"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus." - I João, 4: 1.
...O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos
e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas idéias. Antes que se conhecessem as ralações mediúnicas, eles atuavam de maneira menos ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, audiente ou falante. É considerável o número dos que, em diversas épocas, mas, sobretudo, nestes últimos tempos, se hão apresentado como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até como Deus. São João adverte contra eles os homens. dizendo: "Meus bem-amados, não acrediteis em todo Espírito; mas, experimentai se os espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. O Esíritismo nos faculta os meios de experimentá-los, apontando os caracteres pelos quais se reconhecem os bons Espíritos, caracteres sempre morais, nunca materiais (Ver, sobre a maneira de se distinguirem os Espíritos: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIV e seguintes). É à meneira de se distinguirem dos maus os bons Espíritos que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: "Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore má não os pode produzir bons." Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos. - O Evangelho Seg. Espiritismo, cap. XXI, item 7.
Os novos discípulos do Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio com o mundo espiritual, quase sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e perfeitas comunicações com o Além.
Se muitas vezes aparecem fracassos, nesse particular, se as experimentações são falha de êxito, é que, na maioria dos casos, o indagador obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao imperativo edificante.
O propósito de exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano. Através dela, malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de vez que o aprendiz cerrou os olhos ao horizonte das verdades eternas.
Bela e humana a dilatação dos laços de amor que unem o homem encarnado aos familiares que o precederam na jornada de Além-Túmulo, mas é inaceitável que o estudante obrigue quem lhe serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações particulares que lhe dizem respeito.
Haverá sempre quem dispense luz nas assembleias de homens sinceros. O programa de semelhante assistência, contudo, não pode ser substancialmente organizado pelas criaturas, muita vez inscientes das necessidades próprias. Em virtude disso, recomendou o apóstolo que o discípulo atente, não para quem fale, mas para a essência das palavras, a fim de certificar-se se o visitante vem de Deus.
- Caminho, Verdade e Vida-Emmanuel/Chico Xavier, lição: Comunicações -
"O século em que ora respira o nosso mundo poderá ser cognominado de - O SÉCULO DA VAIDADE. Nos múltiplos setores da vida cotidiana, em seus aspectos mais diferenciados e profundos, poder-se-á averiguar a veracidade desse asserto.
Particularizando a questão ao âmbito de nossa comunidade espírita, observamos, com infinita tristeza, a proliferação daninha dos vírus desse mal, que se apossam de numerosos irmãos menos precavidos, fazendo que a dúvida, a desconfiança, a confusão, enfim, penetrem nos corações poucos avisados.
Um dos veículos característicos de sua disseminação está, sem dúvida, consubstanciado nas imensas reservas inferiores do amor-proprio. É este o seu agente mais comum, que, paulatinamente, sob diferentes máscarás, se vai inflitrando, dum modo tão insinuante que chega a ser quase imperceptível, nos recessos mais absconsos do ser humano; - é o desejo incontido e avassalante de querer aparecer; a ânsia das coortes, dos aplausos, dos elogios e das pompas.
Não fôsse a vigilância carinhosa dos comandados de Ismael, e talvez que, há muito tempo, estivessem instalados, no seio de nossos próprios círculos neo-espiritistas, o "Santo Ofício". os "batistérios", as "crismações", etc. Para alcançar a gloríola passageira e ilusória do orbe, não falta quem se encoraje a lançar mão de todos os meios e modos, por incompatíveis que sejam com a sã moral ou com os legítimos critérios do bom-senso.
Chega-se atualmente aos absurdos das mais extravagantes criações ideológicas, de cunho pessoal, no que concerne ao campo doutrinário, e isso, com a auréola farfalhante da originalidade e da fama, como se a Doutrina dos Espíritos fôsse doutrina de homens, e homens tanto mais falíveis quanto mais intoxicados de presunsão.
Em suma: a vaidade ameaça o sacrifício das verdades puras do Consolador Prometido, na luta por sobressair-se e dominar, e o homem já não parece disposto a servir, no clima da obscuridade, como ativo e mero instrumento de Mais Alto.
É, pois, a humildade um dos maiores problemas de hoje, como o foi ontem e será, provavelmente, do próximo amanhã. Mas é problema que só pode ser resolvido quando o queiramos examinar conscienciosamente, à luz eterna dos Evangelhos do Cristo.
Veja, quem tem olhos de humildade para ver..."
- O texto é de o Reformador-FEB, agosto de 1949 - de Túlio Campos
Enviado pelo amigo Brás José Marques
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