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quarta-feira, 30 de abril de 2008

DESCE PARA AJUDAR

Fácil é buscar os recursos da subida, embora muitos se desencantem ao primeiro contato com o pedregulho da montanha íngreme... É sempre doce planejar a ascensão e amealhar recursos para a acidentada viagem.

Promessas, abraços, carinhos são prazeres acessíveis a todos...

Entretanto, quão poucos se lembram de “descer para ajudar”! Quão raros os corações que aprendem a apagar temporariamente a colorida lanterna dos próprios sonhos, a fim de estenderem braços amigos aos que se debatem na sombra do vale ou no lodo escuro do pântano!

Todos sabem que há ignorância, dor e miséria, onde as trevas se aninham, mas dificilmente alguém se recorda de acender alguma claridade para os que, ainda, de muito longe, lhe seguem os passos.

– Não posso! – dizem uns.

– É pecado! – clamam outros.

– Não devo – respondem muitos.

No entanto, Jesus desceu e amparou-nos; renunciou à sublimidade dos anjos e conviveu com os homens; obscureceu a própria refulgência divina e abraçou os pecadores e os transviados na senda terrestre.

Caridade! Caridade! Não estarás ao pé das chagas que agonizam, dos trapos que choram, dos gemidos que não têm voz? Não viverás pelos braços dos justos, amenizando os padecimentos dos que se projetaram no desfiladeiro da expiação ou no berço dos que renascem sob o temporal das lágrimas no abandono e na indigência?

É por isso que o Mestre, em nos buscando na Terra, fez-se o servidor de todos...

Se tens, pois, na realidade, um coração corajoso, saberás descer com Ele, ajudando e ensinando, levantando e servindo, à maneira do lírio puro que desabrocha no charco sem contaminar-se, convertendo o inferno das criaturas em paraíso do bem para a glorificação do Supremo Senhor.





pelo Espírito Agar - do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

A ORAÇÃO

A princípio, é um rumor do coração que clama,
Asa leve a ruflar da alma que anseia e chora...
Depois, é como um círio hesitante da aurora,
Convertendo-se, após, em resplendente chama...
Então, ei-la a vibrar como estrela sonora!

É a prece a refulgir por milagrosa flama,
Glória de quem confia o poder de quem ama,
Por mensagem solar, cindindo os céus afora...
Depois, outro clarão do Além desce e fulgura,
É a resposta divina aos rogos da criatura,
Trazendo paz e amor em fúlgidos rastilhos!...

Irmão, guardai na prece o altar do templo vosso!
Através da oração, nós bradamos: - “Pai Nosso!”
E através dessa luz, Deus responde: - “Meus filhos!”

(Francisco Cândido Xavier por Amaral Dornelas. In: À luz da oração)

No Momento Exato

Como é impossível ao corpo manter-se sem o sangue, também a alma não viverá em paz sem o combustível da fé.
A fé constitui o elemento basilar para a sustentação da vida digna e realizadora.
Da mesma forma que o corpo não pode subsistir sem o alimento, o Espírito não consegue manter-se em equilíbrio sem a força da oração.
O alimento é secundário ao organismo, que o prescinde, momentaneamente, a fim de reequilibrar-se e manter a saúde, enquanto que, sem a prece, o ser espiritual se aturde e entorpece.
O homem está predestinado a dominar os instintos, vencendo as paixões que o agrilhoam à infelicidade, colocando-se a serviço do bem que lhe corresponde. Para consegui-lo, faz-se-lhe indispensável a coragem da fé, porquanto a covardia que o impede de tomar as decisões enobrecedoras é mais perigosa e violenta do que outras imperfeições que o assinalam, de certo modo, conseqüências dela.
A oração constitui a força mais eficaz para vencer tal impedimento - o medo - e atirar-se com valor na conquista dos objetivos para os quais se encontra no mundo.
Os grandes homens atingiram as metas a que se propunham, impulsionados pela fé que resultava da sua identificação com o bem. E a comunhão pela prece sempre lhes foi o alimento para sustentá-los nos momentos mais graves e cruciais da existência.
Certamente, outros tantos se arremeteram nas batalhas do crime e da destruição, guindados pelo egoísmo e pelo medo às situações de agressividade e loucura em que se exauriram.
Atormentados, odiaram e foram odiados; perseguiram e terminaram vencidos.
Os homens de fé em Deus sofreram, é certo, porém não impuseram sofrimentos a ninguém; amaram e deixaram rastros luminosos, clareando o roteiro daqueles que também amam e lhes seguem os exemplos e os passos.
*
E inadiável se eleja, entre o bem e o mal, o que é de melhor para a vida: mais profícuo, salutar, aprazível e pacificador.
Através da oração, será fácil discernir, escolher e adotar qual o caminho mais seguro e feliz.
A prece autêntica, aquela que brota do coração buscando Deus, a Ele se entregando, torna-se um escudo de segurança, de defesa, uma proteção contra os elementos perniciosos que vigem interiormente no homem ou que vêm de fora, tentando agredi-lo.
*
Só aparentemente se pode vencer um homem de fé, um homem que ora. Nunca, porém, se conseguirá dominá-lo. Ele é sempre livre e está sempre em paz. Nada o perturba, porque não teme a nada, a nada ambiciona, somente anelando por alcançar a perfeição.
*
A prece é a salvação da vida. Sem ela o homem enlouquece.
*
Quando estejas cercado de dificuldades e agressões, não vendo possibilidade alguma de chegar-te o socorro a tempo, ora, entregando-te a Deus, e a salvação te alcançará de Cima, no momento exato.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1988.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Missionarinhos do Futuro

Parte IV

ENTRE MUNDOS ...

A caravana seguia a sua aventura com espíritos cheios de interesse e bravura, logo adentrariam em terreno de ações previdentes, mundos constituidos pelos mistérios da mente.

As formações variadas chamavam as atenções, uns rochosos com enormes crateras perfuradas, explicada por Clarêncio como desajustes das emoções.

Solicitou silêncio ao grupo para poderem aterrissar em segurança, sem provocarem maiores acidentes ou confusões.

Chico sussurrou baixinho :

- Parece que estamos na Lua !

- Atmosfera é densa, pesada, natureza muito pobre...

- Morada de seres em sofrível penúria.

- Humm, não estou gostando daqui , acho que estou entendendo, é a morada do mal ...

- Calma, não há motivo para medo, pois mesmo aqui existe a proteção divinal. Mundos com estas caracteríticas são denominados :
Umbral. Para outros inferno ou zonas de purgação. São mundos factíveis, formados pelas mentes atormentadas, mas não necessariamente o mal, são apenas mais distantes da compreensão do BEM - Benevolência, estudo e moral.

- As imagens demoníacas foram criadas pelo próprio homem, para recrudescer o seu poder, mas não passa de fruto da imaginação e alegoria, pois para o ignorante "assustar" ainda lhe trás alegria, mas para quem conhece a verdade sabe que nunca passou de uma simples fantasia.

- Como no carnaval !

- Pois veja que nem mesmo a concepção não é mais original ...

- O que dá prazeres assim passa rapidamente e deixa uma enorme sensação de vazio, o que o impele a fazer pior para tentar prorrogar...

- Se quer medir forças com Deus, devia ao menos com Ele em amor tentar se igualar, puxando para o contrário o máximo que consegue é a sí mesmo prejudicar.

- Como um cabor de guerra, puxando pra lá e pra cá, hora ou outra o lado mais fraco ou se dá por vencido ou pode cair se se machucar.

- Tal como pensas tudo não passa de brincadeira de infância.

- É de fato, provando que ainda se encontra em estágio muito mais próximo da ignorância.

- Tantas outras brincadeiras é ainda poddível citar, Chico ajude aqui pra podermos comparar .

- Carrossel ?

- Muitas voltas há de se dar antes de alcançar o céu ...

- Escorregador ?

- Mesmo já estando no topo, se não segurar com cuidado e esforço, o deslize é inevitável , e a queda é sinônimo de dor.

- Amarelinha ?

- A passos bem vigiados, para não desequilibrar, vai conquistando e subindo, hora indo, hora vindo, várias vezes , consciente que cada casinha conquistada é uma oportunidade que para a evolução deve ser aproveitada.

- Cabra-Cega ?

- Debatendo-se sem parar para sentir o momento e pensar, a própria razão se nega sem perceber que ao lado pode estar a saída ou mesmo a mão do colega.

- Hã,hã , essa não compreendi muito bem...

- Vamos a explicação .

- Debate-se muitas vezes o homem por egoísmo e orgulho, não para sequer para ouvir o que lhe diz a própria consciência, preferindo do exterior o barulho, acha ainda assim que é o único dono da verdade, segue sem rumo, cai , bate a cabeça, sofre aprisionando o próprio coração na iniquidade. Não enxerga um só palmo diante do nariz, mesmo que ao seu lado alguém lhe apresente a salvação para que enxergue novamente o caminho para ser feliz.

- Gostei , bela explicação !

- E como dessa condição sair ?

- Que tal agora o Jogo de Xadrez ??? Disciplina e reconhecimento do campo para o inimigo não nos aniquilar de vez . Lembrando que o encontro nem sempre pode ser evitado.

- Qual a melhor jogada então ?

