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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011

Amigos, mais um ano que termina e mais um que se inicia, mais um ciclo que se repete, data em que devemos reflectir sobre o passado e sobre o futuro.
Foi com certeza um ano de muitas vicissitudes e dificuldades, mas com certeza um ano de grande aprendizado para todos e com algumas alegrias pelo meio.
Um ano em que de tudo aconteceu um pouco, dos bons momentos guardemos as saudades e as lembranças, dos maus, guardemos o que aprendemos e que nos sirva para continuarmos nossa caminhada com as lições bem aprendidas e estudadas.
Nosso Misericordioso e Bondoso Deus Pai Maior, jamais nos desamparou, embora em determinadas altura pudesse parecer o contrário sempre nos deitou a mão e nos ajudou, assim como nos continuará com toda a certeza a ajudar, por isso não desanimemos, nem percamos a nossa fé.
Lembremo-nos daqueles que têm menos e a quem quase tudo falta e conseguem ser felizes, lembremo-nos da fé e da caridade, tábuas para a salvação e saibamos seguir em frente.
Por dificuldades todos nós passamos, mas tenhamos muita fé, pratiquemos a caridade sem interesses, deixemos de lado o orgulho, a inveja, os rancores e os ódios, deixemos entrar em nossos corações, a harmonia, a coragem, a fé, a humildade e com toda a certeza conseguiremos ser felizes.
Peça-mos então a Deus com toda a fé e todo o fervor:
BONDOSO PAI, QUE TUDO NOS DÁS, EU TE AGRADEÇO POR TODAS AS BENSÃOS E POR TODAS AS DÁDIVAS QUE SEMPRE ME TENS CONCEDIDO.
EU TE AGRADEÇO AS LIÇÕES QUE ME TENS DADO AO LONGO DESTA MINHA CAMINHADA E TE AGRADEÇO TODA A AJUDA QUE SEMPRE COLOCAS A MEU LADO PARA ME AMPARAR NOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS DESTA MINHA VIDA E QUE TÊM SIDO TANTOS.
AGRADEÇO-TE AS OPORTUNIDADES QUE ME TENSA DADO DE PODER PRATICAR A CARIDADE E DE PODER FAZER O BEM.
TE PEÇO PERDÃO PORQUE TÃO POUCO TENHO APRENDIDO, PORQUE TANTAS VEZES CAIO NO ERRO E NO DESESPERO.
PEÇO-TE PERDÃO POR AINDA NÃO TER APRENDIDO A PERDOAR, POR AINDA NÃO SABER SER HUMILDE, POR AINDA NÃO SABER O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA CARIDADE E DA HUMILDADE.
PEÇO PERDÃO POR ME DEIXAR CEGAR PELO ORGULHO, PELA ARROGÂNCIA E PELA PREPOTÊNCIA, AJUA-ME BOM PAI.
AJUDA-ME A SER CAPAZ DE ME MELHORAR, A SER CAPAZ DE CRIAR DENTRO DE MIM O VERDADEIRO AMOR E A VERDADEIRA HUMILDADE.
AJUDA-ME A SER CAPAZ DE AJUDAR, NÃO DEIXES QUE A FÉ JAMAIS ME FALTE NEM ME DESAMPAREIS NOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS.
PAI AJUDA-ME A AJUDAR A TODOS QUANTOS DE MINHA AJUDA VERDADEIRAMENTE NECESSITAM E A SABER DISCERNIR QUEM VERDADEIRAMENTE NECESSITA DE AJUDA, AJUDA-ME A DIA APÓS DIA SER CAPAZ DE FAZER MAIS E MELHOR.
AJUDA-ME A AJUDAR A CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR.
AJUDA A TODOS QUANTOS LÊEM ESTA MENSAGEM E A TODOS QUANTOS OS RODEIAM E SEUS FAMILIARES.
HUMILDEMENTE BOM PAI TE PEÇO AJUDA PARA ESTE ANO DE 2011, PARA QUE SEJA UM ANO REPLETO DE PAZ, DE AMOR, DE MUITA HARMONIA E MUITAS ALEGRIAS.
NÃO DEIXES QUE O DESESPERO DE NÓS SE APODERE E QUE A FÉ JAMAIS NOS DESAMPARE.
OBRIGADO PAI...

FELIZ ANO 2011
ESTES SÃO OS MEUS MAIS SINCEROS VOTOS E DESEJOS PARA 2011
PEDRO GONÇALVES

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PRECE DE ANDRÉ LUIZ

Senhor Jesus,
Dá-nos o poder de operar a própria conversão,
Para que teu Reino de Amor seja irradiado
Do centro de nós mesmos!..

Contigo em nós,
Converteremos
A treva em claridade,
A dor em alegria,
O ódio e amor,
A descrença em fé viva,
A dúvida em certeza,
A maldade em bondade,
A ignorância em compreensão e sabedoria,
A dureza em ternura,
A fraqueza em força,
O egoísmo em cântico fraterno,
O orgulho em humildade,
O torvo mal em infinito bem!

Sabemos, Senhor,
Que de nós mesmos,
Somente possuímos a inferioridade
De que nos devemos desvencilhar...
Mas, unidos a Ti,
Somos galhos frutíferos
Na árvore dos séculos
Que as tempestades da experiência jamais deceparão!...
Assim, pois, Mestre Amoroso,
Digna-te amparar-nos
A fim de que nos elevemos
Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas,
Que nos erguerão da inutilidade
Para o serviço da Cooperação Divina,
Agora e para sempre. Assim Seja!...

(Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Voltei - final, FEB - site FEAL)

Tolerância

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Plantão de Paz - GEEM


Tolerância é caminho de paz.


Não julgues esse ou aquele companheiro ignorante ou desinformado, porquanto, se aprendeste a ouvir, já sabes compreender.


Diante de criaturas que te enderecem qualquer agressão, conversa com naturalidade, sem palavras de revide que possam desapontar o interlocutor.


Perante qualquer ofensa, não percas o sorriso fraternal e articula alguma frase, capaz de devolver o ofensor à tranqüilidade.


Nos empecilhos da existência, tolera os obstáculos sem rebeldia e eles te farão facilmente removíveis.

No serviço profissional, suporta com paciência o colega difícil, e aos poucos, em te observando a calma e a prudência, ele mesmo transformará para melhor as próprias disposições.


Em família, tolera os parentes menos simpáticos e, com os teus exemplos de abnegação, conquistarás de todos eles a bênção da simpatia.

No trânsito público, não passes recibo aos palavrões que alguém te dirija e evitarás discussões de conseqüências imprevisíveis.


Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condição de filhos de Deus e nossos próprios irmãos.

O PROGRAMA DO SENHOR

A frente da turba faminta, Jesus multiplicou os pães e os peixes, atendendo à necessidade dos circunstantes.

O fenômeno maravilhara.

O povo jazia entre o êxtase e o júbilo intraduzíveis.

Fora quinhoado por um sinal do Céu, maior que os de Moisés e Josué.

Frêmito de admiração e assombro dominava a massa compacta.

Relacionavam-se, ali, pessoas procedentes das regiões mais diversas.

Além dos peregrinos, em grande número, que se adensavam habitualmente em torno do Senhor, buscando consolação e cura, mercadores da Iduméia, negociantes da Síria, soldados romanos e cameleiros do deserto ali se congregavam em multidão, na qual se destacavam as exclamações das mulheres e o choro das criancinhas.

O povo, convenientemente sentado na relva, recebia, com interjeições gratulatórias, o saboroso pão que resultara do milagre sublime.

Água pura em grandes bilhas era servida, após o substancioso repasto, pelas mãos robustas e felizes dos apóstolos.

E Jesus, após renovar as promessas do Reino de Deus, de semblante melancólico e sereno contemplava os seguidores, da eminência do monte.

Semelhava-se, realmente, a um príncipe, materializado, de súbito, na Terra, pela suavidade que lhe transparecia da fronte excelsa, tocada pelo vento que soprava, de leve...

Expressões de júbilo eram ouvidas, aqui e ali.

Não fornecera Ele provas de inexcedível poder? Não era o maior de todos os profetas? Não seria o libertador da raça escolhida?

Recolhiam os discípulos a sobra abundante do inesperado banquete, quando Malebel, espadaúdo assessor da Justiça em Jerusalém, acercou-se do Mestre e clamou para a multidão haver encontrado o restaurador de Israel. Esclareceu que conviria receber-lhe as determinações, desde aquela hora inesquecível, e os ouvintes reergueram-se, à pressa, engrossando fileiras, ao redor do Messias Nazareno.

Jesus, em silêncio, esperou que alguém lhe endereçasse a palavra e, efetivamente, Malebel não se fez rogado.

– Senhor – indagou, exultante –, és, em verdade, o arauto do novo Reino?
– Sim – respondeu o Cristo, sem, titubear.

– Em que alicerces será estabelecida a nova ordem? – prosseguiu o oficial do Sinédrio, dilatando o diálogo.
– Em obrigações de trabalho para todos.

O interlocutor esfregou o sobrecenho com a mão direita, evidentemente inquieto, e continuou:
– Instituir-se-á, porém, uma organização hierárquica?
– Como não? – acentuou o Mestre, sorrindo.

– Qual a função dos melhores?
– Melhorar os piores.

– E a ocupação dos mais inteligentes?
– Instruir os ignorantes.

– Senhor, e os bons? Que farão os homens bons, dentro do novo sistema?
- Ajudarão aos maus, á fim de que estes se façam igualmente bons.

– E o encargo dos ricos?
– Amparar os mais pobres para que também se enriqueçam de recursos e conhecimentos.

– Mestre – tornou Malebel, desapontado –, quem ditará semelhantes normas?
– O amor pelo sacrifício, que florescerá em obras de paz no caminho de todos.

– E quem fiscalizará o funcionamento do novo regime?
– A compreensão da responsabilidade em cada um de nós.

– Senhor, como tudo isto é estranho! – considerou o noviço, alarmado – desejarás dizer que o Reino diferente prescindirá de palácios, exércitos, prisões, impostos e castigos?
– Sim – aclarou Jesus, abertamente –, dispensará tudo isso e reclamará o espírito de renúncia, de serviço, de humildade, de paciência, de fraternidade, de sinceridade e, sobretudo, do amor de que somos credores, uns para com os outros, e a nossa vitória permanecerá muito mais na ação incessante do bem com o desprendimento da posse, na esfera de cada um, que nos próprios fundamentos da Justiça, até agora conhecidos no mundo.

Nesse instante, justamente quando os doentes e os aleijados, os pobres e os aflitos desciam da colina tomados de intenso júbilo, Malebel, o destacado funcionário de Jerusalém, exibindo terrível máscara de sarcasmo na fisionomia dantes respeitosa, voltou as costas ao Senhor, e, acompanhado por algumas centenas de pessoas bem situadas na vida, deu-se pressa em retirar-se, proferindo frases de insulto e zombaria...

