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terça-feira, 25 de maio de 2010

SERENIDADE

A faina incessante da vida moderna, a sede de conforto supérfluo, a ânsia pelo prazer exorbitante, as demandas injustificáveis são apresentados invariavelmente como fatores básicos para explicarem os desequilíbrios da emoção que atormenta o homem.

Não há tempo senão para viver.

Viver bem, fruindo as concessões aligeiradas que o corpo enseja-a meta para a grande maioria.

E semelhante a aventureiro ávido de prazer larga-se a criatura no cipoal das lutas, empenhando os valores de que dispões, continuando, no entanto, inquieta, aflita.

Educa-se ou se vai educando para o triunfo fácil.

Disciplina-se ou deixa-se disciplinar antegozando o sabor da vitória em sociedade.

Instrui-se ou deixa-se instruir para vencer...

Educar-se, no entanto, para conhecer, peregrinando pelos meandros da dor humana, a fim de solucionar os milenários enigmas do espírito encarnado; disciplinar- se com o objetivo de renovar as disposições íntimas, no sentido da evolução espiritual; instruir-se para vencer a sombra da ignorância tendo em vista o impositivo da vitória sobre si mesmo, são diretrizes desconsideradas por muitos que, todavia, possibilitam a felicidade em termos reais e duradouros.

De tal conquista frui o homem a satisfação da serenidade.


Marco Aurélio, referindo-se à tranqüilidade, em suas Meditações, denominava como "tranqüilo - um espírito bem ordenado".

A serenidade é o estado de ordem que tranqüiliza interiormente.

Ordem que nasce da educação disciplinada pelo exercício do dever e esclarecida pela instrução que amplia as possibilidades do conhecimento.

Acredita-se erradamente que para a serenidade são indispensáveis o conforto, a independência econômica, a estabilidade conjugal, a saúde e outros ingredientes externos considerados essenciais e rarosde reunir-se num mesmo afortunado indivíduo.

Alguns cristãos, na atualidade, justificam a falta de silêncio para cultivarem a serenidade. Outros dizem-se atormentados por problemas e informam que tudo são convites ruidoso ao desalinho da mente, à enfermidade nervosa, ao desajustamento. ..

Com "olhos de ver" e "ouvidos de ouvir" naturalmente se podem descobrir fontes ricas de belezas capazes de banhar a alma de paz e harmonia.

Painéis invulgares se desenham num raio de sol, numa estrela que fulge, num sorriso de criança, num farfalhar de folhas levemente balouçadas por brisas ciciantes, no tamborilar da chuva no telhado, numa ave ligeira bailando no ar, na harmonia e no colorido de uma flor, em mil nonadas..., convidando à serenidade, a "um espírito bem ordenado".

"Não vos afadigueis pela posse do ouro", disse o Mestre.

A posse exaure aquele que possui.

"O meu reino não é deste mundo", explicou o Senhor.

Em face de tais lições é que Jesus, embora sem encontrar entre os companheiros quem se identificasse com a sua mensagem de amor, amou e serviu a todos indistintamente e quando, mais tarde, sofreu odesprezo dos que mais se beneficiaram da sua presença, expulso da compreensão dos que d’Ele dependiam no vozerio da perseguição em invulgar soledade, manteve-se sereno, acenando com bênçãos para os infelizes e amando os próprios algozes na mais eminente demonstração de que serenidade com paz íntima é conquista do espírito, independente das excentricidades do mundo do mundo das
formas.





pelo Espírito Joanna de Ângelis - Do livro: Dimensões da Verdade, Médium: Divaldo Pereira Franco - Editora LEAL.

Fundamentos para a sua saúde

Bezerra de Menezes e Chico Xavier
Do livro: Apelos Cristãos - U. E. M.

Quanto mais se nos estenda o esforço na prática do bem, puro e simples, com a abolição de todas as preocupações desnecessárias, mais se nos ampliarão as possibilidades para a assimilação das Bênçãos do Alto.

