MARIA MENINA...

Quando a conturbada região, escolhida

foi, para sediar futuros acontecimentos,

nem sonhava que por ali teria guarida

excelsa alma, rica de amor e sentimentos.





Pobre na vivência a que viera destinada,

atravessava os campos, alegre, catita, a pé,

beijando flores, pelas flores sendo beijada,

saudada pelo sol dos jardins de Nazaré.





Antes que venerada sob o brilho humano de um manto,

mãe do amor, em agonia, fitando o filho-esperança,

no madeiro infame, trespassado pela lança;

digna, altiva, resigna-se a contido e furtivo pranto.





Mas, antes que tudo passasse na trilha gloriosa,

- do recado do anjo, da maternidade em Belém,

das apreensões da escolha, do futuro incógnito -,

antes, Maria foi criança, menina, brincou;

mocinha... teve sonhos também.









(Pagina recebida no Centro Espírita Zabeu Kauffman, Indaiatuba, São Paulo - BR - em 03.03.2004, por Devarley Mastro)