O milagre dos pães fora rapidamente esquecido, dando a entender que a memória funciona dificilmente nos estômagos cheios, e, se Jesus não quis perder o contacto com a multidão, naquela hora célebre, foi obrigado a descer também.






pelo Espírito Irmão X - Do livro: Pontos e Contos, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Lei da Vida

Maria Dolores e Chico Xavier
Do livro: Encontros de Paz - CEC


Indagas, muita vez, alma querida e boa,
Como recuperar a fé perdida,
Quando alguém te vergasta o coração e a vida,
A ofender e ferir, espancar e humilhar...
Sai de ti mesmo e fita o mundo em torno,
Todas as forças lutam, entretanto,
A Natureza pede, em cada canto:
Renovar, renovar...


A noite envolve a Terra em longa faixa,
Mas a Terra em silêncio espera o dia
E o Sol dissipa a névoa espessa e fria,
Simplesmente a brilhar...
Alteia-se a manhã, o trabalho enxameia...
Do pó ao firmamento em novo brilho,
Ouve-se, em toda parte, o sagrado estribilho:
Renovar, renovar...


A semente lançada ao barro agreste
Sofre o assalto do lodo que a devora,
Mas o embrião resiste, luta e aflora,
No anseio de ser pão e alegria no lar...
A princípio, é um rebento pobre e frágil,
Tolera praga e temporal violento,
Faz-se árvore linda e canta entre as notas do vento:
Renovar, renovar...

Arrebatada a pedra ao chão da furna
Quer descanso, sem garbos de obra-prima,
Contudo, o artista chega, corta e lima
A brunir e a sonhar...
Ei-la que escala os topos da escultura
E, estátua em que se estampa a essência da beleza,
Diz à vida que a busca, encantada e surpresa:
Renovar, renovar...

Assim, também, alma querida e boa,
Se alguém te impôs olvido, abandono e amargura,
Segue, serve e perdoa o golpe que te apura,
Esquecendo o desprezo e procurando amar...
E ouvirás, claramente, entre ascensões mais belas,
Ante a fé no porvir luminoso e risonho,
A própria voz do Céu, ao restaura-te o sonho:
Renovar, renovar.

A Dança dos Anjos

Uma noite olhei para o céu e vi as estrelas a brilhar.
Mas tinham um brilho triste...
Nessa altura, surge um anjo vindo de uma constelação.
Esse anjo chorava.
Perguntei-lhe a razão e ele disse-me que
protegia alguém que nem olhava para o céu...
Olhei melhor e reparei
em milhões de anjos que lá se encontravam.
Todos tão lindos...
Tão mágicos...
Tão misteriosamente frágeis...
Todos com cabelos de prata,
olhos de safira e asas de cristal...


Majestosos, imponentes,
mas doces, meigos e carentes.
Os seus olhares penetrantes penetraram minha alma,
percorreram meu corpo,
elevaram a minha mente.
Lindos... Eles estavam lindos...
Mas sós... Eles estavam tão sós...
O que fazer para dar um pouco de felicidade
a seres tão especias,
que pareciam ter toda a felicidade existente?
Um olhar, um sorriso, um aceno, um obrigado...
Só isso?! Perguntei.
Sim, é o que é preciso para que os anjos dancem
e voltem a viver e brilhar no seu explendor...
Nessa altura sorri, olhei, acenei, agradeci
e vi a festa dos anjos nas estrelas...
Um baile de magia em tons de prata...
Dancei com todos os anjos...


A partir dessa noite,
olho para o céu e procuro os anjos...
Anjos... Almas lindas,
meigas, suaves e deliciosamente puras...
Anjos... Aqueles olhares sorridentes
de quem apenas quer um carinho...
Anjos... Aqueles
que temos no céu e na terra...
Anjos... Amigos...
Esses seres que estão sempre por perto...
Anjos... Belos anjos...

(Autor desconhecido)

CANÇÃO PARA JESUS

Desejava, Jesus, ter um grande armazém de bondade constantes, maior que todos que conheço para entregar sem preço às criaturas de qualquer idade, as encomendas de felicidade, sem perguntar a quem.

Eu desejava ter um braço mágico que afagasse os doentes sem qualquer distinção e um lar onde coubessem todas as criancinhas para que não sentissem solidão.

Desejava Senhor, um parque de amor com flores que cantassem, embalando os pequeninos que se encontram no leito sem poderem sair e uma loja de esperança para todas as mães.

Eu queria ter comigo, uma estrela em cuja luz nunca pudesse ver os defeitos do próximo e dispor de uma fonte cristalina de água suave e doce, que pudesse apagar toda palavra que não fosse vida e felicidade.

Eu queria plantar um jardim de união junto de cada moradia para que as criaturas se inspirassem no perfume da paz e da alegria.

Eu queria, Jesus, ter os teus olhos retratados nos meus a fim de achar nos outros que me cercam, filhos de Deus e meus irmãos que devo compreender e respeitar.

Desejava, Senhor, que a benção do natal estivesse entre nós, dia a dia, e queria ter sido uma gota de orvalho na noite em que nasceste a refletir, na pequenez de minha condição, a luz que vinha da canção entoada nos céus:

- Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade em tudo, agora e sempre.

Os Dois Maiores Amores - Médium: Chico Xavier.

Prece de Aceitação

Maria Dolores e Chico Xavier
Do livro: Recanto de Paz - FMG

Se eu pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...

Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.

Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
Afim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...

Se pudesse, Senhor, conversaria
Com todas as crianças
Para dizer que não te cansas
De criar alegria...
E seria feliz ao converter-me
Em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos,
Porque segues conosco, lado a lado...

Se dispusesse de recursos,
Queria ser a vela pequenina,
Acesa no clarão do sol que levas,

De modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo, sem razão, da Bondade Divina...
Entretanto Senhor,
Sei das deficiências que carrego...

Venho a ti como estou,
Por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...

Se não posso, Jesus,
Ser bondade, socorro, paz e luz,
Toma-me o coração
E, perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja
E ensina-me, Senhor,
Com o teu imenso amor,
O que queres que eu seja.

SÍNDROME DE SMITH-MAGENIS, OBESSÃO OU AUTO-OBSESSÃO?

Grace Fishwick, uma inglesa, de 9 anos, é uma criança carinhosa, que adora cantar, dançar, mas, segundo a ciência, ela sofre de mutação genética rara, chamada de Síndrome de Smith-Magenis (SMS)(1), patologia que causa retardo mental e distúrbios de comportamento e a faz tornar-se violenta de súbito e agrida outras pessoas e a si mesma. Tais episódios podem durar alguns minutos e às vezes até três horas. A mãe de Fishwick compara sua filha ao personagem de O Médico e o Monstro. "Em um minuto, ela está brincando alegremente com seus brinquedos, no outro, nos agredindo ou atacando a si mesma” explica a genitora.
Sabe-se que a doença de Fishwick é de causa genética, embora não hereditária. É uma patologia genética pouco conhecida no Brasil e sua incidência no mundo é de 1 criança afetada a cada 25.000 nascidas vivas. Muitas crianças portadoras da “SMS” estão sendo acompanhadas como portadoras de deficiência mental sem causa definida ou como autistas. Para os pesquisadores, as características de comportamento e o atraso no desenvolvimento são os que se tornam mais significativos. Há retardo do desenvolvimento neuropsicomotor perceptível nos primeiros anos de vida, atraso significativo de linguagem, hiperatividade com déficit de atenção, várias formas de auto-injúria – bater a própria cabeça, morder-se, beliscar-se, puxar a pele, dificuldade para conseguir asseio corporal independente, acessos de birra (prolongada), raiva, agressão, mau humor, desobediência, teimosia, autoextirpação das unhas.
Como poderemos interpretar o “caso Grace Fishwick” sob o ponto de vista Espírita? Especialistas tentam ajudar esses irmãos enfermos, inclusive na fase inicial de seus estudos. Especificamente no campo da genética, alguns estudiosos mais ousados já relacionam algumas doenças de origem nervosa e mental, sendo induzidas pela influência dos espíritos; todavia, os preconceitos de sempre impedem que as pesquisas avancem.
Apesar de poucos informes científicos, há muitas evidências de que o processo obsessivo e/ou auto-obsessivos (caracterizado por manipulações e interposições de fluidos tóxicos) exerça papel importante na fisiopatogenia das doenças no corpo físico e espiritual, por vezes evoluindo para quadros patológicos gravíssimos.
Em qualquer caso, no entanto, o doente é responsável por todos os sinais e sintomas que apresenta, considerando ser ele o mentor intelectual de todos os seus equívocos, passados e presentes. Assim sendo, em dado momento da vida, começa a tomar consciência dos resíduos nefastos do inconsciente e a partir daí exercita-se em culpas, que geram cobranças. Então teremos os conflitos interiores, com o pensamento fixado em alguma coisa, tanto em vigília como em desdobramento.
Após a instalação do quadro mórbido, o enfermo caminha com desinteresse total pela vida, isola-se e apresenta baixas vibrações em seu campo eletromagnético, permitindo a partir deste momento a afinização com irmãos em grandes desequilíbrios – terríveis cobradores – evoluindo assim com graves quadros específicos que se enquadram nas doenças neurológicas e mentais.
O drama Fishwick nos remete a um provável caso de “emersão do passado”, ou seja, tudo procede dela mesma. Ante a aproximação espiritual de antigo desafeto, que certamente ainda a persegue do plano espiritual, revive a experiência dolorosa do passado e perturba-se-lhe a vida mental, necessitando de mais ampla reeducação. É um caso no qual se faz possível a colheita de valiosos ensinamentos.
Toda e qualquer patologia física ou mental tem uma causa explicável. A menina Fishwick tem imobilizado grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo em torno da experiência desastrosa do pretérito, a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico da reencarnação, prosseguindo quase que intacta no novo corpo físico. Fixando-se nessa lembrança, quando instada de mais perto pelo perseguidor do além, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teima em ressuscitar. Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento.
Para o especialista comum, é apenas uma candidata a algumas formas de tratamento médico; entretanto, para o espírita, ela pode ser uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima – única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo. “A obsessão, sob qualquer modalidade em que se apresente, é enfermidade de longo curso, exigindo terapia especializada, de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir apressadamente”.(2) A ação fluídica de qualquer nível de obsessão [ou auto-obsessão] sobre o cérebro, se não for removida a tempo, dará, necessariamente, em resultado, o sofrimento orgânico daquela víscera, tanto mais profundo quanto mais tempo estiver sob a influência deletéria daqueles fluidos.”(3)
Em todas as épocas da história das civilizações existiram doentes psíquicos que sofriam influências nefastas de obsessores, e, em alguns casos, envolvendo personagens que se celebrizaram por seus atos. Nabucodonosor II, rei dos Caldeus, sofreu uma licantropia e pastava no jardim do palácio como um animal. Tibério, envolvido por muitos espíritos cobradores, cometeu muitos deslizes, com muita malignidade. Calígula e Gengis-Khan marcaram presença em função de suas aberrações psicóticas. Domício Nero, em função de grandes desequilíbrios psíquicos, entre tantos equívocos, mandou assassinar a mãe e sua esposa, e, depois, as reencontrava em desdobramentos. Dostoiévski sofria de ataques epilépticos. Nietzsche perambulou pelos asilos de alienados. Van Gogh cortou as orelhas num momento de insanidade e as enviou de presente para sua musa inspiradora, findando, posteriormente, a vida, com um tiro. Schumann, notável compositor, atirou-se ao Reno, sendo salvo pelos amigos e internado num hospício, onde encerrou a carreira. Edgar Allan Poe sucumbiu arrasado pelo álcool e tendo visões infernais.
Obviamente, nós espíritas respeitamos as orientações dos profissionais da área de saúde, evitando equívocos como: fazer diagnósticos, trocar e/ou suspender medicamentos e, às vezes, tornar o quadro dos pacientes mais grave que verdadeiramente o são. Compete à medicina, ao tratar seus pacientes, admitindo a hipótese de obsessão, ainda que não comprovada academicamente, pedir ajuda às casas espíritas que exercem suas atividades com objetivos sérios, seguindo os postulados do Cristo e os preceitos da Doutrina Espírita.
Cremos que o passe magnético é de grande importância no tratamento desses irmãos, considerando a oportunidade de polarização de fluidos, dissipando fluidos tóxicos e interpondo fluidos benéficos. Sabemos do valor indiscutível da água magnetizada (fluidificada) – que é de grande importância, também, no reequilíbrio do doente, considerando que nela são introduzidos fluidos potencializados pelas emanações de energias provindas das irradiações de minerais, vegetais e animais.
Indispensável, igualmente, é o Culto do Evangelho no Lar, considerando a oportunidade de leitura do Evangelho e a reflexão sobre seu conteúdo, além das preces que poderão ser proferidas, permitindo crescimento interior, o exercício da fé, gerando transformações ao nível de renúncias de viciações e paixões inferiores, permitindo a vigilância do Ser em seus pensamentos, palavras e atos e muitos outros benefícios que, aos poucos, vão aperfeiçoando o espírito e diminuindo as doenças na Terra.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net