Auxiliemo-nos, a nós mesmos, situando a mente na paz interior. Isso é importante não apenas para o nosso campo mental, mas também para a nossa saúde física, nos mais íntimos fundamentos.


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O problema da serenidade interior é tão profundo, tão importante à saúde, que sabemos aqui que mães numerosas envenenam seus filhinhos, involuntariamente, através do leite, quando se empolgam pelas contrariedades comuns, pelas disposições fluídicas antipáticas. - Arthur Joviano e Chico Xavier
Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz



É sempre melhor prevenir no lar que remediar no sanatório. Na prevenção, todos os amigos ajudam e na medicação muita gente determina. - Emmanuel e Chico Xavier
Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz

VINTE MODOS

Modos com que nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo:

Esquecer a reforma íntima.
Desprezar os deveres profissionais.
Ausentar-se das obras de caridade.
Negar-se ao estudo.
Faltar aos compromissos sem justo motivo.
Rogar privilégios.
Escapar deliberadamente dos sofredores para não prestar-lhes pequeninos serviços.
Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas sociais.
Especular com a Doutrina em matéria política.
Sacrificar a família aos trabalhos da fé.
Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma, isolando-se na preguiça.
Afligir-se pela conquista de aplausos.
Julgar-se indispensável.
Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas.
Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tenham sutilmente ensombrar a área do esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.
Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso.
Guardar melindres.
Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com os dirigentes das instituições doutrinárias.
Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espírita.
Largar aos outros responsabilidade que nos competem.





pelo Espírito André Luiz - Do livro: Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

O Evangelho no Lar

Bezerra de Menezes e Chico Xavier
Do livro: Temas da Vida - CEU

Parece sem importância o ato de se reunir uma
pequena família para a comunhão com o plano invisível,
tantas horas por semana, em torno de serviços mais
simbólicos que tangíveis, no campo expressional dos
acontecimentos domésticos, entretanto, semelhante
reunião e fundamental.
Arthur Joviano e Chico Xavier
Pérolas da Sabedoria - Vina de Luz


Trabalhemos pela implantação do Evangelho no lar, quando estiver ao alcance de nossas possibilidades.



A seara depende da sementeira.



Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.



É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico.



Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.



Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva. É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.



Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.



O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.



O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.



Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.



Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.



Auxiliemos a plantação do cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã.



Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.



Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.



Que a providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.

CONSTRUINDO

Falando sem agredir,
Ouvindo sem malícia,
Vendo sem criticar,
Ajudando sem humilhar,
Corrigindo sem vaidade,
Trabalhando sem egoísmo,
Compreendendo sem exigências,
Crendo sem fanatismo,
Amando sem paixão e

Sofrendo sem revolta, estaremos a cada dia, colaborando, a partir de nós mesmos, na construção do mundo melhor, sobre o alicerce indispensável da paz do Senhor.





pelo Espírito Irmão José - Do livro: Crer e Agir, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Carlos Bacelli.

Nas provações

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Assim Vencerás - IDEAL

Seja cada prova, por mais difícil, um estímulo
novo para o seu coração. Guarde sua calma, confiança
serena e ardente. Que Jesus o abençoe.
Arthur Joviano e Chico Xavier
Do livro: Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz


Em todas as lutas e dificuldades da senda, suporta sem queixa o sofrimento menor para que o sofrimento maior não te flagele amanhã.
O fogão sem lume pode ser agora látego de carência, induzindo-te as serviço nobre, mas, explorar a fome dos semelhantes pelo monopólio do pão, será depois o teu grande infortúnio.
A chaga aberta pela calúnia com que te atassalham o nome, em muitas circunstâncias, é a ferida remissora ou o aviso salutar, entretatno, cultivar a maledicência e enlamear o caminho alheio é, sem dúvida, a infelicidade real.
Padecer a ingratidão dos entes mais caros com a desculpa espontânea, quase sempre, é abrir campo à mais bela devoção afetiva, contudo, desertar do caminho que devemos aos corações que nos amam é aprisionar o próprio espírito nos cárceres do remorso.
Sentir que o gládio da expiação e da angústia nos impões a morte ao santuário doméstico, crestando existências que constituem o nosso refúgio e consolação, é redimir com lágrimas as dívidas que trazemos, habilitando-nos para a liberdade superior, todavia, perseguir aqueles que nos cercam, aniquilando-lhes a vida com frieza e crueldade é descer aos tormentos do crime.
Não te assustem obstáculos e o pranto, a alfinetada e a úlcera que, por algum tempo, te afligem o coração.
São eles o ensinamento e o reajuste, o remédio e a bênção que nos aprimoram o ser na direção da Divina Luz, mas livra-te de fazê-los ou provocá-los porque, no solo da vida, a consciência de cada um, conforme semeie, naturalmente ceifará.

UNIÃO A DOIS

Lutas do casamento!... Provas do Casamento!...

Quem disse, porém que a concretização do matrimônio é felicidade estruturada a toques de figurino, não atingiu a realidade.

A união a dois, no culto da afinidade ou na execução de tarefas mais amplas da família, é um encargo honroso, qual sucede a tantas obrigações dignas. Nem por isso deixa de ser trabalho a efetuar. E trabalho tão importante que, não sendo possível a um coração apenas, foi preciso reunir dois para realizá-lo.

Quando um companheiro delibera empreender certa pesquisa, ou se outro abraça determinada profissão, não nos aventuramos a iludi-los com visões de felicidade imaginária. Ao invés disso, reconhecemos que escolheram laborioso caminho de serviço em que lhes auguramos o êxito desejado.

De igual modo, o casamento, não é construção sem bases, espécie de palácio feito sob medida para os moradores.

Entre os cônjuges é imperioso que um aprenda a compreender o outro, de maneira a desenvolver as qualidades nobres que o outro possua, transformando-lhe conseqüentemente as possíveis tendências menos felizes em aspirações à Vida Melhor.

Claramente, todos temos vinculações profundas, idiossincrasias, frustrações e dificuldades. A reencarnação nos informa com segurança quanto a isso, indicando para que lado gravitamos em família, segundo os mecanismos da vida que a experiência terrestre nos induz a reajustar.

Em razão disso, todo par e toda organização doméstica revelam regiões nevrálgicas entretecidas de problemas que é preciso saber contornar ou penetrar, a fim de que o futuro nos traga as soluções de harmonia irreversível.

Se te encontras ao lado de alguém, sob regime de compromisso afetivo, não exijas de imediato a esse alguém a apresentação de recursos de que ainda necessite para ser aos teus olhos a companhia perfeita que esperavas encontrar entre as paredes domésticas. Nem queiras que esse alguém raciocine com os teus pensamentos, porquanto a ninguém é lícito reclamar de outrem aquilo que ainda não consegues fazer.

Se não desejas receber-nos próprios ombros a cabeça de quem abraçou contigo as responsabilidades da união a dois, é mais que natural que não possas impor a própria cabeça aos ombros da criatura a quem prometeste carinho e dedicação.

Todos somos filhos de Deus.

O matrimônio é obrigação que os interessados assumem livremente e de que prestarão justa conta um ao outro. Conquanto isso, o casamento não funde as pessoas que o integram. Por isto mesmo a união a dois, além da complementação realizada, recorda a lavoura e a construção: cada cônjuge colhe o que plantou, tanto quanto dispõe do que fez.





pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Astronautas do Além, Médium: Francisco Cândido Xavier e J.Herculano Pires - Espíritos diversos.

HOMENS PRODÍGIOS

Conta-se que André, o discípulo prestimoso, tão logo observou o Senhor à procura de cooperadores para o ministério da salvação, compareceu, certo dia, à residência de Pedro, com três companheiros que se candidatavam à divina companhia.

