertam mãos, amparando a velhice e a infância, a dor e o desamor.
Muito obrigado Senhor, pelas mãos que embalam no próprio seio
o corpo de um filho alheio, sem receio.

E pelos pés, que me levam a andar sem reclamar.
Muito obrigado Senhor, porque eu posso bailar.
Diante de meu corpo perfeito eu vejo na Terra:
aleijados, infelizes, marcados, deformados, amputados,
paralisados e por eles eu me ponho a rogar.
Por que sei que depois desta expiação, no Teu reino, eles bailarão.

Obrigado por fim pelo meu lar! É tão maravilhoso ter um lar.
Não é importante se esse lar é uma mansão, ou se está numa favela.
Se é um ninho, ou um bangalô, uma casa no caminho, seja lá onde for.
Mas é importante que dentro dele, exista a figura do amor.
O amor de mãe ou de pai, de esposa ou de marido, de filho ou de irmão,
a presença de um amigo, alguém que nos dê a mão.
Por que é triste, viver na solidão, não ter sequer a companhia de um cão.

Mas se eu ninguém tiver para me amar, um teto para me agasalhar, se eu nada possuir
senão as estradas como leito de repouso e as estrelas do céu como suave lençol,
nem aí reclamarei, pelo contrário Te direi: Obrigado Senhor!
Porque eu Te amo e sei que Tu me amas.
Porque me deste a vida, jovial, alegre, pelo Teu amor favorecida.
Obrigado Senhor! porque eu nasci.
Muito obrigado, porque eu creio em Ti
e porque me socorres hoje e sempre com amor.
Obrigado Senhor! Muito obrigado Senhor!

AMÉLIA RODRIGUES (psicografia de Divaldo Pereira Franco)

Enviado pelo Bom Amigo e irmão em Cristo
Edward Santos

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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."