Referências bibliográficas:
(1) A SMS afeta uma a cada 25 mil crianças e costuma ser confundida com autismo pelos médicos
(2) Franco, Divaldo Pereira. Nos Bastidores da Obsessão, Ditado pelo Espirito Manuel Philomeno de Miranda, RJ: Ed. Feb , 1995, 7a edição.
(3) Menezes, Adolfo Bezerra de Menezes – A Loucura sob um Novo Prisma, 2ª edição, 1987, FEB-RJ

A "LUZ" veio à Terra

Há mais de 2 mil anos que o Mestre dos Mestres desceu ao planeta e permaneceu entre nós por algum tempo, para nos ensinar e exemplificar o AMOR.

Quando acontece o nosso aniversário, gostamos e ficamos felizes, se alguém se lembra de nós. Nem que seja um abraço amigo, um pensamento, uma mensagem, um telefonema, até uma festa surpresa.

Porquê tanta relutância de alguns, nos dias de hoje, em "REJUBILAR" porque faz anos que JESUS, o CRISTO nasceu e habitou entre nós?

Seja qual fôr o dia em que tão maravilhoso acontecimento ocorreu, convencionou-se ser festejado na noite de 24 de Dezembro. É na passagem para o solstício de Inverno que se festeja essa alegria maior.

Todos O conhecem. Todas as religiões, ateus, intelectuais e os seres humanos de todo o mundo O respeitam. Cientistas e outros sábios, têm a certeza que Ele habitou entre nós.

"ANTES de CRISTO" e "DEPOIS de CRISTO"

separam a história da humanidade em eras distintas.

Somos discípulos de Cristo. Lembremo-nos do que Ele disse:

"- Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o SERVO de todos".

Existe muita aflição e sofrimento à nossa volta;

Há muitos corações solitários e doloridos no nosso círculo de conhecidos.

Busquemo-los de maneira discreta.

Em nenhuma outra época do ano serão mais sensíveis aos nossos desvelos.

Espalhemos a Luz do Sol, "JESUS CRISTO" , em seus caminhos.

Doemo-nos, sem condições, de coração aberto ao "AMOR".


--
Nascer,Morrer,Renascer ainda e progredir sem cessar,Tal é a lei.(Allan kardec)

http://www.vida-depois-vida.blogspot.com

Esperança Constante

Livro: Atenção
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier



O Pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impões, induzindo-nos à aflição inútil.

Atenção, sim.

Derrotismo, não.

Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é aconselhável desfixar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.

* * *

Para que se sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e transitórias dificuldades.

É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre; contudo, existem admiráveis multidões de criaturas, e cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.

As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a imunização e com as providências adequadas.

Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.

Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.

Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino ao Planeta, guardando-se na condição de mães admiráveis no devotamento ao grupo doméstico.

Os processos de violência aumenta, quase que em toda parte; ampliam-se, porém as frentes de amor ao próximo que os extinguem.

* * *

Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Físico, não digas que o mundo está perdido.

Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.

E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.



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Quem vier por bem que venha também

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Bilhete Fraterno

Livro: Brilhe vossa Luz
Casimiro Cunha & Francisco Cândido Xavier

Meu amigo, prossigamos
No trabalho, dia a dia,
Procurando com Jesus
A verdadeira alegria.

Se no caminho despontam
Problemas a resolver,
Perseveremos no bem
Cumprindo o nosso dever.

A dor faz parte da vida...
Ninguém vive sem lutar,
Mas é feliz quem já sabe
Esquecer e perdoar.

Incompreensões? Dissabores?
Não desistas de servir.
Silencia e segue em frente
Na construção do porvir.

Amanhã, após a noite,
Que a morte impõe aos teus passos,
Encontrarás, redivivo,
O Cristo a estender-te os braços!





Muita Paz


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Onde o amor floresce

Existem vidas que transmitem grandes lições. Quase sempre são criaturas que não são famosas, nem por serem artistas, políticos, ou terem realizado feitos que alteraram o destino da humanidade.

São pessoas que vivem o dia-a-dia, junto a outras tantas. Geralmente poucos lhes lembram os nomes.

Recentemente, num documentário televisivo a respeito do holocausto, ouvimos a história de uma jovem polonesa e seu drama, durante a segunda grande guerra.

Quando Hitler invadiu a Polônia e iniciou a perseguição aos judeus, sua família viveu alguns meses, escondida em um porão.

Descobertos, contudo, foram separados e ela nunca mais viu seus pais ou teve notícias de seus irmãos.

No campo de concentração, onde foi colocada, ela padeceu os maiores horrores. A comida era pouca, o tratamento rude. As companheiras enlouqueciam. Ou eram mortas. Ou se matavam.

A essa altura, o repórter perguntou à entrevistada se ela nunca pensara em se matar.

"Sim," disse ela. "Mais de uma vez. Quando o frio era muito grande, a fome parecia me devorar e eu não via perspectiva de salvação. Mas, nesses momentos, lembrava de meu pai."

Logo que fomos para o porão nos ocultar dos nazistas, ele me disse um dia: ‘filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida. Resista até o fim.’

E me fez prometer que jamais eu desistiria de viver.

Quando os aliados foram vitoriosos, a jovem, e mais 4000 mulheres foram obrigadas a uma marcha forçada pelos alemães, em fuga das tropas aliadas.

Finalmente, um número muito pequeno delas, que não haviam morrido no longo trajeto, foram abandonadas num campo de concentração e encontradas, mais tarde, pelos americanos.

Aquelas mulheres estavam desnutridas. Algumas sequer podiam se erguer, tal o estado de fraqueza.

Ela mesma, confessa, tinha dificuldades para andar, pesava 30 e poucos quilos somente. E não tomava banho há 3 anos. O seu tempo de aprisionamento.

Então um oficial americano, muito bonito se aproximou dela e a tomou nos braços, carregando-a até um caminhão.

Durante o trajeto ele foi lhe dizendo que ficasse calma, que tudo daria certo, que ela receberia o socorro necessário.

Cinqüenta e oito anos depois, frente às câmeras de televisão, ela e o marido mostravam a alegria de sua união.

Bom, o marido não era outro senão o jovem oficial americano que a encontrou magra, suja, desnutrida e a carregou nos braços, naquele dia distante.

Ela não somente teve a sua vida salva naquele momento, sendo resgatada de uma situação de penúria, como encontrou o seu grande amor.

Um amor que atravessou meio século e continua tão forte e especial como nos dias do início namoro.

Um amor que foi concebido ao final de uma hecatombe, e em que o primeiro encontro foi num ambiente de dor, miséria moral e intenso sofrimento.

Ele era o jovem robusto, vigoroso. Ela, uma esquálida jovem, pouco mais que adolescente, sofrida e quase sem esperanças.

Deus tem mesmo inimagináveis caminhos para encontros e reencontros de almas que se desejam unir pelo amor.

***

Se os dias lhe parecem demasiado pesados, com sua carga de problemas, não desista de lutar.

Se você está a ponto de abandonar tudo, espere um pouco. Aguarde o amanhecer, espere o dia passar e deixe o sol retornar outra vez.

Quando você menos espera, o socorro chega, a situação se modifica, a problemática alcança uma solução.

Não se esqueça: o amor de Deus nunca falha! Aguarde.



http://www.reflexao.com.br/
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em documentário televisivo.

O CONHECIMENTO ESPÍRITA É O MELHOR PRESERVATIVO CONTRA AS PRÁTICAS ESTRANHAS E IDÉIAS SUPERSTICIOSAS

Há uma pesquisa publicada na revista Psychological Science com o propósito de constatar que a ativação das crenças supersticiosas(1) poderia melhorar o desempenho de alguém em alguma tarefa. A análise apontou indícios de que há um certo “poder” no uso de amuletos , pois que aumenta a autoconfiança do homem. (!?...) Obviamente, não podemos dar crédito aos pretensos poderes mágicos de amuletos, talismãs, etc. que “só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que constam, como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos.”(2)
É verdade! “O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível , e o que é impossível , e o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.”(3)
Os excessos de misticismos, as fantasias psíquicas devem ser alijadas do comportamento humano com o uso e abuso da razão, do bom senso e da inteligência iluminada. Allan Kardec indagou aos Espíritos sobre os talismãs [amuletos] e a lição surgiu peremptória: “o que vale é o pensamento, não o objeto”, portanto a Doutrina Espírita credita as superstições à infantilidade espiritual.
O supersticioso crê que certas ações (voluntárias ou involuntárias), tais como rezas, amuletos, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar de maneira profunda sua vida. Mas a crença nessas ilusões reside na infância espiritual em que se encontra. Nesta fase evolutiva do espírito impera o pensamento mágico que se contrapõe ao uso da razão. Mostrando-se-lhe a realidade, explicando-se-lhe a causa dos fatos, a sua imaginação se deterá no limite do possível, destarte, o maravilhoso, o absurdo e o impossível desaparecem, e com eles a superstição. Tais são, entre outras, as práticas cabalísticas, as apometrias, desobsessão por corrente magnética com “choques” anímicos(!?...), a virtude dos signos, dos números e das palavras mágicas , as fórmulas sacramentais, os dias nefastos (Sexta-feira “13”), as horas diabólicas (“meia-noite”) “e tantas outras coisas cujo ridículo o Espiritismo bem compreende e demonstra.”(4)

O conhecimento espírita é o melhor preservativo contra as práticas bizarras e ideias supersticiosas, porque “revela o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de crença pueril."(5) Mas, infelizmente, a ausência de bom senso faz com que muitos permaneçam na ignorância, que os remete à cegueira da realidade. Esta, por sua vez, conduz ao sectarismo. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro e a cada passo se choca com a evidência da razão. “Levada ao excesso, produz o fanatismo.” (6)Por essa razão, a Doutrina Espírita explica a superstição como algo ligado à imaginação fantasiosa e à ignorância. Para os espíritas, a falta de estudo sério das obras da Codificação é matriz de muitas idéias acessórias e absurdas, que degeneram em práticas supersticiosas.
Não é nosso escopo, e nem poderia sê-lo, adotar atitude de intolerância, intransigência, incompreensão, animosidade aos que vivem sob os guantes das superstições, porém, de esclarecimento doutrinário sobre o tema. Tarefa essa que em nenhuma hipótese deve ser contemporizada, interrompida ou arrefecida.
Dado o seu caráter divino, o Espiritismo suporta , mas não comporta a ignorância, o erro, as atitudes intransigentes e mesquinhas. A Codificação está fincada sobre a rocha da sensatez. Por isso mantenhamos a vigília e a tolerância sem transigir com o erro.

Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com


Fontes:
(1) O Novo Dicionário Aurélio define superstição como o sentimento religioso baseado no temor e na ignorância e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice. Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos. Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa poder mágico das coisas.
(2) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999, questão 552
(3) Idem questão 555
(4) Kardec, Allan. Revista Espírita “1859”, Brasília, Ed. Edicel, 1999
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999, questão 555
(6) Kardec, Allan. O Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2006, capítulo 19, item 6

ESPÍRITAS DESCOMPROMETIDOS COM O ZELO DOUTRINÁRIO

Lamentamos por alguns espíritas que não fazem mal, mas também não praticam nenhum bem, e que por invigilância precipitam no ridículo, obstando a difusão do Espiritismo de que se dizem adeptos. Divulgam teorias estranhas, que perturbam a boa marcha doutrinária, sedimentam a dúvida em uns e o separatismo em outros. São espíritas que agem com frieza e sarcasmo, estampando no semblante variadas aparências enganadoras. Por imaturidade e descompromisso moral, idolatram “mentores” (divindades) que passam a evocar com seus esgares, e lhes brindam com rituais, sacrifícios, oferendas de todos os tipos; ofertam-lhes promessas vãs, entregam a alma(?), desejosos de obter vantagens para cuja conquista nada realizaram.
Aspiram sempre à revogação dos Estatutos Divinos para suas conveniências. Creem, cegamente, que seus “mentores” se encarregam de tudo, e prosseguem, esses títeres das obsessões, abrindo espaços n'alma para a instalação dos processos perturbadores que oxigenam o fanatismo. Sofrem profundos entraves intelectuais, quando se trata de assuntos doutrinários, mostram-se drasticamente emocionais. Não simpatizam com as propostas racionais, o que os impõem à anuência fácil de esdrúxulas fantasias, sem senso de ridículo, dependentes que se acham da fantasia mística e do pensamento concreto, com dificuldade para elaborar abstrações inteligentes.
A princípio, tais confrades dissimulam estar compreendendo os fundamentos, os conceitos e as conseqüências morais do projeto kardeciano, até o instante em que passamos a observar-lhes o comportamento em relação à Doutrina Espírita. Aguilhoam-se a “guias poderosos”, passando a venerá-los e prestar-lhes culto irracional, deixando a eles (os “tais guias poderosos”) a tarefa de equacionar questões e interferir em assuntos nos quais a fobia fá-los indiferentes e omissos, impedindo-os de atuar de maneira coerente. É comum esses irmãos adotarem rituais, cantorias estranhas, enxertias tóxicas que aleijam o corpo doutrinário codificado por Allan Kardec. São aqueles que definitivamente não são da jurisdição espírita, que fomentam questiúnculas e antagonismos que ensombram a marcha do Movimento Espírita.
Em verdade perturbamos a marcha do Espiritismo quando não lutamos pela reforma íntima. “Quando não trabalhamos nas obras assistenciais. Quando não estudamos Kardec. Quando exigimos privilégios. Quando fugimos dos carentes para não lhes ofertar alguns serviços. Quando especulamos com a Doutrina em matéria política [partidária]. Quando sacrificamos a família aos trabalhos da fé. Quando nos afligimos pela conquista de aplausos. Quando nos julgamos indispensáveis. Quando abdicamos do raciocínio, deixando-nos manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.”(1)
O que aqui expomos é a identificação de aterrador espírito de descomprometimento, de falta de zelo para com o Espiritismo. Como pode isso ocorrer, quando sabemos que o Espiritismo nos apresenta um conjunto de princípios intrinsecamente impressionantes e vigorosos, capazes de dar sentido à vida, explicando a excelsitude do Criador diante da Sua criação, a exigir-nos mente aberta (embora atenta e cautelosa), amor à verdade e espírito de liberdade, para que consigamos penetrar e aprofundar os seus ensinamentos?
Os confrades descomprometidos com a fidelidade doutrinária permitem que vigorem os achismos, os guiismos e os personalismos nas hostes espíritas, tão-somente para não ter que enfrentar as vaidades e o orgulho humanos, para não ter que se submeter ao “sim, sim, não, não”, consoante ao que ensinou o Cristo, para não se perturbar frente a ignorância ou perante outros descomprometidos.
Para quem se empenha pela pulcritude doutrinária vale o sacrifício, sem contender com o mal, jamais. Porém, consciente quanto às atitudes a tomar no momento devido, quando falar e quando calar, sempre visando o aprimoramento, a iluminação, a ascensão, fugirá de errar por mero comodismo, omissão, e confirmará Jesus onde esteja, por meio dos roteiros de amor e luz que o Espiritismo aponta.
Enquanto os dias de bom senso e de fidelidade a Kardec e a Jesus não chegam, cabe aos espíritas moralizados, conscientes e convictos, aqueles que sabem o porquê da própria crença, os que conseguem dimensionar as próprias necessidades e adotar ou manter posição íntegra, sem medo de pôr as coisas nos seus devidos lugares, vivenciar os conteúdos da extraordinária Doutrina, ainda que isso lhes custem agressões e ataques, indiferença e zombarias, sempre advindos de confrades moralmente apequenados em seus estágios de ilusão.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net

Fonte:
(1) Xavier, Francisco Cândido / Vieira Waldo . Opinião Espírita, ditado pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, São Paulo: Ed. Boa Nova, 2009

O ESPIRITISMO DESEJÁVEL É AQUELE DAS ORIGENS, O QUE NOS FAZ LEMBRAR JESUS

Circula pela Internet mensagem atribuída a Frei Beto. Pois bem! "se non e vero, e bene trovato" na essência é possível que sacerdote tenha dito: "as escrituras registram que Jesus passou a vida fazendo o bem , o mesmo se aplica a Francisco de Paula Cândido Xavier, o mais famoso kardecista brasileiro e um dos autores mais lido do País”. Segundo o frei “nos meios católicos contavam-se horrores a respeito do médium de Uberaba. Espíritas e protestantes eram "queimados" na fogueira dos preconceitos até que o papa João XXIII, nos anos 60, abriu as portas da Igreja Católica ao ecumenismo.” Arremata magistralmente o Frei: “Chico Xavier é cristão na fé e na prática. Famoso, fugiu da ribalta. Poderoso, nunca enriqueceu. Objeto de peregrinações a Uberaba, jamais posou de guru. Quem dera que nós, católicos, em vez de nos inquietar com os mortos que escrevem pela mão de Chico, seguíssemos, com os vivos, seu exemplo de bondade e amor".
Como se vê os comentários são atribuídas a um respeitável religioso não-espírita. E, quanto a nós, os espíritas!, como reconhecemos os valores morais de Chico Xavier?
Realizando eventos (congressos)em sua homenagem, excluindo dos “banquetes pomposos” os espíritas pobres com fome de conhecimento? Como está o atual projeto espirita brasileiro? Cremos que deva ser repensado as diretrizes das práticas doutrinárias no Brasil. Para esse escopo consideramos importante trazer para o tema as advertência de Chico Xavier publicado no livro Estudos no Tempo.(1)
Observaremos a seguir que as palavras do Chico são atuais e ecoarão em nossa consciência doutrinária, convidando-nos a um urgente balanço geral, em torno do Movimento Espírita, cujo objetivo deve ser a de reviver o Cristianismo primitivo em sua simplicidade, e que tem na máxima, "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei", a sua expressão maior.(2) E não precisamos fazer um esforço “sobrenatural” para identificar, nas hostes espíritas, um indesejável ranço elitista. Por essa razão Chico alertou "é preciso fugir da tendência à "elitização" no seio do movimento espírita. É necessário que os dirigentes espíritas, principalmente os ligados aos órgãos unificadores, compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. É indispensável que estudemos a Doutrina Espírita junto às massas, que amemos a todos os companheiros, mas, sobretudo, aos espíritas mais humildes, social e intelectualmente falando, e deles nos aproximarmos com real espírito de compreensão e fraternidade."(3)
Muitas lideranças doutrinárias complicam conteúdos que deveriam ser simples. Coincidentemente, o Cristianismo, durante os três primeiros séculos, era, absurdamente, diferente do Cristianismo oficializado pelo Estado Romano, no Século V. A chama brilhante, nascida na Galiléia, aos poucos, foi esmaecendo, até culminar nas densas brumas medievais. O que se observa, no Movimento Espírita atual, é a reedição da desfiguração do projeto inicial, de 1857. Os comprometidos com o princípio unificacionista brasileiro precisam manter cautela para não perderem o foco do Projeto Espírita Codificado por Allan Kardec, engendrando motivos à separatividade entre os adeptos do Espíritismo. Recordemos que a alma do Cristianismo puro estava estuante nas cidades de Nazaré, Jericó, Cafarnaum, Betsaida, dentre outras, e era diferente daquele Cristianismo das querelas e intrigas de Jerusalém.
Insistimos no tema, lembrando que a ausência de simplicidade observada principalmente nos "centrões espiritas", é lamentável, e, se não formos vigilantes, segundo Chico Xavier, "daqui a pouco estaremos em nossas casas espíritas, apenas, falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais e confrades de posição social mais elevada. Mais do que justo é que evitemos isso (repetiu várias vezes) a "elitização" no Espiritismo, isto é, a formação do "espírito de cúpula", com evocação de infalibilidade, em nossas organizações."(4)
Chico repreende-nos fraternalmente” quando comenta: "é indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos mensageiros divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios."(5)
Na capital do País há grandes centros onde Kardec é um ilustre desconhecido. São centros que apresentam promessas ilusórias para supostas curas de todos os tipos de “males” físicos e espirituais com as mais estranhas terminologias. Além do que permanecem crescendo em quantidade de frequentadores distantes do conselho sábio de Chico Xavier: "o diálogo entre grupos reduzidos de estudiosos sinceros, apresenta alto índice de rendimento para os companheiros que efetivamente se interessam pela divulgação dos princípios Kardequianos."(6)
Para os que estão comprometidos no projeto "unificacionista", evocamos o médium mineiro, que admoestou com energia: "deveríamos refletir em unificação, em termos de família humana, evitando os excessos de consagração das elites culturais na Doutrina Espírita, embora necessitemos sustentá-las e cultivá-las com respeitosa atenção, mas nunca em detrimento dos nossos irmãos em Humanidade, que reclamem amparo, socorro, esclarecimento e rumo. E acrescenta: "Não consigo entender o Espiritismo sem Jesus e sem Allan Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que os nossos princípios alcancem os fins a que se propõem."(7)
Em verdade o Espiritismo sonhado por Kardec era o mesmo Espiritismo que Chico Xavier exemplificou por mais de setenta anos, ou seja, o Espiritismo do Centro Espírita simples, muitas vezes iluminado à luz de lampião; da visita aos necessitados, da distribuição do pão, da “sopa fraterna”, da água fluidificada, do Evangelho no Lar. Sim! O grande desafio da Terceira Revelação deve ser o crescimento, sem perder a simplicidade que a caracteriza como REVELAÇÃO. O evangelho é a frondosa árvore fornecedora dos frutos do amor. Urge entronizar a força da mensagem de Jesus, sem receio dos phd’s espíritas , os kardequiologos de vigília, sem temor das críticas dos espíritas de “gabinete”, dos aventureiros ideológicos que pretendem assumir ou assenhorear as rédeas do Movimento Espírita no Brasil.
O Espiritismo desejável é aquele das origens, o que nos faz lembrar Jesus, ou seja, o Espiritismo Consolador prometido, o Espiritismo em sua feição pura e simples, o Espiritismo do povo (que hoje não pode pagar taxas e ingressar nos Congressos doutrinários), o Espiritismo dos velhos, o Espiritismo das crianças, o Espiritismo da natureza, o Espiritismo “debaixo do abacateiro”. Obrigado, Frei Beto!
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net