Recebeu-os Jesus, com serenidade e brandura, enquanto o apóstolo apresentava os novatos com entusiasmo ingênuo.

– Este, Mestre – disse, tocando o braço do mais velho –, é Jacob, filho de Eliakim, o condutor de cabras, que tem maravilhosas visões do oculto. Já viu os próprios demônios flagelando homens imundos e, quando visitou Jerusalém, na última peregrinação ao Templo, viu flamas de fogo celeste sobre os Pães da Proposição. Enxergou também os espíritos de gloriosos antepassados entre os sacerdotes, surpreendendo sublimes revelações do invisível.

Ante a expectação do Divino Amigo, o aprendiz acentuou:

– Parece-me excelente companheiro para os nossos trabalhos.

Jesus, contudo, pousando no candidato os olhos firmes, fez interrogativo gesto para Jacob, que, docemente constrangido pela silenciosa atitude dele, informou:

– Sim... é verdade... Sou vidente do que está em secreto e pretendo receber lições da nova escola. No entanto, receio a opinião pública,. Trabalho em casa de Prisco Bitínio, o chefe romano, e recebo salário compensador. Se souberem por lá que freqüento estas fileiras, provavelmente me expulsarão... Perderei meus proventos e minha família talvez sofra fome...

Fez-se grande quietude em torno. Jesus manteve-se quase impassível. Seus lábios mostravam ligeiro sorriso que não chegava a evidenciar-se, de todo.

André, todavia, interessado em colocar os amigos no quadro apostólico, indicou o segundo, judeu de meia-idade, que revelava no olhar arguciosa inteligência:

– Este, Senhor, é Menahem, filho de Adod, o ourives. Possui ouvidos diferentes dos nossos e costuma ser contemplado por sonhos milagrosos.
Escuta vozes do céu, anunciando o futuro com exatidão, e no sono recebe avisos espantosos. Já descobriu, por esse meio, as jóias de Pompônia Fabrina, quando romanos ilustres visitaram Cesareia. Incontáveis são os casos em que funcionou na qualidade de adivinho vitorioso. Passando por Jerusalém, foi procuração por sacerdotes ilustres que, com êxito, lhe puseram à, prova as estranhas faculdades. Leu papiros que se achavam a distância e transmitiu recados autênticos de grandes mortos da raça.

Após ligeiro intervalo acentuou:

– Não seria ele valioso colaborador para nós?

O Cristo fixou. o olhar lúcido no apresentado e Menahem se explicou:

– Sim, realmente ouço vozes do céu e resolvo em sonho diversos problemas, acerca, dos quais sou consultado. Desejaria participar da nova fé, mas estou preso a muitos compromissos. Não poderia vir assiduamente... Meu sogro Efraim, o mercador de perfumes, é riquíssimo e está prestes a descansar com os nossos que já desceram ao repouso. Sou o herdeiro de sua grande fortuna e sei que se escandalizará com a minha adesão à crença renovadora... assim considerando, preciso ser cauteloso... Não posso perder o enorme legado...

Identificando a estranheza que provocava, apressou-se a reforçar:

– Ainda que eu me pudesse desprender de bens tão preciosos, precisaria atender à mulher e aos filhos...

Novo silêncio pesou na paisagem doméstica.

À frente do Messias, que não se manifestava em sentido direto, o pescador diligente apresentou o terceiro amigo:

– Aqui, Mestre, temos Moab, filho de Josué, o cultivador. É um prodígio nas Escrituras. Todos os escribas o olham invejosos e despeitados, porquanto é conhecido pelo dom de escrever com incrível desenvoltura, a respeito de todos os assuntos que interessam o povo escolhido. Homens importantes de Israel formulam para ele vários enigmas, referentes à Lei e aos Profetas, e ele os resolve com triunfo absoluto... Por vezes, chega a escrever em línguas estrangeiras e há quem diga que, sobre ele, paira o espírito do próprio Jeová...