- As pedras adversárias são teus maus sentimentos e as tuas são os soldados da consciência que lhe darão proteção .

- São múltiplas jogadas com boas ou más escolhas, é preciso cada soldado saber mover para promover o bom combate.
Livre árbitrio bem usado, é a melhor estratégia para nas imperfeições dar um lindo Cheque-mate !

Uma bela gargalhada eccou bem alto e bem humorada, quando o jogo finalizou com aquela bela jogada .

( Continua )
(Paty Bolonha - Projeto Missionarinhos do Futuro) (respeite a autoria)

DUPLA DA PAZ

Súplicas de socorro explodem nos lugares mais recôndidos do mundo.

As respostas, no entanto, surgem da própria vida.

Provações violentas enxameiam-te no caminho...

Coragem e paciência.

Incompreensões te envolvem a estrada, dificultando-te os passos...

Paciência e coragem.

Desgostos francamente inesperados aparecem-te, de súbito...

Coragem e paciência.

Notícias fulminantes esfolgueiam-te os ouvidos...

Paciência e coragem.

Enfermidades sitiam-se a casa, conturbando-te a vida

Coragem e Paciência.

Surpresas amargas te procuram, às vezes, por dentro do próprio lar...

Paciência e coragem.

Entes queridos se transformam em aflitivos problemas.

Paciência e coragem.

Conflitos e tentações assomam-te ao pensamento, ameaçando-te a consciência tranquila...

Coragem e paciência.

Sejam quais forem os obstáculos que te desafiem, aciona essas duas alavancas da paz, porque a coragem te manterá o coração ligado à fé no Divino Poder que nos rege os dias e a paciência é a luz da esperança que nasce de nós mesmos nas lutas edificantes do dia-a-dia.

O dinheiro que alivia é bálsamo da vida superior.





Do livro “Endereços da Paz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz

Velório

Por: Richard Simonetti

Quando comparecemos a um velório cumprimos sagrado dever de solidariedade, oferecendo conforto à família. Infelizmente, tendemos a fazê-lo pela metade, com a presença física, ignorando o que poderíamos definir por compostura espiritual, a exprimir-se no respeito pelo ambiente e no empenho de ajudar o morto.

Superada a longa fase das carpideiras, em que obrigatoriamente a presença da morte era encarada como algo terrível e inspirar compulsórios sentimentos de dor, com a participação de lágrimas abundantes, fomos parar no extremo oposto em que, excetuados os familiares, os circunstantes parecem estar em oportuna reunião social, onde velhos amigos se reencontram, como o ensejo de "por a conversa em dia". Contam-se piadas, fala-se e futebol, política, sexo, modas... Ninguém se dá ao trabalho sequer de reduzir o volume da voz, numa zoeira incrível, principalmente ao aproximar-se o horário do sepultamento, quando o recinto acolhe maior número de pessoas.

O falecido é sempre lembrado, até com palavras elogiosas (em princípio todo morto é bom, conforme velha tradição humana, mas fatalmente as reminiscências desembocam em aspectos negativos de seu comportamento, gerando chistes e fofocas.

Imaginemos a situação desconfortante do Espírito, ainda ligado ao corpo, mergulhado num oceano de vibrações heterogêneas, "contribuição" lamentável de pessoas que comparecem em nome da amizade, mas agem como indisciplinados espectadores a dificultar a tarefa de diligente equipe de socorro no esforço por retirar um ferido dos escombros de uma casa que desabou...

Preso à residência temporária transformada em ruína pela morte, o desencarnante, em estado de inconsciência, recebe o impacto dessas vibrações desrespeitosas e desajustantes que o atingem penosamente, particularmente as de caráter pessoal. Como se vivesse terrível pesadelo ele quer despertar, luta por readquirir o domínio do corpo, quedando-se angustiado e aflito.

Num velório concorrido, com expressivo acompanhamento ao túmulo, comenta-se:

"Que belo enterro! Quanta gente!"

No entanto, nem sempre que nos parece agradável é bom, principalmente quando confrontamos a realidade física com a espiritual. Quanto maior o número de pessoas, mais heterogêneas as conversas, mais carregado o ambiente, maior o impacto sobre o falecido.

Há algum tempo estive num hospital providenciando o sepultamento de um indigente. Acertada a documentação necessária, o morto partiu para o cemitério no carro fúnebre, sem nenhum acompanhamento. Eu próprio não pude fazê-lo em virtude de obrigações profissionais.

"Que tristeza! Velório vazio! Enterro solitário!"

Espiritualmente, melhor assim. Não havia ninguém para atrapalhar e os benfeitores espirituais puderam realizar mais tranqüilamente sua tarefa, libertando o prisioneiro de acanhada prisão de carne para reconduzi-lo aos gloriosos horizontes espirituais.

Do livro: Quem tem medo da morte?

A igualdade numa prespectiva Espírita

Do livro "Direito e Justiça" Um Olhar Espírita. Milton Medran Moreira

Situamos o leitor no tempo em que Kardec trabalhava na organização de O Livro dos Espiritos ( 1857 ), quando essas ideias da busca da igualdade, através da luta de classes, fervilhavam na Europa, preparando a Revolução Bolchevista a partir da qual, no século seguinte, o mundo se dividiria em duas grandes fatias.

Recordando-nos disso, será mais facilmente possivel contextualizar algumas perguntas que Kardec fez aos Espíritos, a partir desta onde, contráriamente a alguns conceitos religiosos tb combatidos pelos socialistas, ficaria claramente assentado o princípio de que as desigualdades sociais só existem por culpa exclusiva do homem e não por desígnios divinos.

A desigualdade das condições sociais é uma lei natural ?
Não, ela é obra do homem e não de DEUS.
Essa desigualdade desaparecerá um dia ?
De eterno não há senão as Leis de DEUS. Vós não vedes essa desigualdade se apagar pouco a pouco todos os dias?
Essa desigualdade desaparecerá juntamente com a predominância do Orgulho e do Egoísmo, e não ficará senão a desigualdade de mérito. Um dia virá em que os membros da grande família dos filhos de DEUS não se avaliarão pelo SANGUE mais ou menos, puro.
Não há senão o Espírito que é mais ou menos puro, e isso não depende da posição social.
(Questão 806 de O Livro dos Espíritos, cap. " Lei de Igualdade"sub titulo " desigualdades sociais")

Como de resto em toda a filosofia espírita, o caminho para a solução dos grandes problemas políticos e sociais da humanidade é posta na questão moral. Orgulho e Egoísmo humanos,
são a base de todos os grandes males que nos afligem.
Especificamente, sobre o sonho da igualdade de riquezas que, na visão socialista, seria possivel,tornando-se, inclusive, base concreta para a construção de uma sociedade, Kardec travou com os Espíritos o seguinte diálogo, onde seus interlocutores recusam a hipótese:

"-- A igualdade absoluta das riquezas é possivel e alguma vez existiu ?
-- Não ela não é possivel. A diversidade das Faculdades e dos Caracteres a ela se opõem.
--- Há, todavia, homens que crêem estar aí os remédios dos males da sociedade. Que pensais a respeito ?
--- Eles são sistemáticos ou ambicionam por inveja. Não compreendem que a igualdade que eles sonham seria logo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo que é a vossa praga social, e não procureis quimeras. ( Questão 811 do LE, sub titulo" desigualdade de riquezas" ).
-- Se a igualdade das riquezas não é possivel, ocorre o mesmo com o bem-estar ?
-- Não, mas o bem-estar é relativo e seria possivel a cada um, um dia, se todos se entendessem bem......porque o verdadeiro bem-estar consiste; no emprego do tempo de acordo com a vontade, e não em trabalhos para os quais não se sente nenhum gosto.
Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer.
O equilibrio existe em tudo, é o homem que quer alterá-lo.

A partir desses questionamentos e das posicões sugeridas pelos Espíritos, dois princípios estão assentados e que são fundamentais no raciocínio ESPÍRITA:

1-- A sociedade justa com que todos sonhamos é, sim, possível, mas não de uma forma onde haja absoluta igualdade de riquezas. Mesmo que esta fosse estabelecida, artificialmente, a diversidade retornaria " pela força das coisas " ( expressão frequentemente usada na codificação Kardequiana para designar os resultados advindos da Lei Natural).
2-- As aptidões humanas, sempre diferenciadas em cada indivíduo, deveriam ser utilizadas inteligentemente pela sociedade para que, cada um fazendo aquilo para o quê está naturalmente vocacionado, contribuam todos para para o atingimento de uma sociedade justa, onde o bem - estar, ou seja, a fruição dos bens da vida, a todos aproveite, permitindo viverem todos com dignidade.

No exame da questão igualdade/desigualdade á luz do pensamento espírita, nunca devemos perder de vista o pressuposto doutrinário de que , na sua origem o Espírito parte de uma condição de plena igualdade: todos somos "criados" simples e ignorantes. Isto é: atingimos a condição humana, no pleno processo evolutivo a que estamos submetidos, em condições que nos igualam. Pouco a pouco, nos vamos libertando do determinismo a que estão vinculadas as consciências pré-humanas e vamos desenvolvendo então, a racionalidade e o livre-arbítrio em faixas cada vez mais amplas. Isso nos torna diferentes. No estágio em que nos encontramos, somos de tal forma diferenciados, um do outro, que podemos dizer: cada indivíduo é um mundo de experiências, de emoções, de conhecimentos, de aptidões etc., que se vão agregando a seu patrimônio espiritual, encarnação após encarnação.
Iguais na origem, diferentes quando vistos num dado momento da experiência de cada um, e, ao mesmo tempo, rumando, todos, para um idêntico destino de plenitude e felicidade.
Essa é a equação através da qual devemos ver o homem na sociedade, a partir da perspectiva de sua natureza espiritual. Querer igualar todos em recursos, aptidões, emoções, gostos, preferências,, crenças, valores etc., será forçar a natureza humana.