Fontes
(1) Xavier Francisco Cândido. Encontros No Tempo, SP: Ed. IDE, 2005
(2) Jo 13,34
(3) Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense: "Um encontro fraterno e uma Mensagem aos espíritas brasileiros"). Da Obra "Encontros No Tempo" - Entrevistas Com O Médium Francisco Cândido Xavier, Assistido Pelo Espírito De Emmanuel.Organização E Notas: Hércio Marcos Cintra Arantes
(4) idem
(5) idem
(6) Entrevista ao Jornal Unificação, de São Paulo/SP, e publicada em sua edição de julho/agosto de 1977, com o título: "Nosso jornal entrevista Chico Xavier"). Da Obra "Encontros No Tempo" - Entrevistas Com O Médium Francisco Cândido Xavier, Assistido Pelo Espírito De Emmanuel. Organização E Notas: Hércio Marcos Cintra Arantes
(7) idem

O PODER DA ORAÇÃO SOB O ENFOQUE ESPÍRITA

Existem pesquisas sobre os efeitos da prece na saúde das pessoas. Uma delas foi realizada pelo Laboratório de Imunologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, com a participação ativa de mais de cinqüenta e dois estudantes de medicina durante o período de 2000 a 2003. A pesquisa, segundo divulgação no final de outubro, nos principais jornais do País, apresentou resultados positivos que se materializam no aumento da estabilidade celular dos indivíduos que receberam a prece.De acordo com o estudo em foco um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose(1) - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância.
A prece atua sobre indivíduos sadios, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo pioneiro realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que receberam preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos.(2)
André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, com absoluta convicção afirma “ – Ah ! se os médicos orassem”. A exclamação consta no capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam. Nossa colaboração [dos espíritos] não pode ultrapassar o campo receptivo daquele que se interessa pela cura alheia ou pelo próprio reajustamento. Entretanto, realizamos sempre em favor da saúde geral quanto nos é possível.” (3)
Os médicos americanos como os doutores William Reed(4) e Roger Youmanas, quabrando os paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de um cirurgia, na atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho. “Reed e Roger citam o caso de hemorragias subitamente controladas ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Dr. Reed teve prova disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. O Dr. Roger Youmanas, cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação melhor se tiver inspiração divina.”(5)


Para nós, espíritas, a oração se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.”(6)
Considerando-se a propriedade do fluido magnético para que nos influenciemos mutuamente, e reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico - particularmente as sanguíneas e as histiocitárias -, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos. Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento. Muitas vezes surgem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador.
O mestre lionês dava tanta importância ao ato de pensar que um dia escreveu no livro A Gênese: “O pensamento produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral: é isso unicamente o que o Espiritismo poderia fazer compreender.É o pensamento que dá qualidade curativa aos fluidos, que existem em estado natural ao nosso redor.”(7) A mente é fonte de energia curativa ou de energia destruidora.
A prece é, sem dúvida, um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Destarte, cremos que a temática prece deveria se constituir em matéria de constante estudo nos centros espíritas, porém, estudo sério e não se tornar objeto de considerações puramente místicas, que impedem alcançar a sua essência e importância.

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net


Fontes:

(1) Incorporação de partículas sólidas por uma célula mediante o envolvimento daquelas por esta. [Esse processo não implica penetração da membrana celular e serve à nutrição e de defesa contra elementos estranhos ao organismo.
(2) Artigo de Kátia Penteado intitulado Efeitos da Prece na Saúde : a Ciência confirma a Doutrina Espírita - Nov/2004
(3) Xavier, Francisco Cândido. Libertação, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1990
(4) William Reed é presidente a Fundação Médica Cristã que possue mais de 3.000 médicos associados
(5) Publicado na Revista O Espírita setembro / dezembro de 2001, nº 110 Ano XXIII
(6) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1994, questão 662
(7) Kardec, Allan. A Gênese, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1991, Cap.XIV

JESUS - FULGOR RESPLANDECENTE DO FILHO DE DEUS

Há dois mil anos surgiu um Homem, entre os milhões de habitantes terrestres... E Esse Homem veio tornar-se o centro da história da humanidade. Muita mais do que isso: Ele tornou um marco para a história da humanidade, de tal modo que até o tempo histórico é contado tendo-O como referência ... Era uma luminosa escuridão - Esse homem... Não bajulava a nenhum poderoso - e não espezinhava nenhum miserável. Diáfano como um cristal era o Seu caráter - e, no entanto, é Ele o maior mistério de todos os séculos. (1)
Poeta algum conseguiu atingir-Lhe as excelsitudes - filósofo algum valeu exaurir-Lhe as profundezas... Esse homem não repudiava "madalenas" nem apedrejava adúlteras - mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida.
Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais - o que Nele havia de maior era Ele mesmo. Havia inocentes com sorriso nos lábios - e doentes com lágrimas nos olhos. Havia apóstolos - e apóstatas... Brincava nos caminhos Desse homem a mais bela das primaveras - e espreitava-Lhe os passos a mais negra das mortes. (2)
Sobre suas prédicas Mahatma Gandhi dizia que eram a mais bela que conhecera à face da Terra e que bastaria que 1/3 daqueles que dizem segui-Lo colocassem em prática sua doutrina para mudar socialmente a face da Terra. Para o Iluminado da Índia o Sermão do Monte é a mais bela página da humanidade e por si só preservaria os patrimônios espirituais humanos, ainda que se perdessem os livros sagrados de todas as religiões.
Mesmo que Ele fosse um mito, alguém teria que ter concebido as Suas idéias superiores que chegam até nós. Ele era um homem de singular virtude, que seus companheiros chamam Filho de Deus.
Públio Lentulos dizia que Ele curava os enfermos e levantava os mortos, era belo de figura e atraia os olhares. Seu rosto inspirava amor e temor ao mesmo tempo. Seus cabelos eram compridos e louros, lisos até as orelhas, e das orelhas para baixo cresciam crespos anelados. Dividia-os ao meio uma risca e chegavam-lhes aos ombros segundo o costume da gente de Nazareth. As faces cobriam de leve rubor. O nariz era bem contornado, e a barba crescia, um pouco mais escura do que os cabelos, dividida em duas pontas. Seu olhar revelava sabedoria e candura. Tinha olhos azuis com reflexos de várias cores. Este homem amável ao conversar, tornava-se terrível ao fazer qualquer repreensão. Mas mesmo assim sentia-se Nele um sentimento de segurança e serenidade. Ninguém nunca o via rir. Muitos no entanto O tinham visto chorar. Era de estatura normal, corpo ereto, mãos e braços tão belos que era um prazer contemplá-los. Sua Voz era grave. Falava pouco. Era modesto. Era belo quanto um homem podia ser belo. Chamavam-lhe Jesus." (3)
Ele, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Ele é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade, exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o Universo e com Deus. (4)
Para a maioria dos teólogos, Ele é objeto de estudo, nas letras do Velho e do Novo Testamento, imprimindo novo rumo às interpretações de fé. Para os filósofos, Ele é o centro de polêmicas e cogitações infindáveis. Para nós espíritas, Jesus foi, é e será sempre a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião. "Tudo tem passado nestes dois mil anos, na Terra- mas a [Sua] Palavra brilha como um Sol sem ocaso, guiando as ovelhas tresmalhadas, os cordeiros perdidos do Rebanho de Israel à porta do aprisco, para restituí-los ao Bom Pastor". (5)
A figura de fulgor resplandecente do Filho de Deus continua sempre, em todos os tempos, como o Guia Espiritual da Humanidade terrena, amando-a e instruindo-a com paciência infinita.
Proclamando as bem-aventuranças à turba no monte, não a induz para a violência, a fim de assaltar o celeiro dos outros. Multiplica, Ele mesmo, o pão que a reconforte e alimente. Não convida o povo a reivindicações. Aconselha respeito aos patrimônios da direção política, na sábia fórmula com que recomendava seja dado "a César o que é de César". Demonstrando as preocupações que o tomavam, perante a renovação do mundo individual, não se contentou em sentar-se no trono diretivo, em que os generais e os legisladores costumam ditar determinações... Desceu, Ele próprio, ao seio do povo e entendeu-se pessoalmente com os velhos e os enfermos, com as mulheres e as crianças.
Entreteve-se em dilatadas conversações com as criaturas transviadas e reconhecidamente infelizes. Usou a bondade fraternal para com Madalena, a obsidiada, quanto emprega a gentileza no trato com Zaqueu, o rico. Reconhecendo que a tirania e a dor deveriam permanecer, ainda, por largo tempo, na Terra, na condição de males necessários à retificação das inteligências, o Benfeitor Celeste foi, acima de tudo, o orientador da transformação individual, o único movimento de liberação do espírito, com bases no esforço próprio e na renúncia ao próprio "eu". Para isso, lutou, amou, serviu e sofreu até à cruz, confirmando, com o próprio sacrifício, a sua Doutrina de revolução interior, quando disse: "e aquele que deseje fazer-se o maior no Reino do Céu, seja no mundo o servidor de todos." (6)
O Espiritismo vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o sentimento e a razão podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano.
Sabemos não ser a experiência humana uma estação de prazer, por isso, continuemos trabalhando no ministério do Cristo, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem violências e presunções, Ele foi tido por imprudente e rebelde, transgressor da lei e inimigo da população, sendo escolhido por essa mesma multidão para receber com a cruz a gloriosa coroa de espinhos, mas sob o influxo do bom ânimo Ele venceu o mundo!
Até porque o sacrifício Dele não deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário. O Gólgota representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Entretanto, a dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma idéia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal. Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela. (7)
Em realidade qualquer palavra , expressão poética, artística, filosófica e qualquer louvor em Sua memória significarão apagada homenagem em face do que Ele representa para cada um de nós.


Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
FONTES:
1- Rohden, Humberto. De alma para alma, SP: Editora: Martin Claret, 20ª ed, 2001
2- Idem
3- Descrição feita pelo pró-consul Públios Lentulos
4- Disponível em acessado em 06/01/06
5- SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus, SP: ed. O Clarim- Matão, 1993, p. s/n
6- Xavier, Francisco Cândido. Roteiro, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB - 10a ed.
7- Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB - 16a. edição

http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2009/06/jesus-fulgor-resplandecente-do-filho-de.html

Fruto e exemplo

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Plantão de Paz - GEEM

"A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; - porquanto, cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. -O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira-as do mau tesouro do seu coração; porquanto, a boca fala do de que está cheio o coração.
São Lucas, cap. VI, vv. 43 a 45

"...O Espiritismo nos faculta os meios de experimentá-los, apontando os caracteres sempre morais, nunca materiais. É a maneira de se distinguirem dos maus os bons Espíritos que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: 'Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não pode produzir bons.' Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos."
O Evangelho Seg. Espiritismo, cap. XXI, item 7

Revela-se a árvore na gleba em que se desenvolve por valiosos conjunto de utilidades, quais sejam: a seiva de que se nutre;
as frondes que albergam ninhos;
a flor que perfuma;
a sombra que ameniza;
o aspecto que balsamiza;
o lenho que reaquece.
Todavia, se não estende o fruto que lhe assinala a espécie, no socorro às criaturas que lhe observam o crescimento, terá desertado do objetivo fundamentala que se destina, reprovando a si mesma na solidão e na esterilidade.

Assim também o homem, no campo da luta em que se estagia, destaca-se por toda uma equipe de qualidades que lhe marcam a rota, como sejam:
a força com que se eleva;
a inteligência com que domina;
as ligações afetivas com que se associa a outros seres;
o ideal que se inflama;
o verbo que o manifesta;
a compreensão com que se orienta;
o entusiasmo de sonhar e realizar que lhe distingue os impulsos.
Entretanto, se foge à ação construtiva do exemplo nobre com que se exprimirá no edifício do progresso de todos, em favor dos irmãos que lhe buscam inspiração e modelo, em verdade terá perdido o ensejo divino para que foi trazido à existência, sentenciando-se à frustração.

No reino vegetal, todo o paciente esforço da árvore, sob o império das estações, tende à produção do fruto com que se desincumbirá do compromisso máximo, à frente da natureza; e no campo humano, todas as atividades laboriosas do espírito, sob o domínio da experiência, visam à demonstração do exemplo renovador com que enriquecerá a economia da vida, através dos valores físicos ou espirituais.

Vigiemos as nossas próprias ações no santuário das horas de cada dia, porque para todos nós prevalece o aviso de Jesus quando asseverou, convincente:

"Pelos frutos conhecê-los-eis."

A Esmola da Compaixão

De portas abertas ao serviço da caridade, a casa dos Apóstolos em Jerusalém vivia repleta, em rumoroso tumulto. Eram doentes desiludidos que vinham rogar esperança, velhinhos sem consolo que suplicavam abrigo. Mulheres de lívido semblante traziam nos braços crianças aleijadas, que o duro guante do sofrimento mutilara ao nascer, e, de quando em quando, grupos de irmãos generosos chegavam da via pública, acompanhando alienados mentais para que ali recolhessem o benefício da prece.

Numa sala pequena, Simão Pedro atendia, prestimoso. Fosse, porém, pelo cansaço físico ou pelas desilusões hauridas ao contato com as hipocrisias do mundo, o antigo pescador acusava irritação e fadiga, a se expressarem nas exclamações de amargura que não mais podia conter.

- Observa aquele homem que vem lá, de braços secos e distendidos? - gritava para Zenon, o companheiro humilde que lhe prestava concurso - aquele é Roboão, o miserável que espancou a própria mãe, numa noite de embriaguez... Não é justo sofra, agora, as consequências?

E pedia para que o enfermo não lhe ocupasse a atenção.

Logo após, indicando feridenta mulher que se arrasava, buscando-o, exclamou, encolerizado:

- Que procuras, infeliz? Gozaste no orgulho e na crueldade, durante longos anos... Muitas vezes, ouvi-te o riso imundo à frente dos escravos agonizantes que espancavas até à morte... Fora daqui! Fora daqui!...

E a desmandar-se nas indisposições de que se via tocado, em seguida bradou para um velho paralítico que lhe implorava socorro:

- Como não te envergonhas de comparecer no pouso do Senhor, quando sempre devoraste o ceitil das viúvas e dos órfãos? Tuas arcas transbordam de maldições e de lágrimas... O pranto das vítimas é grilhão nos teus pés...

E, por muitas horas, fustigou as desventuras alheias, colocando à mostra, com palavras candentes e incisivas, as deficiências e os erros de quantos lhe vinham suplicar reconforto.

Todavia, quando o Sol desaparecera distante e a névoa crepuscular invadira o suave refúgio, modesto viajante penetrou o estreito cenáculo, exibindo nas mãos largas nódoas sanguinolentas. No compartimento, agora vazio, apenas o velho pescador se dispunha à retirada, suarento e abatido. O recém-vindo, silencioso, aproximou-se, sutil, e tocou-o docemente. O conturbado discípulo do Evangelho só assim lhe deu atenção, clamando, porém, impulsivo:

- Quem és tu, que chegas a estas horas, quando o dia de trabalho já terminou?

E porque o desconhecido não respondesse, insistiu com inflexão de censura:

- Avia-te sem demora! Dize depressa a que vens...

Nesse instante, porém, deteve-se a contemplar as rosas de sangue que desabotoavam naquelas mãos belas e finas. Fitou os pés descalços, dos quais transpareciam, ainda vivos, os rubros sinais dos cravos da cruz e, ansioso, encontrou no estranho peregrino o olhar que refletia o fulgor das estrelas...

Perplexo e desfalecente, compreendeu que se achava diante do Mestre, e, ajoelhando-se, em lágrimas, gemeu, aflito:

- Senhor! Senhor! Que pretendes de teu servo?

Foi então que Jesus redivivo afagou-lhe a atormentada cabeça e falou em voz triste:

- Pedro, lembra-te de que não fomos chamados para socorrer as almas puras... Venho rogar-te a caridade do silêncio quando não possas auxiliar! Suplico-te para os filhos de minha esperança a esmola da compaixão...

O rude, mas amoroso pescador de Cafarnaum, mergulhou a face nas mãos calosas para enxugar o pranto copioso e sincero, e quando ergueu, de novo, os olhos para abraçar o visitante querido, no aposento isolado somente havia a sombra da noite que avançava de leve...

Da obra: ‘Contos e Apólogos’. Ditada pelo Espírito ‘Irmão X’, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

A Divina Visão

Muitos anos orara certa devota, implorando uma visão do Senhor.

Mortificava-se. Aflitivas penitências alquebraram-lhe o corpo e a alma. Exercitava não somente rigorosos jejuns. Confiava-se a difícil adestramento espiritual e entesourara no íntimo preciosas virtudes cristãs. Em verdade, a adoração impelira-a ao afastamento do mundo. Vivia segregada, quase sozinha. Mas a humildade pura lhe constituía cristalina fonte de piedade. A oração convertera-se-lhe na vida em luz acesa. Renunciara às posses humanas. Mal se alimentava. Da janela ampla de seu alto aposento, convertido em genuflexório, fitava a amplidão azul, entre preces e evocações. Muitas vezes notava que largo rumor de vozes vinha de baixo, da via pública.

Não se detinha, porém, nas tricas dos homens. Aprazia-lhe cultivar a fé sem mácula, faminta de integração com o Divino Amor.

Em muitas ocasiões, olhos lavados em lágrimas, inquiria, súplice, ao Alto: – Mestre, quando virás?

Findo o colóquio sublime, voltava aos afazeres domésticos. Sabia consagrar-se ao bem das pessoas que lhe eram queridas. Carinhosamente distribuía a água e o pão à mesa. Em seguida, entregava-se a edificante leitura de páginas seráficas. Mentalizava o exemplo dos santos e pedia-lhes força para conduzir a própria alma ao Divino Amigo.

Milhares de dias alongaram-lhe a expectação.

Rugas enormes marcavam-lhe, agora, o rosto. A cabeleira, dantes basta e negra, começava a encanecer.

De olhos pousados no firmamento, meditava sempre, aguardando a Visita Celestial.

Certa manhã ensolarada, sopitando a emoção, viu que um ponto luminoso se formara no Espaço, crescendo... crescendo... até que se transformou na excelsa figura do Benfeitor Eterno.

O Inesquecível Amado como que lhe vinha ao encontro.

Que preciosa mercê lhe faria o Salvador? Arrebatá-la-ia ao paraíso? Enriquecê-la-ia com o milagre de santas revelações?

Extática, balbuciando comovedora súplica, reparou, no entanto, que o Mestre passou junto dela, como se lhe não percebesse a presença. Entre o desapontamento e a admiração, viu que Jesus parara mais adiante, na intimidade com os pedestres distraídos.

Incontinenti, contendo a custo o coração no peito, desceu até a rua e, deslumbraria, abeirou-se dele e rogou, genuflexa:

– Senhor, digna-Te receber-me por escrava fiel!... Mostra-me a Tua vontade! Manda e obedecerei!...

O Embaixador Divino afagou-lhe os cabelos salpicados de neve e respondeu:

- Ajuda-me aqui e agora!... Passará, dentro em pouco, pobre menino recém-nascido. Não tem pai que o ame na Terra e nem lar que o reconforte. Na aparência, é um rebento infeliz de apagada mulher. Entretanto, é valioso trabalhador do Reino de Deus, cujo futuro nos cabe prevenir. Ajudemo-la, bem como a tantos outros irmãos necessitados, aos quais devemos amparar com o nosso amor e dedicação.

Logo após, por mais se esforçasse, ela nada mais viu.

O Mestre como que, se fundira na neblina esvoaçante...

De alma renovada, porém, aguardou o momento de servir. E, quando infortunada mãe apareceu, sobraçando um anjinho enfermo, a serva do Cristo socorreu-a, de pronto, com alimentação adequada e roupa agasalhante.

Desde então, a devota transformada não mais esperou por Jesus, imóvel e zelosa, na janela do seu alto aposento. Depois de prece curta, descia para o trabalho à multidão desconhecida, na execução de tarefas aparentemente sem importância, fosse para lavar a ferida de um transeunte, para socorrer uma criancinha doente ou para levar uma palavra de ânimo ou consolo.

E assim procedendo, radiante, tornou a ver, muitas vezes, o Senhor que lhe sorria reconhecido...



Irmão X
Extraída de “Contos e Apólogos”
Recebida por Francisco Cândido Xavie

Prática Evangélica

Se desprezamos o próximo, como atender ao nosso mandato de caridade?


Cristianismo é viver o espírito do Cristo em nós.


Vemos no estudo das narrativas apostólicas que as legiões do Céu se apossam da Terra, em companhia do Senhor, transformando os homens em instrumentos da Infinita Bondade.