Calou-se o apóstolo e, no ambiente pesado que se abateu na sala, o escriba milagroso esclareceu:

– Efetivamente, escrevo em misteriosas circunstâncias. Uma luz semelhante a fogo desce do firmamento sobre as minhas mãos e encho rolos enormes com instruções e descrições que nem eu mesmo sei entender... Proponho-me a seguir os princípios do Reino Celeste, aqui na Galileia. Não posso, entretanto, comprometer-me muito. Na cidade santa, estou ligado a um grande revolucionário que me prometeu alto encargo político, logo depois de assassinarmos o Procurador e eliminar alguns patrícios influentes. Quero aproveitar as minhas faculdades na restauração de nossos direitos... Conquistarei posição, ouro, fama, evidência... Por isso, não posso aceitar deveres muito extensos...

A quietude voltou mais envolvente.

André, todavia, ansioso por situar os novos elementos no colégio galileu, perguntou ao Cristo:

– Mestre não estás procurando associados para o serviço redentor? Admitirás os nossos amigos.

Jesus, porém, com serenidade complacente, esclareceu:

– Não, André! Sigam nossos irmãos em paz. Por enquanto, o roteiro deles é diferente do nosso. O primeiro estacionou na situação lucrativa, o segundo aguarda uma herança em ouro, prata e pedras e o terceiro permanece caçando a gloria efêmera do poder humano!...

– Senhor – ponderou o irmão de Pedro –, mas é preciso lembrar que um deles “vê”, outro “ouve” e o último “escreve”, milagrosamente...

– Sim – considerou Jesus, terminando a entrevista –, no mundo sempre existiram homens prodígios, portadores de maravilhosos dons que estragam inadvertidamente, mas, acima deles, estou procurando quem deseje trabalhar na execução da vontade de Nosso Pai.





pelo Espírito Irmão X - Do livro: Luz Acima, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Filho rebelde

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: O Consolador - FEB

A tarefa de preparação moral dos filhos
que Deus nos concede ao instituto familiar é
transcendente demais para que desejemos
solucioná-la tão só com os nossos bons
desejos. - Arthur Joviano e Chico Xavier
Do livro: Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz

191. - Como poderão os pais despertar no íntimo do filho rebelde as noções do dever e das obrigações para com Deus Todo Poderoso, de quem somos filhos?

- Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, é preciso que os pais estimem nesses filhos adultos, que não lhes apreenderam a palavra e a exemplificação, os irmãos indiferentes ou endurecidos de sua alma, comparsas do passado delituoso, que é necessário entregar a Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo.
A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano.
Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual.

COMPREENSÃO E VIDA

Pesquisemos os próprios sentimentos e verificaremos quão difícil se nos faz a renovação íntima.

Quantas vezes, no mundo, teremos sentido a inconveniência de certos hábitos com manifesta incapacidade para desvencilhar-nos deles?

Em quantas ocasiões, sabíamos previamente quanto nos doeriam as conseqüências de determinada ação infeliz e a ela nos atiramos para nosso próprio sofrimento?

Referimo-nos ao assunto para destacar o impositivo da tolerância.

Ante os irmãos que te pareçam afastados do caminho que que a vida lhes marcou, não lhes condenes a trajetória.

Ao invés disso, auxilia-os, através da providência que lhes consiga aliviar a carga das obrigações assumidas e com a boa palavra que lhes desanuvie o espírito atribulado.

Esse erra sob a pressão das necessidades de ordem material; aquele cedeu à tentações que se lhe figuravam irremovíveis; outro penetrou nos labirintos da culpa, acreditando-se sob graves constrangimentos no campo doméstico; e ainda outro conhecia a extensão do problema em que se emaranhava, entretanto, de momento, não encontrou forças, em si próprio, a fim de livrar-se dele.

