De: Jorge Medeiros
"OS ESPÍRITOS ESTÃO EM DIMENSÃO MAIS ALTA QUE A NOSSA, NÓS NÃO OS VEMOS, MAS A ALMA VÊ."
Define-se espaço como: extensão superficial limitada, extensão indefinida, distância entre dois pontos, etc. .. Mas se o espaço for a distancia entre dois pontos, o que será que transcende esse limite? Logo a distância entre dois pontos ou dois corpos é nada mais que uma região do espaço, isto é, uma parte infinitesimai do espaço.
Extensão superficial limitada também não, já que toda distância, extensões possíveis e imagináveis formam regiões no espaço, dado o caráter de possibilidades infinitas de criações. Como definir espaço, então?
Sabemos que todas as coisas estão inseridas no espaço, isso nos induz a sofismar que espaço seria o Universo; mas se assim procedermos, poderemos cair nos mesmos erros dos cientistas que definiram o átomo (o elemento indivisível) como as "moléculas" em que trabalhavam,já que o átomo nada mais é que uma molécula formada de outras partículas menores, definido por Kardec em A Gênese, que também são formadas de partículas menores, verificando mais tarde essas sendo divisíveis, pois podem existir outros Universos, como nos diz Allan Kardec na Revista Espírita de 1869. Logo, o somatório desses Universos é que seria o verdadeiro UNIVERSO. Como definir, então? Arriscamos a designar por definição sendo espaço: onde existe tudo o que foi criado. Notem que não usei a expressão "lugar onde", já que lugar também remete à noção de região. Como, assim? É porque todas as coisas têm que estar no espaço, visto que o espaço é uma criação de Deus. Ora, o nada não existe. O espaço, nós designamos por espaço universal e as outras definições por regiões do espaço ou "locais".
O espaço por definição é infinito, pois que a criação de Deus é infinita, e também para abranger todas as coisas e criações espirituais, isto é, de todos os Espíritos, independente do grau evolutivo. Deus também está no espaço, pois que preenche todas as coisas, logo Deus é imóvel, isto é, não há um local em que Deus não esteja; o UNIVERSO é pleno Dele! Daí tiramos outra conclusão: não existe no universo a treva absoluta, já que Ele está em todo lugar e Ele é luz; ninguém está sozinho; por mais baixo que o ser humano possa descer às trevas interiores, existe sempre Deus com ele.
Os Espíritos estão em uma dimensão acima da nossa, não os vemos com olhos, só os sentimos, mas a alma vê, pois nosso psiquismo pleno abarca todas as dimensões (a centelha divina), já que vibra no padrão divino e quanto mais evoluímos mais capacidade temos de varar as dimensões, por isso no mundo da verdade, o plano espiritual, existem várias regiões para diferentes categorias de Espíritos.
Quando eles intervém em nossa dimensão, podem eles até retirar ou arrebatar objetos para si e colocar em outro lugar, conhecido como fenômeno de transporte (O Livro dos Médiuns cap. V itens 96 ao 99), mas também todas as dimensões estão contidas no espaço, quanto mais se livra dos pesares da matéria, téria mais capacidade tem o ser de superar esses limites dimensionais, se bem que a diferença entre alguns Espíritos é uma questão de densidade e peso específico.
O tempo: a melhor definição de tempo É a do Espírito Galileu em A Gênese, os milagres as predições segundo o Espiritismo, da Allan Kardec, que diz ser o tempo a sucessão das coisas. Mas quando nasceu o tempo? Quando corneçou a existir?
O espaço e o tempo estão ligados entre si, dai Einstein se ver obrigado a colocar em suas equaações o tempo como uma variável a mais. Não se pode desvincular o tempo do espaço, pois que nós estamos ligados sobremaneira à matéria.
O tempo existe desde que exista espaço, pois que tempo é a sucessão de coisas criadas, que só podem existir no espaço universal. Então nos perguntamos: E Deus? Deus é atemporal, isto é, não está sujeito ao tempo e nem ao espaço, existe antes desses dois, Deus existe por ele mesmo, antes do espaço e do tempo existe O Criador, Deus soberano, mas Deus também está na sua criação em todo lugar, por isso, um dos atributos de Deus é ser imóvel! Definição de Parmênides; filósofo-540 a. c., e depois confirmado pelo espírito Erasto, na Revista Espírita de março de 1864. Em nosso estágio o tempo é uma consequência meramente material, dada a nossa materialidade, nossa mente está "presa nas sucessões de coisas materiais",donde vem a noção imperfeita de ser o tempo uma coisa material, apesal de não ser matéria, e não conseguirmos entender o SER incriado.
A mente perfeita transcende as sucessões materiais, logo transcende nossa noção de tempo, os superiores mais acima da matéria superam as dificuldades da matéria e logo unem o passado, o presente e em muitos casos o futuro, que consiste nas consequências naturais, mas nunca chegam a transcender todo espaço e o tempo, já que só é possível a Deus, o incriado, sempiterno, imóvel, imanente e transcendente. Vide Jesus: "quanto aquele dia e aquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu, nem o filho, só o Pai" Matheus 24vv36. Logo o tempo existe desde sempre !
É redundante? Desde quando isto existe? Por definição, desde sempe, já que só poderíamos conceber Deus trabalhando ! Nunca inativo. Estas definições se perdem num axioma que se eleva acima das alturas do filho de Deus. As almas presas na matéria sofrem com a dificuldade de se apossar do seu passado, como nos romances espíritas.
Para nós começarmos a tentar entender essas coisas podemos começar a fazer um exercício com a imaginação, quem está preso em uma espécie de labirinto não pode sair dele, só ir para frente ou para trás, mas quem está em uma dimensão acima vê esse individuo, consegue prever seus movimentos e suas consequências e até estando no espaço superar num instante as distâncias, ver, atuar à crente desse outro; quem está numa dimensão acima prevê o futuro, em aiguns casos inspirados pelo absoluto supremo.
Quando se estuda a matéria pela matéria pode-se encontrar algumas anomalias como os efeitos relativísticos da dilatação e contração do espaço e do tempo, já que esses são reflexo de quem observa apenas do ponto de vista material. Um trem que passa com uma velocidade perto ou igual a da luz, nós percebemos como se ele fossse menor do que é, mas isso é um efeito, o trem não mudou sua estrutura, mas nós é que interpretamos assim, dado aos nossos sentidos acanhados e todos os efeitos materiais. Como o paradoxo dos gêmeos, que diz que se um dos gêmeos viajasse na velocidaade da luz a uma região remota e voltasse, ao final da viagem um deles estaria mais velho que o outro, que por si só é um absurdo, uma anomalia da interpretação puramente material, principalmente sabendo que essa hipótese por si já nega o primeiro postulado relativístico, já que é uma situação em que o referencial é não inercial. No mais, só os purificados no amor têm a capacidade de transpor as dimensões e por antecipação nos revelar o futuro distante, para a nossa felicidade!
Fonte: Jornal Espírita - Janeiro/09
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