Desde o primeiro contato de Jesus com a Humanidade, observamos a manifestação do mundo espiritual, que busca nas criaturas pontos vivos de apoio para a obra de regeneração.

Zacarias é procurado pelo anjo Gabriel que lhe comunica a vinda de João Batista. Maria Santíssima é visitada pelo mesmo anjo, que lhe anuncia a chegada do Salvador. Um enviado celeste procura José da Galiléia, em sonho, para tranquilizá-lo, quanto ao nascimento do Redentor.


E, erguendo-se o Mestre Divino, entre os homens, não se limita a cumprir a Lei Antiga, repetindo-lhe os preceitos com os lábios. Sai de si mesmo e coloca-se ao encontro das angústias do povo. Limpa os leprosos da estrada. Estende mãos amigas aos paralíticos e levanta-os. Restitui a visão aos cegos. Reergue Lázaro do sepulcro. Restaura doentes. Reintegra as mulheres transviadas na dignidade pessoal. Infunde aos homens novos princípios de fraternidade e perdão. Ainda na cruz, conversa amorosamente com dois malfeitores, procurando encaminhar-lhes as almas para o mais alto.


E, depois dele, os apóstolos abnegados continuam-lhe a gloriosa tarefa do reerguimento humano, prosseguindo no ministério do esclarecimento da alma e da cura do corpo, devotando-se ao Evangelho até ao derradeiro sacrifício.


Urge, assim, não nos afastemos do trabalho e da luta. Há construções no plano do espírito, como existem no campo da matéria. A vitória do Cristianismo, com a livre manifestação do nosso pensamento, é obra que nos compete concretizar.


Não aguardes, por agora, senão renúncia e sacrifício... Jesus até hoje não foi compreendido, mesmo por muitos que se dizem seus seguidores.


Auxilia, perdoa e espera!... As vitórias supremas do espírito brilham além da carne.



Edição de texto retirado do livro “Ave, Cristo!” – Autoria Espiritual de Emmanuel / Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Caridade do Tempo

André Luiz & Waldo Vieira


Amplia-se na vida, segundo as nossas necessidades, o tema sempre novo da caridade.

Ninguém calcula a importância do pão que socorre o faminto, nem o valor do remédio que alivia o doente.

Outras expressões de beneficência, contudo, vão surgindo imperiosas.

Uma delas, que raramente refletimos, baseia-se na dádiva das horas - caridade do tempo, ao alcance de todos. Não há criatura impedida de exerce-la. Em qualquer clima social, semelhante cooperação é fundamento do bem. Um dia de trabalho gratuito no levantamento das boas obras. . .

Uma semana tomada às férias para concurso desinteressado às instituições que reúnem doentes menos felizes. . .

Um horário de serviço puramente fraterno na esfera profissional para os que nos breclam a experiência. . .

Um momento de tolerância e respeito para os que se extraviam na cólera.

Um minuto a mais de atenção para a conversa de alguém que ainda ignora o processo de resumir. . .

Uma hora para a visita espontânea ou solicitada em que sejamos úteis. .

todos podemos calar para que outros falem, extrair alguns instantes dos apertos do dia a dia para atividades edificantes, empregar retalhos de repouso no estudo para conseguir esclarecer ou ensinar, suprimir um passeio ou uma distração para a felicidade de servir. . .

Não nos esqueçamos de articular oportunidades em auxílio de outrem.

Caridade do tempo, fonte de amor e luz. É com ela e por ela que a própria Sabedoria Divina nos ampara e nos reergue, corrige e aprimora, usando paciência infinita conosco, através das reencarnações.

Mensagem de Ano Novo

Para ser feliz,
próspero,
vencedor,
receber amores e dádivas,
bênçãos e distinções,
podes formular votos,
tecer esperanças,
alinhavar projetos,
enumerar decisões,
vestir cores certas,
brindar à sorte.

Porém,
se no coração,
o homem velho prossegue,
se o ontem ainda te governa,
se melhoras apenas te farão,
mais forte no que te é dispensável,
então prosseguirás,
ano após ano,
imerso no mesmo tempo,
estacionário,
por livre e espontânea vontade,
de um eterno ano velho,
passado.

André Luiz

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Bom Natal

Amigos
Venho desta forma simples e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, desejar a cada um de vocês leitores e amigos e companheiros de caminha um Natal pleno de muita luz, paz, harmonia e amor.
Amigos nunca desanimemos por mais difíceis que as provas nos possam parecer,pois cada um tem suas provas pelo caminho, tenhamos antes calma e ponderação e muita fé nos nossos amigos espirituais e no nosso Bondoso Deus que jamais nos desampara...
Façamos desta data especial o inicio de muitos dias especiais, sempre em prol de todos e daqueles que mais necessitam...
Um Feliz Natal a todos
São os votos deste vosso amigo
Pedro Barrigão

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

COMPANHEIROS, AVANTE

Aos irmãos da Causa Espírita no Brasil


Servidores leais da Nova Era,
Segui, de arado às mãos, na seara imensa,
Colhendo o trigo lúcido da crença
Que conforta, restaura e regenera.

Em torno é o mundo que se desespera,
Entre as sombras da noite que se adensa;
Vós sois, porém, a doce recompensa
Do ideal torturado em longa espera.

Mensageiros da luz Imorredoura,
Sois a bênção da vida porvindoura
Na construção do templo da verdade!...

Combatei a maldade, o ódio, a guerra,
Sois com Jesus, o sal da Nova Terra,
Vanguardeiros da Nova Humanidade.





pelo Espírito Abel Gomes - Do livro: Moradas de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.

Jesus, o Libertador

Havia uma grande expectativa em Is­rael, que aguardava ansiosamente o Mes­sias anunciado.

A voz dos profetas, que ficara silencio­sa fazia alguns séculos, não alterara as no­tícias de que Jeová enviaria o libertador do Seu povo no momento adequado.

A presunção exagerada, que havia elegido como filhos de Deus somente os judeus, continuava na conduta arrogante daqueles que aguardavam receber o pri­vilégio dos Céus em detrimento de toda a humanidade.

Descrevia-se a Sua chegada como o momento máximo da sua história de nação muitas vezes escravizada por outras mais poderosas, que então se curvariam humilhadas ante a grandeza da raça es­colhida pela sua fidelidade e devotamen­to aos divinos códigos.

Antevia-se o momento da libertação, especialmente naqueles dias em que o Império Romano escarnecia das suas tra­dições e da sua liberdade, esmagando os seus ideais de independência.

Sentia-se mesmo que aquele era o mo­mento, e que, em qualquer instante, os sinais de identificação apontariam o Es­colhido.

Os sofrimentos vividos na Babilônia, no Egito e em outros lugares cruéis, no passado, não haviam sido esquecidos. Embora a coação prosseguisse e a miséria rondasse as suas vidas, estremunhando-­as e dizimando-as, porque lhes retira­vam tudo quanto possuíam, inclusive os parcos recursos, em razão dos impostos exorbitantes, não conseguiam, porém, tomar-lhes a esperança que teimava em permanecer nos seus corações.

Aguardava-se, portanto, que Ele che­garia em triunfo mundano, cercado de poder militar e de despotismo, de forma que vingasse as humilhações e dores que os Seus haviam experimentado através dos tempos.

Sentando-se no trono e governando com insolência e perversidade, somente àqueles que Lhe pertenciam concederia compaixão e bondade, ternura e amor, oferecendo-lhes os reinos da Terra, a fim de que pudessem fruir o poder e a glória anelados.

Esqueciam-se, porém, da transitorie­dade da vida física e do impositivo da morte, que a todos arrebata, transferin­do-os para a dimensão da imortalidade.

Por mais longos e prazenteiros fossem os dias de efusão e de orgulho, que es­peravam viver, a fatalidade biológica os conduziria à velhice, ao desgaste, à con­sumpção do corpo e ao enfrentamento com a Vida Eterna.

Mas Israel e seus filhos estavam inte­ressados no mundo, nos negócios da ilu­são, nas conquistas terrenas.

A mágoa e o desejo de desforço acalen­tados por séculos demorados, consegui­ram diluir na vacuidade o discernimento em torno dos valores reais da existência humaria.

Somente eram considerados o gozo e a supremacia sobre os demais povos, submetendo-os ao talante das suas desorde­nadas ambições.

A cegueira do orgulho envilecera os sentimentos do povo, não ha­vendo lugar para a reflexão nem para o amor fraternal.

* * *

Ele veio e não O aceitaram.

Aguardavam um vingador que esmagasse os inimigos, enquanto Ele chegara para conquistar aqueles que se haviam transformado em adversários.

Esperavam que fosse portador de soberba, arbitrário e superior em crueldade àqueles que se fizeram odiados, mas Ele vivenciou o amor em todas as suas expressões, demonstrando que o Filho de Deus é lição viva de compaixão e misericórdia.

Em face das suas necessidades materiais, não poderiam receber o Embaixador do Reino de Deus, que vinha colocar os Seus alicerces na Terra, para erguer o templo da legítima fraternidade que deve viger entre todas as criaturas.

De início, antes da ira contra a Sua pessoa, desejaram arrastá-lO para as suas tricas farisaicas e para os seus domínios insensatos. E porque não conseguiram, voltaram-se contra Ele e Sua mensagem, perseguindo-O com insistência e ameaçando-O sem clemência.

Ele, porém, permaneceu integérrimo. A Sua tranqüilidade desconcertava-os, fazendo que arremetessem furibundos contra os ensinamentos de que se fazia portador e procurando um meio de en­volvê-lO em algum conceito que O pu­desse criminar, a fim de O matarem.

Encharcados de presunção, o único sentido para a vida centrava-se na busca do poder, do prazer, no vingar-se dos ini­migos reais e imaginários.

Não é de estranhar que Jesus não lhes representasse o cumprimento das profecias.

Embora o Seu fosse o maior poder que a Terra jamais conheceu, os ambicio­sos que desejavam o mundo não estavam interessados na Sua força incomparável, que se fazia soberana ante os ventos, as ondas do mar durante a tempestade, ou diante dos distúrbios da mente, da emoção e do corpo das criaturas que O bus­cavam.

Invejosos, não podendo negar-Lhe a grandeza, acusavam-nO de ser emissário do Mal, veículo satânico.

Jesus compadecia-se deles e exortava-os à liberdade espiritual, que é a verdadeira, conclamando-os ao despertamento para a realidade.

Mas os tóxicos do ódio haviam-nos envenenado desde há muito, não haven­do espaço mental nem emocional para o refrigério da compreensão nem para a bênção da paz.

* * *

Ainda hoje Israel não O entendeu. Prossegue esperando o seu Messias dominador, banhando-se de sangue e sacrificando-se, enquanto os seus filhos estorcegam em reencarnações purifica­doras e aflitivas através dos evos.

O amor, que é a solução para todos os problemas humanos e os conflitos que se abatem sobre a erra, ainda não é reco­nhecido como o único recurso capaz de gerar felicidade nos corações.

Passaram aqueles dias tormentosos e outros muitos, enquanto Jesus perma­nece como o libertador de consciências, conduzindo-as no rumo da plenitude.

* * *

Neste Natal, recorda-te dEle e entre­ga-te a Ele sem qualquer relutância.