Ampara-os, quanto possas.

Não será com aspereza que lhes resseguraremos a tranqüilidade, tanto quanto não será espancando uma ferida que lhe conseguiremos a cura.

O remédio destinado à recuperação do corpo é o símbolo do amor com que nos será possível reajustar a harmonia da alma doente.

O medicamento age, dose a dose.

O amor opera, gesto a gesto.

Diante dos companheiros de experiência na Terra, estende-lhes a beneficência da compreensão que lhes reerga o entendimento na estrada que lhes cabe trilhar.

Se não conseguimos, de imediato, fazer de nós aquilo que mais desejamos e se, muitas vezes, no Plano Físico, escapamos das piores situações, a preço de lágrimas, não será justo exigir dos outros uma condição diferente da nossa.

À frente do irmão, considerado em desvalimento, em vista desse ou daquele erro por ele cometido, compadece-te e auxilia-o para que se retome no equilíbrio próprio, por quanto, habitualmente, onde o próximo terá surpreendido a pedra de alguma dificuldade poderá, talvez, transformar-se no grande obstáculo que nos fará cair amanhã.






pelo Espírito Emmanuel, do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier.

A LUZ DA PAZ

E andei pelo mundo, procurando a luz da paz.

Fui à Grécia, admirando o Partenon e lugares outros em que pontificaram sábios da antiguidade; dirigi-me a Roma, onde me acomodei nas escadas do Coliseu, refletindo nos cristãos perseguidos;

Viajei a Índia, onde partilhei as orações dos crentes que se banhavam nas águas do Ganges, em Benarés;

Segui para o Egito, maravilhando-me à frente das Pirâmides que imortalizam a pompa dos faraós;

Transitei pelas ruas de Meca e orei com os muçulmanos, entre as recordações do iluminado profeta do Islã;

Busquei Paris e conheci a Torre Eiffel, orgulho da França;

Visitei o Palácio de Versalhes, moradia de reis e fidalgos ilustres; encaminhei-me para Londres, encantando-me ali com a severa nobreza do Castelo da Torre;

Na Espanha, conheci o Escurial, nos arredores de Madri, cheguei a Granada e entrei no castelo do rei Broabdil que encerrou, naquele País, o domínio dos Árabes e voltei-me a Barcelona, onde admirei a fortaleza de Monjnich;

Apreciei a riqueza artística dos Jerôninos e usufrui as amenidades de Sintra, em Portugal;

Fui à Nova York onde expressei o meu respeito pela inteligência humana, diante dos arranha-céus que lhe assinalam a grandeza;

Caminhei através de todas as grandes cidades das Três Américas, mas não encontrei a luz da paz.

Saudoso do lar regressei a nossa casa em Vila Nova Conceição, em São Paulo.

Era noite e minha mãe lia o Evangelho. Abracei-a emocionado e li o texto exposto. Era a parábola do Bom Samaritano.

As palavras falavam em letras que me ficaram na memória:

- “Então, um doutor da lei, perguntou abeirando-se do Divino Mestre”:

- Senhor, que deverei fazer para possuir a vida eterna?

O Cristo sorriu e considerou:

- O que está escrito na Lei, o que lês nela?

O homem acentuou:

- Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, com as tuas forças de espírito e ao teu próximo como a ti mesmo.

Entretanto o Doutor da lei ainda inquiriu pra o tentar:

- Senhor, e quem é o meu próximo?

Jesus, explicou, usando brandura e paciência:

- Um homem que se dirigia de Jerusalém para Jericó saiu em poder dos salteadores que o despojaram, cobriam-no de ferimentos, deixaram-no semimorto.

Um sacerdote, que passou perto da vitima, estugou o passo e seguiu para frente, negando-lhe atenção.

Logo após, um levita passou pelo mesmo lugar, mas não se interessou pelo ferido, seguindo adiante.

