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terça-feira, 13 de julho de 2010

PROTEÇÃO ESPIRITUAL

Marques, o ex-presidente do templo espírita, falava ao companheiro:

— Teremos uma assembléia geral depois de amanhã e estou colecionando os documentos. Veremos quem pode mais. Desmoralizarei os mandriões.

E Osório, o amigo fiel, ponderava:

— Mais calma. O senhor foi presidente por muitos anos. Sempre respeitado. Sempre querido. Recordemos nossas reuniões. Nosso Dias da Cruz, que o senhor conheceu tão bem, quando neste mundo, prometeu ajudá-lo até ao fim...

— Sei que estou protegido — dizia Marques, beliscando, nervoso, a barba branca —, mas vou colocar a coisa em pratos limpos. A diretoria foi tomada de assalto. É muita gente querendo transformar a casa em gamela gorda.

— Marques, a ironia é veneno.

— Tenho fotocópias, retratos, informações e muito papel importante para mostrar o passado desses oportunistas. Todo o material será exibido na assembléia. Alguns desses companheiros transviados são passíveis de xadrez.

— Medite, Marques, medite! — pedia Osório. — O que passou, passou... Agitar o fundo de um poço é fazer lama. Ore. Peça o amparo do Alto.

E, a convite do amigo, os dois se puseram em prece, rogando proteção espiritual.

Em seguida, tornaram à casa de Marques, onde Osório observaria como adoçar o calhamaço.

Ao procurar o libelo escrito, o dono da casa ouviu a arrumadeira, que entrara na véspera, a estranha explicação:

— Senhor Marques, todos os papéis que o senhor deixou espalhados nas cadeiras, com retratos e jornais velhos, eu entreguei ao lixeiro, quando o caminhão da Prefeitura por aqui passou.

— Meu Deus! — gritou o velhinho, entrelaçando as mãos na cabeça, ante Osório sorridente — era serviço de oito meses!

E a jovem inexperiente replicou, sem saber que fazia a definição moral:

— Mas era muita sujeira!...





pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier.

AO ENTARDECER

Mais tarde, servo que descansas,
Quando a sombra, envolver-te os olhos fatigados,
A noção do tempo crescerá em tua alma
E o senhor da vinha
Dir-te-á do monte da consciência:

- Que fizeste da tua luz?
Onde guardaste os raios do Sol,
As gotas do orvalho,
As sementes divinas,
O arado amigo e realizador?
Que fizeste do meio-dia rutilante
Onde deixaste
Os rebentos novos,
As febres opulentas,
Os frutos generosos
A dádiva do suor?
Contemplarás as mãos vazias,
Suportarás o coração tocado de remorso
E dirás, em obediência
Ao antigo hábito de enganar a ti mesmo:

- O Sol causticante crestou a terra do meu campo,
Chuvas copiosas trouxeram imensas inundações...
Vermes invasores destruíram a erva tenra,
Serpentes venenosas atacavam-me os pés.
Aos espinheiros que se erguiam acima do solo
Respondiam pedras em baixo,
Anulando-me a tarefa...
Se surgiam alguns brotos na encosta,
A Lama descia célere...
Se rebentos humildes vinham à planície,
Os detritos da serra
Formavam pântanos implacáveis
Aniquilando-me a sementeira.
Que poderia fazer, então,
Se todas os perigos da Natureza congregavam-se contra mim?

O Senhor da Vinha, porém,
Ouvirá complacente
E, antes de tornar
Ao seu próprio trabalho,
No campo universal e infinito dos séculos,
Responderá:
- Não te queixes.

O Sol causticante,
A chuva torrencial
os vermes e as serpentes,
OS espinhos e as pedras,
A Lama e o pântano,
Eram as ferramentas que te dei...
Mas... espera! Outro dia virá!...

Tentarás justificar-te, inda uma vez;
Todavia,
O último raio de Sol desperdir-se-á do céu
E o rosto do Senhor
Desaparecerá no grande silêncio.
E então errarás de vale em vale, de montanha em montanha,
Sangrando o coração sob ríspido açoite,
Angustiado e sozinho,
Porque no teu caminho
Reinará, longo tempo, enorme e espessa noite!...






pelo Espírito Alma Eros - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

Razão de viver

Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.

Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.

Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.

Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados.

Deixam-se levar pelos "ventos do acaso".

Não vêem significado em família, em amigos, nem em trabalho.

Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.

Com certeza, não é o melhor modo de se viver.

É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.

É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.

Seria muito belo se cada pessoa - principalmente as que não vêem sentido para a própria vida - resolvessem perguntar-se: "O que posso fazer em prol do mundo onde estou?

Para que, afinal, é que eu vivo?

Para quem é que eu vivo?"

Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.

Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.

É importante dar sentido à vida.

É importante viver por algo ou por alguém.

Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.

Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.

Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.

Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.

Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.

Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.

Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.

A vida na terra não precisa ser um "campo de concentração" a impor-lhe tormentos a cada hora.

Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.

Dedique-se a isso.

Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.

Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.

Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.

Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.

***

O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.

Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.

Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por conseqüência, a toda a sua vida.




Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Para uso diário, capítulo 25, de J. Raul Teixeira, ditado pelo Espírito Joanes.

