PARTE XVI
APRENDENDO A VOAR
A sombra de enorme Jatobá, admiravam a alegria e o burburinho das crianças que brincavam no parque sem nenhuma preocupação que não fosse deixar de estar lá ...
Corriam , pulavam, trotavam com um galho qualquer entre a pernas imaginando um bravio alazão ou abrindo os braços simulando o rasante de um avião.
A felicidade incontida nas gargalhadas e nos folguedos, no giro do carrossel , no vai e vem do balanço, no sabor do algodão doce que para os pais tinham mesmo o sabor do descanso pois era a única hora que os meninos sentavam, silenciando a algazarra barulhenta com a iguaria grudenta .
- Ah, parecem tão puros os seus corações , é mesmo a infância o tempo certo para cultivar as nobres vocações !
- Parece-me um tanto dificil que em meio a tanto movimento e agitações possam alí criar raízes as boas orientações .
- Pois é mesmo engano seu , embora pareça grande a abstração, é nesse momento que o espírito age como uma esponja sempre pronta para absorver e manter no subconsciente todas as informações , para quando convir fazer delas apreciaveis utilizações. Daí a necessidade de deixar sorverem somente o que lhes for bom. Porém nessa fase achando que os pequenos não lhes dão a devida atenção, deixam os adultos, que fiquem a mercê da sorte, perdendo a oportunidade de encaminhar o caráter latente para a educação.
Veja lá um exemplo : Um casal briga, grita e fala palavrões sem se importar com o filhinho que está ao lado brincando e observando a cena ao seu contento como se fosse para ele um divertimento, para mais tarde servir-se deste péssimo exemplo.
- De outro lado uma família faz jus aos seus valores, mostram as suas crianças os cuidados e a importância com o ambiente e com o próximo, cuidando da natureza, respeitando os idosos, não poluindo os rios e não arrancando as flores.
- Mas e aquela mãe que cede ao choro da menina, fazendo todas as suas vontades, obedecendo as ordens da pequena tirana como uma serva a cumprir as suas irresponsáveis disposições sem preocupar-se com a qualidade, como se carinho pudesse ser medido e pesado por quantidade.
- Porque essa pobre mãe , não consegue dizer não com firmeza ? Afinal é dela como tutora espiritual o direito de estabelecer autoridade e exigir respeito com confiança, fazendo valer o que lhe achar melhor no dever de educar, amar, proteger, prover e oferecer segurança.
- Porém a criança que já trouxe na bagagem moral uma personalidade astuta e caprichosa, já faz contar as suas intenções ardilosas, pois já percebeu na mãe sua principal fraqueza e temor ...
- E qual é ?
- Perder o seu amor...
- Percebe que não só o perde, como prejudica no espírito tutelado o desenvolvimento, se vieram unidas em laços familiares devem pelo amor aproveitarem para ambas alavancarem seus aperfeiçoamentos.
- Amar é saber a hora de dizer sim , e a hora de dizer não, benéfica ação , ferramenta poderosa em favor dos espíritos em correção.
- E quando recebemos no lar os familiares dificeis nos parecendo quase impossível se afeiçoar e não viver aborrecido?
- A paciência é nesse caso a principal e derradeira virtude que facilita a convivencia com os irmãos de corações endurecidos.
- No entanto o que se tem visto são espiritos tomados de inconsciência que deixam-se dominar pelos estimulos da ira, do egoísmo, dos obssessivos ataques de violência .
aumentam assim as dívidas e os tormentos , dão vazão para a dor , o que deveria ser a hora bendita para os resgates de amor e congraçamento.
- A mão que um dia afagou e fez sorrir, esquece os momentos bons, onde jurou jamais desrespeitar e agredir ...
- Errou quem disse um dia que o peso do chicote é que faz obedecer, pois o que educa são as condições oferecidas para o despertamento, pois ninguém pode interferir no livre árbitrio e na autonomia do pensamento.
O espírito em rebeldia quando imposto a condições dolorosas tende ao favorecimento das emoções angustiosas, como o ódio, a depressão, a tristeza ,o desejo de vingança e da revolta belicosa.
O espírito despertado para a consciência dadivosa, nessas mesmas condições, compreende resignado que a circunstancia em que se achar é para a sua educação oportunidade luminosa.
O aprendizado se dá por força da ocasião, quando o espírito assimilar a sua necessidade de evolução, a disciplina passa a ser altruista deixando de ser vista como uma imposição , é quando a reforma moral deixa de ser atitude de remissão.
- A criança é tal e qual o pássaro pequenino cujo dever compete aos pais de ensinar a voar , mas sem tolher ou interromper a livre escolha de seu destino.
- Para que um dia possa o próprio vôo alçar e o Bem mais alto alcançar...
Continua ...
(Texto: Paty Bolonha - Projeto Missionarinhos do Futuro) (respeite a autoria)
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