Disso se apercebeu o direito moderno que, modulando o pricípio de que " todos são iguais perante a lei", cunhou este outro: " O verdadeiro direito consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais". Isto é : já que nossas experiências, conjugadas com as tantas injustiças humanas, nos colocam, em dado momento, em patamares tão diferenciados de inteligência, percepção, capacidades, saúde, e, tb, de recursos materiais, a sociedade politícamente organizada deve envidar esforços para criar formas de promoção humana onde as carências de uns sejam supridas pela abundância de recursos que outros detêm.. Daí, tb, o dito popular de que " ningém é tão pobre que nada tenha a oferecer, nem tão rico que nada precise receber dos outros".
Somos todos, em qualquer nível humano, carentes de alguns recursos dos quais outros nos podem ( e devem ) abastecer. Se isso vale para as pequenas comunidades, onde, de certa forma, esses ideais são facilmente ixequíveis, pela proximidade com que uns e outros vivem, vale, tb, para uma nação e para a sociedade humana como um TODO.

( CONTINUA: próximo texto: "Quando a força faz o direito - o homem e a mulher."

Paz AMOR e Luz.
Manuel

CORRESPONDÊNCIA

Cultive brevidade e precisão, em seu noticiário, sem cair na secura.
Uma carta é um retrato espiritual de quem a escreve.
Cuidaremos da escrita bem traçada, porquanto não nos será lícito transformar os amigos em decifradores de hieróglifos.
Não escrever cartas em momentos de crise ou de excitação.
Sempre que possível, as nossas notícias devem ser mensageiras de paz e otimismo, esperança e alegria.
Escreva construindo.
Uma carta que saia de seu punho é você conversando..
Qualquer assunto pode ser tratado com altura e benevolência.
Quando você não possa grafar boas referências, em relação a determinada pessoa, vale mais silenciar quanto a ela.
Somos responsáveis pelas imagens que criamos na mente dos outros, não apenas através do que falarmos, mas igualmente através de tudo aquilo que escrevermos.
(Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Sinal Verde)

O ELOGIO DA ABELHA

Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.

A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:

- Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.

- Sim – disse a abelha com desapontamento -, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.

- Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? – tornou a mosca – por que ferretoar, a torto e a direito?

- Não minha amiga – esclareceu a interlocutora -, não é bem assim. Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão-somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.

-Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia a intromissão.

- Ah! Não posso despender muito tempo em tal assunto – alegou a abelha criteriosa. – O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento da nossa colméia, e necessária a muita gente, não me ofereces ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.

- Repara! – disse-lhe a mosca, desdenhosa – tuas patas estão em lastimável estado...

- Encontro-me em serviço – explicou-se a operária humildemente.

- Não! não! – protestou a outra – isto é monturo e relaxamento.

E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.

Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:

- Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...

A pequeninha trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba a exibir-se, voando despreocupada.

- Que maravilha! – exclamou uma das senhoras.

- Parece uma jóia! – disse a outra.

A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.

Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família. A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.

Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?

Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todas; e há muita gente de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.





Francisco Cândido Xavier, Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio

Deus Sabe

Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.
Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.
Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.
Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.
Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.
Deus sabe tudo!
Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O FUTURO DO ESPIRITISMO

Perguntas-me qual será o futuro do Espiritismo e que lugar ocupará no mundo. Não só ocupárá um lugar: encherá o mundo inteiro. O Espiritismo está no ar, no espaço, na natureza. É a chave da abóbada do edifício social. Podes pressagiar é obra futuro por seu passado e seu presente. O Espiritismo é obra de Deus. Vós homens lhe haveis dado um nome; Deus vos deu a razão, quando chegou o tempo. Porque o Espiritismo é a lei imutável do Criador. Desde que o homem teve inteligência Deus lhe inspirou o Espiritismo e, de época em época, enviou à Terra Espíritos adiantados, que ensaiaram em sua natureza corpórea a influência do Espiritismo. Se tais homens não triunfaram foi porque a inteligência humana ainda não se achava muito aperfeiçoada. Nem por isso deixaram de implantar a idéia e deixaram atraz de si seus nomes e seu atos, como marcos indicadores numa estrada, para que o viajante achasse a rota. Olha para tráz e verás quantas vêzes Deus já experimentou a influência espírita como melhoramento moral.
Que era o cristianismo há vinte séculos senão o Espiritismo? Só o nome diferia; o pensamento era o mesmo. Apenas o homem, com o livre arbítrio, desnaturou a obra de Deus. A natureza preponderou e o erro implantou-se nessa preponderância. Depois o Espiritismo esforçou-se por germinar. Mas o terreno era inculto e a semente partiu-se e feria a fronte dos semeadores por Deus encarregados de a semear. Com o tempo a inteligência cresceu, o campo pode ser lavrado, já que se aproxima a época em que o terreno deve ser novamente semeado. Todos admitem que o Espiritismo se espalha. Até os mais incrédulos o compreendem; e se não o confessam, e se fecham os olhos, é que a luz ofuscante do Espiritismo os cega. Mas Deus protege a sua obra, a sustenta com seu poderoso olhar, a encoraja e, em breve, todos os povos serão Espíritas, porque aí está a universalidade de todas as crenças.
O Espiritismo é a grande niveladora, que avança para aplainar todas as heresias. É conduzido pela simpatia, seguido pela concórdia, o amor e a fraternidade. Avança sem abalos e sem revolução. Nada vem destruir, nada derrubar na organização social: vem a tudo renovar. Não vejas nisso uma contradição: tornando-se melhores, os homens aspirarão leis melhores; compreendendo que o operário é da mesma essência que a sua, o patrão introduzirá leis suaves e sábias nas suas relações comerciais; as mesmas relações sociais se transformarão muito naturalmente entre a riqueza e a mediocridade. Não podendo o Espírito tornar-se morgado, sentirá o Espírita que algo existe de mais importante para si que a riqueza; libertar-se-á da idéia de acumular, que gera cupidez e, por certo, o pobre ainda será beneficiado por essa diminuição do egoísmo. Não direi que não haverá rebeldes a essa idéia; que todos crescerão, universalmente fecundados pela onda do Espiritismo. Ainda haverá refratários e anjos decaídos, pois o homem tem o livre arbitrio e, posto não lhe faltem conselhos, muitos deles, vendo apenas de seu acanhado ponto de vista, que restringe o horizonte da cupidez, não quererão render-se à evidência. Pior para eles. Lamentai-os esclarecei-os. Porque não sois juízes e só Deus lhes pode censurar a conduta...
...Quando os homens estiverem imbuídos do pensamento que a pena de Talião é a lei imutável que Deus lhes inflige, muito mais terrível que as vossas terríveis leis terrenas, mais apavorante e mais lógica que as chamas eternas do inferno, em que não mais acreditam, tremerão essa reciprocidade de penas e pensarão duas vezes antes de cometerem um ato censurável. Quando, pela manifestação espírita, o criminoso puder prognosticar a sorte que o espera, recuará ante a idéia do crime, pois saberá que Deus tudo vê e que o crime, ainda que ficasse impune na Terra, ele o terá que pagar um dia, e muito caramente, essa impunidade. Vossa legislação abrandar-se-á na proporção do melhoramento moral, a escravidão e a pena de morte não permanecerão em vossas leis senão como uma lembrança das torturas da inquisição. Assim regenerado, poderá o homem ocupar-se mais com seus progressos intelectuais. Não mais existindo o egoísmo, as descobertas científicas, que por vezes reclamam o concurso de várias inteligências, desenvolver-se-ão rapidamente, cada um dizendo: "Que importa aquele que produz o bem, desde que o bem seja produzido?" Porque, na verdade, quem muitas vezes detém os vossos cientistas em sua marcha ascendente para o progresso, senão o personalismo, a ambição de ligar seu nome à sua obra?.
Eis o futuro e a influência do Espiritismo nos povos da Terra.

Um filósofo do outro Mundo

Artigo da Revista Espírita-1863, selecionado e enviado pelo irmão e amigo Braz José Marques.

PODEMOS SER

Podemos ser a estrada tranquila, muitas vezes percorrida,
Ou o pequeno atalho, oculto, desconhecido.

Podemos ser o carvalho gigante, acolhedor,
Ou a pequena árvore, quase sem folhas ou flor.

Podemos ser o oásis de sonhos e de carinho,
Ou a areia escaldante, deserta de vida e de amor.