Mas um samaritano, que viajava, comoveu-se ao ver o homem caído, desceu do animal e, aproximando-se do desconhecido, dirigiu-lhe palavras de conforto, balsamizou-lhe as feridas e colocando-o sobre o animal, levou-o à hospedaria onde lhe ofereceu abrigo e segurança.

Jesus fez a pequena pausa e interrogou:

- A seu ver, qual dos três era o próximo do infeliz?

O doutor respondeu:

- Aquele que usou de misericórdia para com ele.

Num gesto simples, o Cristo lhe observou:

- Então, vai e faze tu o mesmo.”

Chegados ao término da leitura, um telefone tilintou.

Minha mãe foi atender e compreendi para logo o que se passava.

Uma senhora jazia em estado grave e a amiga que suscitara a chamada pelo fio comunicou que o doente pedia o socorro de uma prece.

Minha mãe não teve duvidas.

Chamando o Papai Raul e dando-lhe ciência do problema, ambos, logo após, tomaram o carro na direção indicada.

Segui junto deles e pude ver a doente que se aproximava da agonia

Minha mãe e outras senhoras pediram a Misericórdia de Deus para a enferma e, embora se afastassem, entendi que o meu dever era permanecer ali na tarefa do auxilio.

Junto de Benfeitores que ali se mantinham, trabalhei todo à noite no aposento simples.

O dia amanheceu com melhoras positivas para a doente e, conquanto me sentisse cansado, reconheci que uma alegria diferente me nascia no coração.

Chorando de felicidade, reconhecia, por fim, que eu, que me decidira a transitar pela terra, procurando o dom sublime, encontrara-o ali, no gesto de minha mãe ao lado de meu pai Raul, compreendendo que o amor ao próximo que Jesus nos legou, sentido e praticado devidamente, é a única força que realmente nos concede a luz da paz por dentro do coração.





pelo Espírito Augusto Cezar - Do livro: Presença de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Exilados de capela

Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres usam em seus estudos, observa-se uma grande estrela na constelação do cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de cabra ou Capela.

Há vários milênios um dos planetas da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingiu o ponto máximo de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.

Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, dificultando o progresso daqueles povos cheios de piedade e virtudes.

As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, resolveram, então, trazer aqueles espíritos aqui para a terra longínqua.

Na Terra eles aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração, impulsionando, simultaneamente, o progresso dos povos primitivos que habitavam este planeta.

Foi assim que Jesus, como governador da Terra, recebeu, à luz do Seu reino de amor e de justiça, aquela multidão de seres sofredores e infelizes.

Jesus mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na terra, envolvendo-os no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites.

Abençoou-lhes as lágrimas salutares, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir.

Esses espíritos, vindos de um mundo em que o progresso já estava bem acentuado, guardavam no coração a sensação do paraíso perdido.

Ao encarnar na Terra, se dividiram em quatro grandes grupamentos dando origem à raça branca, ou adâmica, que até então não existia no orbe terrestre.

Formaram, desse modo, o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de chegar à Terra, guardavam a lembrança da promessa do Cristo.

Eis por que as grandezas do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vida do Sublime Galileu, no seio de todos os povos, pelos antigos profetas.

Dentre os espíritos exilados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.

Importa considerar que eram eles os que possuíam menos débitos perante as leis divinas.

Em razão de seus elevados patrimônios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante.

Uma saudade torturante de seu mundo distante, onde deixaram seus mais caros afetos, foi a base de todas as suas organizações religiosas.

Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

Isso explica por que muitas raças que trouxeram grande contributo de conhecimentos à terra, desapareceram há muito tempo.

Informações preciosas sobre a história da humanidade terrestre foram trazidas pelo Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier e constam do livro "A Caminho da Luz".

Nesse livro você encontrará esclarecimentos sobre as grandes civilizações do passado, sobre a trajetória evolutiva do planeta, e muitas outras.

