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sábado, 6 de dezembro de 2008
Na ausência do Amor
Se não sabes cultivar a verdadeira fraternidade, serás atacado fatalmente pelo pessimismo, tanto quanto a terra seca sofrerá o acumulo de pó.
Tudo incomoda àquele que se recolhe à intransigência.
Os companheiros que fogem às tarefas do amor são profundamente tristes pelo fel de intolerância com que se alimentam.
Convidados ao esforço de equipe, asseveram que os homens respiram em bancarrota moral.
Trazidos ao culto da fé, supõem reconhecer, em toda parte, a maldade e a desilusão.
Chamados à caridade, consideram nos irmãos de sofrimento inimigos prováveis, afastando-se irritadiços.
Impelidos a essa ou àquela manifestação de contentamento, recuam, desencantados, crendo surpreender maldade e lama nas menores exteriorizações de beleza festiva, Caminham no mundo entre a amargura e a desconfiança.
Não há carinho que lhes baste. Vampirizam criaturas por onde estagiam, chorando, reclamando, lamentando.
Não possuem rumo certo. Declaram-se expulsos da sociedade e da família.
É que, incapazes do amor ao próximo, jornadeiam pela terra, sob o pesado nevoeiro do egoísmo que nos detém tão somente no circulo estreito de nossas necessidades, sem qualquer expressão de respeito
para com as necessidades alheias.
Afirmam-se incompreendidos, porque não desejam compreender.
Ausentes do amor, ressecam a máquina da vida, perdendo a visão espiritual.
Impermeáveis ao bem, fazem-se representantes do mal.
Se o pessimismo começa abeirar-se de teu espírito, recolhe-te à oração e pede ao Senhor te multiplique as forças na resistência, ante o assalto das trevas.
Aprendamos a viver com todos, tolerando para que sejamos tolerados, ajudando para que sejamos ajudados, e o amor nos fará viver, prestimosos e otimistas, no clima luminoso em que a luta e o trabalho são bênçãos de esperança.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Fonte Viva)
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