O que és, o que sou, o que somos, é algo muito íntimo.
Que nos leva à reflexão profunda, minuciosa.
Mas é também a consciência do valor da missão que quisemos realizar.
E possa ela ser presença ou ausência, em seu significado.
Somente a nós caberá a responsabilidade Daquilo que formos ou deixarmos de ser.
Do que aceitarmos ou deixarmos de aceitar.
Do que distribuirmos ou não quisermos compartilhar.
Por não havermos apreendido a verdadeira mensagem...
E a vida, o mundo e a própria humanidade
Será mais feliz, mais rica de significação.
Se o homem entender que seu papel é o que ele aceitou desempenhar, na parcela do tempo que o separa da própria eternidade.

Recebido da amiga Ana Angélica

NA MEDIUNIDADE

Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela. A ação do instrumento varia conforme a atitude do servidor.
A produção revela o operário. A pena mostra a alma de quem escreve. O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.

O lavrador tem a enxada, entretanto...
Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.
Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.
Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.

O legislador guarda o poder; contudo, através dele...
Se irresponsável, estimula a desordem.
Se desonesto, incentiva a pilhagem.
Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.

O artista dispõe de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles...
Se desequilibrado, favorece a loucura.
Se corrompido, estende a viciação.
Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à virtude.

Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.

Assim também na mediunidade. Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.





De "Seara dos Médiuns", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Especial

De grande significação
reconhecer
que muito mais importante,
para qualquer de nós na vida,
não é bem
aquilo que nos sucede,
mas justamente aquilo
que fazemos acontecer.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.Ditado pelo Espírito Emmanuel.CEU, 1981.

domingo, 27 de abril de 2008

CARMA DE SOLIDÃO

Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar.
***
Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face.
***
Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável.
***
Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobres-te a sós, carpindo rude angústia interior.
Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.
***
Sofres e consideras-te desditoso.
***
Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.
Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.
Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles cuja felicidade cobiças.
A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras.
***
Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão.
***
Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do Bem.
O que ora te falta, malbarataste. Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de que agora tens necessidade.
A invigilância levou-te ao abuso, e delinqüiste contra o amor.
A tua consciência espiritual sabe que necessitas de expungir e de reparar, o que te leva, nas vezes em que o júbilo te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão...
Além disso, é muito provável que, aqueles a quem magoaste, não se havendo recuperado, busquem-te, psiquicamente, assim te afligindo.
***
Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução.
***
Ama, sem aguardar resposta.
***
Serve, sem pensar em recompensa.
***
O que ora faças no Bem, atenuará, liberará o que realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar-te-ás com o amor, em nome d’Aquele que permanece até agora entre nós como sendo o Amor não Amado, porém, amoroso de sempre.

(Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Viver e amar)

A VIDA DE RELAÇÃO

Em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, encontramos a seguinte pergunta feita aos espíritos:
"A vida social está em a natureza?
Ao que os Benfeitores responderam:
"Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação".
Não sendo o homem portador de faculdades completas, lógico é que, mediante o inter-relacionamento social elas se completem para o seu bem-estar e progresso.
Dessa forma, as oportunidades de convívio nos são oferecidas desde cedo. O lar é nossa primeira experiência de vida em sociedade e onde aprendemos as lições básicas de inter-relacionamento.
Depois vem a escola, e em seguida o trabalho profissional.
E é no ambiente de trabalho que passamos grande parte da nossa existência, convivendo, geralmente, com pessoas que, em princípio nos são estranhas.
Todavia, se é nesse ambiente que passamos boa parte da vida, porque não torná-lo o mais agradável possível?
Devido a falta de cuidado e atenção, muitos de nós fazemos do local de trabalho um verdadeiro campo de guerra.
Substituindo a cooperação pela competição, sofremos e fazemos sofrer, numa ânsia insana de galgar lugares de destaque.
Esquecidos de que não somos conhecedores de tudo e que podemos fazer da cooperação uma forma de fortalecimento da equipe, desejamos fazer carreira solo.
Quando Jesus, o grande Sábio da humanidade, se referiu à fortaleza do feixe de varas, era exatamente à união e à cooperação que ele se reportava.
Solidários, seremos união, separados uns dos outros pela sede de competição, seremos meros pontos de vista.
O reino animal nos dá excelentes exemplos de convivência pacífica e cooperação entre seres de espécies diferentes.
Recentemente vimos um vídeo que mostrava um camarão e um peixe numa parceria perfeita.
O peixe podia ver mas não tinha moradia. O camarão era cego mas possuía uma grande toca para se abrigar.
Mesmo sem a linguagem articulada, ambos acertaram um sistema perfeito de cooperação mútua. Enquanto o camarão trabalhava, ampliando as galerias da toca, o peixe ficava vigiando a entrada. Se surgisse um perigo, o peixe imediatamente entrava e impedia que o camarão fosse até o exterior.
E quando o camarão saía para se alimentar dos musgos existentes no exterior da toca, mantinha uma antena encostada no dorso do peixe e, ao menor movimento ambos se refugiavam imediatamente.
E quanto a nós, que possuímos a fala e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação, como as temos utilizado?
Seria importante que nos detivéssemos um pouco para pensar ou repensar nosso comportamento, já que estamos adentrando os portais do século vinte e um.
***
"O Senhor estabeleceu a cooperação como base indispensável de êxito a qualquer trabalho.
O arado é precioso, mas inútil, se não possui a mão do lavrador que o dirige. O êxito é uma bênção de forças conjugadas da natureza."

(O Livro dos Espíritos, questão 766. Redação: www.momento.com.br)

PRECE

Senhor!... enquanto o tempo se renova
Nos vastos horizontes deste dia,
Aspiro a ser, onde me colocares,
A lembrança da paz e da alegria.

Ante a explosão de amor com que envolves o mundo, Deixa que eu seja um raio de esperança
A todo coração desalentado
Que procura encontrar-se e ainda não te alcança.

Que eu tenha os próprios braços no socorro
À penúria de todos os matizes.
Entretanto, Senhor, faze de mim também a palavra de fé
Levantando na estrada os tristes e infelizes.

Converte-me a visão em caridade,
Dá-me o dom de servir sem perguntar a quem,
Conserva-me na escola do dever,
Faze de minhas mãos artífices do bem.

Ampara-me, Senhor, para que me transforme,
Na seara da vida e seja com quem for,
Num singelo canteiro de trabalho
A bendizer-te a luz e a florir-se de amor!...

(Francisco Cândido Xavier por Maria Dolores. in: Mãos marcadas)

Tendo Medo


"E, tendo medo, escondi na
terra o teu talento..."
(MATEUS, 25:25.)


Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.
Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.

Medo de trabalhar.

Medo de servir.

Medo de fazer amigos.

Medo de desapontar.

Medo de sofrer.

Medo da incompreensão.

Medo da alegria.

Medo da dor.

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.

Na vida, agarram-se ao medo da morte.

Na morte, confessam o medo da vida.

E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.



Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, em Fonte Viva

PORTA ESTREITA


"Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão." - Jesus. (LUCAS, 13:24.)

Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas largas" por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal. Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.
"Ah! se fosse possível voltar!..." — pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros! ...
Mas... é tarde. Rogaram a "porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas", volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Vinha de Luz)

O ANJO SILENCIOSO

No cimo da cruz, reconhecia o Senhor que, em verdade, no mundo, não havia lugar para Ele...

Sem asilo para nascer, fora constrangido a valer-se do ninho dos animais e, sem pouso para morrer, içavam-no ao lenho dos malfeitores.

Agora, porém, que se isolara mentalmente na gritaria em torno, espraiava-se-lhe a visão...

Fitava, em espírito, os grandes palácios da Terra, ocupados pelos poderosos que se vestiam de púrpura e ouro, cercados de mulheres escravas e servos infelizes, e notou que eles dominavam os quatro cantos do globo, prestigiando os verdugos do sangue humano e os falsos profetas que lhes entorpeciam as consciências...

Mas, entre os altos muros que os apartavam, viu também o Senhor os que viviam desajustados quanto Ele mesmo...

Assinalou os mártires da justiça, encarcerados nas prisões; as vítimas da calúnia, açoitadas em praça pública; os heróis da fraternidade, em postes de martírio; os lidadores do bem, cedidos em pasto às feras; os amigos da educação popular, sob o cutelo de carrascos inconscientes; os perseguidos, condenados a ferros em regiões inóspitas; as mães desamparadas, cujo pranto caía como orvalho de fel sobre a terra seca; os velhos sem esperança; os caravaneiros da nudez e da fome; os doentes sem leito e as crianças sem lar...

Entre os homens igualmente não havia lugar para eles.

Como outrora, à frente de Lázaro morto, Jesus chorou...

Chorou e suplicou a Deus a vinda de alguém que o representasse ao pé dos aflitos... Alguém que lenisse chagas sem recompensa, que enxugasse lagrimas sem queixa e servisse sem perguntar...

E o Pai Misericordioso enviou-lhe toda uma coorte de anjos que o louvavam, felizes, transformando o madeiro numa apoteose de luz, com exceção de um deles que, ao invés de adorá-lo, procurou-lhe respeitoso, os lábios trementes, como quem lhe buscava as derradeiras ordenações.

Não percebeu a multidão desvairada o que se passou entre o Cristo agonizante e o mensageiro sublime; no entanto, de imediato, o nume celeste, sereno e compassivo, desceu do monte para os vales humanos, nos quais, desde então, até hoje, converte o ódio em amor, a expiação em ensinamento, a dor em alegria, o desespero em consolo e o gemido em oração...