Irá saber porque Jesus afirmou que os mansos herdarão a Terra.

Descobrirá, também, que a Terra não está desgovernada; que no leme desta gigantesca nave está Jesus, com mãos firmes e olhar sereno.

Você sabia?

Você sabia que os mundos também estão sujeitos à lei de progresso?

A Terra, por exemplo, já foi mundo primitivo, e hoje está na categoria de provas e expiações, que é apenas o segundo degrau da escala evolutiva.

Como o progresso é da lei, um dia a terra atingirá o ponto máximo do atual ciclo evolutivo e passará para a categoria de mundo de regeneração, e assim por diante.

Por isso vale a pena investir na melhoria do ser humano, pois só assim conseguiremos transformar a terra em um mundo de paz e felicidade.



ESPECIAL:


Os Diamantes Fatídicos
R$ 37,00
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro A Caminho da Luz, de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, e em Mateus, 5, 5.

INTELIGÊNCIA E AMOR

Agradeço, alma irmã, a indução à bondade
Com que a tua palavra nos alcança,
Porque falas de amor, sem que se nos degrade
A força da esperança.

Quem se exprime, exaltando o desalento,
Quem somente à amargura se reporta
Vive de raciocínio desatento,
Na sombra que perturba ou desconforta.

Muitos irmãos conhecem lâminas atrozes,
Projéteis e instrumentos de tortura
E a tirania das sinistras vozes
Com que o delito se emoldura.

Mas não sabem que há gestos escarninhos
E discussões lembrando vendavais,
Afirmações que ferem qual espinhos
E frases semelhantes a punhais.

Quanta desolação por fala sem respeito
Esconde-se no mundo, onde a treva desabe!...
Quantas acusações sem base e sem direito?
Quantas chagas ocultas? Ninguém sabe.

Verbo que eleva, ampara, ama e elucida
Em quaisquer circunstâncias a transpor
É um dom de Deus nos caminhos da vida
E a palavra do bem é música de amor.





pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Assembléia de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Vencer

Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Amigo - CEU

Nós somos entidades que de algum modo
trabalhamos por sair triunfantes de seculares
compromissos, muitas vezes misturados de
sombra, até que, com a derradeira vitória,
possamos participar do esforço divino.
Arthur Joviano e Chico Xavier
Do livro: Pérolas de Sabedoria - Vinha de Luz

Quando te empenhes a penetrar mais profundamente nos domínios da filosofia do otimismo, premune-te contra a virtude vazia que urge por flor estéril na trepadeira da falsa superioridade.
Sem dúvida, é imperioso te guardes no pensamento positivo da
confiança em Deus e em ti mesmo.


À maneira de viajante na travessia do rio da vida, que será de ti, se não controlas o leme do teu barco, orientando-lhe os movimentos em rumo certo?


Reflete, porém, nas leis do equilíbrio e considera a interdependência na qual todos vivemos.


Triunfarás na realização dos elevados propósitos que te animem, entretanto, triunfarás para estender as mãos aos vencidos a fim de que se refaçam e venham igualmente lidar na edificação do bem de todos; disporás de recursos que te garantam abastança e reconforto, no entanto, saberás dividí-los com os irmãos da retaguarda, ainda incapazes de competir no campo da inteligência, na conquista das vantagens que já consegues usufruir; premiar-te-ás com os tesouros da cultura, todavida, saberás descer da torre do conhecimento a que te guindaste, de modo a ensinar o caminho da luz aos que bracejam nas sombras da ignorância; instalarás a alegria na própria alma, no entanto, acenderás a esperança no coração dos infelizes que te compartilham a marcha.


Aspiras a vencer e vencerás, mas lembra-te de que vencer sem abrir os caminhos da vitória para os outros é avançar para o tédio da inutilidade sob o frio da solidão.

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...
"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."