Ele te conduzirá com segurança pelo vale da morte e pela noite escura das paixões, apontando-te o amanhecer luminífero por onde seguirás no rumo da felicidade.

Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

As Rosas do Infinito

Livro: Contos e Apólogos
Irmão X & Francisco Cândido Xavier



Em deslumbrante paisagem da Esfera superior, diversos mensageiros se
congregavam em curioso certame. Procediam de lugares diversos e traziam
flores para importante aferição de mérito.

Na praça enorme, pavimentada de substância semelhante ao jade, colunas multicores exibiam guirlandas de soberana beleza.

Rosas de todos os feitios e cravos soberbos, gerânios e glicínias,
lírios e açucenas, miosótis e crisântemos exaltavam a Sabedoria do
Criador em festa espetacular de cores e perfumes.

Envergando túnicas resplendentes, servidores espirituais iam a vinham, à espera dos juizes angélicos.

A exposição singular destinava-se à verificação da existência de
luz divina, nos múltiplos exemplares que aí se alinhavam, salientando-se
que os espécimes com maior teor de claridade celeste seriam conduzidos
ao Trono do Eterno, como preito de amor e reconhecimento dos
trabalhadores do bem.

Os julgadores não se fizeram esperados.

Quando a expectação geral se mostrava adiantada, três emissários
da Majestade Sublime atravessaram as portas de dourada filigrana e,
depois das saudações afetuosas, iniciaram o trabalho que lhes competia.
Aquele que detinha mais elevada posição hierárquica trazia nas mãos uma
toalha de linho translúcido, o único apetrecho que certamente utilizaria
na tarefa de análise das preciosidades expostas.

Cada ramo era seguido de pequena comissão representativa do serviço espiritual em que fora elucidando.

Aproximou-se o primeiro grupo, trazendo uma braçada de rosas,
tecidas com as emoções do carinho materno que, lançadas à toalha
surpreendente, expediram suaves irradiações em azul indefinível, e os
anjos abençoaram o devotamento das mães, que preservam os tesouros de
Deus, na posição de heroínas desconhecidas.

Logo após, brilhante conjunto de Espíritos jubilosos deitou ao
pano singular uma coroa de lírios, formados pelas vibrações de fervor
das almas piedosas que se devotam nos templos ao culto da fé. Safirinas
emanações cruzaram o espaço e os celestes embaixadores louvaram os
santos misteres de todos os religiosos do mundo.

Em seguida, alegre comissão juvenil trouxe a exame delicado
ramalhete de açucenas, estruturadas nos sonhos e nas esperanças dos
noivos que sabem guardar a Bênção Divina, e raios verdes de brilho
intraduzível se projetaram em todas as direções, enquanto os emissários
do Todo-Misericordioso entoaram encômicos aos afetos santificantes das
almas.

Lindas crianças foram portadoras de formosa auréola de jasmins,
nascidos da ternura infantil, e que, depostos sobre a toalha miraculosa,
emitiram alvíssima luz, semelhante a fios de aurora, incidindo sobre a
neve.

Depois, pequeno agrupamento de criaturas iluminadas colocou, sob
os olhos dos anjos, bela grinalda de cravos rubros, colhidos na
renunciação dos sábios e dos heróis, a serviço da Humanidade, que
exteriorizaram vermelhas emanações, quais se fossem constituídas de
eterizados rubis.

E, assim, cada comissão submeteu ao trabalho seletivo as jóias que trazia.

O devotamento dos pais, os laços esponsalícios, a dedicação dos
filhos, o carinho dos verdadeiros amigos, a devoção de vários matizes
ali se achavam magnificamente representados pelas flores cuja essência
lhes correspondia.

Em derradeiro lugar, compareceu a mais humilde comissão da festa.

Quatro almas, revelando características de extrema simplicidade,
surgiram com um ramo feio e triste. Eram rosas mirradas, de cor
arroxeada, mostrando pontos esbranquiçados a guisa de manchas, a
desabrocharem ao longo de hastes espinhosas e repelentes. Depostas, no
entanto, sobre a mágica toalha, inflamaram-se de luz solar, a
irradiar-se do recinto à imensidão dos Céus.

Os três anjos puseram-se de joelhos. Inesperada comoção encheu de
lágrimas os olhos espantados da enorme assembléia. E porque alguns dos
presentes chorassem, com interrogações imanifestas, o grande juiz do
certame esclareceu, emocionado:

-Estas flores são as rosas de amor que raros trabalhadores do bem
cultivam nas sombras do inferno. São glórias do sentimento puro, da
fraternidade real, da suprema consagração à virtude, porque somente as
almas libertas de todo o egoísmo conseguem servir a Deus, na escória das
trevas. Os acúleos que se destacam nas hastes agressivas simbolizam as
dificuldades superadas, as pétalas roxas simbolizam o arrependimento e a
consolação dos que já se transferiram da desolação para a esperança, e
os pontos alvos expressam o pranto mudo e aflitivo dos heróis anônimos
que sabem servir sem reclamar...

E, entre cânticos de transbordante alegria, as rosas estranhas subiram rutilantes do Paraíso.

Ó vós, que lutais no caminho empedrado de cada dia, enxugai as
lágrimas e esperai! As flores mais sublimes para o Céu nascem na Terra,
onde os companheiros de boa-vontade sabem viver para a vitória do bem,
com o suor do trabalho incessante e com as lágrimas silenciosas do
próprio sacrifício.

EXISTÊNCIA DE DEUS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.





pelo Espírito Meimei- Do livro: Pai Nosso, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 4 de dezembro de 2010

ESPÍRITAS ESCRAVIZADOS A SÍMBOLOS, MITOS E FANTASIAS?

Muitas Instituições Espíritas mantêm práticas e/ou discussões estéreis em torno de assuntos como: “crianças índigos”, “Chico é ou não é Kardec?”, “ubaldismos”, “ramatisismos”, “apometria”, “cromoterapias”, “militância na política partidária”, “desobsessão por corrente magnética (com direito a choques anímicos) e tantos outros inusitados "ismos" e "pias". Alguns confrades creem que a apometria vai revolucionar o universo da "cura espiritual". Pasmem! Ora, quem estuda com seriedade os livros de Kardec sabe que a cura das obsessões não se consegue com o toque de mágica apométrica.
Sabemos que foi descomunal o esforço de Allan Kardec para legar à humanidade uma doutrina imune a esses atavismos, vícios religiosos e dogmas de toda natureza. Todavia, como as pessoas são pouco entusiasmadas para o estudo metódico e sério, inventam e impõem práticas bizarras, evocam os “benzedeiros do além” para que venham completar esse vácuo causado pala ausência absoluta de bom senso.
Estamos fazendo, no Brasil, um Espiritismo à moda brasileira. Os centros espíritas praticam um “Espiritismo à moda da casa” (para todos os gostos). Há confrades que insistem em usar trajes especiais nas instituições. Porém, sabemos que o Espiritismo não adota indumentárias especiais, nem enfeites, amuletos, colares, vestes brancas (“significando o bem”) ou vestimentas pretas ou vermelhas (“significando o mal”). Os trabalhadores cônscios da realidade Espírita trajam roupas normais, de forma simples, até porque, a discrição deve fazer parte dos que trabalham para o Cristo.
LEIA O ARTIGO INTEIRO NO BLOG
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/11/espiritas-escravizados-simbolos-mitos-e.html
Saudações,

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
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http://espiridigi.net

Supere a Perturbação

Livro: Para Uso Diário
Joannes & J. Raul Teixeira



É bem verdade que o seu dia-a-dia tem o valor de uma trama de desafios, aptos a lhe conferir a diplomação em diversas virtudes.

Essas virtudes o auxiliarão a transpor as barreiras morais que ainda o afastam da alegria verdadeira e da paz-conquista, que o erguerão do chão comum do mundo aos cimos da consciência iluminada por seus esforços na existência terrena.

No seu período diário, não são poucas as ocasiões de se exasperar, de lhe desnortear ou de entristecer seu íntimo, aguardando pela sua coragem e lucidez para não passar recibo a tais perturbações.

Você se angustia com os preços mais altos da feira onde se abastece;

Você se entristece com a indiferença ou frieza emocional dos que lhe devem afetividade e amor;

Você se enraivece com a mentira deslavada que toma ares de legislação digna, nos arraiais em que se movimentam seus passos;

Você se irrita com os baixos salários, enquanto se apercebe das múltiplas necessidades materiais da sua vida, que têm que ser adiadas;

Você se curva perante o familiar que não o ouve, que não lhe considera os arrazoados honestos, e tudo isso, com certeza, pesa sobre seu estado psico-emocional.

Não podemos afirmar que nas caminhadas do mundo você não possa desenvolver esses sentimentos, ou que não lhe devesse passar pela mente as amarguras que passa.

Entretanto, se você sabe que no mundo apenas conheceremos aflições, conforme o assegurou Jesus, O Cristo, é de se esperar que pelas Suas trilhas na busca do sonhado progresso todas essas agruras ocorram, todas essas frustrações apareçam.

Você não está errado quando se insurge contra o desvario, quando se nega a aceitar a impostura, quando recrimina o vício, ou quando se indispõe perante o cinismo, a desfaçatez que costuma mascarar tantos rostos a sua volta.

O que as vozes do bem decantam aos nossos ouvidos, o que Jesus nos ensinou com seu testemunho terrestre é que você pode dizer isso ou aquilo, você pode fazer isso ou aquilo; você pode pensar isso ou aquilo, sem que se tenha de apoiar no destempero verbal; Sem que precise se envenenar com a agressiva violência; sem que necessite gritar, explodir, perdendo o próprio controle em face das situações diversas e desafiadoras que se lhe defrontem.

Adote o hábito, que os mais antigos recomendavam, de "contar até 10", antes de fazer ou acontecer.

Apóie-se na harmonia íntima que lhe trará luzes e refrigério ao discernimento, impedindo que você se atire ao abismo de tormentos da alma, que, indubitavelmente, o farão infeliz e arrependido.

Pense e repense a respeito do aprendizado que as situações difíceis lhe propiciam:.

As bênçãos da paciência, da moderação, da tranqüilidade, da frugalidade, da tolerância, da fraternidade, da compreensão, da indulgência, do autocontrole, tornando-o amadurecido para merecer compromissos mais altos na oficina de Deus, que é a Terra inteira.

A questão principal em tudo é saber como tomar cada providência, sem passar recibo às sombras, não o esqueça.

Caso você esteja no lar, no local de trabalho, no lazer, nas atividades desportivas ou nas lidas da sua fé, não se esqueça que está diante de importantes desafios que visam a diplomá-lo em virtude, ante os olhos amorosos do criador.

Mais uma vez, queremos lhe advertir para que não se deixe perturbar com as ocorrências diárias.

Para que não passe recibo ao mal ou às insinuações do mal, quando cada dia no mundo, com todos os seus episódios, não passa de mais um dia de aulas, com estranhos professores chamados a conferir-lhe o devido grau, na abençoada escola terrestre.

* * Pensamento * *

O homem jamais deve esquecer que se acha num mundo inferior, ao qual somente as suas imperfeições o conservam preso.

A cada vicissitude, cumpre-lhe lembrar-se de que, se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."