Esse anjo silencioso é o Anjo da Caridade.

Por isso, toda vez que lhe ouvis a inspiração divina, abraçando os sofredores ou amparando os necessitados, ainda mesmo através da mais leve migalha de pão ou de entendimento, é a Jesus que o fazeis.






pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo - Do Livro "Através do Tempo", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos - Psicografia em Reunião Publica, Data – 11-1-1959 - Local – Lar Espírita Bezerra de Menezes, na cidade de Uberaba, Minas

Erre Auxiliando

Auxilie a todos para o bem.
Auxilie sem condições.
*
Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.
Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.
*
Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.
*
Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa diretriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.
*
Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solver-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibicões.
*
Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.
*
Erre auxiliando.
*
Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Apostilas da Vida.Ditado pelo Espírito André Luiz.5a edição. Araras, SP: IDE, 1993.

sábado, 26 de abril de 2008

Diante de Deus

"Pai nosso..."- Jesus. (Mateus, 6:9.)

Para Jesus, a existência de Deus não oferece motivo para contendas e altercações.

Não indaga em torno da natureza do Eterno.

Não pergunta onde mora.

Nele não vê a causa obscura e impessoal do Universo.

Chamam-lhe simplesmente "nosso Pai".

Nos instantes de trabalho e de prece, de alegria e de sofrimento, dirige-se ao Supremo Senhor, na posição de filho amoroso e confiante.

O mestre padroniza para nós a atitude que nos cabe, perante Deus.

Nem pesquisa indébita.

Nem inquirição precipitada.

Nem exigência descabida.

Nem definição desrespeitosa.

Quando orares, procura a câmara secreta da consciência e confia-te a Deus,
como nosso Pai Celestial.

Sê sincero e fiel.

Na condição de filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente.

Não perguntes se Deus é um foco gerador de mundos ou se é uma força irradiando vidas.

Não possuímos ainda a inteligência suscetível de refletir-lhe a grandeza, mas trazemos o coração capaz de sentir-lhe o amor.

Procuremos, assim, nosso Pai, acima de tudo, e Deus, nosso Pai nos escutará.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Fonte Viva)

PROMESSAS DE AMOR

Pessoas gostam de fazer promessas...

Mas os apaixonados são mestres em prometer, embora nem sempre consigam cumprir as coisas prometidas.

E eu até gostaria de lhe prometer a felicidade eterna, mas porque sei que não poderei cumprir, desejo conquistar, dia-a-dia, ao seu lado, uma felicidade possível...

Eu poderia lhe prometer o mundo, mas isso não é algo que se pode alcançar, por isso desejo oferecer-me para construir com você um mundo diferente, um mundo melhor, um mundo onde a paz não seja uma ilusão.

Eu poderia lhe prometer a lua, mas esse magnífico satélite não está à venda. Assim, desejo exercer suave magnetismo, atraindo você aos meus braços sempre que deles necessitar...

Eu poderia lhe prometer as estrelas, mas isso seria utopia. Entretanto, quero e posso ser um tênue raio de luz, sempre que a escuridão aparecer em seu caminho.

Eu poderia prometer atapetar estradas com pétalas de flores para suavizar sua caminhada. Mas na impossibilidade de cumprir, desejo lhe ofertar flores de ternura, sempre que seus pés estiverem cansados...

Eu poderia fazer a promessa de lhe dar o mais luxuoso castelo do mundo, mas certamente não cumpriria...

Assim, almejo tecer com os fios invisíveis do amor, um ninho de fraternidade e paz, consolidado no lar.

Eu poderia lhe prometer amor exclusivo, mas isso eu não posso, pois outras pessoas já conquistaram meu coração.

Quando nasci, os braços de meus pais foram meu primeiro berço; quando precisei de amigos, os encontrei; quando descobri os laços de ternura de meus avós e outros familiares, a eles dediquei amor.

Eu poderia prometer declamar as poesias mais belas do mundo para você, mas não tenho esse dom.

Assim, desejo apenas procurar as palavras certas para lhe dizer, nos momentos precisos, e edificar com elas a ponte do diálogo, que nos fará próximos em todas as situações.

Eu poderia lhe prometer belos presentes a cada aniversário seu, a cada data importante para nós dois, mas temo um dia não lograr êxito.

Por essa razão, desejo lhe ofertar as flores de amizade e afeição todos os dias, porque todos os dias serão importantes para nós.

E, se por acaso um dia eu não fizer isso, socorra-me depressa, pois estarei precisando muito de ajuda.

Eu poderia lhe prometer uma família feliz, com filhos saudáveis e inteligentes, mas isso não depende de mim.

No entanto, se Deus nos confiar seus filhos, para alegrar nossa união, desejo dar o melhor de mim em favor desses viajantes do infinito, sejam eles inteligentes ou não, saudáveis ou não, carinhosos ou não...

Eu poderia prometer a você jamais cometer equívocos, mas não posso assegurar isto, sob pena de me trair nos minutos seguintes.

Todavia, desejo envidar esforços constantes pela auto-superação. E se vier a falir rogarei que perdoe minha fraqueza.

Enfim, eu poderia lhe fazer mil promessas, como tantos apaixonados...

Poderia lhe dizer muitas palavras sem sentido ou vazias...

Mas, se não prometo lhe dar tudo o que desejaria, eu posso lhe ofertar o meu amor sincero.

Espero que você também não me prometa nada, apenas desejo que aceite meu coração, como prova das minhas mais elevadas intenções.

E, quando um dia o crepúsculo da existência se aproximar e nos encontrar lado a lado, aí, então, poderei assegurar que superamos juntos uma árdua batalha, e que as promessas que não fiz se realizaram...



Equipe de Redação do Momento Espírita.

DIVULGAÇÃO ESPÍRITA: Despertemo-nos!

Alkíndar de Oliveira



'Divulgar o Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance, é tarefa prioritária'. Bezerra de Menezes, médium Divaldo Franco (Reformador/JAN-05).



Percebe-se de forma clara, que começam a surgir no meio espírita, expressivo número de dirigentes e trabalhadores que abriram os olhos à importância premente da divulgação espírita além paredes. Por exemplo, em Fortaleza-CE já se tornou tradição o TEATRO TRANSCENDENTAL, que é um evento anual aberto ao público, produzido por espíritas e dirigido com alta qualidade técnica e artística. Em eventos como este, subliminarmente – e também diretamente - os princípios espíritas são divulgados aos não-espíritas.

Disse o espírito Marcelo Ribeiro (pelas mãos de Divaldo Franco): 'O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida'. Esta afirmação nos alerta que a divulgação dos princípios espíritas é um dos focos mais urgentes de nossa seara, como também reforça o amável irmão e mestre Bezerra de Menezes na introdução deste texto.



Se começa a surgir um número expressivo de seareiros abraçando a tarefa de divulgar o Espiritismo a quem não o conhece, por outro lado ainda é muito maior o número de dirigentes e trabalhadores que não têm esta visão. Lembro-me quando um amigo espírita alertou-me dizendo que 'nós espíritas estamos falando para nós mesmos'. Este comentário me fez abrir os olhos - pela primeira vez – a esta realidade! O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Em contrapartida, Kardec deixa claro que, além do objetivo essencial do espiritismo (que é o nosso desenvolvimento espiritual) ele – o Espiritismo – veio para propiciar as bases para uma nova sociedade. O desafio é: como formaremos uma nova sociedade se continuarmos falando para nós mesmos?

Você sabia, caro leitor, que nos Estados Unidos - um país não-espírita - são proferidas mais palestras sobre reencarnação abertas ao público do que no Brasil, que é o maior país espírita do mundo? Será que não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além paredes?



Na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação espírita aos não-espíritas, a espiritualidade toma a iniciativa de fazer sua parte. Por exemplo: induz não-espíritas a produzirem sérias reportagens em revistas de grande circulação como VEJA, ÉPOCA e ISTO É; a produzirem novelas com cunho espírita no canal de maior audiência do país (TV Globo); a produzirem filmes sobre temas espíritas, com sucesso mundial, vindos do país com maior capacidade técnica e diretiva de filmagens (os Estados Unidos). A espiritualidade está atuando. E nós, o que estamos fazendo em relação à divulgação aos não-espíritas?



a) Allan Kardec nos orienta a fazermos publicidade nos jornais mais divulgados!

'Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião'. Allan Kardec – Projeto 1868 – Obras Póstumas

Questionemo-nos:

ESTAMOS FAZENDO PUBLICIDADE DO ESPIRITISMO

NOS JORNAIS MAIS DIVULGADOS?



Você sabia que na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século XIX, o havia uma coluna semanal espírita no jornal de maior circulação do país? O jornal chamava-se 'O País' (seria a Folha de São Paulo de hoje) e o autor dos textos tinha o nome de Bezerra de Menezes.

A triste realidade de hoje é que o feito de Bezerra de Menezes não está se repetindo. Não temos mais colunas espíritas periódicas no jornal de maior circulação do país.

Imaginemos o que ocorrerá quando o Espiritismo ter uma divulgação/publicidade periódica de 2 minutos na Rede Globo de Televisão? Ou quando tivermos uma página nas revistas semanais de maior circulação explicando 'o que é' e 'o que não é' o Espiritismo? Imaginemos ainda o que ocorrerá quando tivermos um programa espírita em canal aberto de TV?



b) Cairbar Schutel divulgava o Espiritismo

no local de maior circulação pública de sua cidade!

