"Os adversários falam do Espiritismo como os cegos fala das cores, sem conhecimento de causa, sem exame sério e aprofundado, e unicamente baseados numa primeira impressão. Seus argumentos se limitam á negação pura e simples, visto que não respeitamos como argumentos os dichotes facetos; por mais espirituosas que sejam, as zombarias não constituem razões.
"Nenhuma idéia nova, por mais bela e justa que seja, se implanta instantaneamente no espírito das massas, e aquela que não encontrasse oposição seria um fenômeno insólito. Por que o Espiritismo faria exceção à regra geral? Às idéias, tal como aos frutos, é preciso dar tempo para amadurecerem; mas a leviandade humana faz que as julguem antes da maturidade, ou sem se darem ao trabalho de sondar-lhes as qualidades íntimas." - Revista Espírita 1859, página 239.
"Quando um fato se apresenta, não nos contentamos com uma única observação; queremos vê-lo sob todos os aspectos, sob todas as faces, e, antes de aceitar uma teoria, examinamos se ela explica todas as particularidades, se nunhum fato desconhecido virá contradizê-la; em suma, se resolve todas as questões: eis o preço da verdade. A oposição que se faz a uma idéia está sempre na razão de sua importância. Se o Espiritismo fosse utopia, dele não se ocupáriam mais do que de tantas outras teorias. O encarniçamento da luta é o indício certo de que o tomaram a sério. Mas, se há luta entre o Espiritismo e o clero, a História dirá quais foram os agressores. Os ataques e as calúnias de que tem sido alvo forçaram-no a devolver as armas que lhe lançaram e a mostrar os lados vulneráveis de seus adversários." - Revista Espírita 1864, página 198.
"Em lógica elementar, para discutir uma coisa é preciso conhecê-la, visto que a opinião de um crítico só tem valor quando ele fala com perfeito conhecimento da causa. Só então a sua opinião, ainda que errônea, pode ser levada em consideração. Mas, que importância tem ela acerca de um assunto que ele ignora? O verdadeiro crítico deve dar provas, não somente de erudição, mas também de profundo saber com respeito ao objeto em exame, de julgamento são e de imparcialidade a toda prova, sem o que o primeiro menestrel que surgisse poderia arrogar-se o direito de julgar Rossini, e um jovem aluno de pintura o de censurar Rafael. O Espiritismo só pode considerar como crítico sério aquele que houvesse tudo visto, tudo estudado, com paciência e a perseverança de um observador consciencioso; que soubesse sobre esse assunto tanto quanto o mais esclarecido adepto; que não tivesse extraído seus conhecimentos dos romances da ciência; a quem não poderiam opor nenhum fato do seu conhecimento, nenhum argumento que ele não tivesse meditado; que refutasse, não por negações, mas por meio de outros argumentos mais peremptórios; que pudesse, enfim, atribuir uma causa mais lógica aos fatos averiguados. tal crítico está ainda por aparecer." - Revista Espírita 1860, página 271.
"O Espiritismo não deve ser imposto; se vêm a ele é porque dele necessitam, e porque dá o que as outras filosofias não dão. Convém mesmo não entrar em nenhuma explicação com os incrédulos obstinados: seria dar-lhes muita importância e fazê-los crer que se depende deles. Os esforços que se fazem para atraí-los, afastam-nos, e, por amor-próprio, se obstinam em sua posição. Eis por que é inútil perder tempo com eles; quando a necessidade se fizer sentir, virão por si mesmos. enquanto se aguarda, deve-se deixá-los tranqüilos, a se comprazerem no seu cepticismo, que, crede-o bem, muitas vezes lhes pesa mais do que dão a perceber; porque, por mais que o digam, a idéia do nada após a morte tem algo de mais assustador, de mais cruciante do que a própria morte." - Revista Espírita 1861, página 371.
"É o Espiritismo, como alguns julgam, uma nova fé cega substituindo outra fé cega? ou, em outras palavras: uma nova escravização do pensamento sob nova forma? Para o crer, só mesmo lhe ignorando os primeiros elementos. Com efeito, o Espiritismo estabelece, em princípio, que antes de crer faz-se necessário compreender; ora para compreender, deve-se fazer uso do discernimento. Eis por que ele procura dar a si mesmo explicação de tudo antes de admitir alguma coisa, a saber: o porquê e o como de cada coisa. Assim, os espíritas são mais cépticos do que muitos outros, a propósito dos fenômenos que ultrapassam o círculo das observações habituais. Não repousa em nenhuma teoria preconcebida e hipotética, mas na experiência e na observação dos fatos." - Revista Espírita 1867, páginas 40/44.
Texto seleccionado pelo amigo Braz José Marques
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