Na hora da caridade

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Coragem - CEC

A esmola costuma prejudicar os que a recebem,
sem consideração pelo seu valor. Também o nosso
sentimento ativo, dispensado em benefício dos que não
se encontram preparados para recebê-lo, com proveito,
pode ser nocivo aos que servimos e amamos.
Arthur Joviano e Chico Xavier
Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz

Não te furtarás ao serviço de emenda e nem recusarás as constrangedoras obrigações de restaurar a realidade, mas unge o coração de brandura para corrigir abençoando e orientar construindo!...

A dificuldade do próximo é intimação à beneficência, no entanto, assim como é preciso condimentar de amor o pão que se dá para que ele não amargue a boca que o recebe, é indispensável também temperar de misericórdia o ensino que se ministra para que a palavra esclarecedora não perturbe o ouvido que o recolhe.

Na hora da caridade, não reflitas apenas naquilo que os irmãos necessitados devem fazer!... Considera igualmente aquilo que lhes não foi possível fazer ainda!...

Coteja as tuas oportunidades com as deles.
Quantos atravessaram a infância sem a refeição de horário certo e quantos se desenvolveram, carregando moléstias ocultas!
Quantos suspiram em vão pela riqueza do alfabeto, desde cedo escravizados a tarefas de sacrifício e quantos outros cresceram em antros de sombra, sob as hipnoses da viciação e do crime!...
Quantos desejaram ser bons e foram arrastados à delinquência no instante justo em que o anseio de retidão lhes aflorava na consciência e quantos foram colhidos de chofre nos processos obsessivos que os impeliram a resvaladouros fatais!

Soma as tuas facilidades, revisa as bênçãos que usufruis, enumera as vantagens e os tesouros de afeto que te coroam os dias e socorre aos companheiros desfalecentes da estrada, buscando soerguê-los ao teu nível de entendimento e conforto.

Na hora da caridade, emudece as humanas contradições e auxilia sempre, mas sempre clareando a razão com a luz do amor fraterno, ainda mesmo quando a verdade te exija duros encargos, semelhantes às dolorosas tarefas da cirurgia.

RETRATO

Imaginemos a criatura que traiu a si própria através da crueldade voluntária ou da delinqüência infeliz, relegada à intempérie, tentando, em vão, fugir à espantosa tempestade que lhe ruge na consciência.

Em torno, tudo se veste na sombra difusa que lhe verte da alma, substancializando a noite de angústia em que se lhe acumulam as horas, e, por dentro, vozes terríveis lhe bradam maldição e remorso, atormentando-lhe o imo do próprio ser.

De quando a quando, é o recomeço do drama aflitivo em que estampou na mente os estigmas insidiosos da expiação, revisando todos os atos em que se desvairou na viciação ou no crime e, vezes outras, é a dor do tempo perdido a vazar-se-lhe dos olhos em torrentes de lágrimas.

Para semelhante viajor do grande infortúnio, dia e noite perdem a justa razão de ser, porquanto, em todos os lances da senda espraia-se a sombra que se lhe derrama do seio entenebrecido na culpa...

Eis, porém, que mão amigas surgem de inopino, a lhe imobilizarem os pés sangrentos, asilando-lhe o pranto amargo no remansoso ninho do coração, em cujo calor se lhe amenizam todas as chagas e se lhe aplacam todos os sofrimentos.

Reconheçamos no símbolo a posição de nosso espírito endividado, quando na luta humana, à frente de nossos pais.

Quase sempre, esses heróis abnegados e anônimos do instituto doméstico arrancam-nos, generosos, ao torvelinho infernal das provações a que nos arrojamos, no espaço hostil e desconhecido, após a morte carnal na terra.

São eles missionários do berço em que as nossas oportunidade de trabalho se reajustam, os credores de nossa vida e os benfeitores de nossa estrada, juntos de quem todo o ouro do mundo seria escasso ao pagamento de nossa dívida – dívida essa que apenas conseguiremos resolver com a luz da abnegação constante no campo do Eterno Amor.





pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Refúgio, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Lesões afetivas

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Momentos de Ouro - GEEM

Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.
Caro é o preço que pagamos pela lesões afetivas que provocamos nos outros.
Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muito pouco são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos.
Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras, presentemente, num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.
O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existências das vítimas, espoliadas do afeto que lhe nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Justiça Divina, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.
Certamente, que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.
Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".
Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidade, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

BENDITA SEJAS

Bendita sejas, mão piedosa e pura,
Em cujos doces dedos, de mansinho,
A caridade tece o brando arminho
Com que afagas miséria e desventura.

Estrela fulgurante em noite escura,
És a consolação, a paz e o ninho
Dos aflitos, que choram no caminho,
Sob as chagas da sombra e da amargura...

Mão que repartes luz, pão e agasalho,
Coroada na glória do trabalho,
A refulgir em todas as igrejas!...

Por toda a gratidão que te abençoa,
Mão que ajudas, contente, humilde e boa,
Deus te guarde, feliz! Bendita sejas!...





pelo Espírito Auta de Souza - Do livro: Auta de Souza, Médium: Francisco Cândido Xavier.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."