'Vi Cairbar Schutel de relance: eu vinha do agreste com minha querida mãe e o trem se deteve em Matão. Era o trem da noite que havíamos tomado com destino a Minas Gerais. Eu era uma criança de grupo escolar e vi quando aquele homem de traje impecável, de brim, porte esbelto, com um maço de jornais debaixo do braço, ia colocando um exemplar em cada banco vazio. Curioso, tomei um deles. Era O Clarim. Mais tarde, através de fotografia tomei conhecimento de que o homem era Cairbar Schutel. Soube tempos depois que ele os esperava para distribuir a boa semente aos viajores fatigados que se destinavam às excursões mais distantes de São Paulo '. Wallace Leal Rodrigues – livro O Bandeirante do Espiritismo, Editora O Clarim – Eduardo Carvalho Monteiro e Wilson Garcia.

Questionemo-nos:

ESTAMOS DIVULGANDO O ESPÍRITISMO NOS LOCAIS

DE MAIOR CIRCULAÇÃO DE NOSSA CIDADE?



c) Marcelo Ribeiro (espírito) esclarece:

Espiritismo, não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo.

'O Espiritismo é um tesouro de alto valor que tem a missão de produzir lucros de amor e juros de paz. Ocultá-lo, sem o promover entre as criaturas, é o mesmo que enterrar uma fortuna, que assim perde a finalidade para a qual existe. Retê-lo, constitui crime de avareza, considerando-se a fonte de luz de que padecem as criaturas. (...) O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida. Difundi-lo, a rigor, é tarefa de quantos se identificam com as suas lições e nele encontram satisfação de viver. Não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo'. Marcelo Ribeiro, psicografia de Divaldo Franco, livro Terapêutica de Emergência

Questionemo-nos:

ESTAMOS SENDO JUSTOS, NÃO DIVULGANDO O ESPIRITISMO AOS NÃO-ESPÍRITAS?



d) Eurípedes Barsanulfo sugere levarmos suas palavras a toda a parte!

'Que vocês levem a nossa palavra a toda a parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar nosso movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e caminhar no rumo do progresso'. Eurípedes Barsanulfo – artigo Mensagem de Esperança – psicografia de Suely Caldas Schubert

Questionemo-nos:

ESTAMOS LEVANDO AS PALAVRAS DE EURÍPEDES A TODA A PARTE?



e) Herculano Pires nos mostra o tanto que temos a caminhar!

'Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento espiritual e cultural da Terra'.

Questionemo-nos:

ESTAMOS FAZENDO NOSSA PARTE PARA QUE O ESPIRITISMO SEJA O MAIS IMPORTANTE MOVIMENTO ESPIRITUAL E CULTURAL DA TERRA?



f) André Luiz no orienta a divulgarmos o Espiritismo

em cada programa de rádio e televisão!

'Divulgar, em cada programa de rádio e televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo. A base é indispensável para qualquer edificação'. André Luiz – Livro Conduta Espírita, psicografia de Chico Xavier.

Questionemo-nos:

ESTAMOS DIVULGANDO O ESPIRITISMO EM CADA PROGRAMA DE RÁDIO E TELEVISÃO?



g) Vianna de Carvalho (espírito) nos induz a deixarmos de ser

indiferentes em relação à divulgação espírita.

'Na hora da informática, com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação'. Vianna de Carvalho – livro Reflexões Espíritas, psicografia de Divaldo Franco.

Questionemo-nos:

ESTAMOS SENDO TÍMIDOS OU INDIFERENTES EM RELAÇÃO

À IMPORTÂNCIA DA DIVULGAÇÃO AOS NÃO-ESPÍRITAS?



h) Allan Kardec nos orienta a popularizarmos o Espiritismo.

'Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la'. Allan Kardec – Projeto 1868 – Obras Póstumas

Questionemo-nos:

ESTAMOS UTILIZANDO-NOS DOS MEIOS ADEQUADOS

PARA POPULARIZAR O ESPIRITISMO?



Diz Allan Kardec no capítulo XVIII do livro 'A Gênese': 'Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração'. Se o Espiritismo é, como diz Kardec, a Doutrina 'mais apta a secundar o movimento de regeneração' (que se avizinha), será que devemos manter apenas conosco – seguidores do Espiritismo – este vastíssimo conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona? Será que estamos exercendo a caridade que Emmanuel proclama: 'O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade de sua própria divulgação'? (livro 'Estude e Viva', psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, FEB).



Uma importante observação:

A divulgação do Espiritismo aos não-espíritas não pode ter o objetivo de convertê-los à nossa Doutrina. Alguém já disse que 'O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das religiões'. O que equivale a dizer que as pessoas não precisam ser espíritas, mas todas devem ter conhecimento dos postulados espíritas, pois são leis naturais. Daí a importância da necessária, da premente e urgente, divulgação!



Alkindar de Oliveira

alkindar@terra.com.br

Responsabilidade ante tarefas e compromissos no meio familiar.

Moderação ante os gozos terrenos.

Auxilio aos menos felizes e necessitados.

Exteriorização de gentileza e compreensão alegria e esperança para com todos.

Dedicação constante ao trabalho e á profissão, ao estudo e á prática
dos ensinamentos baseados no AMOR, que o Divino Mestre Jesus nos trouxe.
Cultivo da Fraternidade, da Caridade, da Benevolência e do Amor.

Respeito e compreensão para com as idéias e atitudes dos semelhantes.

Proteção, gratidão e respeito para com a natureza e os animais.

Ajuda na Educação ou reeducação de CRIANÇAS e Jovens.

Uso sábio dos bens materiais, sem escravizar-se a eles.

Reconhecimento da importância e empenho, no crescimento da evolução Espiritual, através da Reforma Íntima, para se alcançar Planos Espirituais mais elevados, para conseguir sintonizar Espíritos do BEM e do Amor ao próximo, que ajudam com boas influências e intuições na conquista da Paz e da Plenitude.

Extensão da oração, da bondade, da bênção e dos pensamentos elevados de amor, aos entes queridos que se encontram na espiritualidade.

Gratidão, assimilação e observância dos exemplos fornecidos por benfeitores, encarnados e desencarnados, que nos impulsionam á melhoria, á regeneração, ao auto - aprimoramento e ao progresso praticando a Lei Universal do AMOR.

Perseverança no serviço em prol da prosperidade e do BEM comum.

Educação e conduta atenta á eternidade da vida do Espírito.

Utilização da Liberdade com Justiça, Responsabilidade e Equidade.

Trabalho incessante na conquista da espiritualização da Humanidade.

Estudar permanentemente a Codificação Kardequiana.

Observar os princípios e práticas da Doutrina.

Usar dignamente a Mediunidade.

Repudiar os rituais, cultos exóticos, roupas especiais, imagens e simbolos.

Manter indepêndencia total em matéria de política.

Esforçar - se no sentido de ser um verdadeiro Espírita, através da transformação para o BEM e da vivência dos princípios esposados, em todos os momentos e circunstâncias.

Conhecer - se a si mesmo procedendo á Auto - análise e á Auto - observação, a fim de dirigir seus esforços no rumo da conquista de sempre maior Auto - Educação, Auto - Aprimoramento e virtudes.

Aproveitar estágio por estágio, reencarnação por reencarnação, passo por passo, é a fórmula indicada para galgar os níveis que conduzem á plenitude.

Cultivar: abnegação, afabilidade, alegria, bem - querer, benevolência, bondade, brandura, caridade, carinho, clemência, compaixão, confiança, coragem, desprendimento, devotamento, disciplina, doçura,
esperança, fé/convicção, flexibilidade, generosidade, gratidão, humildade, indulgência, lealdade, justiça, mansuetude, misericórdia, modéstia, otimismo, paciência, perseverança, piedade, pureza de coração, resignação, responsabilidade, simpatia, simplicidade, sinceridade, solidariedade, ternura, modos positivos de sentir o mundo ao redor e deixar fluir o âmago CRISTÃO conforme recomendado por JESUS.

Paz, AMOR e LUZ.

Manuel

O Amor de uma Mãe

Uma mãe no hospital com o seu amado filho
Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Ela perguntou:
'como é que está o meu menino? Ele vai ficar bom? Quando é que eu o posso ver?
O cirurgião disse,
'Tenho pena. Nós fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.'
A Sally perguntou,
'Porquê qual é a razão que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não
se preocupa? Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?'
O cirurgião perguntou,
'queres algum tempo com o teu filho? Uma das enfermeiras irá sair dentro alguns minutos antes de ele ser transportado para a universidade,'
A Sally pediu a enfermeira para ficar com ela enquanto ela se despediu do seu filho. Ela passou os seus dedos pelo o cabelo ruivo do seu filho. 'Você quer um caracol de cabelo? Perguntou a enfermeira.
A Sally abanou a cabeça a dizer que sim. A enfermeira cortou o cabelo e colocou num
saco de plástico e entregou a Sally.
A mãe disse,
" foi a ideia do Jimmy para doar o seu corpo a Universidade. Ele disse que talvez
pudesse ajudar outra pessoa. 'No início eu disse que não, mas o Jimmy disse,
'Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino ficar mais um dia com a sua mãe.' Ela continuou,
' o meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre
disposto a ajudar se ele pudesse.'
Depois de ter passado a maior parte dos últimos seis messes a Sally saiu do Hospital
'Children?s Mercy' pela a última vez.
Ela colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Ela levou o saco com as coisas do Jimmy incluindo o cabelo para o quarto do seu filho.
Ela começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exactamente nos locais aonde ele os sempre teve. Ela deitou-se na cama dele e agarrou a almofada e chorou até que ficou a dormir.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia,
Querida Mãe,Eu sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não pensas que eu vou esquecer de ti, ou que eu vou deixar de te amar, sou porque eu não estou por perto para dizer que
'Amo-te'. Eu vou sempre te amar, Mãe, ainda mais com a passagem de cada dia.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia se quiseres adoptar um menino para não ficares tão sozinha, esta tudo bem comigo.
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se decidires para uma menina, ela talvez não vai gostar das mesmas coisa que nos rapazes gostamos.
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo porreiro. Os avós vieram ter comigo assim que eu cheguei para mostrar este lugar, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os anjos são mesmo fixes. Eu adoro ve-los a voar. E sabes uma coisa? O Jesus não parece nada como se vê nas fotos. Embora quando o vi eu conheci o logo. Ele levou-me a visitar Deus! E sabes uma coisa?
Eu sentei no colo d'Ele e falei com Ele, tal como se eu fosse uma pessoa importante. Isso foi quando eu lhe disse que queria escrever esta carta para ti, para dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe? Deus entregou um papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever esta carta para ti. Eu acho que Gabriel é o anjo quem te vai entregar esta carta. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu fizeste a Ele, 'Aonde estava Ele quando eu mais precisava?' 'Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual quando o filho dele, Jesus foi crucificado.
Ele estava presente, tal e qual com está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas veêm
este papel em branco. É mesmo fixe não é? Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida. Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Eu estava quase a esquecer, eu já não tenho dores, o câncer já se foi embora. Ainda bem porque já não podia mais e Deus também não podia ver me assim. Isso foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isso?'
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.
Que todos possamos compreender a mesericórdia de Deus.

Visitando o Evangelho segundo o Espiritismo

Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede. E um ímã a que não lhe é possível resistir. O contacto desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente, nos vossos corações.

cap. XI, item 9.

Visitando o Evangelho segundo o Espiritismo

A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam estas palavras: Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.

cap. XIII, item 3

Visitando o Evangelho segundo o Espiritismo

Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

cap. XIII, item 4

Lições do evangelho

Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados.

cap. XI, item 10

PARA AUXILIAR

Para auxiliar na extinção das trevas de espírito, ninguém te pede espetáculos de grandeza. Basta te disponhas a estender essa ou aquela migalha de amor num raio de luz.

Quando tiveres de sanar algum momento de tristeza, medita nas horas de contentamento e esperança que te alimentam os dias.

Quando tiveres de atravessar alguma dificuldade no mundo, soma as bênçãos que já possuis e sentirás o coração mergulhado no oceano sem fim da bondade de Deus.

Convence-te de que Deus pode sanar-nos qualquer preocupação, mas deixa-nos a cada um a benção, do trabalho, de modo a que consigamos sair da ingenuidade e da inércia para sermos, um dia, colaboradores conscientes da Divina Sabedoria que sustenta a Criação.





pelo Espírito Meimei - do Livro Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier

Enquanto...

Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.
*
Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos. Viajor algum fugirá às surpresas da noite.
*
Ajude o próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado. Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio dele.
*
Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.
*
Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.
*
Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável. Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados.
*
Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta. Mas, enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize tesouros da alma, convicto de que sua viagem para outro gênero de existência é inevitável.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.Ditado pelo Espírito André Luiz.Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Toda obra do Bem, no delineamento de propósitos, é nobre e transcendente, esmaecendo porém, quando se corporifica mediante a ação humana.
Sensibilizado pelos ideais de engrandecimento espiritual, o indivíduo emociona-se e procura entregar-se completamente, sonhando em tornar-se o instrumento da inspiração superior e, à vezes, consegue-o.
No entanto, porque é Espírito em rudes provas, embora os sentimentos que o animam, imprime as dificuldades pessoais, colocando sombra e empeços no labor a que se entrega.
Assim sendo, é compreensível que defrontemos no trigal dourado o escalracho infeliz, e na claridade do dia triunfante a nuvem carregada de sombras a impedir-lhe a irradiação da luz.
A Terra ainda não é o habitat, mas o educandário de homens e mulheres em lutas interiores, tentando arrancar a ganga externa para que brilhe a gema pura que lhe jaz no interior aguardando o momento de desvelar-se.
Valiosos e digno de encômios esse esforço hercúleo pela auto-superação, quando se constata o expressivo número daqueles que se escravizam aos comprometimentos torpes quão criminosos, que lhes exigirão oportuna reparação penosa.
O Senhor da Vinha não aguarda que venham cooperar com Ele os trabalhadores destituídos de mazelas ou imperfeições, pois que esses são raros, por isso aceita todos quantos despertam para a sua mensagem e se dispões a servi-lO.
Jesus conhecia a fraqueza moral de Pedro, todavia, convidou-o para o banquete da Boa Nova.
Francisco Bernardone vivia uma existência frívola e atormentada; apesar disto, doou-se, e, superando-se, tornou-se Sol medieval a clarear o futuro da humanidade.
Maria de Magdala, mesmo depois de O seguir, não ficou livre da suspeita nem da crítica severa do grupo no qual se movimenta.
Jesus aceitou-os a todos e transformou-os com o tempo em pilares da sua doutrina.
Descobrir o lírio no pantanal e a estrela além da tormenta constitui desafio para quem se candidata ao crescimento interior.
Nesse mister, surgem enredamentos perigosos, que complicam a marcha e dificultam a ascensão dos obreiros.
Dentre outros, a censura mórbida, constante, e a intriga perversa, intoxicam as melhores intenções e asfixiam muitos ideais em desenvolvimento.
São responsáveis pela crueldade da destruição de obras abençoadas e de esforços relevantes que são vencidos.
O cupim perseverante vence a madeira que sucumbe ao seu trabalho insensível.
Assim é a ação da maledicência impiedosa e insistente.
Para romper-se essa rede constritora, é necessário que o amor se compadeça do vigia dos atos alheios sempre pronto e a zurzir o látego, como se fosse inatacável.
Não te deixes contaminar pelo pessimismo nem pela censura contumaz que te tragam ao coração.
Tem paciência e dá-te conta que o acusador gratuito não ama, não coopera, apenas cria embaraços.
Ajuda em silêncio e confia em Deus, fazendo a tua parte da melhor forma ao teu alcance.
É mais valioso que teu próximo esteja tentando agir bem e auxiliar, apesar dos erros que comete, do que se estivesse no outro lado, entre os desequilibrados que aguardam a tua ajuda.
Viver em harmonia em um meio social - seja qual for, já que em todos eles existem dificuldades a vencer - constitui desafio para a evolução.
Ampara, portanto, o teu irmão que pensa em ser útil e ainda não o consegue, ao invés de hostilizá-lo, combatê-lo, semeares espinhos por onde ele segue ao levá-lo a julgamento público arbitrário pelos contumazes desocupados que se contentam em demolir.


Divaldo P.Franco. Da obra: Fonte de Luz.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ENFERMIDADE DA ALMA

O cansaço da vida, o desânimo e o desagrado em relação à existência são sinais de problema grave.

Por vezes, os levamos à conta do trabalho contínuo, da falta de repouso, da pressão profissional.

Contudo, é nossa alma que se encontra enferma.

São causas do desalento a nossa revolta e o nosso pessimismo.

Revolta contra situações do cotidiano, pessimismo em relação aos fatos que nos atingem ou observamos.

A insatisfação que sentimos face à dureza dos sentimentos das criaturas, a má vontade sistemática que percebemos em muitos seres.

Sim, essas causas produzem o quadro desalentador que nos toma de assalto e consome.

É de urgência que retiremos o traje da infelicidade que nos asfixia e retomemos o controle das nossas aspirações, renovando-nos.

Importante que alteremos o ritmo das nossas atividades, que encontremos uma nova motivação. Algo que desfaça a onda de indiferença em que nos percebemos envolvidos.

Há quanto tempo não nos permitimos um passeio descompromissado pelas ruas? Um passeio sem tempo, para observar tudo que há de novo.

Afinal, passamos todos os dias pelos mesmos locais e não temos tempo de observar o que está sendo mudado, alterado.

Observemos as pinturas das casas, os jardins floridos, pois a primavera já enviou suas cores à frente, para anunciá-la.

Permitamo-nos deliciar os ouvidos e encher a alma com os sons harmoniosos de uma música. Ouçamos os versos. Cantemo-los.

Toda nova ação produz um estímulo específico, que renova o homem que assim se empenha em executá-la com entusiasmo. Sejam modificações pequenas ou grandes, o importante é que se façam constantes.

Modificações que nos projetem para frente. Retornemos ao hábito da leitura salutar.

Mergulhemos o pensamento nos ditos do Senhor. Redescubramos o Evangelho de Jesus.

Recordemo-Lo andando pelas ruas da Galiléia, distribuindo Suas bênçãos, consolando, amparando, ensinando.

Imaginemo-nos a segui-Lo. E O sigamos.

Estabeleçamos um roteiro de auxílio ao próximo em nossas vidas.

Enfrentemos cada novo dia com uma disposição salutar, sabendo-nos úteis na obra de Deus.

Ele nos concede recursos ilimitados para que triunfemos, libertando-nos dessa postura enferma, a que damos o nome de cansaço.

Resguarda-te da hora vazia mas também não te atires ao excesso de trabalho.

Abre-te ao amor e combaterás as ocorrências depressivas, movimentando-te em paz, com o pensamento em Deus.





Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16 do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, e no cap. 11 do livro Receitas de Paz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

Felicidade Possível

Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.
Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.
Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.
Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...
Crês que eles são felizes...
*
Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.
Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.
Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.
Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.
Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.
*
Felicidade, porém, é conquista íntima.
Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.
*
Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.
As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.
A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.
Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.
Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.
Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1994.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS

O maior sustentáculo da criatura é justamente o Amor.

A alma, em si, apenas se nutre de amor!

O amor divino é o cibo do universo!

Tudo se equilibra no amor divino de Deus.

Toda a estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual.

Nas diversas esferas da vida, todo sistema de alimentação tem no amor a base profunda.

Todos nos movemos no amor e sem ele não teríamos existência.

Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação, mais extensamente conheceremos esta grande verdade: o Amor!

O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas é apenas uma expressão isolada do potencial divino.

O amor é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações.





pelo Espírito André Luiz - Psicografado por Francisco C. Xavier

Convívio

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, auxilie-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.


Xavier, Francisco Candido. Da obra: Tempo e Nós.Ditado pelo Espírito André Luiz.IDEAL.

Convívio

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, auxilie-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.


Xavier, Francisco Candido. Da obra: Tempo e Nós.Ditado pelo Espírito André Luiz.IDEAL.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Caridade do Pensamento

Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.
Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.
*
Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.
*
Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.
Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.
*
Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.
*
Cultivemos a caridade do pensamento.
*
Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.
*
No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.Ditado pelo Espírito Emmanuel.CEU, 1983.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Doando...

Amigos, dia após dia vivenciamos constantemente cenas de violência mais ou menos explicitas acerca das quais muitas das vezes achamos por bem passar de largo, neste nosso comodismo rotineiro em que vamos vivendo esta nossa passagem terrena.
Falamos tantas vezes no amor, na caridade, na humildade e na fraternidade, mas saberemos realmente o verdadeiro valor de cada uma destas bonitas e sonantes palavras ou limitamo-nos simplesmente a afirmar que as cumprimos?
Mas seremos nós realmente capazes de verdadeiramente amar se no coração de cada um de nós ainda existe tanto ódio, orgulho e revolta?
Qual de nós se fizer um verdadeiro exame de consciência não encontra dentro de si mágoas guardadas.
Qual de nós não sente ainda por vezes a revolta perante o que observa e não se sente ofendido perante a violência que observamos diáriamente.
Qual de nós não espera primeiro que nos doem antes de nós nos doarmos aos outros ou não faz criticas aos que o rodeiam ainda que muitas das vezes sejam silenciosas.
Quantas vezes não nos negamos a fazer a caridade porque afirmamos que nada temos para dar, esquecendo-nos no entanto de que podemos fazer a caridade escutando verdadeiramente de coração aqueles que nos rodeiam ou que connosco contacta, refugiando-nos tanta vezes em que não sabemos quem é ou não conhecemos.
Quando o tema em conversa é a humildade, com facilidade tendenciosa nos deixamos cair fazendo julgamentos de que somos mais humildes que os outros, esquecendo-nos que nesse exacto momento estamos simplesmente a ser orgulhosos e tão pouco humildes.
Amigos importante se torna que dia após dia nos esforcemos por amarmos a todos verdadeiramente de coração, amarmos a vida e todos os seres que nos rodeiam em toda a natureza, observando em cada detalhe a obra de Deus, vendo em cada gesto de nossos irmãos o gesto de um companheiro em evolução e aprendizagem que com seus erros e seus defeitos vai tendo dia após dia lições de vida assim como qualquer um de nós tende a revoltar-se com as vicissitudes que nos vão surgindo dia após dia, esquecendo-nos das lições e dos ensinamentos que nos transmitem, por mais dificeis e inultrapassáveis que nos possam parecer no momento que nos afectam e que mais não representam do que a nossa falta de fé.
Com que facilidade nos esquecemos de que Jesus nos acompanha continuamente e que reforça sua vigilância para connosco nesses momentos mais dificeis e dolorosos pelos quais tantas vezes passamos.
Momentos dificeis todos nós temos, mas se tivermos um pouco de fé, alguma amor verdadeiro, a simplicidade e ahumildade de uma fraternidade verdadeira, tudo conseguiremos ultrapassar com mais facilidade, mais alegria e amor no nosso dia a dia.
Pensem nisso e deixem seus comentários meus amigos.
Abraço fraterno
Pedro

AO SOL DO AMOR

Brilhando por luz de Deus, ainda mesmo nas regiões em que a escuridade aparentemente domina, o amor regenera e aprimora sempre.

Podem surgir grandes malfeitores abalando a ordem pública, mas, enquanto existirem pais e mães responsáveis e devotados, o lar fulgirá no mundo, cooperando para que se dissolva a lama da delinquência na charrua do suor ou na fonte das lágrimas.

Podem surgir crianças-problemas e jovens transviados de todos os matizes, mas, enquanto existirem professores dignos do nome bendito que carregam, erguer-se-á a escola por santuário da educação.

Podem surgir doentes agoniados em todas as estâncias da vida, mas, enquanto existirem cientistas consagrados ao socorro dos semelhantes, levantar-se-á o hospital, como pouso da Bênção Divina para a redenção dos enfermos.

Podem surgir criminosos de todas as procedências, gerando reações populares pelos delitos em que estejam incursos, mas, enquanto existirem juízes compreensivos e humanos, destacar-se-á o instituto correcional por cidadela do bem, onde as vitimas da sombra retornem de novo à luz.

Podem surgir empreiteiros do ateísmo e do ódio, da intolerância e da guerra, como verdadeiros alienados mentais, mas, enquanto existirem sacerdotes e missionários da fé, com bastante abnegação para ajudar e perdoar, luzirá o templo, nas diversas confissões religiosas do mundo, como autêntica oficina de acrisolamento da alma.

É justificável, portanto, que a afeição não repouse, além da morte.

Para lá da fronteira de cinza, agiganta-se o trabalho para todos os corações acordados ao clarão do amor sem mácula.

Mães esquecidas na legenda do túmulo transformam-se em anjos invisíveis de renúncia, ao pé de filhos desmemoriados e ingratos, para que não resvalem de todo nas tenebrosidades do abismo ; esposas renascidas do nevoeiro carnal apóiam companheiros desorientados no infortúnio, para que se restaurem no tálamo doméstico ; filhos, desligados do corpo físico, tornam, despercebidos, à convivência dos pais, arrebatando-os às tentações do desânimo ou do suicídio, e arautos de idéias renovadoras sustentam-se, em espírito, ao lado daqueles que lhes continuam as obras.

Se te encontras, assim, em tarefas de sacrifício, não recalcitres contra os aguilhões que te acicatam as horas, consciente de que a matemática do destino não nos entrega problemas de que não estejamos necessitados.

Humilha-te e serve, desculpa e edifica, diante dos que se fazem complicados instrumentos de tua dor.

A prova antecipa o resgate, a luta anuncia a vitória e a dificuldade encerra a lição.

E embora se te situem as esperanças no agressivo espinheiro do sofrimento, ama os que te não compreendem e ora pelos que te injuriam, porque a Lei conhece o motivo pelo qual cada um deles te cruza os passos, e erguer-te-á o ânimo, aqui e além da Terra, para que prossigas no apostolado do amor, em perpetuidade sublime.






pelo Espírito Emmanuel - Do livro Religião dos Espíritos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

A Dor do Abandono

Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura.

De quem se trata? Quase ninguém sabe.

Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas.

Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações.

Eram anotações sobre a dor...

Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos...

Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, grafado em algumas frases:

Onde andarão meus filhos?

Aquelas crianças ridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão?

Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe?

Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão...

Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.

Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho...

Os dias passam... e com eles a esperança se vai...

No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...

Mas, agora... como esquecer que fui esquecida?

Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?

Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo.

Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...

Queria saber dos meus filhos... dos meus netos...

Será que ao menos se lembram de mim?

A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim.

Às vezes, em meus sonhos, vejo um lindo jardim...

É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria...

Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto...

Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado...

E essa é a única esperança que me resta...

Sinto que a minha hora está chegando...

Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse.

E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam...

Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado...

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A data assinalada ao final da última anotação, foi a data em que aquela mãe, esquecida e só, partiu para outra realidade.

Talvez tenha seguido para aquele jardim dos seus sonhos, onde jovens afetuosos e gentis a conduzem pelos caminhos floridos, como filhos dedicados, diferentes daqueles que um dia ela embalou nos braços, enquanto estava na terra.



Equipe de Redação do Momento Espírita
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A Natureza é assim... Deus nos ensina se soubermos estar atentos...

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"Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro mandamento; Instruí-vos, eis o segundo."